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AS TEORIAS SISTÉMICAS

Representam um retorno à lógica racional que caracteriza a fase anterior às Relações


Humanas.

Após a II Guerra Mundial, as escolas de gestão focaram-se em disciplinas como investigação


operacional, finanças e contabilidade.

Conceito de sistema
Conjunto de elementos interdependentes e interligados para formar um todo, e cujo resultado
(output) é superior ao resultado que as partes poderiam originar se funcionassem de um modo
independente

Tipos de Sistemas

 Sistemas fechados: não estabelecem intercâmbios com a


envolvente. O seu comportamento é rígido e determinístico, pelo
que produz uma saída ou resultado invariável. São os chamados
sistemas mecânicos.
 Sistemas abertos: estabelecem relações ou intercâmbio com o
ambiente através das entradas e saídas. Para sobreviverem têm de
reajustar-se constantemente às condições do meio.
A organização como um sistema aberto

Parâmetros que caracterizam o sistema:

1. Entrada (input)
2. Saída ou produto (output)
3. Processamento ou transformador
4. Retroação ou alimento de retorno (feedback)
5. Ambiente

A ABORDAGEM SOCIOTÉCNICA

Eric Trist e os colegas do Tavistock Institute of Human Relations, Londres, conceberam a


organização com um sistema sociotécnico, isto é, resultante da interação entre dois
subsistemas:
Contribuições das abordagens sistémicas para a gestão
1. Enfatiza as interações constantes entre a organização e o ambiente.

2. Perspetiva a organização como um todo composto por um conjunto interdependente de


sistemas interativos.

Outras conclusões relevantes:


 A equipa de trabalho
 O trabalho em equipas semiautónomas
 As competências do indivíduo
 As pessoas como complemento das máquinas

AS TEORIAS CONTINGENCIAIS

A abordagem contingencial afirma que a eficácia organizacional é o resultado da articulação


entre as características da organização e as características da envolvente que a rodeia. Logo,
refuta a existência de um the one best way em gestão, defendo antes que:
BURNS & STALKER E A IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE EXTERNO
PARA OS MODELOS ORGANIZATIVOS

Estes investigadores pesquisaram, numa amostra de 20 indústrias inglesas, a relação entre as


práticas de gestão e o ambiente externo das organizações.

Verificaram a existência de dois sistemas opostos de prática de gestão, traduzidos em dois


tipos de estrutura:

Estrutura mecanicista: é adequada a envolventes mais estáveis.


Medidas de gestão: divisão rígida do trabalho, hierarquia clara, concentração da
autoridade no topo, comunicação fundamentalmente vertical, e ênfase na
obediência e na lealdade.

Estrutura orgânica: é adequada a envolventes mais instáveis e voláteis, com maior


capacidade de ajuste.

Medidas de gestão: intensa comunicação vertical e horizontal, empenhamento para


com a organização como um todo, redefinição contínua das tarefas e grande
flexibilidade.

Caraterísticas dos 2 tipos de sistemas identificados por Burns e Stalker:


Crítica à proposta de Burns e Stalker:

Investigação recente sugere que as organizações que apresentam melhores resultados tendem
a combinar:

características orgânicas + características mecanicistas .

Nota: Esta síntese é obtida através da definição de um conjunto de controlos que são não
negociáveis. Trata-se dos objetivos, dos prazos e das responsabilidades, sendo que em tudo o
resto deve existir elevada margem de manobra.

As teorias contingenciais contribuíram para a gestão ao mostrarem que:


 As organizações são sistemas abertos que dependem do seu ambiente externo.
 Não existe nenhum modelo organizacional melhor para o alcance da eficácia e
eficiência organizacional.
 Trata-se de uma abordagem eclética e integrativa.

Principal limitação: Tal como as Teorias Sistémicas, a abordagem


contingencial pode parecer de pouca utilidade para os práticos da gestão já que
falha em dar indicações mais precisas, ou seja, é pouco prescritiva.

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