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O cérebro social é um conceito criado pela neurociência que explica a capacidade que o
ser humano tem em conviver socialmente entre pessoas, planejar maneiras adequadas de se
comportar e interagir socialmente. Ele é composto pelo hipotálamo, pela amígdala e pela junção
temporoparietal (teoria da mente). Pesquisas mostram que a pessoa que se encontra dentro do
Espectro Autista apresenta alterações nessas áreas citadas, assim como em outras áreas que
vamos mencionar.
Um dos sintomas que presenciamos no TEA e que resulta do prejuízo das duas áreas
citadas é a dificuldade em interpretar as emoções do outro, além de impactarem também no
comportamento frente a determinadas situações.
Lobo occipital: Responsável pelas funções visuais. A pessoa com TEA possui uma
movimentação ocular diferente com foco maior na área da boca, enquanto uma pessoa
neurotípica apresenta um foco maior na região dos olhos.
Corpo caloso: Área que faz com que os dois hemisférios cerebrais se comuniquem. No
TEA essa comunicação pode ser prejudicada e em alguns casos, a musicoterapia auxilia de
forma significativa no tratamento trabalhando nessa comunicação entre os hemisférios, mas é
muito importante considerar a anamnese e o trabalho com a equipe multidisciplinar para indicar
esse tratamento, que pode encontrar dificuldade quando utilizado em crianças hipersensoriais.
Corpo mamilar: Permite que a pessoa tenha uma boa navegação espacial (em cima, em
baixo, esquerda, direita). Trabalhar atividades que utilizam disso é importante para o
desenvolvimento nessa região.
Células de Purkinje: Essas células quando não estão reguladas passam a agir de forma
acelerada e ocasionam estereotipias.
Ainda não temos uma causa para o Transtorno do Espectro Autista, mas
compreendemos que a condição genética, apesar de não ser determinante, influencia no risco de
desenvolvimento do transtorno, juntamente com condições ambientais e não genéticas. É muito
importante compreender que o diagnóstico é baseado na observação do paciente, realizada pela
família e pelos profissionais que o atendem. O diagnóstico precoce é um grande aliado ao
desenvolvimento dessa criança, assim como o trabalho de especialistas que devem acompanhar
a criança considerando tratamentos que promovem estímulos e desenvolvimento.