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Schema Therapy Case Conceptualization Form

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Conceitualização de caso em Terapia do Esquema


2° Edição

Por favor preencha todos os dados no campo abaixo obrigatoriamente.

Nome do terapeuta Gabriella Miranda Data: 16/08/2023

Número de sessões Média Meses desde a primeira 02 anos


84 seção:

I. Informação antecedentes do paciente

Nome do paciente Carol 25 anos


Idade
Status de Relacionamento Solteira
atual/ Orientação Sexual/ Heterossexual
Filhos (se houver)
Ocupação e posição Modelo / Estudante / Social Media

Nível de formação Superior cursando

País de nascimento / Brasil


Afiliação religiosa / Grupo Católica
Étnico Branca

II. Por que o paciente está em terapia?


Quais são os principais fatores que motivam o paciente a procurar tratamento? Que aspectos
das circunstâncias da vida do paciente, eventos significativos, sintomas / transtornos ou
emoções / comportamentos problemáticos estão contribuindo para seus problemas (por
exemplo, problemas de saúde, problemas de relacionamento, explosões de raiva, anorexia,
abuso de substâncias, dificuldades de trabalho, estágio da vida)?

a. Dificuldade em seu relacionamento amoroso da época. Problemas interpessoais com


Inicialment cunhada. Socialização limitada, poucos amigos. Sentimento de abandono familiar.
e

b. Fez muitas mudanças em sua vida, saiu do antigo relacionamento e melhorou


Atualmente consideravelmente sua socialização e manutenção de amigos. Entende e lida melhor com
relação familiar. Mas ainda há muito sentimento de inferioridade, muitas comparações
com ex namorada do atual namorado.
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III. Impressão Geral do paciente


Usando linguagem cotidiana, descreva brevemente como o paciente se depara em um sentido
global durante as sessões (por exemplo, reservado, hostil, ansioso para agradar, necessitado,
articulado, sem emoção). Nota: este item não inclui a discussão da relação terapêutica ou
estratégias de mudança.

Muito passiva e ansiosa para agradar. Chorava bastante durante as sessões e dependia
a. muito do que lhe era falado em consulta para tomar decisões. Gentil e afetuosa.
Inicialment
e

Continua muito gentil e afetuosa. Em certos momentos assume comportamentos


b. evitativos e dispersa de assuntos importantes no decorrer da sessão. Sempre agradável e
Atualmente meiga em sua forma de falar.

IV. Perspectiva diagnóstica atual do paciente

A. Diagnósticos principais (inclua o nome e o código para cada transtorno da


CID-10)

1. Não apresenta. 2.
3. 4.

B. Nível atual de funcionamento nas principais áreas de vida

Avalie o funcionamento atual do paciente para cada uma das 5 áreas da vida na tabela abaixo.
As descrições detalhadas de cada área de vida e a escala de classificação de 6 pontos estão
incluídas no guia de instruções (1 = Não funcional/ Muito baixa, 6 = Muito bom ou
Excelente funcionamento). Na coluna 3, explique brevemente sua justificativa para cada
classificação em termos comportamentais. Se o nível anterior de funcionamento do paciente foi
significativamente diferente do nível atual, por favor, explique na coluna 3.

NIVEL ATUAL
ÁREA PRINCIPAL DA DE
EXPLICAÇÃO/ ELABORAÇÃO
VIDA FUNCIONAMEN
TO

Ocupacional ou 5 Extremamente organizada e disciplinada. Se divide


em vários empregos, se exercita, estuda, entrega o
desempenho escolar que lhe é solicitado nos prazos determinados.
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Possui relações duradouras. Na maior parte das


Relacionamentos vezes é gentil, assertiva, consegue se comunicar,
3
íntimos, românticos e mas possui muita inferioridade em seus
de longo prazo relacionamentos o que gera sofrimento interno e
algumas brigas esporadicamente.

O único vínculo familiar saudável é sua irmã mais


2 velha. Mas sempre relata como precisou se virar
Relações familiares
sozinha, com pais ausentes e irmão rude e
grosseiro.

Hoje possui muitos vínculos de amizade, interage


Amigos e outras 5 em diversos grupos diferentes e sempre consegue
relações sociais entrar e participar em qualquer novo relacionamento
social.

Funcionamento Funciona muito bem sozinha. Treina, cozinha,


5
solitário e tempo trabalha, se diverte e sabe apreciar seus momentos
sozinho individuais.

V. Principais problemas de vida e sintomas


Para cada grande problema atual da vida ou sintoma / distúrbio psiquiátrico, elabore
a natureza do problema e como ele cria dificuldades na vida atual do paciente. Tente
evitar a terminologia do esquema ao descrever cada problema ou sintoma.

Inferioridade
1. Problema / Sintomas:
Por mais que se cuide, seja bonita, interessante, sempre acha que o outro é melhor que si. Possui um
enorme sofrimento de comparação e sempre associa falas do namorado como saudade e lembranças do
antigo relacionamento.

2. Problema / Sintomas: Alta criticidade/exigência de si


Sempre acha que pode fazer mais, tirar melhores notas, fazer uma dieta diferente, treinar mais pesado,
ou está magra demais ou engordou um pouco, por mais que se organize ou estude, nunca é o suficiente.

3.Problema / Sintomas: Traços depressivos/tristeza


Apresentou episódios de tristeza recorrente, chegou a descobrir que possui tireoide de hashimoto, onde
possui ligação a fadiga e baixa no humor, mas ainda não é conclusivo se é decorrente apenas da doença.

Sentimento de incapacidade
4. Outros problemas / sintomas
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Acha que a vida sempre foi muito difícil e tem muitas dúvidas se um dia conseguirá estar melhor. Pesa
demais saber que nunca foi ajudada pelos pais e nunca será.

VI. Infância e adolescentes / origens dos problemas atuais

A. Descrição geral da história antecessora


Resuma os aspectos importantes da infância e adolescência do paciente que contribuíram para
seus problemas, esquemas e modos de vida atuais. Inclua quaisquer experiências
problemáticas tóxicas importantes ou circunstancias da vida (por exemplo, mãe fria, pai
verbalmente abusivo, bode expiatório para o casamento infeliz dos pais, padrões
irrealisticamente altos, rejeição ou intimidação pelos pares)

Paciente é filha mais nova de casal que possuem três filhos juntos. A irmã mais velha sempre foi sua
companheira e confidente, casou e saiu de casa como uma forma de fuga do ambiente hostil que é a
casa. Irmã do meio tem traços narcisistas e chega a ser um pouco perverso em sua forma de agir; já foi
preso por tráfico, mas hoje trabalha em alguns dos negócios da família e como corretor de imóveis, e
sempre a diminui e a despreza por fazer psicologia e alegar que é “sem futuro”. Mãe tem depressão,
passa a maior parte do tempo no quarto, reclamando do pai e gerando ambiente hostil. Pai é hostil,
verbalmente abusivo, muito crítico e segundo a paciente “gasta mais com maconha do que comprando
comida pra casa”. Pai e mãe não possuem mais relacionamento conjugal, apenas moram na mesma casa.
Durante sua infância sempre foi uma criança sozinha na maior parte do tempo, alega que nunca pôde
contar com os pais. Mesmo com carro em casa, desde nova tinha que acordar sozinha, se arrumar e
pegar ônibus para ir à escola. Na adolescência começou a fazer alguns trabalhos para ganhar seu dinheiro
e poder ter algo, vendia sanduiche natural na praia, fazia bijuterias, ou dava aulas de surf. Cita que faz
sua própria feira em casa, porque ninguém se preocupa com ninguém, e sempre comem o que a mesma
compra, quando reclama da desorganização e da invasão, a definem como mesquinha e ruim.
Sua sensação de abandono e rejeição sempre foi muito presente. Há um sentimento que não pode contar
com ninguém, fica muito tensa e ansiosa todos os meses para pagar suas despesas, porque já entendeu
que não possui rede de apoio.

B. Necessidades emocionais não satisfeitas precoces específicas.

Para os itens 1-3 abaixo, especifique as principais necessidades não atendidas do paciente. Em
seguida, explique brevemente como as origens específicas da seção VI.A. acima levou à
necessidade de não ser cumprida. Liste qualquer outra necessidade não atendida no Item 4.

1. Necessidade especifica não Conexão/ pertencimento


atendida:
Origem(ns) Não se sente amada, acolhida, protegida pela sua base familiar.
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2. Necessidade especifica não Liberdade de expressão e emoções válidas


atendida:

Origem(ns) Não era ouvida, e quando falava, pedia ajuda e dizia o que sentia, era ridicularizada e
invalidada.

3. Necessidade especifica não Espontaneidade e lazer


atendida:
Origem(ns) Precisava priorizar suas obrigações e ter responsabilidades precocemente.

4. Outra necessidade
especifica não atendida:

Origem(ns)

C. Possíveis fatores temperamentais e biológicos


Liste as facetas do temperamento – e outros fatores biológicos – que podem ser relevantes
para os problemas do paciente, sintomas e o relacionamento terapêutico. (Consulte o guia de
instrução para uma lista de adjetivos específicos frequentemente usados para descrever o temperamento. É
suficiente apenas listar os adjetivos do guia que você acredita que fazem parte do temperamento básico do
paciente ou da “Natureza”, em vez de específicos a situação)
Não-reativo, ansioso, passivo, sociável, alegre.

D. Possíveis fatores culturais, éticos e religiosos.


Se relevante, explique como normas e atitude específicas do histórico étnico, religioso e
comunitário do paciente desempenharam um papel no desenvolvimento de seus problemas
atuais (Ex. pertenceram a uma comunidade que enfatiza excessivamente a concorrência e o
status, em vez da qualidade dos relacionamentos).

VII. Esquemas mais relevantes (Atualmente)


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Para os itens 1 a 4, selecione os esquemas mais centrais para os problemas atuais da vida do
paciente. Primeiro, especifique o nome do esquema. Em seguida, descreva como cada
esquema é executado atualmente. Discuta um tipo especifico de situação em que o esquema é
ativado e descreva as reações do paciente. Que efeito (s) negativo (s) cada esquema tem no
paciente? Listar quaisquer outros esquemas relevantes no item 5.

1. Esquema Inicial Desadaptativo específico: Abandono/instabilidade

Não se sente acolhida, ouvida, amada. Nunca teve um ambiente familiar estável e cuidadoso.

2. Esquema Inicial Desadaptativo específico: Defectividade/vergonha

Se vê feia, inadequada, desinteressante e que precisa melhorar constantemente.

3. Esquema Inicial Desadaptativo específico: Subjugação e Autosacrifício

Abdica do que quer e o que precisa em prol do outro. Coloca suas necessidades em segundo plano.

4. Esquema Inicial Desadaptativo específico: Busca de aprovação

Quer que todo mundo goste de si, muito agradável e raramente diz não.

5. Esquema Inicial Desadaptativo específico: Inibição emocional

Muito tolerante e passiva com desconfortos. Dificuldade em se posicionar e dizer o que sente.

6. Esquema Inicial Desadaptativo específico Padrões inflexíveis


(Opcional):

Bastante metódica e organizada, se culpa muito e se desculpa quando precisa remarcar a sessão, possui uma
rotininha calculada e se angustia quando foge do planejado.

VIII. Modos de esquema mais relevantes (Atuais)


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Para os itens 1-6, selecione os modos que são mais centrais para os problemas de vida atuais
do paciente. Primeiro Rotule o modo (por exemplo, criança solitária). Em seguida, explique
como este modo se reproduz atualmente. Que tipos de situações ativam o modo? Descreva os
comportamentos do paciente e as reações emocionais. Qual esquema (s) geralmente aciona o
modo? Que efeito negativo (s) cada modo tem para o paciente? (Se um modo não se aplicar ao
paciente, deixe-o em branco. Você pode adicionar modos adicionais na seção D.)

A. Modos de Criança

1. Criança vulnerável: Vulnerável

Sente-se rejeitada e solitária. Sentimento de desamparo e que ninguém conseguirá suprir suas necessidades.

2. Outro modo de Zangada


criança (relevante):

Fica irritada, dispara gatilhos e se aborrece consigo mesma, com família ou namorado.

B. Modos de enfrentamento desaptativos

3. Modo de rendição: Capitulador Complacente

Aceita tudo que fazem e se anula para não chatear terceiros.

4. Modo de evitativo: Protetor desligado

Se desconecta do que está sentindo e acaba fugindo de alguns assuntos com o argumento que já está
cansada do tema.

5. Modo de
hipercompensador:

C. Modo pais disfuncionais


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6. Modo pais Pais punitivo/crítico e Pais Exigentes


disfuncionais:

É crítica consigo mesma. Se sente muito culpada por erros que acaba cometendo. Gerando em auto
exigência em tudo que faz.

Outro modo
relevante
(opcional)

E. Modo de adulto saudável


Resuma os valores, recursos, pontos fortes e habilidades positivas do paciente:
Carol é muito gentil, educada, assertiva e agradável. Organizada e respeitosa com todos. Sempre busca
formas coerentes de falar com amigos e nos trabalhos que exerce. Se compromete com a terapia, com sua
alimentação, seus treinos, trabalhos e com o relacionamento.

IX. O relacionamento terapêutico


A. Reações pessoais do terapeuta ao paciente:
Descreva as reações positivas e negativas do terapeuta ao paciente. Quais características /
comportamentos do paciente desencadeiam essas reações pessoais? Quais esquemas e modos
do terapeuta são ativados? Qual o impacto das reações do terapeuta no tratamento?

Me sinto muito conectada com a Carol, pois vejo o quanto ela se esforça e é resiliente. Me emociona ver
uma menina tão nova buscando ser melhor em um ambiente que ninguém está preocupado em melhorar.
Ela destoa do movimento da casa, o que acaba sendo muito difícil ter uma vida/pensamento diferente.
Vejo uma grande melhora em suas relações interpessoais, hoje tem muitos amigos e consegue mantê-los,
tem um relacionamento romântico mais saudável e consegue distanciar comportamentos da família e não
torna-los pessoal.
Ao mesmo tempo me frustra não vê-la evoluindo em sua defectividade e inferioridade. Parece que nada
que façamos a ajuda a não se sentir menor que outras pessoas.

B. Colaboração em objetivos e tarefas terapêuticas:


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1. Classificação para elaboração em objetivos e tarefas: 4


Consulte o manual de instruções para obter uma explicação e uma escala de classificação
detalhada de 1-baixa a 5-alta.

2. Descreva brevemente o processo colaborativo com este paciente.


Que fatores positivos e negativos/comportamentos servem de base para sua classificação em 1
acima?

Sempre fez todas as tarefas de casa, compra ou lê livros/materiais que são indicados e é muito
pontual/assídua nas consultas.

3. Como o relacionamento colaborativo poderia ser melhorado?


Que mudanças o terapeuta e o paciente poderiam fazer para isso?

C. Reparação do vínculo de relacionamento terapêutico


1. Avaliação da relação reparentalizadora e da conexão. 5

Consulte o manual de instruções para obter uma explicação e uma escala de notas de 1 – fraco a 5
- forte

2. Descreva brevemente o relacionamento reparador e vínculo entre o paciente e o


terapeuta.
Elabore sobre os comportamentos do paciente, reações emocionais e declarações do paciente em
relação ao terapeuta que servem como indicadores de quão forte (ou fraco) o vinculo reparador
sente pelo paciente.

Carol valoriza muito a terapia, sempre é muito sincera, empática e honesta em nossos encontros. Vejo
uma grande feição e entrega durante as consultas. Ouve as colocações e quando precisa tomar decisões
que são importantes, sempre a traz para o setting terapêutico e leva em consideração tudo o que
analisamos. Acredita e confia no que eu falo, e se sente cuidada por mim.
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3. Como o relacionamento reparentalizador e a conexão poderiam ser fortalecidos?

Quais necessidades não satisfeitas o terapeuta poderia cumprir mais profundamente ou


completamente? Que passos específicos o terapeuta poderia retomar o vínculo mais forte para o
paciente?

D. Outros fatores menos comuns que impactam na relação da terapia (Opcional)

Se houver qualquer outro fator que influência ou interfira significativamente na relação


terapêutica (Por exemplo, diferença significativa de idade, diferença cultural, distância
geográfica), elabore-os aqui. Como eles poderiam ser abordados com o paciente?

X. Objetivos da terapia: Progresso e obstáculos


Para os itens 1-4, liste os objetivos mais importantes da terapia. Seja o mais específico possível.
Para cada objetivo, descreva como o modo adulto saudável pode ser mudado para encontrá-lo.
Então, discuta o progresso até agora, e descreva todos os obstáculos. É possível adicionar
objetivos adicionais no item 5. (Os objetivos podem ser descritos em termos de: esquemas,
modos, cognições, emoções, comportamentos, padrões de relacionamento, sintomas, etc.)

1. Objetivo terapêutico:
Esquemas:
Esquemas Modos:
e modos
para
segmentar
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Progresso 1.
e 2.
obstáculo
s
Progresso:
Obstáculos:

2.Objetivo terapêutico:
Esquemas:
Esquemas Modos:
e modos
para
segmentar

Progresso 1.
e 2.
obstáculo
s
Progresso:
Obstáculos:

3. Objetivo terapêutico:
Esquemas:
Esquemas Modos:
e modos
para
segmentar

1.
Progresso 2.
e
obstáculos
Progresso:
Obstáculos:

4. Objetivo terapêutico:

Esquemas
e modos
para
segmentar

Progresso
e
obstáculo
s
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5. Outros Objetivos
terapêuticos:
Esquemas
e modos
para
segmentar

Progresso
e
obstáculo
s

XI. Comentários adicionais(Opcional):

© February 7th 2018. International Society of Schema Therapy


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