A ORIGEM DA CIÊNCIA JURÍDICA E DA PRÁTICA INSTITUCIONAL DA ARTE DO DIREITO É NO
KEMET (ANTIGO EGIPTO FARAÓNICO NEGRO AFRICANO)
=EM DEFESA DAS TESES DE CHEIKH ANTA DIOP= "O Direito surgiu na Grécia, bem como a sua prática, por isso se estuda a Filosofia do Direito à partir da Grécia Antiga." Quando a premissa é falsa os resultados também são falsos. Isso faz-nos compreender que a afirmação acima no leva a profalsa certeza de que o direito grego é o primeiro no mundo. Nada mais do que um grande engano, pois nem se quer o Código de Hamurabi faz do sistema jurídico babiloniano como o primeiro sistema jurídico institucionalizado. A obra acima "História das Instituições do Direito Privado no Antigo Egipto, Vol. III, trata da ciência jurídica na VIa Dinastia no século XXII a.C . Nesta altura a Grécia enquanto Civilização ainda não existia e Hamurabi estava muito provavelmente no Astral Superior a investigar quais os corpos ideiais de uma mulher e de um homem homem para nascer, pois Hamurabi nasce no seculo XVIII a.C ou seja cinco séculos depois do Fari Djed Ka Ra (Djedkare) fundador da VIa Dinastia. Recordemos ainda que Solon o primeiro legislador da Grecia estudou nos Hat Neter Ankh no Kemet (leia-se "La Logologie" de Vincent Dekaroui), assim como grande parte dos pseudo sábios gregos da antiguidade la estudaram (leia-se em "O Legado Roubado" de Georges James). A civilização Grega surge apenas a 1500 a.C. ou mais e foi produto e "emprestimo" cultural dos povos negro-africanos do Kemet. "Nós já vimos (Cap. 3) que no século XVI a.C. a XVIII a Dinastia egipcia tinha efectivamente colonizado todo o Mar Egéu e deste feita, esta região saiu do mundo da Protohistoria para entrar no ciclo histórico da humanidade, pela introdução da escrita (lineares A e B) e um conjunto de técnicas agrárias e metalúrgicas que aqui seria muito longas enumerar. É nesta época, onde, segundo a própria tradição grega, mantida muito tempo misteriosa, Cécrops, Égyptos e Danaos, todos eles Egipcios, introduziram a agricultura, a metalúrgia, etc. É a época de Erechteu, o Egípcio e herói fundador da Ática. Sempre segundo esta mesma tradição grega, foram estes Negros egipcios que fundaram as primeiras dinastias na Grécia Continental, em Thebas (Beócia) com Kadmus (Cadmus) o negróide vindo de Canaan, na Fenícia, ou mesmo Atenas como viremos a ver além. A primeira forma de governo fora portanto aquela do colonizador: a Grécia micênica conheceu primeiro o modelo de produção de Estado Africano, quer dizer egípcio ou Estado MPA, com o seu aparelho burocrático elaborado; é nesta época da realeza palaciana, aquela descrita por Homero oito séculos mais tarde na Ilíada e Odisseia; neste aparelho etatico estrangeiro, por bem dos aspectos, muito avançado em relação as estruturas encontradas no local: é a razão pela qual a Grécia, depois da invasão Dória perdeu naturalmente o uso artificial da escrita durante quatro séculos (do XII° ao VIII° séc. a.C.) para voltar a encontrar só no século VIII a.C., desta vez com um desejo real de desenvolvimento, em perfeito acordo com as formas de organizaçoes a horas. O Egipto foi o instrutor quase exclusivo da Grécia em todas as épocas, existe uma solidariedade histórica entre as duas civilizações que o pesquisador não deve perder de vista se este quiser fazer obra científica. Nós já dissemos que a projeção do período arcaico e semi legendário da Grécia sobre a cronologia histórica egípcia paralela é feita muitas vezes apenas num interesse comparativo: assim a destruição de Tróia no meio do século XIII a.C., teve lugar efectivamente sob o reino de Ramses II, na época da civilização negra egipcia, enquanto que a Grécia estava ainda nos sacrifícios humanos: foi bem Agamemnon quem sacrificou Ifigênia aos deuses na Eulida... Todas as super estruturas ideologicas que são questão aqui e muitas outras, estão presentes no Egipto em épocas bem datadas, milhares de anos antes da sua aparição por difusão (no sentido de Ellioth SMITH), em outras regiões do planeta, ficados todo este período na noite da história." (DIOP, Cheikh Anta - Civilizations ou Barbarie, Anthropologie sans Complaissance, Ed. Presence Africaone, Paris, p. 182, tradução de F. A. Vidal). Nos últimos tempos temos observado alguns jovens aqui na aldeia do facebook angolano luandense, que arregimentam publicamente diversos discursos anti diop, aludindo que os trabalhos de Diop bem como a actual Kemetologia (também Egiptologia Africana) vem eclipsar o resto da cultura africana como um todo. São daltonicos intelectuais os que assim pensam, pois tudo indica que não leram na plenitude ou leram mal ou não conhecem em profundidade a obra Cheikhantadiopiana. Diop aferia muito bem que "o Egipto Antigo explica a Africa Negra e a Africa Negra explica o Egipto Antigo." Diop apresentou muito bem os Eixos de Aproximação entre o Kemet e os outros complexos civilizacionais posteriores de África. No sujeito que analisamos hoje, o Kemet é de facto o Berço da Ciência Juridica e prática do Direito institucionalmente falando, vide por exemplo que todo o sistema politico no Kemet sentava-se sobre MAAT com as suas 10 Leis, e esta mesma Maat (Neter da Justiça) era muito mais antiga que a Nemesis Grega de olhos vendados com a espada e a balança nas mãos quando Maat apenas tinha as mãos estendidas no horizonte com uma pena de avestruz na cabeça. A representação Kemetica da Justiça na sua simbologia alude a aplição da Força do Direito nos factos sociais enquanto que na símbologia grega (Nemesis) aplica-se o Direito da Força nestes factos (a exemplo disso temos a votação via ostracon, onde só os ricos podiam votar na Grécia e onde quem mais posses tinha mais capacidade juridica tinha, não foi a toa que Frederich Willheim Hegel na sua obra "A Origem da Família, da Sociedade e do Estado" afirmou que o "Direito surge enquanto emanação de riqueza." No caso na Filosofia do Direito antigo e também moderno eurocêntrico que por via dos da força dos compromissos jurídicos internacionais com as ex potencias, a herança colonial, a religião e a falta de ousadia da inteligentsia africana os estados africanos reeditam. Ainda assim o Direito e a Justiça são garantias Divinas para todos os seres sem exceção no sistema kemetico e isso é representado pela primeira vez em todo mundo na cena do Tribunal de Aser (Osiris) onde neste Tribunal encontramos todos os pressupostos que se usam nos sistemas jurídicos de hoje. (Numa próxima oportunidade descodificaremos conceitualmente e formalmente esta pintura). François Daumas na sua obra "La Civilization de l'Égypte Pharaonique" Ed. Arthaud , publicada em 1965, este autor destaca um vasto capítulo sobre a "Vida Jurídica e as Instituições no Antigo Egipto." Este autor destaca que no III° milenio a.C. já existiam leis escritas no Kemet, que mais tarde desembocaram na Estela de Horemheb em Karanak na XVIIIa Dinastia. Além disso nós podemos ver ainda na Va Dinastia que os Tribunais do Kemet estavam organizados em Seis Cortes de Justiça denominadas "Morada dos Veneráveis". Uns dirão que as estelas de Hamurabi são as tabuas de Leis mais antigas do mundo e outros dirão que as Leis de Manu (na India branca ariana) são mais antigas ainda, mas nada mais falso, porque as Declarações Juridicas (Confissões) de Maat inscritas no Tribunal de Aser são o sistema constitucional mais remoto do mundo e isso nos explica bem a série das obras de Gerald Massey com o titulo "Ancient Egypt, The Light of the World, Vol I, II entre outros seus trabalhos. As obras de Christian Jacque nos embrenham também neste caminho. Todavia no caso da principal obra que estamos a analisar de Jacques Pirenne publicada a margem deste texto vimos que no Kemet no VIa Dinastia não só já vigorava um sistema de Direito Privado instituto como também um Direito Administrativo altamente organizado além de outros tipos de direito tal como os direitos comuns, de lembrar também que a primeira grande manifestação publica contra um estado organizado na antiguidade decorreu no Kemet em virtude do povo reclamar o acesso ao Tribunal de Aser como uma garantia jurídica para todos. Lembremos que não pode e nem deve existir Direitos Públicos sem antes o respeito aos Direitos Privados e este era um direito consagrado no sistema kemetico, o respeito absoluto a propriedade privada. Podemos ver um Direito Administrativo complexo e altamente desenvolvido no Kemet a partir de alguns cargos administrativos e instituições tais que Per Nisout (Chancelaria, Arquivos, Registo e Serviços de impostos), Imra Oupet (Chefe ou Director das Declarações), Per Heri Oudjeb (Gabinete da Recolha dos impostos), Imra Djeba (chefe ou director do pagamento dos impostos), Seb Adj Mer (Governador Provincial), Imra Shema (Governador Central/ Governador do Alto Egipto). No Egipto Antigo já vigorava o princípio de habeas corpus, o Professor Bubakar N. Keita demonstra isso nas suas obras e eu aprendi isso no seminário especializado em História de África no último ano no ISCED/UAN, bem como o sistema da advogacia nos tribunais instituídos, e tudo isso retirado do Tribunal Divino de Aser. Mas em tudo, o mais notável é podermos ver no Tribunal de Aser a representação do princípio da Justiça acima do direito e um equilíbrio jurídico bem acentuado entre Nebthet e Aset. Precisamos estudar as instituições africanas com profundidade desde o Kemet até ao Kongo Mediaval ao Bailundu Pré Colonial. Não só existe uma Filosofia em Africa como uma profunda Filosofia do Direito Africano a todos os níveis civilizacionais cronológicos peridicionais. Muito se tinha a dizer sobre este assunto, mas ficaremos por enquanto por aqui. Por Filipe A. Vidal (Aset Benu Aton) que vos escreve investido com os títulos civis/admnistrativos e divinos de EmiRa Ouabti/Heri Djaja Kher Heb/Kherp Nesti Per Aa