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UNIVERSIDADE FEEVALE

CHARLES ELEOBERTO DA SILVA

ESTUDO DE CASO: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

NOVO HAMBURGO
2022

AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA
Nome: GT

DN: 11/12/1959 Idade: 62 anos Sexo:


Masculino

DI: 12/10/2022 Procedência: Novo


Hamburgo

Ocupação atual: Não informado

DM: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC (ISQUEMICO OU HEMORRAGICO


AGUDO).

QP: Afasia e hemiplegia a D.

HDA: Paciente trazido pelo Samu de seu domicilio no dia 12/10/2022 ao hmnh, previamente
hipertenso e diabético. conforme relato do familiar, paciente foi dormir por volta das 23hs e ao
acordar durante a madrugada apresentou quadro de afasia e diminuição de força em hemicorpo
direito, sendo realizado o diagnóstico de acidente vascular encefálico isquêmico de origem
cardioembólica, fora de janela para trombolítico.

HPP: Gastrite.

FATORES DE RISCO: HAS, obesidade.

HF: Sem informações no prontuário.

HS: Sem informações no prontuário.

DA: HAS, DM2, obesidade, dislipidemia, fibrilação atrial.

MEDICAÇÕES:

CAPTOPRIL 25MG CP
FUROSEMIDA SOL. INJET. 10 MG/ML - 2ML
HEPARINA 5.000UI/0,25ML AMP 0,25 ML USO SC
INSULINA 100UI/ML REGULAR FRASCO 10 ML
LOSARTANA POTASSICA 50MG
OMEPRAZOL 20M
AAG: Postura: Encontro paciente em DD, cabeceira elevada , alerta, afásico, respondendo aos
comandos, hemiparético à D, ventilando em AA, eupneico, acompanhado de familiar,
grau de força 4 em MSE e MIE, sem controle de tronco.

Face: atípica, lábios cianóticos, sem lesões e cicatrizes.

Extremidades: frias, cianóticas, edema em membros inferiores.

SINAIS VITAIS: PA: 140/90 mmHg, PAM: 106 mmHg FC:101 BPM, SpO2: 94%.

AP: MV com ronco em ápices.

AC: RR 2T BNF sem sopro

AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS:

Sistema Cardiorrespiratório:

Tórax: normolíneo em formato normal.

PMR: misto com predomínio diafragmático.

PR: ritmo regular, eupneico.

SINAIS DE DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA: sem alteração.

TOSSE: não apresenta.

RELAÇÃO TI:TE: 1:2

Sistema digestório: uso de sonda nasoenteral fechada.

Sistema Musculoesquelético: diminuição da funcionalidade.


Sistema Neurológico: Hipotônico.

DIAGNÓSTICO CINETICOFUNCIONAL: Diminuição da funcionalidade.

OBJETIVOS: manter a funcionalidade articular.

CONDUTAS:
- Mobilização passiva de MSD e MID.
- Exercício ativo de MSE e MIE.
- Afe Lenta.
- ELP
- Circular de esterno
- Reposicionamento no leito.
- Troca de decúbito.

EXAMES COMPLEMENTARES
ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORACICA (13/10/22).

Imagem 1

Conclusão:
-Ventrículo esquerdo com dilatação leve, hipertrofia excêntrica moderada, função diastólica
indeterminada pela presença de fibrilação atrial e disfunção sistólica moderada.
- Dilatação atrial esquerda de grau severo.
- Dilatação atrial direita de grau leve.
- Ausência de lesões valvares significativas.

Radiografia de tórax AP (14/10/22).


Imagem 2
OBS: - Controle evolutivo de sonda esofago-gástrica.

Radiografia de tórax PA + Perfil (20/10/22).


Achados:
- Infiltrado intersticial peribrônquico bilateralmente, associado à opacidades
alveolares.
- Área cardíaca aumentada.
- Seios costofrênicos livres.

ULTRASSONOGRAFIA DE ABDOMEM TOTAL 21/10/2022.


PARECER:
Imagens ecográficas sugestivas de:
- Esteatose hepática moderada.
- Cisto em rim esquerdo.
- Cálculo em rim esquerdo.

As opacidades intersticiais representam alterações que envolvem predominantemente


o interstício pulmonar. A nomenclatura mais tradicional divide as opacidades intersticiais em
2 grandes grupos: reticulares e nodulares. Na imagem 1 é possível observar discreta presença
de opacidade em padrão nodular, o que fica mais evidente na imagem 2, esse padrão
representa inúmeras pequenas opacidades arredondadas ou ovaladas menores que 9 mm. Mais
comumente, o padrão nodular está relacionado às doenças inflamatórias granulomatosas
pulmonares, como a sarcoidose e a silicose, e também, com as infecções (tuberculose, fungos)
(WADA; RODRIGUES; SANTOS, 2019).
Nos casos denominados “típicos” de infecção por P. jiroveci, as radiografias de tórax
apresentam o clássico infiltrado intersticial bilateral. Formas incomuns incluem abscessos,
cavitações, lesões císticas, consolidações lobares, lesões nodulares, pneumotórax,
pneumomediastino e até mesmo radiografia de tórax normal (TOMIO; SILVA, 2005).

Gasometria Arterial (Valores de referência pH7,35 – 7,45/ PaCO235 – 45/ HCO3 22 -26)
Data Resultado Interpretação
pH: 7,24; PCO2: 46,50; HCO3: 19,30 Acidose respiratória e metabólica
pH: 7,31; PCO2: 33,90; HCO3: 16,60 Acidose metabólica
pH: 7,24; PCO2: 71,50; HCO3: 30,50
pH: 7,32; PCO2: 65,60; HCO3: 33,30 Acidose respiratória
pH: 7,34; PCO2: 69,10; HCO3: 36,70
pH: 7,37; PCO2: 68,30; HCO3: 38,40 Acidose respiratória compensada

Creatinina (Valores de referência: 0,52 – 1,04mg/dl)


Data Resultado Interpretação
1,26mg/dl Infecção renal
0,34mg/dl
0,23mg/dl Alteração hepática
0,29 mg/dl
022 mg/dl

Ureia (Valores de referência 15mg/dl – 36mg/dl)


Data Resultado Interpretação
114mg/dl
102mg/dl
72mg/dl
64mg/dl
77mg/dl

Albumina (Valores de referência 3,5g/dl – 5g/dl)


Data Resultado Interpretação
15/03/22 2,12g/dl

Hemograma completo ()
Eritrócitos – RDW 17,6%
Leucócitos 22.200
Linfócitos 222 mm³

• Policromatofilia indicativa de anemia regenerativa;  Leucocitose sem desvio


indicando infecção (Neutrofilia);  Linfopenia devido a infecção por HIV.

Hemograma completo)
Hemácias 3,03 p/mm³/milhões
Hemoglobina 9,80 g/dl
Hematócrito 32,20%
VCM 106,3fl
RDW 21,7%
Leucócitos 11.430
Neutrófilos segmentados 11.167mm³
Linfócitos 137mm³
• Eritrócitos baixos indicando anemia aplástica;
• Policromatofilia (eritrócitos jovens, maiores do que os maduros) indicativo de anemia
regenerativa;
• Macrocitose (hemácias em tamanho maior que o normal);  Leucocitose sem desvio
indicando infecção (Neutrofilia);  Linfopenia devido a infecção por HIV.

Hemograma completo (25/03/22)


Hemácias 3,22p/mm³/milhões
Hemoglobina 10,30g/dl
Hematócrito 33,10%
VCM 102,80fl
RDW 20,2%
Monócitos 41mm³
Linfócitos 138mm³
• Eritrócitos baixos indicando anemia aplástica;
• Policromatofilia (eritrócitos jovens, maiores do que os maduros) indicativo de anemia
regenerativa;
• Macrocitose (hemácias em tamanho maior que o normal);  Monocitose indicativo de
inflamação;  Linfopenia devido a infecção por HIV.
Bilirrubina direta (Valor de referência até 0,3mg/dl)
Data Resultado Interpretação
0,86mg/dl
0,67mg/dl Lesão hepática

Gamaglutamil transferase (GGT) (Valores de referência 12U/L – 43U/L)


Data Resultado Interpretação
55,0 U/L Lesão hepática

Fósforo (Valores de referência 2,5mg/dl -4,5mg/dl)


Data Resultado Interpretação
5,20mg/dl Insuficiência renal

Transminase Glucamico-oxalacetica (TGO) (Valores de referência 14U/L – 36U/L)


Data Resultado Interpretação
92,80U/L
80,80U/L Doença hepática
108,00U/L
79,50U/L

Transminase Glucamico-piruvica (TGP) (Valor de referência < 35U/L)


Data Resultado Interpretação
51,60U/L
48,60U/L Doença hepática ou cardíaca
108,60U/L
88,60U/L

Desidrogenase lática (LDH) (Valores de referência 120U/L – 246U/L)


Data Resultado Interpretação
1.390U/L Anemina; carcinoma; choque séptico;
infarto; leucemia; hepatite; icterícia; cirrose

Troponina I (Valor de referência > 0,120ng/ml)


Data Resultado Interpretação
1,520ng/ml Problema cardíaco

Plaquetas (Valores de referência 140.000/mm³ - 450.000/mm³)


Data Resultado Interpretação
96.000/mm³
90.000/mm³ Plaquetopenia secundária a doença auto-imune
107.000/mm³
120.000/mm³
130.000/mm³

Cálcio Total (Valores de referência 8,4mg/dl – 10,2mg/dl)


Data Resultado Interpretação
6,90md/dl Hipocalcemia que pode ser devido a
7,9mg/dl insuficiência renal e níveis de fósforo
7,3mg/dl aumentado.

Creatinoquinase (CK total) (Valores de referência 55U/L – 170U/L)


Data Resultado Interpretação
32,00U/L Perda de massa muscular

Cloreto (Valores de referência 98mmol/L – 107mmol/L)


Data Resultado Interpretação
112,0mmol/L Acidose tubular renal

EVOLUÇÕES
19/10/22

20/10/22
25/10/22

26/10/22
27/10/22

MEDICAMENTOS
• Omeprazol sódico: O omeprazol sódico está indicado quando a administração do
omeprazol comprimido está impossibilitada, na presença de alguma das seguintes
indicações: - úlcera péptica (erosão na parede) do estômago ou do duodeno; -
esofagite
de refluxo (inflamação do esôfago por líquido ácido proveniente do estômago) ; -
síndrome de Zollinger-Ellison (doença causada por um tumor produtor de gastrina,
um hormônio que aumenta a produção de ácido pelo estômago e favorece o
aparecimento de múltiplas úlceras); - prevenção de aspiração do conteúdo gástrico
durante a anestesia geral em pacientes de risco.
• Furosemida: é indicado nos casos de hipertensão arterial de leve a moderada, edema
(inchaço) devido a distúrbios do coração, do fígado e dos rins e edema (inchaço)
devido a queimaduras.
• Hidrocortisona: é indicado para o tratamento tópico de dermatites; é indicado para o
alívio das manifestações inflamatórias e pruriginosas em dermatoses sensíveis aos
corticosteroides. A Hidrocortisona, que pertence a um grupo de medicamentos
denominados esteroides. Os esteroides ajudam a reduzir a vermelhidão, o inchaço e a
irritação da pele.

REFERENCIAL TEÓRICO.
Segundo dados epidemiológicos o AVC é considerado a segunda principal causa de morte e
incapacidade no mundo (Garritano et al., 2011). No Brasil são registradas cerca de 68 mil mortes
anualmente por consequência do Acidente Vascular Cerebral resultando em grande impacto
econômico e social, pois muitos indivíduos permanecem dependentes de algum tipo de ajuda por
pequeno tempo ou mesmo por toda a vida após a lesão (Ferla, Grave, Perico 2015).
Provocando danos e comprometimentos que dependem do local e da extensão da lesão, as
complicações do AVC pode desencadear sequelas em partes sensitivas, motoras e cognitivas,
resultando em déficits na capacidade funcional, na independência e também qualidade de vida dos
indivíduos afetados (Freitas et al., 2016). No contexto da reabilitação, a assistência fisioterapêutica
tem um importante papel na redução de impactos negativos resultado de complicações
desenvolvidas pelas sequelas do Acidente Vascular Cerebral, trabalhando no desempenho
funcional do paciente, minimizando suas limitações funcionais e contribuindo para a recuperação
(Lopes, Castaneda, Sobral 2013).

DESFECHO
REFERÊNCIAS

ALVES, N. S.; PAZ, F. A. N. Segunda maior causa de morte e incapacidade no mundo.


Revista da FAESF, vol. 2, n. 4, p. 25-30, 2018. Disponível em:
faesfpi.com.br/revista/index.php/faesf/article/view/66/60.

GONTIJO RIBEIRO, T. et. al. Treinamento orientado à tarefa e fisioterapia convencional na


recuperação motora no pós-AVC. Revista Neurociências, [S. l.], v. 28, p. 1–15, 2020.
Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/10571.

JORNAL DA USP. Campanha Mundial do AVC enfatiza importância do exercício físico.


2020. Disponível em: http://jornal.fmrp.usp.br/campanha-mundial-do-avc-enfatiza-
importancia-do-exercicio-fisico/.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente


Vascular Cerebral. Brasília-DF. 2013. Disponível
em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_vasc
ular_cerebral.pdf.

ROSENO, C. F.; SILVA, M. dos S. Construção de uma cartilha educativa para promoção da
saúde do idoso com sequelas de acidente vascular cerebral. 2020. 26p. Artigo (Graduação em
Enfermagem) – Centro Universitário Fametro, Fortaleza, 2020. Disponível em:
http://repositorio.unifametro.edu.br/handle/123456789/601.

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