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PR.

EDUARDO REIS
o tempo

parte 01
que vivemos
Se pudéssemos ver como Deus mede uma igreja,
entenderíamos que Ele não mede em números. Não é sobre
quantidade de cadeiras, metros quadrados, volume de
membros ou valor investido em equipamentos. Deus não
mede com régua, mas sim com uma balança para pesar sua
glória sobre nós e a grandeza da visão do ministério. Porque
a estrutura é importante, mas ainda mais importante é a
nossa relevância na vida das pessoas e na sociedade em que
estamos inseridos.

Por isso, esse treinamento é para esclarecer o que realmente


é ser relevante no que Deus nos chama para construir junto
com Ele. Acreditamos que a relevância de uma igreja é
estabelecida sobre três pilares: Cristo, cultura e
voluntariado.

Ser relevante exige esforço, exige entrega, exige


aperfeiçoamento. Que este treinamento possa edificar sua
vida e te equipar para construir junto com Jesus uma igreja
relevante!

Abrindo espaço para o novo de Deus


"E comereis da colheita velha, há muito tempo guardada, e tirareis
fora a velha por causa da nova". Levítico 26:10

Precisamos estar dispostos a abrir espaço para esse novo


tempo de Deus sobre as igrejas. Um tempo de voltar aos
princípios estabelecidos por Cristo há séculos e aplicá-los
dentro do contexto da cultura do século XXI.
Transicionar para uma igreja cultural não significa que
estamos menosprezando o que Deus fez no passado. Tudo
que construíram antes de nós foi importante conforme o
plano de Deus. Porém, só poderemos colher do novo
quando o velho for removido.
“Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra
sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica
maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra
sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os
odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres
novos”. Marcos 2:21,22

Deus tem novidades para cada temporada e nós precisamos


ser sensíveis para ouvir sua direção! Em todos os lugares do
mundo, Deus tem levantado ministérios com essa nova visão
de cultura e relevância para impactar essa nova geração.
Como líderes, é nosso papel abrir espaço para que o Espírito
Santo revele e conduza esse novo momento dentro das
igrejas. Principalmente, levando em conta que estamos no
período próximo do fim, conforme vemos nas igrejas do
Apocalipse.

Os sete períodos das igrejas do Apocalipse


Em Apocalipse, no capítulo 2 e 3, lemos sobre uma visão que
João teve sobre a história da Igreja. O próprio Jesus pediu a
João que escrevesse sete cartas para as sete igrejas na Ásia
Menor - que são chamadas as sete igrejas do Apocalipse.

Essas sete igrejas, apesar de serem sete lugares geográficos,


também falam de sete tempos da história da igreja.
Começando na carta para a igreja de Éfeso e terminando na
carta da igreja de Laodiceia, que acreditamos ser o tempo
vivido hoje. Os seus nomes gregos revelam cada momento
da vida da Igreja na terra.
ÉFESO
A primeira epístola é direcionada à igreja em Éfeso e
apresenta um quadro do fim da igreja inicial, durante a última
metade do século I.

A palavra "éfeso" quer dizer "desejável". Isso significa que a


igreja inicial mesmo no fim ainda era desejável ao Senhor.

ESMIRNA
A segunda epístola é direcionada à igreja em Esmirna e
transfigura a igreja sofredora sob perseguição do Império
Romano. Desde a última metade do século IV, quando
Constantino concedeu à igreja o favor imperial.

A palavra "Esmirna" quer dizer "mirra" e prefigura sofrimento.


Portanto, a igreja em Esmirna era uma igreja sofredora.

PÉRGAMO
A terceira epístola, à igreja em Pérgamo, pré-simboliza a
igreja mundana, a igreja casada com o mundo. Desde o dia
em que Constantino aceitou o cristianismo até a época do
estabelecimento do sistema papal, na segunda metade do
século VI.

A palavra grega "pérgamo" significa "casamento" e "torre


fortificada". Como sinal, a igreja em Pérgamo prefigura a
igreja que entrou em união matrimonial com o mundo e se
tornou uma alta torre fortificada, equivalente à grande árvore
profetizada na parábola do grão de mostarda.

TIATIRA
A quarta epístola, à igreja em Tiatira, retrata profeticamente a
igreja apóstata.
Desde a ordenação do sistema papal na segunda metade do
século VI até ao fim desta era, quando Cristo voltar.

Seu nome quer dizer "sacrifício aromático" ou "sacrifício


incessante". Como sinal, a igreja em Tiatira prefigura a Igreja
Católica Romana, que foi plenamente formada como igreja
apóstata pelo estabelecimento do sistema papal universal.

SARDES
A quinta epístola, à igreja em Sardes, prefigura a igreja
protestante. Desde a Reforma na primeira metade do século
XVI até a vinda de Cristo.

Quer dizer "restante" ,"remanescente" ou "restauração".


Como sinal, a igreja em Sardes prefigura a igreja protestante,
desde a época da Reforma até a segunda vinda de Cristo.

FILADÉLFIA
A sexta epístola, à igreja em Filadélfia, prediz a igreja do amor
fraternal, a restauração da vida da igreja adequada. Desde a
Reforma na primeira metade do século XIX, quando os
irmãos se levantaram na Inglaterra para praticar a igreja fora
de quaisquer sistemas denominacionais e facciosos, até a
segunda manifestação do Senhor. Quer dizer "amor
fraternal".

LAODICEIA
A sétima epístola, à igreja em Laodiceia, prefigura a vida da
igreja degradada dos irmãos. Desde a última metade do
século XIX até a vinda do Senhor. Quer dizer "opinião ou juízo
dos leigos". Como sinal, a igreja em Laodiceia prefigura a
igreja restaurada que depois se degradou.
Laodiceia: tempo de degradação
Como explicado acima, o tempo de Laodiceia representa um
tempo de degradação da igreja. Esse tempo não é por culpa
de pastores, não é por culpa das ovelhas, muito menos culpa
de denominações. Esse já estava planejado na história da
Igreja por causa dos homens, por causa do mundo.

"Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos


ouvido, para que jamais nos desviemos. Porque se a mensagem
transmitida por anjos provou a sua firmeza, e toda transgressão e
desobediência recebeu a devida punição, como escaparemos
nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação,
primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos
que a ouviram." Hebreus 2:1-3

Deus não poupou Israel no passado quando Ele se


comunicava por meio de profetas ou anjos. Então como que
ele pouparia aqueles que negligenciam tão grande salvação
de Jesus? A carta à igreja que antecede nosso tempo
(Filadélfia) fala sobre a restauração da Igreja, que anuncia
essa salvação para o povo. E nesse momento que estamos, o
povo começa a rejeitar essa tão grande salvação por causa
da opinião dos leigos.

Vemos uma relação da história da igreja com a história de


Israel, que viveu o seu auge no reinado de Davi e no reinado
de Salomão e se perdeu logo após. Da mesma forma, uma
igreja pode alcançar seu auge, o seu ápice, e começar a se
degradar.

Os judeus abandonaram a Deus, começaram a adorar ídolos,


exatamente no seu momento de glória, após a construção do
templo. Então Deus os entrega a um castigo, os 70 anos de
cativeiro da Babilônia.
Então Esdras e Neemias reedificam a cidade e o santuário,
porém, o povo novamente se desvia e abandona o Senhor. E
aí, veio a destruição da cidade e dessa vez também do
templo, quando chega o império romano e destrói a cidade.
E Israel só voltou a se reunir e voltar a ser um estado forte em
1948.

E na história da igreja, também vemos ela alcançando o auge


e depois se perdendo. Precisamos tomar cuidado para não
repetir esse mesmo erro em nossa liderança.

Tempo de voltar para a essência


Então nesse excesso de informações, excesso de igrejas,
excesso de opiniões de leigos, o que nós como líderes
devemos proporcionar para o povo de Deus? As pessoas
estão buscando uma fala que seja simples e segura. Simples
no sentido que qualquer um deles possa compreender. E
segura se está de acordo com as Escrituras - e não com o que
o líder pensa.

"Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as


coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos
desviemos delas." Hebreus 2:1

Não é o momento de novidades, de buscarmos novas


interpretações e opiniões. É tempo de voltarmos e nos
apegarmos com firmeza ao que ouvimos de Jesus e dos
apóstolos. A igreja do futuro, que vai permanecer saudável e
forte, será aquela que se apegar com mais firmeza às
verdades das escrituras.

Se você, líder, se apegar à palavra que já foi dita, sua igreja


vai crescer forte, saudável, sólida. E para isso ser possível, é
necessário remover a religiosidade para viver de fato a
cultura dos céus.
o modelo

parte 02
de igreja cultural
A Reino é uma igreja cultural, diferente de uma igreja de
sistema. Entendemos que dessa forma, nós conseguimos
proporcionar espaço para que a realidade do céu realmente
se manifeste e transforme a vida das pessoas.

Uma igreja de sistema é representada por uma pirâmide,


enquanto uma igreja cultural é representada por um círculo,
conforme ilustrado abaixo:

IGREJA DE SISTEMA IGREJA CULTURAL

A igreja de pirâmide é uma igreja que transforma ministérios


em hierarquias. Ou seja, os ministérios que são ofícios, são
transformados em títulos e cargos hierárquicos por nível de
importância. Sendo que na verdade, os ministérios são
serviços, porque a origem da palavra ministério vem da
palavra trabalho.

A igreja cultural é representada por um círculo, porque tudo


nela está conectado. As pessoas que servem não têm um
destaque hierárquico por causa do título que carregam.
Na realidade, a liderança se estabelece pelo servir, pois uma
das marcas proeminentes da liderança é exatamente o
comprometimento intenso no voluntariado.

E dessa forma, estabelecemos uma comunidade leve e


fluida, onde o pastor não é mais importante do que a pessoa
que está no estacionamento, na mídia ou qualquer setor.
Todos estão conectados para fazerem a mesma coisa, para
alcançarem a mesma missão.

Essa cultura de voluntariado é um dos pilares de uma igreja


cultural. É o conjunto de ações que nós temos que nos
identifica como igreja, como se fosse um padrão em que a
igreja se move.

Os voluntários servem em todas as áreas da igreja: criativas,


operacionais, administrativas e organizacionais, abrindo
espaço para o pastor pastorear e dirigir a igreja. Os pastores
não devem centralizar as tarefas ou exigir que todas sejam
feitas com a aprovação dele, porque isso gera uma
sobrecarga e falta de eficácia na missão da igreja. O líder
deve ter tempo para ouvir de Deus o caminho, portanto, deve
desenvolver essa capacidade de delegar aos voluntários.

Vejamos o exemplo de Moisés, que também precisou de


sabedoria na sua liderança para delegar tarefas a homens de
confiança:

“No dia seguinte Moisés assentou-se para julgar as questões do


povo, e este permaneceu de pé diante dele, desde a manhã até
o cair da tarde. Quando o seu sogro viu tudo o que ele estava
fazendo pelo povo, disse: "Que é que você está fazendo? Por
que só você se assenta para julgar, e todo este povo o espera de
pé, desde a manhã até o cair da tarde?" Moisés lhe respondeu:
"O povo me procura para que eu consulte a Deus.
Toda vez que alguém tem uma questão, esta me é trazida, e eu
decido entre as partes, e ensino-lhes os decretos e leis de Deus".
Respondeu o sogro de Moisés: "O que você está fazendo não é
bom. Você e o seu povo ficarão esgotados, pois esta tarefa lhe é
pesada demais. Você não pode executá-la sozinho. Agora, ouça-
me! Eu lhe darei um conselho, e que Deus esteja com você! Seja
você o representante do povo diante de Deus e leve a Deus as
suas questões. Oriente-os quanto aos decretos e leis,
mostrando-lhes como devem viver e o que devem fazer. Mas
escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus,
dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto.
Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de
dez. Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as
questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais
simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo,
porque eles o dividirão com você. Se você assim fizer, e se assim
Deus ordenar, você será capaz de suportar as dificuldades, e
todo este povo voltará para casa satisfeito". Moisés aceitou o
conselho do sogro e fez tudo como ele tinha sugerido.”.
Êxodo 18:13-24

Mentalidade de voluntários X Mentalidade de escravos


Quando nós aceitamos a Jesus e recebemos o Espírito Santo,
nós recebemos o poder de sermos feitos filhos de Deus.

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem


feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;”. João 1:12

“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos


filhos de Deus”. Romanos 8:16

E Deus não nos adotou para que fossemos subalternos a um


sistema eclesiástico que nos escraviza. Quando enxergamos
o serviço como um sacrifício, esse é um grande sinal de que
ainda temos mentalidade de escravos - e não de filhos.
A igreja é pouco criativa justamente por causa dessa
mentalidade subalterna onde as pessoas se sentem escravas
de um sistema. A criatividade aflora dos filhos, que são
pessoas livres e motivadas pelo amor, pela generosidade,
pela gratidão.

“Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí


há liberdade” 2Coríntios 3:17

A criatividade é um poder que emana da


natureza de Deus! Quanto mais cheio da
natureza de Deus, mais criativo você é.

Servir na igreja é se entregar por amor e viver uma


experiência de adoração. Ter prazer ao servir é diferente de
agir pelo medo de ser punido por Deus. Nós não podemos
servir a Deus por medo de castigo! Nós precisamos servir na
igreja com a mentalidade de filhos.

“... como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou


por ela...” Efésios 5:25

O voluntariado com a mentalidade errada rouba das pessoas


a sua criatividade, voz, inteligência e capacidade de se
desenvolver. Por isso, pastores e líderes devem trabalhar
para tirar da mentalidade da sua equipe a visão subalterna
de servidão. Se um voluntário pensa como escravo, seu
trabalho deixa de ser uma experiência de adoração e passa a
ser uma penitência.

Em Lucas 10, lemos a história de Maria e Marta. Maria estava


sentada aos pés de Jesus ouvindo seus ensinamentos e
Marta atarefada em servi-lo. Então, o texto descreve que
Marta aproximou-se de Jesus e o questionou sobre Maria
não estar ajudando-a.
A resposta de Jesus revela um princípio muito importante:

"E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e


afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria
escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. Lucas 10:41-42

Servir Jesus é errado? Não, mas observamos a diferença


entre Maria e Marta pela distância que cada uma delas estava
dEle. Marta teve que se aproximar para falar com Ele, pois ela
estava longe. Quem serve com mentalidade de escravo,
sempre vai estar longe de Jesus.

Marta amava Jesus e tinha boa intenção ao servi-lo, mas ela


serviu com a mentalidade errada. Ela serviu com a
mentalidade escrava. O voluntário com mentalidade escrava
busca ser aceito por aquilo que faz. O voluntário com
mentalidade de Filho sabe que somos aceitos pela graça e
servir é uma consequência da nova natureza.

Quando Maria se assentou aos pés de Jesus e escolheu


desfrutar da sua presença, ela conseguiu aprender qual era a
vontade de Jesus. Por isso, lemos depois que ela se
antecipou e ungiu o corpo do Senhor para sua morte seis
dias antes da Páscoa. Ou seja, quando você conhece a
vontade de Deus, você consegue se antecipar para fazer a
vontade dEle.

Quando temos a mentalidade de Filho, a primeira ação é


sentar e conhecer a vontade de Deus. Somente depois agir e
servir. Por isso, em uma cultura de voluntariado não devemos
estimular as pessoas a quererem acender no ministério como
uma empresa! Elas devem servir como Filhos que ouvem a
direção de Deus.
Então Maria faz um ato de adoração com seu serviço quando
unge Jesus. Diferente de Marta que estava oferecendo
trabalho para Jesus com uma mentalidade escrava,
querendo ser aceita por aquilo que estava fazendo.

Tudo que nós fazemos na igreja com base na


vontade de Deus é uma experiência de
adoração!

O papel do líder
No modelo de voluntariado, nós servimos em uma equipe
debaixo de uma liderança. Esse líder não é um chefe, para
supervisionar ou dar bronca (Provérbios 6:7). O líder está ali
para instruir, ensinar, capacitar.

O líder é aquele que ensina fazendo primeiro para que os


outros voluntários possam ver e aprender. Um bom líder dá
às pessoas o direito de errar e estimula que continuem
praticando e melhorando.

Dessa forma, as pessoas vão se tornar pessoas


independentes na igreja, tornando-se criativas. Elas terão
voz, elas vão se expressar, não vão ter medo de inovar. Então,
pastores e líderes devem ser leves com as pessoas e dar
espaço para que elas desenvolvam autonomia!

Além disso, é papel do líder comunicar a causa pela qual


todos estão trabalhando. Quando as pessoas servem por
uma causa, elas servem com vontade e alegria. Líderes
relevantes precisam ter uma direção de Deus, uma missão
para ser compartilhada com a igreja. Muitas pessoas não
servem nas igrejas simplesmente porque não tem convicção
sobre qual é a missão!
Por exemplo, a missão que recebemos de Deus na Reino é
pregar o evangelho do Reino em todo o mundo, em
testemunho de todas as nações, conforme Mateus 24:14.
Nós somos uma igreja ainda recente, que nasceu em outubro
de 2021, e no momento da escrita desse material já estamos
em outros países como Estados Unidos, na Bolívia, no
Paraguai, além de vinte e oito cidades do Brasil. Isso só é
possível porque as pessoas sabem qual é a nossa missão e
trabalham por ela.

Por isso, líderes precisam ter clareza da sua missão e visão de


execução. Esse é o papel chave da liderança relevante! E de
preferência, a missão e visão devem ser estabelecidas de
forma escrita para repassar para todos os voluntários novos
que chegam. Todos os voluntários precisam ser lembrados
frequentemente sobre isso.

8 pilares da gestão do
voluntariado
No momento que nós começamos a Reino, eu e minha
esposa Pricila tínhamos que fazer tudo na igreja. Logo
depois, chegaram pessoas cristãs mais maduras em nosso
meio e nós fomos permitindo que elas servissem também.

Porém, nesse início não tínhamos nenhum tipo de


organização para esse serviço, cada um servia onde podia.
Identificamos nesse início que ainda era um serviço com
mentalidade de serviçais e subalternos, como explicado
anteriormente. Por isso, aprendemos na prática os 8 pilares
para estabelecer o voluntariado saudável e realmente eficaz,
implantando a mentalidade de Filhos.
Com esses princípios, a voluntariedade flui naturalmente em
uma igreja de forma leve e efetiva!

01 Eliminar serviço por necessidade


Atualmente, nós somos mais de trinta equipes no
voluntariado da Reino, com centenas de pessoas no
voluntariado. Ou seja, o voluntariado é a vida pulsante da
igreja! Isso foi possível através de uma cultura de
voluntariado, onde acreditamos que pessoas são
importantes e necessárias. Porém, a grande chave foi
estabelecer a compreensão que Jesus não depende de
ninguém.

E a partir dessa mentalidade, todos nós adotamos uma


postura diferente como líderes. Nós deixamos de correr atrás
das pessoas para servir e também começamos a corrigir as
pessoas que estavam servindo por causa da necessidade,
mostrando para as pessoas que elas não são necessárias e
que a reunião acontece sem elas.

Servir deve ser uma honra para o voluntário


e não uma necessidade.

02 Eliminar cansaço e fadiga


Eliminar o serviço por necessidade, consequentemente
elimina o cansaço e a fadiga. Uma pessoa cansada servindo
na igreja é pior do que uma pessoa endemoniada dentro da
igreja! As pessoas cansadas são as primeiras a morrerem na
fé.

“Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías


do Egito; Como te saiu ao encontro no caminho, e feriu na tua
retaguarda todos os fracos que iam atrás de ti, estando tu
cansado e afadigado; e não temeu a Deus”. Deuteronômio
25:17,18

Isso porque quando uma pessoa está cansada, ela começa a


ter pensamentos de que Deus não está falando com ela. Ela
passa a não conseguir sentir mais a presença de Deus e
acreditar que a igreja não tem mais unção. Também deixa de
ver as virtudes das pessoas e começa a ver os defeitos.

Quando você cria uma cultura de voluntariado, as pessoas


deixam de servir por necessidade. Em decorrência, a igreja se
torna uma igreja inteligente e eficiente. Assim, as pessoas
começam também a ter experiências de adoração servindo a
Deus com seus dons e com seus talentos nas áreas para as
quais elas foram chamadas.

Servir deve ser uma alegria para o voluntário


e não uma ação exaustiva e desgastante.

03 Gestão de energia da equipe


Um líder relevante precisa ter clareza que a eficiência de uma
equipe é decorrente de sabedoria na gestão de energia.

Você como líder, não pode permitir que pessoas da sua


equipe gastem energia fazendo coisas que não foram
chamados para fazer ou que não tem habilidade para
determinada área.

Quando as pessoas estão servindo fora da área para a qual


foram chamadas, elas ficam esgotadas e não produzem
resultados.
É papel do líder estar atento para três situações:

Quando pessoas não estão produzindo em determinada


área;
Quando estão servindo em equipes em excesso;
Quando não estão satisfeitos com o servir;

O líder é responsável por gerir a energia de


sua equipe para que todos estejam servindo
na área para a qual foram chamados.

04 Gerar inspiração e não dependência


O líder não é levantado por Deus para ser chefe de ninguém,
nem para ficar vigiando as pessoas. O líder é levantado para
inspirar, motivar e ensinar a fazer!

As pessoas querem ser dirigidas, instruídas e motivadas.


Querem servir debaixo do acompanhamento de alguém que
tenha experiência e lidere pelo exemplo. Por isso, você deve
ser o primeiro a servir e não depender de ninguém.

Se precisar ensinar a arrumar as cadeiras, ensine. A pessoa


não cumpriu sua escala? Mostre que ninguém depende dela,
pois você é o primeiro a colocar a mão na massa quando
necessário. Consequentemente, as pessoas irão agir
inspiradas por você!

A liderança se dá pelo exemplo, pois


voluntários se movem pela inspiração - não
pela dependência.
05 Rituais de pertencimento
Para estabelecer uma cultura de voluntariado eficaz, o líder
precisa estabelecer rituais que vão dar às pessoas senso de
pertencimento. Ninguém serve sem senso de pertencimento!
Os rituais vão relembrar a elas o propósito e a causa pela qual
elas servem.

Rituais de comunhão geram relacionamento entre as


pessoas que servem. Por exemplo, nós temos um ritual que
nós chamamos de momento de hospitalidade, onde as
pessoas ficam na frente do prédio da igreja sendo servidas
com chá, água saborizada, café e bolachinhas e se
conectando na comunidade.

Nós temos os copinhos de papel e escrevemos nesse


copinho de papel o nome da pessoa. Esse momento resulta
em uma igreja cheia de vida, cheia de Jesus. Vemos as
pessoas alegres, sempre rindo, ansiosas para a reunião
começar. Além disso, na primeira visita à nossa igreja, as
pessoas novas já se conectam com pessoas e se sentem
acolhidas.

Senso de pertencimento estabelece uma


cultura de voluntariado leve e eficaz.

06 Investimento na equipe
Líderes relevantes entendem que pessoas são mais
importantes que coisas! É necessário investir em pessoas.
Infelizmente, existem líderes que investem mais em tijolos do
que em pessoas, mas não deveria ser assim.

Quando Jacó enviou José para ver como estava os seus irmãos
que apascentavam nas terras de Siquém, ele disse: “Ora vai, vê
como estão teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me
resposta”. Genesis 37:14

A partir desse texto, entendemos um princípio importante de


liderança: primeiro os filhos, depois o rebanho. Ou seja,
primeiro as pessoas, depois as coisas.

Líderes imaturos pensam que o problema está na pessoa não


querer melhorar ou servir mais, porém, se ela chegou no
limite da sua capacidade, precisa ser capacitada para servir
melhor.

Na Reino, grande parte da nossa arrecadação financeira é


investida na capacitação da equipe. Entendemos que todas
as pessoas têm um limite para servir, seja intelectual, físico ou
cultural. Então o voluntário serve até onde sua capacidade
permite, e depois disso, não adianta exigir mais dele.

Líderes relevantes valorizam mais o


investimento em pessoas do que em coisas.

07 Pessoas não são máquinas


Como líderes, precisamos ter maturidade de entender que
pessoas não são máquinas. Terá dias que nossos voluntários
não estarão bem, outros dias em que elas vão errar. Não
podemos deixar as pessoas com medo de serem vulneráveis!

Na Reino, ensinamos que os voluntários podem ligar e dizer


que não estão bem para servir. Entendemos que é
responsabilidade da própria pessoa assumir que não fará um
bom trabalho e ter maturidade de colocar outro em seu lugar.
As pessoas que servem precisam ter o direito de errar, ter o
direito ao perdão, porque afinal de contas, errar faz parte do
crescimento. O líder precisa ter paciência para instruir
quantas vezes forem necessárias, até o voluntário acertar.

Líderes relevantes entendem que pessoas


não são máquinas e tem o direito de errar.

08 Nada é pessoal, tudo é pela causa


Quanto mais clareza o líder comunicar a causa, melhor as
divergências serão resolvidas. Na Reino, sempre repetimos a
frase: "Nada é pessoal, tudo é pela causa!" Dessa forma, as
pessoas entendem que as decisões tomadas não têm
relação com opiniões pessoais. Se precisarmos mudar
pessoas de equipe, é para que a nossa causa seja alcançada.
Se precisarmos mudar o flow das nossas reuniões, todos
entendem e se ajustam rapidamente porque sabem que é
pela causa.

Quando corrigimos alguém, não é porque não gostamos


dela como pessoa, mas sim porque ela está fazendo algo que
não faz parte da cultura. Por isso, sempre reforçamos que
ninguém leve nada para o pessoal - é tudo pela nossa causa.

Líderes relevantes não tomam decisões por


motivos pessoais, mas sim pela causa.
estruturação de

parte 03
equipes
Na Reino, acreditamos que precisamos ser a igreja que
queremos ter. Essa frase é repetida sempre que falamos
sobre equipes, serviço e voluntariado. Temos que nos tornar
a mudança que queremos ver! Essa é a nossa base de
estruturação para que sempre estejamos fazendo cada vez
melhor, sem entrar em um espírito crítico ao outro.

Como uma igreja cultural, nós temos um processo de


pertencimento diferente das igrejas tradicionais. Como
pregador itinerante, ao longo dos últimos 25 anos eu
observei que o procedimento padrão nas igrejas era esse:
primeiro a pessoa aceita Jesus. Depois a pessoa muda a sua
vida e se enquadra dentro das expectativas daquela
comunidade de fé específica. Por fim, ela é aceita e incluída
na comunidade de fé.

1 - ACEITAR JESUS 2 - MUDAR 3 - SER INCLUÍDA


A SUA VIDA NA COMUNIDADE

Qual foi a decisão que nós tomamos? Que nós iríamos fazer o
caminho inverso! Primeiro a pessoa pertence, porque
convivendo conosco ela vai crer. E depois que ela crer, o
Espírito Santo vai transformá-la.

1 - PERTENCER 2 - CRER 3 - SER TRANSFORMADO


PELA VIDA DE CRISTO

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um


espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em
glória na mesma imagem, como que pelo Espírito do Senhor”.
2Coríntios 3:18
Belong
Believe
Become.
Entendemos que ninguém tem o poder de transformar a vida
de ninguém, exceto o próprio Deus. Então não buscamos
mudar ninguém, nem impor condutas na vida das pessoas.
Qualquer pessoa que chegar pode participar, crendo ou não
crendo em Jesus!

Essa mudança ao aceitar as pessoas pode parecer tão


simples, mas traz um impacto espiritual e social incrível sobre
a vida da igreja! Deixamos espaço para que o próprio Espírito
trabalhe no íntimo de cada um.

Como fazer com que esse método funcione


sem comprometer a estrutura?
Desenvolvemos uma estrutura de equipes divididas em três
áreas, para que tenham setores onde qualquer pessoa pode
ser incluída - independentemente de crer em Jesus.

ÁREA VERDE
Essa área é a porta de entrada para servir na Reino. Qualquer
pessoa tem livre acesso às equipes da área verde. Sem pré-
requisitos de caráter, tempo de igreja ou crença.
ÁREA VERMELHA
A área vermelha está composta por equipes que têm
influência sobre a comunidade da igreja. Para fazer parte
dessas equipes, é necessário ter caráter aprovado pelo corpo
da igreja, tempo de igreja e crer naquilo que estamos
construindo.
ÁREA PRETA
Essa área é formada pela coordenação da igreja: equipe
pastoral, administração e líderes. São responsáveis por guiar
a igreja para onde Deus quer nos levar.
PASTORAL

HOSTS

LÍDERES

WORSHIP KIDS OFERTAS ENSINO CONNECT

SET UP WELCOME TEAM MERCH PRODUCTION CREATIVE

SET UP
Equipe responsável por toda a manutenção da estrutura
física do prédio da Reino e pela montagem e transporte de
estrutura/equipamentos quando realizamos eventos. Estão
sempre verificando os ajustes ou melhorias a serem feitas.
São cuidadosos e observadores, prezando sempre pelo bem-
estar da comunidade

WELCOME TEAM
Equipe que causa as primeiras impressões das pessoas que
chegam na Reino. Uma ala evangelística que está em contato
direto com a comunidade. Dentro dessa equipe, estão as
sub-equipes: Parking, Hospitalidade, Front Lobby, Auditório
e Next Step. São as pessoas que estão no estacionamento,
na recepção, no momento de hospitalidade servindo café e
chá, e conduzindo as pessoas para o próximo passo ao final
de cada reunião. São pessoas alegres, simpáticas,
comunicativas e carismáticas.

MERCH
Equipe responsável pela loja da Reino, onde temos livros,
camisetas e outros materiais com nossa marca e cultura para
que as pessoas possam imergir ainda mais em nosso
branding. Buscam fornecedores, organizam o estoque e a
loja.
PRODUCTION
Equipe responsável pelo áudio, projeção, iluminação,
transições e produção das reuniões. Através dessa equipe, as
reuniões se tornam uma experiência única para as pessoas.
Eles planejam e organizam toda a estrutura de
reuniões/eventos, gerenciando imprevistos e minimizando
todos os erros que podem afetar a experiência das pessoas.

CREATIVE
Equipe responsável por todas as produções de mídia da
Reino, sendo fotos, vídeos, artes, textos, conforme os
diferentes formatos necessários - mídias digitais, materiais
impressos e/ou publicitários, etc.

WORSHIP
A equipe responsável por conduzir a igreja à adoração
durante as reuniões. São uma linha de frente expositiva, com
grande responsabilidade. Também são aqueles que
compõem músicas que falam sobre Jesus e a cultura da
Reino.

KIDS
Equipe responsável por conduzir as crianças para o
crescimento espiritual e para que se tornem líderes com
mentes de governo. São atentos a toda movimentação das
crianças, desde a chegada até o final da reunião.

ESSENTIALS SCHOOL
A equipe responsável por nutrir as pessoas com todo o
conteúdo referente à visão, missão e valores da igreja, por
meio dos cursos Essentials, DNA do Reino, maturidade no
espírito, entre outros.
CONNECT
A equipe responsável por organizar os batismos e
apresentações de crianças da Reino. Estão em contato com
aqueles que têm o desejo de se batizarem e/ou
apresentarem seus filhos. Também estão em contato com a
comunidade por telefone ou WhatsApp para tirar dúvidas e
também avisar as pessoas sobre os próximos
eventos/atividades.

PASTORAL CARE
A equipe que cuida do pastor antes, durante e depois do
culto. São responsáveis por facilitar e ajudar o pastor em tudo
que ele precisar para que ele possa se concentrar na reunião.

LÍDERES
Aqueles que mais servem! São aqueles que criam metas,
capacitam voluntários, relatam o desenvolvimento da área
que são responsáveis, entre outras atribuições.

HOST
São pessoas responsáveis por acompanhar o fluxo das
demais equipes. Durante a reunião, são aqueles que checam
se todas as áreas estão fluindo e quais demandas precisam
ser melhoradas. Também são eles que resolvem as
demandas pontuais que o pastor solicitar, organizando com
as equipes como executar. "Host" significa hospedeiro, pois
eles carregam e difundem a cultura da igreja.

Servimos porque amamos a Jesus e amamos


as pessoas.
Desenvolvendo a excelência no voluntariado
A excelência no voluntariado é fundamental pois determina a
experiência que as pessoas vão ter com Jesus através de
nós.

Nós nunca sabemos quando vai ser aquela vez única


oportunidade de uma pessoa ser impactada através da nossa
vida. Então ensinamos nossos voluntários a serem
profissionais, maduros e excelentes naquilo que eles estão
fazendo para que possam impactar a vida de outras pessoas,
refletir a vida de Jesus naquilo que eles estão fazendo.

Isso faz toda a diferença! Vejamos o exemplo da nossa


equipe de parking, que cuida do estacionamento. Em uma
igreja tradicional, essa é uma equipe que é muito
negligenciada, sendo vista até como um castigo. Porém, é
essa equipe que causa a primeira impressão que as pessoas
têm da igreja. Por isso, elas precisam ser simpáticas,
carismáticas e alegres.

Pode parecer simples o que eles estão fazendo, mas o


impacto que isso causa na vida das pessoas é gigantesco!
Diferenças dos voluntários maduros e imaturos
MADUROS IMATUROS
Voluntários maduros Voluntários imaturos
vivem o processo. querem promoção.

Voluntários maduros Voluntários imaturos


produzem. apenas projetam.

Voluntários maduros Voluntários imaturos


querem contribuir. querem apenas créditos.

Voluntários maduros Voluntários imaturos


buscam soluções. arrumam desculpas.

Voluntários maduros Voluntários imaturos não


multiplicam. querem correr riscos.

Voluntários maduros Voluntários imaturos


elevam seu propósito elevam sua personalidade
acima da personalidade. acima do propósito.

Voluntários maduros Voluntários imaturos


celebram os outros. querem ser celebrados.

Voluntários maduros Voluntários imaturos


servem com mentalidade servem com mentalidade
de privilégio. de obrigação.

Voluntários maduros Voluntários imaturos não


pagam para ser treinados. gostam de alinhamentos.
crescimento

parte 04
orgânico
Muitas pessoas observam o que está acontecendo na Reino
em Balneário Camboriú e perguntam qual é a estratégia de
crescimento da Reino. Porém, uma das coisas que Deus nos
direcionou é que não teríamos o crescimento como pilar da
nossa igreja.

Nós temos três pilares para o desenvolvimento do nosso


trabalho: relevância, credibilidade e visibilidade.

Relevância
Nós não buscamos crescimento, nós buscamos relevância.
Isso significa ser relevante na vida das pessoas que estão
conosco. Buscamos contribuir positivamente na nossa
cidade, estado e país.

Credibilidade
Buscamos restaurar a credibilidade na questão financeira,
como a igreja lida com as doações, com as ofertas. Nós não
negligenciamos o princípio bíblico de ofertar e de dizimar,
mas nós não impomos isso a ninguém.

Nós também não incentivamos o apotropismo, ou seja, uma


relação de troca e de barganha com Deus. Nós ensinamos os
membros a se relacionarem com Deus com base no amor, na
gratidão, na generosidade, na voluntariedade.
Visibilidade
Buscamos a visibilidade, mas sem a necessidade de
propaganda. Nós fomos chamados para sermos
testemunhas de Jesus, mas nós não somos agência de
propaganda.

BRANDING PROPAGANDA
Testemunha de tudo que Promete bênçãos em nome
Cristo fez e faz no meio da de Deus sem ter garantia de
comunidade. que Ele realmente irá fazer.

"Olha só o que Jesus fez em "Venha que Jesus vai te


nosso meio…" curar hoje!"

Utiliza imagens de diversos Exalta a figura dos pastores e


membros, sem distinção cantores como atrações, sem
de cargos, para fortalecer o representatividade da
senso de comunidade. comunidade.

Demonstra e inspira um Divulga somente cultos,


estilo de vida cotidiano encontros e eventos nas
mostrando a vida de Cristo. divulgações.

As ações são para impactar Todas as ações de


a vida das pessoas e fazer marketing são para atrair
a diferença no cotidiano. visitantes nos cultos.

Cuidar da Presença
Outra direção do Espírito Santo que resultou em crescimento
da igreja, foi mudar o nosso cuidado com a Presença. As
igrejas, em maioria, têm mais cuidado do povo do que com a
presença de Jesus.

É importantíssimo cuidar das pessoas, mas nós não podemos


substituir o cuidado com a presença de Jesus.
Nós como igreja somos chamados para cuidar da presença
de Jesus e a própria presença de Jesus vai cuidar, curar,
sarar e libertas as pessoas.

Inclusive, repetimos muito: "Não somos babás de crente!"


porque entendemos que líderes não têm o papel de viver
procurando e mimando as pessoas. Cuidamos da presença
de Jesus, e essa Presença cuida das pessoas.

Nossa missão como líderes é centralizar Jesus na vida da


igreja. Fazer de Jesus o centro daquilo que nós somos,
daquilo que nós vivemos, daquilo que nós fazemos.

Centralidade de Cristo
Outro ponto para que uma igreja neste século seja poderosa
em Deus, ela precisa expressar a Cristo por meio da
centralidade dEle na vida da igreja - e deixar de expressar o
ministro. Em algumas igrejas, vemos a figura principal ser a
do ministro e não de Cristo.

Como o apóstolo Paulo chama a igreja de Corinto que


expressava a figura do ministro? É uma igreja infantilizada, é
uma igreja de meninos. Vejamos no texto bíblico:

“E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a
carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não
com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda
agora podeis, Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós
inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e
não andais segundo os homens? Porque, dizendo um: Eu sou
de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais
crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?”.
1 Coríntios 3:1-5
Às vezes, essa é a atitude natural do coração dos homens
que se reúnem em comunidade. Porém, é papel do ministro
orientar essa igreja para que deixe de expressá-lo e passe a
expressar a Cristo. Ou seja, são posicionamentos que o líder
deve ter, ações práticas que deve realizar, para que a igreja
passe a expressar mais de Cristo!

No texto de Apocalipse 1, onde estudamos sobre as sete


igrejas, vemos que Jesus está no centro desses candeeiros,
representando a relação de centralidade das igrejas em
Cristo. Porém, já na carta à primeira igreja de Éfeso, Jesus faz
uma advertência para que essa igreja volte ao primeiro amor
para que o seu candelabro não seja removido.

Então Cristo sempre vai permanecer sendo o centro, e alguns


candelabros podem ser removidos de Cristo e começam a
servir em torno do nada. Cristo não sai da Igreja, são algumas
igrejas que saem de Cristo. Portanto, precisamos voltar à
centralidade de Cristo nesse tempo que vivemos.

"No meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem,


vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos
peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram
brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como
chama de fogo; E os seus pés, semelhantes a latão reluzente,
como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz
como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete
estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o
seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece." -
Apocalipse 1:13-16

Esse trecho nos mostra que Jesus está no meio dos


candelabros, ou seja, no meio da sua igreja. Ele é o centro da
vida da igreja!
Ainda que muitos pastores e líderes não acreditem que Jesus
cuida da sua igreja, a escritura nos assegura isso. Tem muitos
líderes que já não acreditam mais por se envolverem com
sistemas e métodos humanos que roubam deles a
dependência e centralidade de Cristo.

E quando as igrejas perdem a centralidade de Jesus, elas


começam a trabalhar em torno de nada. Tem muita igreja
aparentemente tendo sucesso, mas trabalhando ao redor do
nada! E no final qual será sua recompensa? Recompensa
nenhuma!

- equipes
os -
r
- memb

pa
stores - lí

JESUS
ir os
á

er
es - volunt

Centralizar Jesus causa desconforto


Parece ser óbvio que a igreja de Jesus deve ser apontada,
dirigida e guiada para a pessoa de Jesus. Porém, quando nós
em Balneário Camboriú começamos a fazer isso percebemos
muitas oposições e resistências.
Como líderes e pastores precisamos entender que, quando
você estiver edificando para Cristo, nem todo mundo terá o
mesmo interesse que você. Nem todo mundo na igreja está
interessado em edificar o reino de Deus. Existem muitas
pessoas construindo para si o seu próprio reino, o seu
próprio império!

Quando o Senhor pôs Adão no Jardim do Éden, Ele ordenou


a Adão que comesse da árvore da vida que está no meio do
paraíso de Deus.

Essa árvore prefigura Cristo, porque ela tem a centralidade


no jardim de Deus a centralidade no ecossistema de vida de
Deus. E ao lado dessa árvore, está a árvore do conhecimento
do bem e do mal.

O que isso significa? Para eu perder a centralidade de Cristo,


basta começar a me alimentar de conhecimento. Inclusive,
muitas pessoas se alimentam do conhecimento milenar das
escrituras, mas não se alimentam da vida de Cristo.

E o que podemos entender com a história de Adão e Eva é


que a exposição à presença de Deus revela a real condição
do homem - nos deixa nus com nossas falhas. Muitas
pessoas vão resistir ao fato de centralizarmos a presença de
Jesus, porque na centralidade de Cristo está a presença de
Deus. E a presença de Deus revela a real condição do
homem!
Líder, confie seu crescimento em Jesus
Como líderes, devemos confiar que Jesus não depende de
ninguém. Na Reino, foi exatamente quando algumas pessoas
saíram - que eram muito carismáticas e talentosas - que nossa
igreja dobrou de tamanho. Ou seja, pessoas desalinhadas
atrapalham o crescimento. Foi Jesus quem tirou elas para
conduzir sua igreja para a direção que Ele desejava.

Existem homens tão prepotentes que eles acabam pensando


que o crescimento da igreja se dá por causa das habilidades
deles, por causa do carisma deles.

Porém, a Bíblia relata que o Espírito Santo que ia


acrescentando as almas dos que iam sendo salvos. Então a
igreja cresce porque o Senhor acrescenta almas à igreja!

Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os


dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de
salvar. Atos 2:47

Líderes relevantes entendem que seu papel é abrir espaço


para que Jesus seja o centro e possa fazer a sua obra. É
importante ressaltar que o Espírito Santo só acrescenta
quando Ele entende que a terra (igreja) está preparada para
receber as sementes (pessoas) para darem frutos.

Portanto, como líder, se submeta a direção do Espírito


centralizando a pessoa de Jesus em tudo que fizer, e Ele irá
lhe confiar o crescimento conforme a sua vontade.

Líderes relevantes são aqueles que se


submetem a direção do Espírito!
Construindo
o futuro.

@PREDUARDOREIS

EDUARDO REIS

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