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Coloração: leishman
panótico
Digerido pelo
macrófago
Índices hematimétricos
• VCM (88.0 ± 8.0)= Ht/no GV (fl=10-15l)
• HCM (30.4 ± 2.8) = Hb/no GV (pg=10-12g)
• CHCM (34.4 ± 1.1)= Hb/Ht (g/dl)
• RDW (13.1 ± 1.4)= grau de anisocitose
Anemia:
H = Hb<13,5g/dL ou HTC<41%
M = Hb<12 g/dL ou HTC<36%
Adapted from Williams' Hematology, 6th ed, Beutler, E, Lichtman, MA, Coller, BS, et al (Eds), McGraw-Hill, New York, 2001.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
• 2,5% população normal estará 🡹 ou 🡹 dos valores de referência
• Populações especiais:
• Altas altitudes: 🡹
• Tabagistas/poluição:🡹
• Atletas: 🡹vol plasmático, sangramento TGI, hemólise IV, def.Fe.
policitemia: esporte extremo, andrógenos ou EPO
• Idosos
• Gestantes: Hb/HTC subestimados
• 3ºT: massa Hc aumenta 25% e volume plasmático 50% (anemia fisiológica
ou dilucional, na verdade está policitêmica)
• Uso de IECA: 🡹 eritropoeise
• Afro-americanos: Hb 🡹 de 0,5-1g/dL em comparação aos caucasianos
• Perda sanguínea aguda (reequilíbrio extravascular para intravascular em
36-48h): Hb/HTC (pior do que parece).
• Desidratação (🡹volume plasmático): Hb/HTC superestimados.
Sintomas
Ex:
Sem anemia: extração tecidual O2 25%
🡹
Sintomas dependentes da Hb 8-9: extração tecidual O2 p/ 60%
🡹
velocidade de instalação (equilíbrio
Hb 5: soma-se aumento do DC (VS e FC).
IV/ExV, rim), intensidade (extração Compensado somente em repouso.
tecidual) e da capacidade de 🡹
adaptação (débito cardíaco) Hb<5: descompensação mesmo em repouso.
Sinais
✔ Palidez
✔ Icterícia
✔ Úlceras de membros inferiores
✔ Alterações ungueais
✔ Glossite
✔ Sopro cardíaco
✔ Taquicardia
✔ Esplenomegalia
Dependem da etiologia da
anemia
RETICULÓCITOS
• Manual:
• Contar 1.000 Hc Coloração supravital: azul de cresil
• Automatizada:
• Corante fluorescente (ex: laranja de tiazole)
RETICULÓCITOS
• Contagem relativa (percentual): 0,5-2%
• Contagem absoluta: (0,5-1,5-2%) x 5.000.000 (Hc) = 25.000-75/100.000/uL
• Contagem corrigida de reticulócitos (dividir ret absoluto não corrigido por tempo de
maturação no sangue periférico)
• Falta de produção
• Excesso de destruição
• Perda de sangue
Anemias
Carência de ferro, Falta de eritropoetina
vitamina B12, ácido Hipotireoidismo
fólico hipogonadismo
(andrógenos)
Falta de produção
Falta de tecido
eritropoético
Invasão da Medula Óssea Agentes químicos:benzeno
Leucemias Agentes físicos:radiações
Mieloma medicamentos
Metástases Infecções e toxinas
Aplasia de MO/SMD
Inflamação
Reticulócitos Baixos
SANGRAMENTO
PERDAS AGUDAS PERDAS CRÔNICAS
Sintomas Mecanismos de
importantes, adaptação.
surgimento Sintomas
rápido “leves”pro grau
de anemia
Reticulócitos Reticulócitos
Altos Baixos
Anemias
Defeitos do Agressão ao
eritrócito eritrócito
Excesso de
destruição
Reticulócitos aumentados
Anemias
Perdas
hemorrágicas
Agudas Crônicas
Reticulócitos aumentados
Espoliação de ferro
• Macrocíticas
• Normocíticas normocrômicas
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS
• VCM = Ht/no GV (fl=10-15L)
• HCM = Hb/no GV (pg=10-12g)
• CHCM = Hb/Ht (g/dl)
• RDW = grau de anisocitose (=coeficiente
de variação de volumes)
N hipersegmentado
Anemias Microcíticas e
Hipocrômicas
Reservas de ferro
diminuídas ?
🡹disponibilidade Fe
🡹síntese do heme
SIM 🡹síntese da globina NÃO
Anemia Talassemias
Anemias doenças crônicas
ferropênica Anemia sideroblástica
Intoxicação por chumbo
Deficiência de cobre
Anemia Ferropênica
Causas
Dieta inadequada
Diminuição da absorção
Acloridria Cirurgia gástrica Doença celíaca H.pylori?
Perdas aumentadas
Hemorróidas
Fluxo menstrual excessivo Salicilatos
Sangramento gastrointestinal Úlcera péptica
Diverticulose
Doação de sangue Neoplasia
Hemoglobinúria Retocolite ulcerativa
Alterações da hemostasia Ancilostomíase
Divertículo de Meckel
Aumento das necessidades
Infância Gravidez Lactação
Anemia Ferropênica
Sintomas/Sinais mais específicos
• Pica (gelo=fagofagia, terra=geofagia)
• Síndrome de Plummer-Vinson (disfagia,
membrana esofágica, glossite atrófica,
anemia ferropriva)
• Coiloníquia (“unhas em colher”)
• Esclera azul
• Glossite
• Atrofia de papilas linguais
• Alopécia
• Síndrome das pernas inquietas Hc em “cigarro” ou “lápis”
150
mg
3-7mg
Reciclagem:
Citocromos, catalase, 25-30mg/dia
(~40% ferro das Hc
ERIPTOSE
400mg Baço
destruídas)
MO
Kupffer (fígado)
estoque:
• 10mg/Kg (H)=0,8-1g
• 5,5±3,4mg/Kg (M)
Valor de Ferritina
Condição
(ng/ml)
Sim
Investigar
Mulheres que Homens
menstruam
causa Mulheres que não menstruam
Menorragia
?
Gravidez ?
Sim Não Investigar trato gastrointestinal
Sacarato de hidróxido de
330 mg 100 mg
ferro III (polimaltosado)
Freqüência EA 25 a 40 % ±10%
Tolerância e Adesão ao
Menor Maior
Tratamento
125 200
Dose máxima (mg) 500-1000
(10mL=2ampolas) (10mL=2ampolas)
Teste pré sim não não
Tempo de infusão 2 a 4h 10 min 15min/100mg
OMS - Nenhum óbito em 25 milhões de doses administradas do gluconato ou sacarato versus 31 óbitos em 12
milhões de doses administradas do ferro dextran. Faich G et al. – Am J Kidney Dis 1999, 33:464-470
TRATAMENTO DA ANEMIA FERROPRIVA
a Reposição dos
2 Fase(*) 2 a 6 meses
estoques de ferro
• Hemácias em alvo
• Hipocromia
• Microcitose
• Poiquilocitose, dacriócitos
Fascies talassêmica: “Fios de Escova” =
• RDW nl. Corpúsculo de Heinz -Bossas frontal e parietal expansão medular na
-Expansão do maxilar cortical do osso
• Beta-tal minor:
• Eletroforese de Hb ou cromatografia líquida 🡹 aumento da fração A2
e 50% HbF.
• VCM<70. HCM reduzido. Ret pode estar pouco elevado.
• Alfa-tal minor: métodos moleculares. Sugere HbH.
ANEMIA DE DOENÇA
CRÔNICA
• Câncer
• Infeccões
• Tuberculose
• Endocardite
• Abscessos
• Osteomielite
• Doenças inflamatórias
• Artrite reumatóide
• Doença inflamatória intestinal (ex: colite ulcerativa)
ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA
DOENÇA CRÔNICA x SMD (ARSA)
Ferropriva?
Macrófagos vazios
Sideroblastos vazios
PERFIL DE FERRO
Ferro sérico não é um bom exame, varia com:
PERFIL DE FERRO
• dieta
• hora da coleta
• ciclo circadiano
• Condições que causam Fe baixo espúrio -
câncer/inflamação/IAM ..
Hiperparatireoidismo
2º: supressão de MO ANEMIA DA IRC ADC
2. Tratamento:
1. EPO
2. Hb alvo = 11-12g/dL (>12 associação com eventos cardiovasculares/morte)
3. 25% dialíticos têm resistência a EPO (infecção, inflamação, deficiência real ou
funcional de ferro, sangramento, hemólise)
1. Funcional: ferritina <100 e Sat. Transferrina <20%: FE IV
4. Anticorpos Anti-EPO: APSV
Anemia macrocítica
Reticulócitos
Altos?
Sim Não
VITAMINA B12
• Estoques:5 anos
• Fonte Alimentos de
origem animal:
• Leite
• Carne
• Ovos
ÁCIDO FÓLICO
Estoque: 3-4meses
• Vegetais verdes
• Cereais
• Feijão
•Deficiência de B12 e folato
•Anemia Hipoproliferatia reticulócitos 🡹
•Eitropoiese ineficaz
•Macrocitose
•DHL extremamente alto
Cirurgia em Y de roux
CAUSAS
B12 sérica >300 pg/mL 200-300 pg/mL (148-221 pmol/L) <200 pg/mL (<148
(>221 pmol/L)
pmol/L) E=95% S=97-100%
HEMÓLISE
Extravascular Intravascular
• Anamnese:
• Início abrupto:
• transfusões incompatíveis, da ingestão de substâncias oxidantes em pacientes
com deficiência de G6PD, das associadas com doenças febris agudas, da PTT
e de alguns casos de anemias hemolíticas autoimunes.
• Dores nas costas, no abdome e nas pernas são comuns, assim como cefaléia,
mal-estar, calafrios e febre. Palidez, icterícia, taquicardia e outros sintomas de
anemia grave podem ser proeminentes.
• Início insidioso (semanas ou meses):
• adaptação cardiovascular adequada faz com que os sintomas sejam escassos
e o paciente procure assistência médica por notar palidez ou/e icterícia
• História familiar
• Presença de consanguinidade
• Ingestão de medicamentos
• Exposição ocupacional, doenças prévias, viagens
ANEMIAS HEMOLÍTICAS
Abordagem do paciente com suspeita de anemia hemolítica
• Exame físico: palidez e icterícia, com ou sem esplenomegalia, cor da urina
Numerosos esferócitos
ANEMIAS HEMOLÍTICAS
Anemias hemolíticas auto-imunes (AHAI)
• Incomum (incidência anual:1 a 3 casos/100.000 habitantes
• Caracteriza-se por evidências clínicas e laboratoriais de hemólise, causada por
anticorpos auto-reativos dirigidos contra antígenos eritrocitários.
• Maioria Ac são IgG ou IgM, mas minoria IgA
• Classificadas conforme sensibilidade térmica do anticorpo:
• AHAI causadas por anticorpos quentes (ligam-se mais avidamente aos
eritrócitos a 37o C)
• AHAI causadas por anticorpos frios ou crioaglutininas (reagem mais fortemente
a 4o C)
• Tipo misto, com presença de auto-anticorpos quentes e frios.
• Cada uma destas categorias, pode ser primária, na qual não existem condições
associadas, ou secundária, quando acompanha uma doença de base ou é induzida
por fármacos.
• De modo geral, os Ac quentes são da classe IgG e os frios da classe IgM
AHAI
Lâmina de sangue periférico: hemácias aglutinadas.
TAD positivo
AHAI
TAD + (coombs direto):
- IgG + C3:
- 200-500 moléculas de Ac/cel
- Mas <100 podem encurtar vida Hc
(coombs negativo)
- Monoespecífico:
- 30-40% IgG
- 10% C3
- 50% ambos
- IgM é removida na lavagem – geralmente
não detectada
- IgA geralmente não faz parte do kit
- AHAI coombs negativo: métodos mais
sensíveis
TRATAMENTO
• Transfusão lenta ABO Rh compatíves + monitorização: auto-Ac pode mascarar
um aloanticorpo, optar por doador com menor chance de aloAc. Tx lenta.
• AHAI quente (IgG):
• Prednisona 1mg/Kg/d: reduz capacidade do macrófago de fagocitar Hc
recobertas por IgG ou C e produção de Ac. Após resposta reduzir dose
10mg/semana, até 30mg. Após reduzir 5mg/sem. Até 20-40 sim/não ou
suspensão se TAD negativar. (reposta 2/3, RC 20%)
• Pulso de metilprednisolona
• Esplenectomia se sem resposta após 2-3sem de pred 1mg/Kg. (Reduz
clearance de IgG)
• Refratários: Rituximab 100 ou 375mg/m2
• Outras: CTX, AZA, MMF, CYA, danazol. IgIV menos eficaz que PTI.
• AHAI a frio:
• Aquecer
• Não responde a CE
• Resposta 50% a rituximabe. CTX. Clorambucil. QT s/n.
• Não fazer esplenectomia. Hemólise intravascular ou no fígado. IgIV não
funciona
• Plasmaférese
• Tratar causa 2ª
• AH drogas: parar a droga
Hemoglobinopatias
Eletroforese de Hb
Hb S = 95,2 %
Hb A2 = 2,7 %
Hb Fetal = 2,1%
Fisiopatologia
✔ Anemia hemolítica
crônica
(extra-vascular>intra-
vascular)
✔ Fenômenos vaso-
oclusivos (NO)
Complicações crônicas
1. úlceras de perna
2. colecistopatia crônica
calculosa
3. acometimento renal
4. hipertensão pulmonar
5. cor pulmonale
6. necrose isquêmica de
cabeça de fêmur
7. retinopatia proliferativa
8. sobrecarga de ferro
insuficiência cardíaca
congestiva
9. osteomielite
Doença Falciforme
Tratamento:
1. Curativo: TMO
2. Suporte clínico e cuidados específicos
3. Nas crianças, além da vacinação contra pneumococo e hemophilus, profilaxia com
penicilina.
4. Ácido fólico 1 mg/dia
5. Hidroxiuréia: (⇧HbF, modificação interações eritrócitos- endotélio com
alterações da expressão de moléculas de adesão e metabolismo do NO e
mielossupressão, com 🡻 principalmente do número de neutrófilos)
1. prevenção de crises dolorosas
6. Transfusão de sangue: (melhorar a anemia sintomática e reduzir ou prevenir
complicações através da redução da proporção da HbS)
1. hemácias fenotipadas
2. Hb 8 a 10 g/dl : ex-sangüíneo transfusão parcial - procedimento visa a
diluição da hemoglobina S
3. Sobrecarga de ferro + quelantes de ferro
7. Crises dolorosas: hidratação com soluções hipotônicas e analgesia com opióides -
morfina, associada ou não a antiinflamatórios não-hormonais e medicações
adjuvantes. Antibióticos, transfusões de sangue e O2 não estão indicados de
rotina.
Doença Falciforme
1. AVC isquemico: ex-sanguíneo transfusão parcial (automatizada de preferência)
para 🡹rapidamente HbS para <30%, seguido por regime de transfusão crônica por
tempo indeterminado, para prevenção de recidiva. Se Hb >10g/dl este
procedimento é obrigatório, não é possível transfusão simples. Medir o fluxo da
artéria cerebral média cçs 2-16 anos com Doppler transcraniano: se 🡹velocidade
de fluxo, iniciar programa transfusional profilático.
2. Síndrome torácica aguda (STA):febre, sintomas respiratórios como tosse, dispnéia
e dor torácica, hipóxia e um novo infiltrado pulmonar na radiografia de tórax (causas:
infecções por Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae; embolia
gordurosa secundária a necrose de medula óssea; hipoventilação secundária a dor
torácica ou a sedação excessiva e hiperhidratação, cirurgia e anestesia). Pp causa
morte adultos. Tto: combater a hipóxia, administrar precocemente concentrado de
hemácias (considerar os níveis de Hb como já citado), cobrir os agentes infecciosos
mais freqüentes, realizar fisioterapia respiratória ativa, evitar a sedação excessiva e a
hiperhidratação.
3. Anemia aguda: seqüestro esplênico ou hepático, crise aplástica decorrente de
infecção por parvovírus B19 e por eventos vasooclusivos muito graves com
insuficiência de múltiplos órgãos. Ttto: Tx sangue.
4. Priapismo, definido como a ereção peniana dolorosa, sustentada e não-desejada
(obstrução da drenagem venosa, afetando o corpo cavernoso). Risco de impotência. Maior do
que 3 horas, é uma emergência. Tto: Exsanguíneo transfusão parcial? Hidroxiuréia ?