O documento descreve terapias gênicas, vacinas gênicas e a técnica CRISPR-Cas9. A terapia gênica transfere material genético para prevenir ou curar doenças, enquanto vacinas gênicas usam genes de patógenos para estimular a resposta imune de forma segura. A técnica CRISPR-Cas9 usa enzimas guiadas por RNA para cortar DNA específico e editar genomas.
O documento descreve terapias gênicas, vacinas gênicas e a técnica CRISPR-Cas9. A terapia gênica transfere material genético para prevenir ou curar doenças, enquanto vacinas gênicas usam genes de patógenos para estimular a resposta imune de forma segura. A técnica CRISPR-Cas9 usa enzimas guiadas por RNA para cortar DNA específico e editar genomas.
O documento descreve terapias gênicas, vacinas gênicas e a técnica CRISPR-Cas9. A terapia gênica transfere material genético para prevenir ou curar doenças, enquanto vacinas gênicas usam genes de patógenos para estimular a resposta imune de forma segura. A técnica CRISPR-Cas9 usa enzimas guiadas por RNA para cortar DNA específico e editar genomas.
TERAPIAS GÊNICAS, CRISPR-CAS9 E VACINAS GÊNICAS – Bio Profª Andressa
Terapias gênicas Vacinas gênicas
As vacinas convencionais atuam por meio de um Na terapia gênica realiza-se a transferência de agente patogênico inativado (vacinas de primeira geração) ou material genético com o propósito de prevenir ou curar uma com capacidade de infecção atenuada (vacinas de segunda enfermidade qualquer. No caso de enfermidades genéticas, geração), o que pode causar problemas em produção de nas quais um gene está defeituoso ou ausente, a terapia gênica vacinas em grande escala, nos quais, raramente, podem consiste em transferir a versão funcional do gene para o ocorrer lotes com o agente patogênico ativo. organismo portador da doença, de modo a reparar o defeito. Por enquanto, por apresentarem alguns efeitos indesejados no organismo receptor, a terapia gênica só é feita em células somáticas e em doenças causadas por apenas um gene dominante.
A vacina gênica (terceira geração) é produzida por um
processo em que os genes causadores de doenças, que codificam proteínas responsáveis por estimular nosso sistema imunológico, são isolados. De posse destes genes, podemos inserí-los bactérias e cloná-los. O produto da ativação dos genes dos patógenos (as proteínas geradas destes genes constituem os antígenos) é purificado e pode atuar como vacina que, aplica-da em humanos, estimula a produção de anticorpos específicos. Por ser utilizado apenas o produto do gene (a proteína), e não o agente patogênico, a vacina gênica é considerada mais segura. Outra possibilidade é injetar nos pacientes o RNAm de proteínas patogênicas específicas. Por ser uma molécula de RNA, ela será traduzida pelas células do paciente em proteínas O procedimento consiste em inserir in vitro ou in vivo (antígenos), e é brevemente degradada. Os antígenos um fragmento de DNA, um gene, na célula/tecido em questão, desencadeiam a resposta imune no corpo do paciente, com com a finalidade de que esse gene inserido passe a expressar grande segurança. a proteína em quantidades suficientes para o organismo receptor. O gene pode ser clonado em laboratório e injetado Falando em vacina... intramuscularmente ou na veia do indivíduo (técnica in vivo). Confira as diferenças entre as vacinas contra a Covid 19 que Também é possível, em laboratório, usar um vírus modificado circulam no país!
(vetor) que contenha o alelo de interesse para infectar células CoronaVac
Assim como nas vacinas da gripe, poliomielite, hepatite e da do paciente que apresentam a deficiência. Essas células meningite, ela é composta por vírus inativado, ou incorporam o DNA recombinante e permanecem no indivíduo popularmente como “vírus morto”. As partes do novo coronavírus presentes na vacina são apenas aquelas que pela ação da multiplicação celular. permitem o reconhecimento do vírus pelo nosso sistema imune
1 TERAPIAS GÊNICAS, CRISPR-CAS9 E VACINAS GÊNICAS – Bio Profª Andressa 2
e não pela sua parte responsável por causar a doença. Sendo
assim, a produção do imunizante consiste em inativar o coronavírus, de maneira que fique incapaz de se multiplicar e transmitir a doença, pois se torna incapaz de infectar as células humanas. Assim que a vacina for aplicada, células de defesa do nosso organismo encontram e respondem a essas partes do coronavírus, dando início à produção de anticorpos. Cas9 é agora o método mais empregado para Janssen Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen “desligar” ou “ativar” a expressão de qualquer gene de é aplicada em apenas uma dose. Assim como o imunizante da interesse científico ou comercial, como os genes que causam o Astrazeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi câncer, por exemplo. Basta dar à Cas9 o RNA complementar ao geneticamente modificado para não se replicar em humanos. DNA que você quer manipular. Ela cortará o DNA
AstraZeneca-Oxford complementar com precisão, e a baixo custo.
Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Estudar biologia nos Grupos da profª Andressa é Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o muito melhor! uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é modificado geneticamente, e por isso carrega a proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2: assim que a Conheça nossos Grupos de biologia presenciais e EAD. vacina for aplicada, células de defesa do nosso organismo encontram e respondem à proteína S, dando início à produção • Endereço: Fernandes Vieira 325, sala 502. Porto de anticorpos. Alegre, RS. Pfizer • WhatsApp: (51) 99237-0446. O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA • Instagram: @profandressah mensageiro, ou mRNA. Esta vacina gênica contém o RNA mensageiro viral sintético, que dá as instruções ao nosso • Website: http://prevestibular.bioapoio.com.br/ organismo para a produção da proteína S, o que estimula a resposta do sistema imune. • Outros contatos: https://flow.page/profandressah CRISPR-Cas9 Recentemente, estudando bactérias, descobriram-se sequências estranhas de DNA no genoma. Estas sequências receberam o nome de CRISPR. Mais tarde, foi revelado que as bactérias conseguem “lembrar” dos vírus que as infectaram no passado: os cientistas descobriram que CRISPR é resultado da incorporação de fragmentos de DNA viral no genoma bacteriano. Assim, em caso de ataque do mesmo agente patogênico, a bactéria sintetiza (a partir do DNA armazenado no lócus CRISPR) rapidamente moléculas de RNA, que localizam com precisão sequências específicas do DNA invasor (por serem complementares a ele). Para isso, esses RNAs são incorporados a enzimas, geralmente a nuclease Cas9: é ela que promoverá o corte (destruição) dos genes do patógeno utilizando o RNA como guia, inativando-o.