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UNIDADE 1
DO TEMA DA PESQUISA AO
PROBLEMA DA PESQUISA: A
BUSCA DO SABER COMO
CARACTERÍSTICA DO SER HUMANO
TÓPICO 2
OS TIPOS DE CONHECIMENTO E AS
CONCEPÇÕES DE CIÊNCIA QUE IMPACTAM
NA PESQUISA CIENTÍFICA
Metodolog…
1 INTRODUÇÃO
Dito isso, a leitura deste material deve ser feita como uma forma de propor,
também, meios de coletar mais informações em outras fontes que tratam
destas temáticas.
Sejam estas, pesquisas que objetivam dar respostas mais locais, com
consequências mais especíJcas, por exemplo, para a melhoria de
:
determinada organização, até as pesquisas encabeçadas para alterar um
aparato legal da Constituição, o que implicaria em mudanças na vida de um
número mais expressivo de pessoas. Essa preocupação é passível de ser
interpretada no esforço dispensado pelos Jlósofos, cada qual localizado pelo
seu período histórico, quando debateram formas de encontrar a verdade, de
construir conhecimento ou, ainda, por meio do estudo da natureza e o
embate com questões políticas e de enredo social econômico. Na história da
JlosoJa se pode constatar três principais concepções de ciência ou de ideias
de cientiJcidade: “[…] o racionalista, cujo modelo de objetividade é a
matemática; o empirista, com o modelo de objetividade da medicina grega e
da história natural do século XVII; e o construtivista, cujo modelo de
objetividade advém da idéia de razão como conhecimento aproximativo”
(CHAUÍ, 2001, p. 320). Mais especiJcamente:
Concepção racionalista
racionalista: entende a ciência como um conhecimento
racional dedutivo e demonstrativo e capaz de provar a verdade
necessária e universal de seus enunciados e resultados, sem deixar
qualquer dúvida possível. Assim como assegurava Galileu, a realidade
possui uma estrutura matemática, e por isso, o objeto cientíJco do
racionalismo é matemático e retrata:
Concepção empirista
empirista: a ciência “[…] é uma interpretação dos fatos
baseada em observações e experimentos que permitem estabelecer
induções e que, ao serem completadas, oferecem a deJnição do
objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento” (CHAUÍ, 2001,
p. 320). Nesta concepção a experiência não possui a simples função de
veriJcar e conJrmar conceitos, mas tem o objetivo de produzi-los, e,
por esse motivo, a teoria cientíJca resulta das observações e dos
experimentos. “Eis por que, nesta concepção, sempre houve grande
cuidado para estabelecer métodos experimentais rigorosos, pois deles
dependia a formulação da teoria e a deJnição da objetividade
:
investigada” (CHAUÍ, 2001, p. 320).
Concepção construtivista
construtivista: tem como base JlosóJca alguns dos
preceitos elencados por Kant, ao combinar um procedimento do
racionalismo e outro do empirismo. Além destes, agrega um terceiro
procedimento, no qual indica que é passível um conhecimento ser
aproximativo e corrigível. Diante disso, essa concepção deJne a ciência
como “[…] uma construção de modelos explicativos para a realidade e
não uma representação da própria realidade” (CHAUÍ, 2001, p. 320).
Além das referidas concepções autores, como Gray (2012, p. 21), indicam
outra concepção, ou como também pode ser denominada, outra perspectiva
:
epistemológica, o subjetivismo
subjetivismo. Para os subjetivistas “o sentido não surge
da interação entre o sujeito e o mundo exterior, e sim, é imposto sobre o
objeto pelo sujeito. Os sujeitos constroem sentido, mas o fazem de dentro
do inconsciente coletivo, a partir dos sonhos, das crenças religiosas etc.”.
Köche (2011) explica, ainda, que a principal contribuição para a nova visão
de ciência na contemporaneidade foi protagonizada pelo Físico Albert
Einstein (1879-1955), em virtude, não só do conteúdo, mas da forma como
foram alcançadas as suas teorias da relatividade restrita e da relatividade
geral. Einstein, na sua função de pesquisador, não eliminou as ideias
preconcebidas que, para Bacon, todo o pesquisador deveria eliminar. Ele fez
o inverso, deu asas à sensibilidade e à imaginação, “Projetou subjetivamente
um modelo de mundo que não fora captado, registrando passivamente
:
dados sensoriais, mas inruenciado por suas emoções, paixão mística,
impulsos de sua imaginação, convicções JlosóJcas […]” (KÖCHE, 2011, p. 60).
A postura de Einstein em relação à pesquisa quebrou “[…] o mito da
objetividade pura, isenta de inruências das ideias pessoais dos
pesquisadores. Demonstrou que, mais do que uma simples descrição da
realidade, a ciência é a proposta de uma interpretação. O cientista se
aproxima mais do artista do que do fotógrafo” (KÖCHE, 2011, p. 60).
Köche (2011) aponta que neste caminho, pelo qual as visões de ciência
foram explicitadas, Jcam perguntas importantes a serem consideradas pelo
pesquisador: “Que critério utilizar para demarcar e distinguir a ciência de
outras formas de conhecer? É possível ter um procedimento padrão, um
método cientíJco, para fazer ciência?” (KÖCHE 2011, p. 60). Ele mesmo se
atreve a respondê-las: “[…]. A ciência atual reconhece que não há regras para
:
o contexto de descoberta, assim como não há para a arte. A atividade do
cientista se assemelha à do artista. Caminhos dos mais variados podem ser
seguidos pelos diversos pesquisadores para produzir uma explicação”
(KÖCHE, 2011, p. 73).
ÁREAS DE CONHECIMENTO
Conhecimento FilosóJco.
Conhecimento Artístico.
Conhecimento CientíJco.
O Conhecimento JlosóJco
JlosóJco, por essência, esse conhecimento é o
questionamento, a especulação, a rerexão e a racionalidade lógica. Tem
como objetivo responder às indagações inerentes ao espírito humano e
buscar leis universais que abranjam e harmonizem as conclusões da ciência
(MARCONI; LAKATOS, 2017; SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015). “[…] o
objeto de análise da JlosoJa são ideias, relações conceptuais, exigências
lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não
são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos)
[…]” (MARCONI; LAKATOS, 2017, p. 71).
O Conhecimento Teológico
Teológico, por ter sido revelado pelo sobrenatural, se
apoia em doutrinas que apresentam proposições sagradas. As verdades são
consideradas infalíveis e não há abertura para discussão, muito menos são
passíveis de veriJcabilidade, pois são constituídas por revelações de
divindade.
Com isso, nas diferentes áreas, a ciência passa a ser constituída por
perspectivas não relacionadas à busca estreita de uma explicação externa e
‘exata’ dos fenômenos e fatos. Com isso, as noções de cultura, de relações
de poder e de subjetivação “[…] se enlaçam e questões até então tidas como
‘naturais’ são problematizadas. Abre-se espaço para discutir as diferenças,
para a contextualização histórica, para a discussão da presumida e
‘recomendável’ neutralidade da produção cientíJca” (HENNIGEN, 2007, p.
206).
Não existe uma concepção ou uma única visão de ciência, com normas
prontas, deJnitivas. Isso porque as investigações devem ser orientadas
a considerar as características do problema a ser investigado, das
hipóteses formuladas, das condições conjunturais e da habilidade
crítica e capacidade criativa do investigador. O legado da JlosoJa
impulsiona a necessidade de o investigador indagar, de estar atento na
busca respostas de inquietações e curiosidades de maneira critica e
atuante.
AUTOATIVIDADES
:
Unidade 1 - Tópico 2
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:
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