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RESENHA SOBRE O FILME QUANDO SINTO QUE JÁ SEI

Prof: Joana Maia Simoni

Aluno / Matricula:

Fernanda Macedo Ferreira - 04080738

Heitor Carvalho Pires - 04135162

Leandra de Oliveira - 04122543

Lilian Ribeiro de Andrade - 04100474

Mitzi Abi-Haila Rodrigues - 04104038


O documentário "Quando sinto que já sei" aborda a necessidade de
reformar os métodos educacionais no Brasil, contrapondo o modelo tradicional
ao incentivo à participação dos alunos e à interação entre professores, alunos e
pais. Questiona a visão das crianças como "páginas em branco" e destaca a
educação baseada na experiência do mundo real, partindo de uma crítica à
frase de uma diretora de escola que compara crianças a "páginas em branco".

O filme destaca críticas à educação tradicional feitas por educadores


como José Pacheco e Miguel Nicolelis. Eles argumentam que as escolas
mantêm características antigas e não consideram as preferências das crianças.
O filme enfatiza a importância do diálogo entre professores e alunos,
autonomia e resolução de conflitos no processo educacional. Ana Bock
também critica a escola por se distanciar da vida cotidiana dos alunos e
transmitir conhecimento desconectado da realidade social. O filme promove a
ideia de que o conhecimento é construído por meio da interação com o mundo,
concordando com Piaget. José Pacheco destaca a importância das relações
interpessoais e do diálogo direto na produção de conhecimento, enquanto Braz
Nogueira salienta que a aprendizagem não se limita à escola, pois a autonomia
e a resolução de conflitos também desempenham um papel essencial.

Lev Vygotsky destaca que os professores têm o papel de mediadores


nas interações dos alunos com o conhecimento, agindo como mentores para
facilitar a aprendizagem(Lleris, Knud). Júlia Basílio, estudante do Projeto
Âncora, expressa sua sensação de maior liberdade em comparação com
outras escolas onde se sentia confinada na sala de aula. Leonardo Brandt,
pesquisador cultural, enfatiza que a escola deve evitar o isolamento, conectar
os alunos à realidade e reconhecer sua autonomia. Andressa Prata e Augusto
Cuginotti, ex-educadores de Summerhill no Reino Unido, defendem que a
disciplina, regras e ordem devem guiar o respeito e a adequação, em vez de
restringir rigidamente as crianças. Ivana Jauregui Gini, educadora da Escola
Livre Inkiri em Itacaré, destaca que a disciplina, regras e ordem não devem ser
limitações, mas diretrizes que permitem às crianças agir com respeito,
corretude e no contexto apropriado.
O filme destaca a importância de discutir e refletir sobre a educação,
indo além do foco no vestibular ou mercado de trabalho. Em vez disso, enfatiza
que a educação é uma questão muito mais ampla. Contrapondo-se à
abordagem passiva, enfatiza que as crianças aprendem ao fazerem e ao terem
voz ativa. Segundo Onesima Mourthe, coordenadora pedagógica do Centro
Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), o papel do educador deve ser
o de provocador, gerando processos de aprendizado mais eficazes. O projeto
busca estudar os interesses dos alunos, respeitando seu ritmo e tempo,
conforme defendido por Tião Rocha, educador e idealizador do CPCD. Néia
Correia e Lilian Nunes defendem autonomia nas escolas, não obrigação de
seguir modelos rígidos. Ana Elisa Siqueira inovou removendo grades e cores
das paredes, reconhecendo alunos como parte do ambiente. Destaca-se a
necessidade de paciência, coragem e envolvimento com a comunidade ao
iniciar projetos educacional.

O filme argumenta que focar apenas nas falhas e problemas não leva a
transformações significativas. Tentar preencher apenas as lacunas pode não
resolver o problema, pois elas podem reaparecer, resultando em repetição de
problemas. Em vez disso, o filme sugere uma abordagem que valoriza os
aspectos positivos, adotando perspectivas alternativas e novas estratégias.
Isso envolve avaliar as forças em vez de apenas identificar carências, indo
além do índice de potencial de desenvolvimento humano (IPDH) na
comunidade, promovendo a colaboração e a aceitação de ideias entre as
pessoas.

Para concluir, A fala de Clélia Moreira de Macedo ressalta a


necessidade de compreensão e diálogo entre todas as partes envolvidas na
educação, incluindo pais, professores e alunos. Ela destaca que a educação é
um esforço coletivo que requer colaboração e que ninguém aprende sozinho. O
filme, em última análise, enfatiza a importância do trabalho conjunto de todos
os envolvidos na educação para alcançar uma transformação real no sistema
educacional.
Referências:

BOCK, A. Psicologia Ciência e Profissão. Psicologia Ciência e Profissão,


Conselho Federal de Psicologia, Brasilia. ISSN 1414-9893. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/2820/ 282021786012.pdf. Acesso em: 03/10/2023

PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança. Grupo GEN, 2023. E-


book. ISBN 9788521636489. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636489/. Acesso em:
03 out. 2023.

GAMEZ, Luciano. Série Educação - Psicologia da Educação. Grupo GEN,


2013. E-book. ISBN 978-85-216-2240-6. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2240-6/. Acesso
em: 03 out. 2023.

LLERIS, Knud. Teorias contemporâneas da aprendizagem. Grupo A,


2013. E-book. ISBN 9788565848381. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565848381/. Acesso em:
03 out. 2023.

CARVALHO, José Sérgio Fonseca de; MACHADO, Adriana M.; LERNER, Ana
Beatriz C. Concepções e proposições em Psicologia e Educação: A
trajetória do Serviço de Psicologia Escolar do Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo. Editora Blucher, 2017. E-book. ISBN
9788580392906. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580392906/. Acesso em:
03 out. 2023.

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