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AO

JUÍZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL


DE COMARCA DE LUANDA

PROC. 00/23.2TPLDA

Bungle Bang, arguido melhor identificado nos Autos à margem referenciados, vem por
esta via requerer:

PROVIDÊNCIA DE HABEAS CORPUS

Nos termos dos artigos 25º e 26º da Constituição da República conjugado o artigo 289º e
segs. do Código de Processo Penal, pelos factos e fundamentos a seguir expostos:


, O arguido foi detido, no dia 24 Março de 2023, em cumprimento do mandado judicial
expedido para o efeito, nos termos e fundamentos constantes do douto despacho
respectivo, vide fls 158 e 159.


O arguido reitera que, na data designada para audiência de julgamento, encontrava-se
doente e a beneficiar de repouso médico, circunstância per se impeditiva de comparecer
àquela diligência processual na medida em que o período de tratamento e repouso
prescrito fixou-se entre os dias 21 e 23 de Fevereiro de 2023, conforme o justificativo que
mais uma vez junta.


O justificativo médico foi presente, tempestivamente, ao Tribunal que não acolheu o
respectivo teor por alegada desconformidade com os pressupostos legais da norma
constante no nº 4, do artigo 136º do CPP.

O arguido tomou conhecimento de que deveria comparecer ao tribunal dia 25 do corrente


mês, que o fez de forma voluntária, pessoalmente, e, para sua inegável surpresa, foi-lhe
exibido um mandado de detenção que lhe sujeitou a uma nova medida, isto é, que lhe
submete a necessidade de permanecer sob custódia, até à próxima audiência de
julgamento.


Em referência à dúvida suscitada pelo Tribunal em torno do Justificativo Médico de fls.
151 dos autos, a lei estabelece, no nº 5 do artigo 136º do CPP, que o Magistrado pode
ordenar a comparência do médico que passou o comprovativo médico ou a comprovação
deste por outro médico.


É o caso sub judice, porquanto, a Entidade sanitária que prescreveu e acompanha o
arguido, constante do justificativo médico em alusão, é conhecida e legalmente
constituída, pelo que podem ser, ex-officio, objecto de sindicância, em caso de algum
incidente de suspeição que sobre ela possa pender, como decorrre da norma em apreço.


Pelo facto do requerente padecer de hipertensão e, como tal, estar abrangido pela
disposição normativa da alínea a),nº 1 artigo 280º do CPP que torna declaradamente
incompatível a privação da sua liberdade;
8.º
Basta lembrar a este venerando Tribunal que tal enfermidade é bastante sinuosa e de
forma inesperada pode levar à crise.

Ante o exposto, requer-se a concessão da ordem


de Habeas corpus, revogando-se medida de prisão
(detenção ilegal) preventiva e mantendo o arguido
em Liberdade.

ESPERA DEFERIMENTO

JUNTA: um conjunto de nove documentos ( justificativo médico e demais compravativos de


exames médico )

OS ADVOGADOS:

Azarado Ancorado Mal Amado

______________________ ___________________ ___________________


Céd. 0001 Céd. 0601 Céd. 00.602

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