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2017/2018

Bloco de Apontamentos das aulas


de Introdução à Economia do
Professor Doutor Francisco Castelo
Branco
UNIVERSIDADE LUSIADA NORTE - PORTO
PELO ESTUDANTE DA LICENCIATURA DE DIREITO, DIOGO CHIQUELHO (21545917)
IN.EC.- Introdução à Economia

Para o Núcleo de Estudantes de Direito e Solicitadoria

Da Universidade Lusíada do Porto

Nota introdutória
Este Bloco de Apontamentos de Aulas de Introdução à Economia do professor doutor
Francisco Castelo Branco é fruto proveniente das suas aulas teóricas lecionadas no 1º
semestre do ano letivo 2017/2018.
Aqui encontras quase que uma sebenta das suas aulas, pois ele só questiona em
testes, frequências e exames apenas e só aquilo que leciona nas aulas. Contudo aviso
que pode conter erros sejam eles de caráter cientifico, ortográfico, técnico ou de
qualquer outro tipo ou área pelo que não me responsabilizo por alguma falha ou
problema que possa surgir desses mesmos erros. Apesar de revisto por colegas, este
bloco de notas foi apenas e só realizado por mim e por alguns colegas e que eu tive o
cuidado e amabilidade de adaptar e deixar a estudantes desta área curricular para
assim facilitar o seu estudo e a aprovação na disciplina e no curso.
Desejo a todos bom estudo e que este documento vos auxilie no máximo.

Diogo Chiquelho

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IN.EC.- Introdução à Economia

Aula 1

Noção de Economia
A Economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos
escassos que poderiam ter utilizações alternativas para produzir bens variados e para
os distribuir para o consumo, agora ou no futuro, entre as várias pessoas e grupos da
sociedade. A Economia também pode ser entendida como o estudo dos fenómenos de
troca. Está relacionada com os nossos rendimentos e com as nossas despesas
enquanto consumidores. Está também relacionada com as tarefas de investir e de
poupar. Analisa os movimentos globais da produção, dos preços e do desemprego. É a
ciência da escolha, estudando as decisões das pessoas sobre a utilização dos recursos
produtivos escassos ou limitados. É o estudo de como os seres humanos se
comportam na organização das suas atividades de consumo e de produção. É o estudo
da moeda, das taxas de juro, do capital e da riqueza.
-O Bem Económico é o meio julgado apto e disponível para a satisfação de
necessidades e tem de reunir as seguintes 3 características: que seja acessível,
disponível e raro. Tudo o que é adquirido não livremente como o ar ou água dum rio, é
um bem económico como uma caneta, uma garrafa de água, etc.

-Os Fatores de Produção são a terra, o trabalho e o capital.


A terra consiste no solo utilizado nas atividades rurais ou na implantação de
estradas ou edifícios. Consiste também nos recursos como o petróleo, o carvão, etc.
Aqui a remuneração é a renda.
O trabalho é o tempo humano consciente despendido na produção de um bem.
Aqui a remuneração é o salário.
O capital são disponibilidades monetárias produtivas, consiste em bens
duráveis, produzidos pela economia para serem empregues na produção de outros
bens como por exemplo uma máquina industrial. Aqui a remuneração é o juro.

-Os 3 Problemas Económicos Fundamentais são: que produtos produzir e em que


quantidade, como produzir esses bens e as técnicas utilizadas e, por último, para quem
deve ser produzido e distribuído esses bens.
Para o primeiro problema a resposta é dada pelos consumidores que
diariamente fazem as suas escolhas económicas. Que bens e serviços alternativos
conjuntamente com os fatores de produção (terra, trabalho e capital).
Para o segundo problema é necessário saber que fonte de energia e técnica vai
ser utilizada na produção. É dada a resposta pela concorrência entre as empresas, em
função da oferta e da procura.

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Para o terceiro problema é necessário saber como é repartida a totalidade do


produto nacional entre os indivíduos e as famílias. A distribuição da riqueza na
economia de marcado é feita pelos salários pagos aos trabalhadores, pelas rendas
pagas aos proprietários e pelos lucros aos capitalistas.

-Relações da Economia com outros domínios do conhecimento:


-Economia e Sociologia: a sociologia tem por objeto de estudo uma categoria muito
genérica de fenómenos ou factos sociais. À economia interessa apenas uma categoria
circunscrita de fenómenos sociais e económicos. A sociologia é uma ciência auxiliar da
economia na medida em que permite ter um enquadramento social dos fenómenos
económicos.
-Economia e a História e as Relações Internacionais: a História e as RI estudam as
mudanças nas estruturas sociais, económicas e políticas ao longo do tempo. Cada vez
mais as RI são relações económicas. É evidente a ligação entre a História e a Economia:
o estudo histórico da economia e a economia enquanto objeto de estudo da História e
das ideias económicas.
-Economia e a Ciência Política: a economia está relacionada com a ciência política na
medida que estuda os factos políticos, ou seja todos aqueles factos sociais
relacionados com o acesso, titularidade, exercício e controlo do poder político. É
importante o contributo da ciência política para o estudo dos fenómenos sociais dos
sistemas e regimes económicos na medida em que os regimes de governo, os sistemas
de governo, os regimes partidários e os sistemas eleitorais correspondem sempre a
esquemas determinados de organização económica.
-Economia e o Direito: a economia é objeto do Direito enquanto conjunto de normas
reguladoras das relações sociais com conteúdo económico, desde logo as normas de
Direito patrimonial privado que regulam institutos económicos fundamentais como a
liberdade contratual, a responsabilidade civil patrimonial e o cumprimento dos
contratos, o Direito das Obrigações como o Direito da Propriedade (ou Direitos reais),
a transmissão dos bens por morte (Direito das Sucessões). Acrescem a estas normas
aquelas que regulam a empresa enquanto instituição económica fundamental: é
objeto do Direito Comercial, do Direito da Concorrência e do Direito da Propriedade
Industrial.

Aula 2
-Funções económicas do Estado:
-Eficiência
-Equidade
-Estabilidade
A eficiência visa corrigir as falhas do mercado como situações de monopólio ou
oligopólio e externalidades. Tanto os monopólios como oligopólios são situações de
concorrência imperfeita. Externalidades verificam-se sempre que empresas ou pessoas
impões custos ou benefícios aos outros sem pagar respetivas indemnizações ou

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respetivos pagamentos. Se impôs um custo e não pagou qualquer tipo de


indemnização então estamos perante uma externalidade negativa. Pode ser local ou
mundial. Se há um benefício e não é pago nenhum tipo de pagamento por esse
benefício então há uma externalidade positiva.
A estabilidade é uma preocupação de qualquer país por mover o crescimento
económico , manter uma balança comercial se não for favorável, pelo menos
equilibrada, promovendo o emprego, combatendo as altas taxas de juro, a inflação e
de desemprego.
A equidade é uma preocupação da sociedade em relação aos mais
desfavorecidos, através de políticas sociais de redistribuição (subsídio de desemprego,
etc).

Necessidades económicas são a causa de toda a atividade económica. O


Homem dedica-se à atividade económica, porque tem necessidade de satisfazer as
suas necessidades. As necessidades humanas constituem a causa de toda a atividade
económica. Entende-se, por necessidade, um estado psicológico de insatisfação e, no
seu conceito económico, integram-se quatro elementos: estado de insatisfação,
porque o Homem sente-se insatisfeito, porque tem fome ou sede; conhecimento de
um meio adequado para satisfazer essa necessidade. É preciso que o Homem conheça
um meio que lhe permita satisfazer a necessidade; conhecimento da existência de um
meio suscetível de a fazer cessar; acessibilidade desse meio. Não basta que um meio
seja conhecido, é preciso que seja acessível ao Homem; determinação de possuí-lo.
Desejo de possuir esse meio. O desejo de possuir o meio está relacionado com o
primeiro elemento, com a insatisfação psicológica.
As necessidades podem ser primárias ou secundárias. As primárias ou
essenciais são as que decorrem da própria natureza humana. São sentidas por todos e
indispensáveis à sobrevivência (a água, o ar, a comida, etc). As secundárias ou de
civilização são subjetivas e aumentam constantemente por diversos fatores
publicitários de inovação tecnológica. Não resultam da natureza humana mas variam
de indivíduo para indivíduo e de época para época. As necessidades secundárias não
põem em causa a sobrevivência humana.
As necessidades individuais e coletivas distinguem-se consoante sejam sentidas
pelo Homem independentemente da vida em sociedade. Neste sentido, será
necessidade individual a necessidade de alimentação e, coletiva, o de ter disponível de
uma eficaz rede de transportes ou de comunicações.

Bens económicos são todos e quaisquer elementos aptos à satisfação das


necessidades económicas do Homem. Para ser considerado um bem económico são
necessárias quatro condições: existência de uma necessidade; existência de um objeto
considerado apto para satisfazer essa mesma necessidade; acessibilidade. É essencial
que o bem seja acessível ao Homem; raridade. Os bens existem em quantidades
ilimitadas e podem, por isso, satisfazer até à saciedade.
As necessidades de todos os Homens não são bens económicos mas sim bens
livres.

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Aula 3

Tipologia dos Bens


Bens Naturais são aqueles que existem independentemente da ação do Homem
como, por exemplo, a água ou a fruta.
Bens Produzidos são aqueles que surgem em virtude da atividade humana. São
aqueles que resultam de transformações operadas pelo Homem sobre os bens
naturais.

Bens Diretos ou de consumo são aqueles que o Homem pode utilizar


diretamente e imediatamente na satisfação das suas necessidades, porque são
naturalmente consumíveis como, por exemplo, os alimentos ou então, também,
porque concluíram o seu processo produtivo.
Bens Indiretos ou de produção não podem ser utilizados imediatamente na
satisfação de necessidades, porque carecem de serem transformados ou porque
desempenham funções instrumentais como as alfaias agrícolas.

Bens Consumíveis são aqueles que, com a sua transformação, deixam de existir
como bens da mesma espécie sendo, portanto, suscetíveis de uma única utilização.
Bens consumíveis diretos são, por exemplo, os alimentos e, os indiretos, as matérias-
primas.
Bens Duradouros são aqueles cuja utilização não implica a sua destruição.

Bens Sucedâneos são aqueles que possibilitam a satisfação de necessidades


ainda que num menor grau de satisfação.
Bens Fungíveis são aqueles em que a substituição é perfeita sendo indiferente
ao consumidor usar o bem A ou o bem B.

Bens Complementares são aqueles bens que são adequados à satisfação de


uma necessidade apenas quando empregados conjuntamente com outros bens. Os
dois bens influenciam-se mutuamente quanto à produção e aos preços respetivos.
Têm que ser utilizados em conjunto para a satisfação de uma necessidade. A
complementaridade pode ser absoluta ou relativa. Absoluta quando tem origem em
ordem psicológica dependendo do gosto dos consumidores como, por exemplo, o café
sem açúcar.

Utilidade Económica
Os bens económicos, abrangendo bens materiais e serviços, constituem meios
adequados à satisfação de necessidades económicas permitindo, pelo seu emprego, a
obtenção de sensações de prazer ou o afastamento de sensações dolorosas. A
suscetibilidade dos bens económicos satisfazerem necessidades designa-se por
utilidade. Esta consiste na especial vocação dos bens económicos para satisfazer
necessidades. A utilidade económica não constitui uma qualidade inerente às coisas

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IN.EC.- Introdução à Economia

mas resulta da posição de um ou mais agentes económicos que sentem necessidades e


querem satisfazê-las através do emprego de certos bens.
Utilidade total de um bem é o somatório das doses empregadas, até atingir o
ponto de saciedade. A utilidade marginal de um bem é a utilidade da última dose de
um bem disponível para a satisfação de uma necessidade. A intensidade das
necessidades tende a diminuir à medida que são aplicadas doses sucessivas do bem.

Aula 4
Custo Económico
A utilidade dos bens económicos tem o seu reverso no respetivo custo de
aquisição. Quando os bens nada custam a adquirir tratam-se de bens livres, não-
económicos. O custo de um bem económico é constituído pelas renuncias, pelo
cansaço, pelos sofrimentos que o Homem tem de suportar para adquirir esse bem. O
conceito de custo económico envolve duas componentes : uma positiva e outra
negativa. A componente positiva consiste na energia física e intelectual desenvolvida
pelo Homem para produzir o bem. A energia negativa traduz o sentimento de
sacrifício, de pena, como é desenvolvida essa atividade económica. O conceito de
custo económico também é subjetivo como já foi referido quanto à utilidade, pois
varia de pessoa para pessoa e de atividade para atividade.

Valor Económico
Por valor entende-se uma apreciação, ou juízo, de um sujeito económico sobre
determinado bem. Tal juízo há-de depender do custo e da utilidade conjuntamente.
Noção clássica de valor económico: os economistas clássicos como Adam Smith
rejeitaram a explicação de valor através da ideia de utilidade . David Ricardo, porém,
acrescentou outras ideias inovadoras. Desde logo divide os bens em reprodutíveis e
em não reprodutíveis. Quanto aos bens não reprodutíveis, como as obras de arte, o
seu valor depende da raridade e dos gostos daqueles que as desejem possuir.
Naturalmente que, aqui, o valor dependerá da utilidade esperada. Os bens
reprodutíveis são aqueles que na produção de novas unidades, apesar do custo, é
possível distinguir o valor corrente do valor normal. O valor corrente seria aquele
fixado nos mercados pelo encontro da oferta e da procura. O valor normal coincide
com o custo de produção somatório das rendas pagas aos proprietários, dos juros
pagos aos capitalistas e dos salários pagos aos trabalhadores.

Visão Marxista do Valor

Karl Marx afasta, desde logo, do custo de produção todos os elementos alheios
ao fator de produção trabalho. A formação do capital e a aprovação da terra não
contribuiu aqui para o custo de produção. O valor dos bens será também o seu custo
de produção mas consistirá apenas na quantidade de trabalho incorporado num bem.
Essa mesma quantidade de trabalho corresponderia ao tempo necessário para a
produção dos bens. Para Marx o trabalho, como fator de produção, devia ser o único

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fator que corresponderia ao preço da venda e que devia caber integralmente aos
trabalhadores, pois considera que parte dos preço que o capitalista teve para si é uma
mais valia capitalista correspondente a um sobre trabalho.

Evolução do Pensamento Económico

-Economias Primitivas
As economias primitivas caracterizam-se pela existência de 3 estádios. No
primeiro estádio os povos começam por assegurar a sua subsistência dedicando-se a
atividades benatórias (caça e pesca). Num segundo estádio começam por conservar e
domesticar os animais. Dedicavam-se também à pastorícia. Num terceiro estádio
procuram na agricultura o seu meio de subsistência. Estas economias primitivas
caracterizam-se pela coexistência entre a iniciativa privada e a iniciativa pública.

-Economia Medieval
O Cristianismo e as suas conceções económicas dos povos convertidos pelo seu
ideal de desprendimento das riquezas materiais. Formulando as teorias dos justo
preço e do justo salário: o justo preço é a remuneração equitativa correspondente ao
serviço prestado pelo bem vendido ao respetivo comprador; o justo salário é aquele
que permitisse ao trabalhador e à sua família, viverem também de harmonia com a sua
condição com uma boa margem para a constituição de uma pequena reserva para
fazer face a necessidades futuras. Os doutores da igreja sempre condenaram o juro,
porque este era contrário à caridade cristã. Constituiria uma forma de exploração do
pobre pelo rico (usura).

-Correntes Mercantilistas
Deve-se a Adam Smith a designação de mercantilismo. O ouro e a prata cindos
da América levou à convicção de que a riqueza de um país provem desses materiais.
Tratava-se de acumular esses mesmo metais preciosos no interesse do próprio país na
base de uma política económica traçada pelo poder central. ´

-Mercantilismo Bulionista ou Espanhol


Para a Espanha que tinha acesso direto, pelo domínio político reconhecido por
Roma, ao ouro e prata da América a orientação mercantilista limitava-se a orientar a
conservação do referido metal precioso. Tratava-se fundamentalmente de evitar a
saída dos metais preciosos para o estrangeiro mantendo uma balança comercial
favorável evitando a exploração de metais preciosos mas também pelo
desenvolvimento das indústrias de ferro e dos lanifícios evitando assim a saída dos
referidos metais preciosos.

-Mercantilismo Industrial ou Francês ou Colbertismo


A França não tinha acesso direto aos metais preciosos encontrados no novo
mundo. Convinha assim desenvolver relações económicas que atraíssem para o seu

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território os metais preciosos que não tinha acesso. Procuram desenvolver indústrias
de produtos de luxo facilmente exportáveis ao fim de obter o ouro e a prata em troca
desses produtos. Essa indústria de bens de luxo é de sedas, tapeçarias, porcelanas,
perfumes e pela exportação destes artigos a França obtinha os pretendidos metais
preciosos.

-Mercantilismo Inglês ou da Balança Comercial ou do Ato de Navegação de


Cromwell de 1650
O Ato de navegação fez promulgar a reserva à frota britânica do transporte,
tanto das mercadorias exportadas como das importadas em Inglaterra estimulando
assim a construção naval do país. Todas as mercadorias exportadas e importadas para
Inglaterra só poderiam ser transportadas por barcos ingleses sob pena de pesadas
multas e da apreensão de mercadorias. Segundo os autores ingleses do sec. XVII os
Estados enriquecem sobretudo através das relações mantidas com o estrangeiro e
estas não dependem do desenvolvimento industrial. Também o comércio e o tráfego
marítimo contribuem para tal enriquecimento. A política mercantilista inglesa, como
todas as políticas mercantilistas da época visou a obtenção e a conservação dos metais
preciosos. Este tornar-se-ia rico e poderoso acumulando ouro e prata como também
pela prestação de serviços a outros Estados através de fretes marítimos.

Em Portugal as ideias mercantilistas nunca tiveram grande repercussão.


Portugal resistiu às tendências mercantilistas. Teve acesso às especiarias do Oriente e
ao açúcar do Brasil onde foram buscar acréscimos de riqueza. O comércio e indústria
eram, também, meios de enriquecimento.

Aula 5

-Fisiocratismo Quesnay

Os fisiocratas viram na liberdade económica a condição essencial para a


prosperidade dos povos e na intervenção estadual a causa do empobrecimento dos
Estados. Defendem uma ordem natural divina que assegura a felicidade dos Homens e,
por isso, seriam maléficas as medidas do poder político que contrariassem essa
liberdade. As economias deviam desenvolver-se livremente. As sociedades eram
compostas por 3 classes sociais: a classe produtiva, a classe estéril e a classe dos
proprietários. A classe produtiva seria apenas a classe produtiva “terra”, porque desta
provinha toda a riqueza. A classe proprietária seria constituída pelos donos das terras
e dos meios de produção. A classe estéril incluía todos aqueles que se dedicavam a
todas as outras atividades diversas da agricultura como o comércio ou a indústria o
que significa que estas sejam inúteis contudo são alheias à terra o que faz com que não
criem riqueza nova. Apenas da agricultura resulta o rendimento conjunto do trabalho
do produtor e da força da natureza. O produto líquido da terra é o excedente de
produção agrícola sobre as despesas necessárias a essa produção.
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Os fisiocratas defendem que o legislador deve-se abster de qualquer


regulamentação que fosse nociva para a agricultura. Os Estados não podiam intervir na
economia. Sendo a terra a única criadora de uma riqueza nova e de um produto
líquido deveria ser apenas a terra que deveria incluir um imposto. Não no sentido de
prejudicar os agricultores pois, segundo o fisiocratismo, deveriam transferir o peso
económico do imposto para todos os outros setores que consumissem produtos
agrícolas.

-Adam Smith (Escola Clássica Inglesa Otimista)

O fator de produção mais importante é o trabalho.


A construção de Adam Smith acenta no pressuposto de uma ordem natural da
existência de leis económicas impostas pela natureza.
Os governantes dever-se-iam abster de intervir na vida económica (metáfora da
mão invisível). O Estado não intervém diretamente na economia e deixa à livre
iniciativa económica dos particulares . O Estado superintende. Enquanto que os
fisiocratas atribuíram posição cimeira ao fator de produção “terra”, para Adam Smith,
o fator produtivo dominante é o trabalho defendendo também a especialização e
divisão do trabalho.
Para Adam Smith o fator de produção mais importante era o trabalho como
também a sua especialização. Criticou o protecionismo estadual. Seria através do livre-
cambismo, pela ampla circulação de mercadorias e valores entre as nações, que se
conseguiria um alto nível de bem-estar económico. Todos os Estados, pela divisão do
trabalho e pela especialização, pela livre troca de produtos alcançariam os mais
elevados níveis de progresso. Os Estados evoluídos apenas deveriam possuir parques,
jardins, caminhos públicos, etc e todos os outros bens seriam melhor explorados pelos
particulares. O Estado poderia desempenhar todas aquelas funções pelas quais os
particulares de desinteressassem e fossem socialmente úteis e até mesmo que o
Estado tomasse medidas favoráveis às indústrias nacionais. Para Adam Smith as
despesas públicas não deveriam ser suportadas pelos rendimentos do património.
Segundo Adam Smith as receitas públicas deveriam acentar nos impostos sobre
a renda, sobre o lucro e sobre os salários. Quanto aos impostos enunciou quatro regras
clássicas: regra da justiça (cada um deve contribuir para o Estado na medida e
proporção das suas possibilidades), regra da certeza (o montante do imposto deve ser
claramente definido de modo a não deixar dúvidas e arbitrariedades), regra da
comodidade ( o imposto deve ser cobrado nas épocas e pelos meios mais convenientes
para os contribuintes) e a regra da economia (o imposto absorverá a menor parte
possível do património do contribuinte).

Malthus (Escola Clássica Inglesa Pessimista)

Teoria da População de Malthus: a população teria uma tendência natural para


aumentar sempre, em contra-partida o espaço e a área cultivadas seria sempre a
mesma. Chegamos a um ponto de rutura em que a população não teria meios de

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subsistência. Esta teoria foi criticada na altura, pois Malthus não teve em atenção as
epidemias, as guerras mundias como também negou qualquer tipo de redistribuição
aos pobres. A miséria era uma condição natural da imprevidência dos que tinham
filhos sem condições para os sustentar.

Aula 6
-Teste de Avaliação Contínua

Aula 7

-David Ricardo (Teoria do Salário e Teoria da Renda)

Segundo a teoria do salário os trabalhadores só devem ter o salário mínimo


indispensável dele e da sua família, porque se tivesse um salário superior a esse
mínimo indispensável iria ter uma melhor situação económica podendo ter uma
família mais numerosa que iria originar uma maior oferta de trabalho, a longo prazo,
que, consequentemente, baixava os salários ou mesmo cairíamos numa situação de
desemprego.
A renda seria o benefício dos agricultores das terras mais férteis em relação aos
outros agricultores. Os agricultores das terras mais férteis cultivam com um custo de
produção de 100, os de média fertilidade cultivam com um custo de produção de 150
e, os de baixa fertilidade, cultivam com um custo de produção de 200.

-Jean-Baptiste Say (Escola Clássica Francesa)

Continuadora de Adam Smith, atribui posição cimeira ao fator de produção


trabalho, ao contrário dos fisiocratas que atribuíram posição cimeira ao fator de
produção terra.
Foi o primeiro economista a distinguir o empresário do capitalista. O capitalista
limita-se a fornecer capitais à empresa mediante um juro não tendo que suportar o
risco económico. Este ficaria a cargo do empresário.
Integrou, na sua construção, os bens imateriais alargando a economia a todos
os fenómenos sociais e humanos mas a sua contribuição de maior relevo para a
evolução do pensamento económico encontra-se na lei dos mercados dos produtos.
Os produtos trocam-se por produtos e, a moeda, seria apenas um simples
intermediário das trocas que as facilita sem as alterar. Sendo assim, no entendimento
de Jean-Baptiste Say nunca haveria problemas de sub ou super produção. A maior
produção de um bem até poderá ser benéfica porque passava-se a produzir o dobro de
outro bem.
A análise económica moderna não aceitou bem esta teoria do mercado dos
produtos, porque a moeda não é apenas um intermediário das trocas mas também um

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IN.EC.- Introdução à Economia

reservatório de valores, pois tem uma procura própria e autónoma. Na perspetiva da


formação de uma reserva líquida a moeda tem três funções: reservatório de valores,
medida comum de valores e intermediário das trocas.

-Reações Nacionalistas (Adam Muller e Frederico List – Escola Alemã)

Estas reações nacionalistas surgem contra o liberalismo de Adam Smith e


iniciaram-se nestes economistas, porque o liberalismo servia essencialmente os
interesses da Grã-Bretanha em consequência do desenvolvimento económico das
indústrias desse país.
Segundo Adam Muller a propriedade da terra só poderia entender-se no
interesse de toda a comunidade. Os interesses e os direitos individuais subordinam-se
ao interesse comum. A riqueza não residia nos bens materiais mas nas forças
suscetíveis de assegurar essa produção. Os valores imateriais também se incluíram na
riqueza. Adam Muller enunciou assim 4 fatores de produção: terra, trabalho, capital
material e capital espiritual (valores e bens imateriais).
Muller afirmava que a liberdade do comércio era incompatível com os
interesses alemães na época, porque a Alemanha não tinha atingido um grau de
desenvolvimento que pudesse competir com a Inglaterra.

Teoria das forças produtivas de List: o protecionismo aduaneiro e educativo,


isto é permitir que a indústria nacional alemã se possa desenvolver e crescer e quando
todos os países tivessem na quarta fase de desenvolvimento defendia então o livre-
cambismo. Na época só a Inglaterra teria vantagens com o liberalismo económico. As
estruturas económicas alemãs ficariam, pelo contrário, estagnadas e condenadas a
isso. Essas mesmas indústrias teriam de ser protegidas por fortes barreiras aduaneiras
até alcançarem um nível suficiente para fazer face à concorrência de outros países era
o caso, na época, da Inglaterra. Para List as leis de um Estado, a ciência, as artes, a
religião, as condições de segurança e a ordem política contribuem e constituem forças
produtivas das quais dependerá todo o desenvolvimento económico.

-Intervencionismo de Sismondi e a legislação laboral

Esta corrente sentimental insurge-se contra o liberalismo por força da


contradição visível entre a ordem natural da economia e a fonte de progresso e de
bem-estar que os liberais defendiam. Pelo contrário as classes trabalhadoras, no início
do século XIX, viviam em condições miseráveis em consequência dos salários baixos e
desumanos (os trabalhadores trabalhavam entre 14 a 16 horas por dia, 6 dias por
semana, como também existia muito trabalho infantil). O Estado não se podia arear
face a estes problemas e teria que intervir na economia. Para tal enunciou novos
princípios da economia dos quais são de salientar quatro: 1º defesa da intervenção do
Estado no campo laboral, pois considerou que a livre concorrência e o individualismo
económico não trazem à sociedade os benefícios que liberais defendem mas são

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responsáveis dos problemas em que o Estado não pode arear-se. A concorrência entre
as empresas origina uma permanente diminuição de custos e o fator de produção que
mais facilmente pode ser reduzido pelas empresas é o fator trabalho. Os baixos
salários da época, o trabalho infantil, os trabalhadores trabalharem entre 14 a 16
horas por dia o que naturalmente seria um fator a favor do empresário em relação aos
trabalhadores. O aumento de trabalho é um fator eficaz para a diminuição dos custos
de produção. Por estas razões Sismondi exige uma intervenção do Estado no mundo
do trabalho através de legislação que estabeleça regras na sua organização. O Estado
tem que ter em atenção o trabalho infantil como também o horário de trabalho como
uma preocupação em relação aos mais desfavorecidos. Sismondi é, assim, considerado
o pai leis laborais dos nossos dias. 2º defesa da intervenção do Estado na distribuição
da riqueza. A política de distribuição da riqueza tinha em vista a correção das
desigualdades sociais. Critica os liberais por terem centrado o seu pensamento na
produção de riqueza em detrimento da sua distribuição. O Estado devia intervir para
tornar mais justa essa mesma distribuição garantindo rendimentos aos que não os
tinham, aos desempregados, aos doentes e aos idosos. Foi defensor de uma política de
proteção social nas vertentes do desemprego, de velhice e de doença. O primeiro
regime de segurança social só viria a aparecer na Alemanha em 1881 com Bismarck. 3º
defesa da propriedade privada e da economia de mercado. Sismondi defendeu esta
intervenção do Estado na economia sem pôr em causa a propriedade privada ou o
sistema de economia de mercado o que desde logo o distingue da corrente socialista.
4º limitação do uso das máquinas. Sismondi considerou que as crises de sub e super
produção são dois fatores: o progresso contínuo da industrialização levado a um
aumento de produção das empresas e pelo fraco poder de compra das populações em
virtude dos baixos salários da época e do elevado desemprego.

-Reações Socialistas

As reações socialistas levam a atribuir ao passado, em termos gerais e


indistintos, à extrema miséria das classes operárias. Esse acréscimo de miséria
constitui ao tempo o custo da industrialização em países como a Inglaterra e a França
que dificilmente teriam atingido os níveis de desemprego se tivessem sido menos
reduzidos os salários da época. A situação foi agravada no plano social pelos hábitos de
luxo ostentados pelos novos ricos beneficiários dessa mesma industrialização.

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IN.EC.- Introdução à Economia

Aula 8

-O materialismo histórico e o socialismo marxista

Teoria inspiradas em David Ricardo, o materialismo histórico as ações dos


Homens e os seus próprios pensamentos dependem dos condicionalismos
económicos.
A produção material e as condições de troca constituíram as bases da estrutura
social. As causas das transformações das sociedades não estariam no espírito dos
Homens nem em preocupações éticas de verdade e de justiça, mas apenas nos
processos técnicos de produção e de troca de bens materiais. A ordem económica
determinaria todos os aspetos da vida em sociedade. A História da humanidade seria a
História da luta de classes, sendo assim a sociedade capitalista, sob o impulso de
tendências evolutivas resultantes da sua própria estrutura que transformar-se-ia numa
sociedade coletivista.
A construção marxista assenta em duas teorias fundamentais: a da
concentração capitalista e a da mais valia. Da sua teoria do valor concluiu Marx no
sentido de uma diferença entre o valor criado pelo trabalho e o valor consumido pelo
trabalhador. Esta diferença seria a mais-valia capitalista: origem do lucro do
empresário obtido através da exploração do trabalhador forçado a um sobre-trabalho.
Na mais valia encontraria a fonte da constituição de cada vez mais avultados capitais
que determinaria a concentração capitalista. Uma parte cada vez maior do capital das
empresas seria empregado na aquisição de máquinas, edifícios e matérias-primas
(capital constante), enquanto que uma parte cada vez menor do capital seria
destinada ao pagamento de salários (capital variável). Em consequência substituía-se
os Homens pelas máquinas e grande número de trabalhadores seriam lançados ao
desemprego passando a constituir-se um exército de reserva industrial (contingente de
desempregados) cujo aumento impediria qualquer elevação dos salários. Assim à
acumulação de capital corresponderia uma acumulação de pobreza que estaria na
origem das crises económicas por falta de poder de compra dos trabalhadores para
absorverem os bens produzidos. O número de capitalistas seria muito reduzido e
tornaria mais ricos e poderosos os empresários bem sucedidos, pelo contrário os
trabalhadores, os proletários, estariam cada vez a viver em condições mais
desfavoráveis em um determinado momento. Esses mesmos proletários, em grande
número, fariam cessar tal estado das coisas numa via revolucionária, violenta,
entregando à comunidade os meios de produção.

-Reações e doutrinas cristãs (Frederico Le Play)

Esta doutrinas cristãs procuram apresentar uma via intermédia entre o


liberalismo e o socialismo encenando as questões económicas à luz dos princípios da
moral cristã.

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IN.EC.- Introdução à Economia

Na sua doutrina da reforma social tomou como ponto de partida duas grandes
ideias: 1ª a intervenção económica do Estado é, em regra, ineficaz e sendo assim deve
prevalecer a ação privada no campo económico; 2ª o individualismo económico
defendido pelos liberais é ilusório, pois o Homem é um ser social e não um ser isolado
e está integrado em comunidades: a primeira, e mais importante, é a família e está
ligado a ela por um conjunto de deveres naturais e morais. Estudou os tipos familiares
que sucederam ao longo dos séculos distinguindo três tipos de famílias: a família
patriarcal em que a autoridade do pater famílias é absoluta e, com a sua morte, essa
autoridade e todo o seu património é transferido para o filho primogénito: família
tronco, caracterizada pelo facto do chefe de família ser livre de escolher qual dos filhos
iria herdar todo o seu património optando, desde logo, pelo mais capaz não sendo
necessariamente o mais velho. Os outros filhos terão que abandonar a família
constituindo as suas próprias famílias e os seus próprios patrimónios; família dispersa,
com base nos princípios da igualdade que nos dizem que o património familiar é
dividido em tantas partes quanto o número de herdeiros.
Frederico Le Play defendeu a família tronco, porque preservava a base
económica da família e estimulava o espírito de iniciativa, pois os filhos que nada
recebem são obrigados a formar os seus próprios patrimónios e, mais tarde, deixar
esse mesmo património ao filho mais capaz. Deste modo este modelo garante a
estabilidade social mas também o progresso económico.

-Keynes

Keynes foi professor em Oxford e em Cambridge e revoluciona todo o


pensamento económico até então. Homem forte do pensamento económico parte de
um princípio comum ao do marxismo: as crises anteriores ao capitalismo eram crises
de subprodução. No capitalismo as crises económicas são de sobre ou super produção.
Nos anos 30 havia muito desemprego e em 1936 a sua obra “Teoria Geral Do Emprego,
Juro e Moeda” enunciava a era da macro economia moderna. O ajustamento macro
económico verifica-se através do ajustamento da despesa, às mudanças dos
rendimentos e não pelo ajustamento dos salários e preços flexíveis. Para Keynes os
salários são fixos em unidades monetárias. Os trabalhadores e as empresas
estabelecem um acordo para que se não modifiquem as taxas de salário.
Para Keynes a moeda constituiu o fator central do processo económico.
Enquanto os clássicos estudaram o Homem ou a empresa como centro da atividade
económica, em Keynes torna-se necessário analisar os movimentos económicos de
todo o conjunto social. É uma visão macro económica.
Eficácia Marginal do Capital: esta eficácia exprime a relação entre a taxa de juro
dos capitais e a reprodutividade dos investimentos. Se a taxa de juro ou desconto for
baixa os comerciantes e os industriais obterão dos investimentos realizados créditos
superiores aos juros que têm que pagar alcançando assim uma margem de lucro. Se a
taxa de juro for elevada os empresários e comerciantes, conscientes dos riscos, não
conseguem rendimentos que cubram os juros. Perdem a expectativa dos lucros e,

14
IN.EC.- Introdução à Economia

sendo assim, acabarão por não realizar investimentos. Um ritmo satisfatório de


investimentos reclamaria taxas de juro baixas. Para Keynes o aforro/poupança ou a
preferência pela liquidez constituiu uma causa natural de certas situações económicas
da época. São três os motivos que levam à preferência pela liquidez: precaução,
especulação e transação. Motivo transação: a moeda serve para adquirir bens no
futuro. Motivo precaução: a moeda é preservada para fazer face a necessidades
imprevistas. Motivo especulação: a moeda é conservada para fins especulativos.

Aula 9

Efeito do Multiplicador Keynesiano: no modelo multiplicador keynesiano um


aumento do investimento privado provocará uma expansão do produto e do emprego.
Uma diminuição do investimento provocará a sua contração. Um aumento do
investimento provocará um acréscimo ampliado ou multiplicado do produto nacional
bruto. Este efeito ampliado do investimento sobre o produto tem o nome de
multiplicador. Multiplicador é o coeficiente numérico que indica a dimensão do
aumento verificado no produto em resposta a cada aumento unitário do investimento.
Se, por exemplo, um aumento do investimento de 100 000€ e se este aumento
provocar um acréscimo de 300 000€ então o multiplicador é de 3.
A propensão para o consumo orienta os Homens no sentido de adquirirem
bens imediatamente aptos à satisfação das suas necessidades mas satisfeitas estas os
Homens procuram constituir uma reserva líquida, uma reserva monetária, destinada à
obtenção de bens que careçam no futuro. Desta preferência pela liquidez extraiu
Keynes a sua teoria da moeda. A moeda não é apenas um instrumento geral de troca
mas é também uma reserva líquida e sendo assim determina toda a atividade
económica. Para os clássicos a moeda seria o bem neutral que envolveria os
fenómenos económicos sem, contudo, os modificar. Nos anos 30 havia muito
desemprego e fixam-se acordos laborais de longo prazo, os salários são fixos em
unidades monetárias, os trabalhadores e as empresas estabelecem um acordo para
que se não modifiquem as taxas de salário. Keynes parte de um princípio comum ao
marxismo: as crises anteriores ao capitalismo eram crises de sub produção. No
capitalismo as crises económicas são de sobre ou super produção.

-Produção (noção técnica e noção económica)

Do ponto de vista técnico produzir consiste em transformar um bem.


Compreende uma série de operações físicas que modificam certas características dos
objetos.
A noção económica de produção implica a utilidade dos bens produzidos. Em
sentido económico constituirá “ato de produção” todo aquele que torne um objeto útil
ou aumente a sua utilidade. A produção pode ser em espécie e em valor. Os ramos

15
IN.EC.- Introdução à Economia

básicos da produção são essencialmente a indústria, a agricultura, o comércio e


também os transportes.
O trabalho é o tempo humano consciente despendido na produção de um bem. É um
esforço sobre os fatores naturais. Esse mesmo trabalho pode ser dependente e
independente. O trabalho independente é aquele em que um sujeito económico
realiza sem submissão às ordens de outrem. O trabalho dependente ou subordinado é
aquele trabalho dependente de uma orientação estranha ao próprio trabalhador.
Trabalho manual e intelectual: quando os esforços desenvolvidos são
predominantemente musculares então estamos perante trabalho manual. Quando é
predominantemente de espírito é intelectual.
Capital são disponibilidades monetárias reprodutivas.
Capital em sentido jurídico: abrange os bens que por força de instituições
sociais permitem obter rendimentos não provenientes do trabalho; inclui os bens
intermediários mas também os naturais que tinham sido objeto de apropriação
assente no regime de trabalho como de propriedade que se tenha adotado.
Conceito económico de capital: visa apenas a função económica dos bens seja
qual for a entidade que deles possa dispor e deles colha benefícios.
Capital em sentido contabilístico: será o capital constituído por um conjunto de
bens cujo valor se mantem constante através da respetiva amortização. Este conceito
formou-se no plano de vida das empresas.
Capital fixo ou circulante: o fixo é aquele que é utilizável mais do que uma vez
no ato de produção como, por exemplo, as máquinas de uma fábrica. O circulante é
aquele que se destrói através da própria utilização como, por exemplo, a energia.
Formação do Capital: o capital é um fator de produção derivado ao contrário
dos fatores naturais de produção e do trabalho. Para se formar capital tem que se
desenvolver uma certa atividade humana. O capital resulta de uma poupança/aforro
seguido de um investimento. Poupar consiste na renúncia ao consumo de bens que se
chamam disponíveis. Traduz-se no sacrifício de uma necessidade futura. A poupança
admite três destinos diversos: 1º consumo - conserva-se moeda para no futuro
satisfazer necessidades do mesmo tipo, é um consumo diferido, 2º entesouramento
(poupança) – reserva de moeda, 3º investimento – são praticados atos de produção.

-Rendimento Nacional

É um fluxo de bens e serviços produzidos por um país ao longo de um


determinado período de tempo. Diz respeito à produção de riqueza ao longo de um
período de tempo, normalmente de um ano, exclui-se de avaliação do rendimento
nacional os bens livres dessa mesma avaliação.
Produto Nacional: é o somatório dos produtos de todas as unidades
económicas do país. O produto nacional bruto é a soma dos produtos finais. O produto
nacional bruto é a diferença entre os produtos fabricados e as despesas em matérias-
primas e energia. O produto nacional líquido subtrai-se ao produto nacional bruto o
valor das depreciações dos capitais. É este que representa o valor acrescentado pela
atividade económica do país.
16
IN.EC.- Introdução à Economia

Produto interno: produto que não circula para outro país e vice-versa, bruto ou
líquido consoante tenham sido deduzidas ou não as depreciações de capital.
Rendimento pessoal: abatendo-se no rendimento nacional os lucros não
distribuídos, os impostos sobre as sociedades e as contribuições para a segurança
social apura-se o rendimento pessoal. Se a este forem deduzidos os impostos que
recaem sobre as pessoas físicas determina-se o rendimento disponível.

Aula 10

-Mercado e Preços

O mercado para ser de concorrência perfeita teria de reunir as seguintes


características: 1. atomicidade (existência de um grande número de agentes
económicos de dimensão semelhante quer do lado da oferta quer do lado da procura
sem poder para influenciar, pela sua ação, os preços no mercado e ,sendo assim, estes
formam-se livremente no mercado); 2. homogeneidade dos produtos (os produtos
acabados são iguais e só os preços os distinguem pelo que o consumidor, numa atitude
racional, irá sempre optar pelo mais barato); 3. transparência do mercado (a
informação sobre o preço circula livremente no mercado tendo os vendedores e os
compradores o conhecimento de todos os fatores significativos do mercado podendo
fazer as suas escolhas livremente no mercado); 4. livre acesso ao mercado (liverdade
de criação de empresa não devendo existir obstáculos à instalação de novas empresas
no mercado) 5. mobilidade dos fatores de produção (o trabalho e o capital são livres
de se deslocarem entre os diversos setores da economia).

-Procura

É a quantidade de bens que um sujeito adquire e que para tal tem capacidade
financeira.
Para um comprador racional as quantidades de bens procurados variam em
função dos preços. Quanto mais baixos forem os preços será maior a procura e vice-
versa.
Dois efeitos que contribuem para a elasticidade da procura: efeito da
substituição e efeito do rendimento. No efeito da substituição ao aumentar o preço de
um bem os consumidores desviam o seu consumo para outros bens sucedâneos
daqueles cujo preço aumentou. Se o comprador/consumidor adquire vários bens e
aumentar o preço de certo bem ele vai substituí-lo por outro cujo aumento do preço
não se verificou. No efeito do rendimento o aumento do preço de um bem traduz-se
numa redução do rendimento real do comprador. O comprador vê baixar o seu poder
de compra e restringe as suas aquisições.

17
IN.EC.- Introdução à Economia

A inelasticidade da procura acontece em 3 tipos de mercado: mercados de bens


primários que satisfazem, portanto, necessidades primárias; mercados de bens de
luxo; mercados de bens de preço muito reduzido.

-Oferta

Diz respeito aos vendedores.


A oferta simples é a quantidade de bens e serviços que alguém quer vender e
de que dispõe. Enquanto que a procura aumenta quando os preços baixam e diminui
quando os preços sobem, a oferta, ao contrário, quando sobem os preços a oferta
aumenta e quando os preços descem a oferta diminui. A oferta varia na razão direta
dos preços.
Elasticidade e inelasticidade da oferta: a oferta é elástica quando varia no
mesmo sentido dos preços e é inelástica quando, por exemplo, se mantém apesar do
preço baixar. Efeito do rendimento e da substituição na oferta: o efeito da
substituição contribui para a elasticidade da oferta porque se os preços estão a cair os
vendedores irão recusar vender a um preço baixo esperando por melhores preços no
futuro e adiam a venda armazenando esses mesmos produtos. Em relação aos bens
perecíveis o vendedor vai tentar desfazer-se deles porque ao fim de um determinado
número de dias esses bens vão-se deteriorar. E empresa é obrigada a vender mesmo
que a um preço baixo , pois estes bens em causa deterioram-se. Assim a oferta é
inelástica. Outra situação em que a oferta é inelástica é naquela situação em que as
empresas têm que realizar pagamentos inadiáveis como o pagamento de eletricidade,
pagamento a fornecedores, aos bancos, etc. e têm uma planificação desses mesmos
pagamentos e para assumir esses mesmos compromissos se os preços descem a
empresa, para realizar esses pagamentos, vê-se obrigada a vender mais e a aumentar a
sua oferta para fazer face aos tais pagamentos em momentos em que os preços
descem.
Naturalmente, há situações de monopólio e de oligopólio. Tanto um como o
outro são situações de concorrência imperfeita. O monopólio é caracterizado pela
existência de uma única empresa a produzir aquele determinado bem. Neste caso em
que uma única empresa vende ou presta um serviço daquele determinado bem pode
ter a existência, ou a origem, de 3 tipos: monopólios legais (origem é a lei e são os mais
frequentes nas atuais economias de mercado embora com tendência a desaparecer,
porque são obrigadas a nível das políticas da União Europeia), monopólios naturais
(resultam da raridade absoluta de certos bens e surgiram muitas vezes no mercado de
determinadas matérias-primas em que só uma empresa tem acesso devido à extrema
escassez dessa mesma matéria-prima), monopólios de facto (são resultado do
comportamento das empresas no mercado e podem ocorrer do facto de as empresas
terem eliminado a concorrência por via da fusão, por via da concentração ou da
expulsão do mercado).

18
IN.EC.- Introdução à Economia

Aula 11
-Segundo Teste de Avaliação Contínua

Aula 12

-Moeda

A moeda não é apenas um instrumento geral de trocas. É procurada como


mercadoria para entesouramento e para fins da constituição de reservas líquidas. A
moeda tem 3 funções: instrumento geral de trocas (funciona como conta-prestação de
um serviço ou de um bem), medida comum de valores (expressão monetária do valor
dos bens, ou seja o preço) e a função de reservatório de valores. A moeda está sempre
imediatamente disponível para qualquer transação.
A moeda metálica surge devido às dificuldades da troca direta. Os metais
preciosos não são só usados para fins monetários e pelas suas qualidades intrínsecas,
pela sua raridade e elevada procura como também facilidade de transporte. Tem um
grande valor específico.
A moeda de papel é mais cómodo, menos pesada e menos volumosa. Tinha
todas as vantagens a impressão, porque era menos dispendiosa do que cunhar uma
moeda. A raridade dos metais preciosos levou à utilização de moeda de papel
consistem em títulos de crédito que desempenham funções monetárias. O valor facial
da própria nota é muito superior ao valor do papel e da estampagem. Numa fase inicial
a moeda de papel era representativa e tinha atrás de si igual quantidade de moeda
metálica, igual quantia de ouro ou de prata, e esses metais preciosos estavam inativos.
Os banqueiros começam a emprestar aos comerciantes e aos industriais, pois
verificaram que os depositantes só levantavam parte dos seus depósitos. Essa moeda
de papel já não representava os valores existentes nos bancos e circulava com base na
confiança. Tinha uma cobertura metálica parcial. A moeda de papel era emitida sem
base num encaixe integral daí tornar-se fiduciária. A moeda de papel fiduciária que
tinha uma cobertura metálica parcial alargou o seu volume monetário em circulação.
Um excesso de emissão de moeda com uma cobertura parcial que correspondia a uma
técnica, a regra do 1/3, que muitas vezes foi excedida. Entra-se num regime de
inconvertibilidade e a moeda de papel designa-se por papel-moeda, pois com essa
cobertura inferior a esse 1/3 originou que os portadores de notas procurassem
converter essas notas em metal precioso não sendo isso possível por parte dos bancos.
É facultada aos bancos emissores a possibilidade de não assumirem a obrigação de
converter essas notas em espécies metálicas, só se fosse imposto pelo governo.
A quase moeda é constituída pelos depósitos a prazo ou com pré aviso, como
por exemplo, os certificados de aforro que só algum tempo depois pode dispor do
saldo. A moeda bancária ou escritural é constituída pelos saldos dos depósitos à
ordem.

19
IN.EC.- Introdução à Economia

Teorias do valor da moeda:


-Teoria Nominalista: a moeda tem o valor que dela própria consta.
-Teoria Metalista: a moeda tem um valor intrínseco à mercadoria nela
incorporada.
-Teoria Quantitativa: o valor da moeda depende da sua quantidade. A moeda
valerá mais quanto mais rara ou menos abundante for.
A inflação é todo e qualquer aumento exagerado, desequilibrado da massa
monetária o que corresponde um elevado nível de preços.
O crédito assenta na ideia de troca por um bem futuro em que as duas
prestações não são simultâneas. A maior parte das vezes o crédito assenta na
confiança que o devedor merece em relação ao credor em razão da qual este realiza
uma prestação cuja contrapartida é deferida no tempo. É uma operação através da
qual um determinado sujeito económico cede a outro a disponibilidade de efetiva e
imediata sobre certo bem mediante uma contra prestação futura. A noção de crédito
pressupõe troca que pode ser a pronto, a termo ou a crédito. O crédito destina-se ao
consumo e ao investimento/produção.
Crédito ao consumo: fornecem-se bens presentes imediatamente utilizáveis ou
moeda com a qual eles podem obter e, só mais tarde, em momento posterior, pagarão
em dinheiro ou em espécie o valor correspondente àqueles bens imediatamente
recebidos. Se o devedor não for industrial ou comerciante presume-se que o crédito
destina ao consumo. O crédito à produção ou ao investimento orienta-se para os
investimentos daqueles empresários que não dispõem de capitais suficientes para os
planos de produção estabelecidos. Recorrem ao crédito dispondo-se a reembolsar os
credores depois de venderem os bens produzidos.
Crédito a curto e a longo prazo: a curto prazo é quando é orientado pela
produção e visa constituir ou reforçar o fundo de maneio das empresas ou as suas
disponibilidades de tesouraria e logo que tenha realizado cobranças respeitantes a
fornecimentos realizados, o empresário poderá reembolsar os seus credores. Crédito a
longo prazo destina-se a fazer face a despesas de primeiro estabelecimento, de
instalação da empresa e só passado um período mais ou menos longo o empresário
poderá reembolsar o credor face à acumulação de rendimentos de exercícios XXXX
sucessivos.
Crédito privado e crédito público: diz-se privado quando o devedor é um
particular. É público quando o devedor é uma entidade pública.
Crédito pessoal e crédito real: o pessoal é o crédito concedido apenas em
atenção à confiança que o devedor merece, em atenção às suas qualidades pessoais
como, por exemplo, desconto de uma letra ou crédito do nosso cartão de crédito.
Nenhum elemento patrimonial em concreto fica afetado à garantia do pagamento. No
crédito real, pelo contrário, já ficam diversos elementos do património do devedor que
são afetados especialmente em garantia real do pagamento. Se essa garantia for dada
por bens móveis fica a recair um penhor. Se for dada por bens imóveis fica a recair
uma hipoteca.
Títulos de crédito à ordem nominativos e ao portador: ao portador transmitem-
se sem qualquer tipo de formalidade como, por exemplo, as notas de banco.

20
IN.EC.- Introdução à Economia

Nominativos são títulos dos quais consta o nome do respetivo credor e cuja
transmissão exige que se proceda a um registo como, por exemplo, as obrigações.
Títulos de crédito à ordem são transmissíveis por endosso.

Aula 13

-Títulos de Crédito à ordem, nominativos, portador:

Títulos de crédito ao portador são aqueles que se transmitem sem qualquer


tipo de formalidade como, por exemplo, as notas de banco.
Títulos de crédito nominativos são aqueles onde consta o nome do credor e
cuja transmissão exige a passagem a um registo como, por exemplo, as obrigações.
Títulos de crédito à ordem são aqueles que são transmissíveis por endosso, isto
é, por ordem de pagamento dada pelo beneficiário e constantes do verso do título. São
exemplo a letra, a livrança e Warrant.
-Livrança: título que contem uma promessa de pagamento ao credor ou
à sua ordem;
-Letra: é uma ordem de pagamento. Quem a exige (o sacador) emite
uma ordem de pagamento ao sacado a seu favor ou a favor de terceiro
beneficiário ou tomador;
-Warrant: título de crédito à ordem endossável garantido por
mercadorias depositadas em regime de armazém, em geral em armazéns de
alfandegas. Os depositários dessas mercadorias entregam aos depositantes um
título de propriedade que pode circular como garantia de empréstimos.

As operações bancárias passivas são os depósitos à ordem, prazo e pré-aviso;


As operações ativas a curto prazo mais importantes são o desconto e o
redesconto:
-Desconto: constituiu a mais importante operação bancária ativa contrapondo-
se como tal o depósito. É a operação que consiste na entrega ao beneficiário de um
título de crédito a curto prazo, ainda não vencido, da respetiva importância,
descontando o juro ao tempo que decorrerá até ao vencimento.

-Redesconto ou segundo desconto: tem a mesma natureza se um banco


comercial vê aumentar em termos julgados excessivos a sua carteira de efeitos
comerciais descontos a fim de manter taxa de liquidez que lhe é igualmente exigida ou
julga desejável redesconta parte desses efeitos comerciais junto de outro banco
geralmente banco central.

21
IN.EC.- Introdução à Economia

Índice
Nota introdutória ..................................................................................................................... 1
Aula 1 ....................................................................................................................................... 2
Noção de Economia .............................................................................................................. 2
-Relações da Economia com outros domínios do conhecimento ............................................ 3
Aula 2 ....................................................................................................................................... 3
-Funções económicas do Estado: ........................................................................................... 3
Necessidades económicas ..................................................................................................... 4
Aula 3 ....................................................................................................................................... 5
Tipologia dos Bens ................................................................................................................ 5
Bens Naturais .................................................................................................................... 5
Bens Produzidos ................................................................................................................ 5
Bens Diretos ...................................................................................................................... 5
Bens Indiretos ................................................................................................................... 5
Bens Consumíveis.............................................................................................................. 5
Bens Duradouros ............................................................................................................... 5
Bens Sucedâneos............................................................................................................... 5
Bens Fungíveis................................................................................................................... 5
Bens Complementares ...................................................................................................... 5
Utilidade Económica ............................................................................................................. 5
Aula 4 ....................................................................................................................................... 6
Custo Económico .................................................................................................................. 6
Valor Económico ................................................................................................................... 6
Visão Marxista do Valor ........................................................................................................ 6
Evolução do Pensamento Económico .................................................................................... 7
-Economias Primitivas ....................................................................................................... 7
-Economia Medieval .......................................................................................................... 7
-Mercantilismo Bulionista ou Espanhol .............................................................................. 7
-Mercantilismo Industrial ou Francês ou Colbertismo ........................................................ 7
-Mercantilismo Inglês ou da Balança Comercial ou do Ato de Navegação de Cromwell de
1650 .................................................................................................................................. 8
Aula 5 ....................................................................................................................................... 8
-Fisiocratismo Quesnay ..................................................................................................... 8
-Adam Smith (Escola Clássica Inglesa Otimista) .................................................................. 9
Malthus (Escola Clássica Inglesa Pessimista) ...................................................................... 9
Aula 6 ..................................................................................................................................... 10
Aula 7 ..................................................................................................................................... 10
-David Ricardo (Teoria do Salário e Teoria da Renda) ....................................................... 10
-Jean-Baptiste Say (Escola Clássica Francesa) ................................................................... 10
-Reações Nacionalistas (Adam Muller e Frederico List – Escola Alemã) ............................ 11
-Intervencionismo de Sismondi e a legislação laboral ...................................................... 11
-Reações Socialistas......................................................................................................... 12
-O materialismo histórico e o socialismo marxista ........................................................... 13
-Reações e doutrinas cristãs (Frederico Le Play)............................................................... 13
-Keynes ........................................................................................................................... 14
Aula 9 ..................................................................................................................................... 15
-Produção (noção técnica e noção económica) .................................................................... 15

22
IN.EC.- Introdução à Economia

Capital ................................................................................................................................ 16
Capital em sentido jurídico .............................................................................................. 16
Conceito económico de capital ........................................................................................ 16
Capital em sentido contabilístico ..................................................................................... 16
Capital fixo ou circulante ................................................................................................. 16
Formação do Capital ....................................................................................................... 16
-Rendimento Nacional......................................................................................................... 16
Produto Nacional ............................................................................................................ 16
Produto interno .............................................................................................................. 17
Rendimento pessoal ........................................................................................................ 17
Aula 10 ................................................................................................................................... 17
-Mercado e Preços .............................................................................................................. 17
-Procura .............................................................................................................................. 17
-Oferta ................................................................................................................................ 18
Aula 11 ................................................................................................................................... 19
Aula 12 ................................................................................................................................... 19
-Moeda ............................................................................................................................... 19
Teorias do valor da moeda: ............................................................................................. 20
Crédito ao consumo ........................................................................................................ 20
Crédito a curto e a longo prazo........................................................................................ 20
Crédito privado e crédito público .................................................................................... 20
Crédito pessoal e crédito real .......................................................................................... 20
Títulos de crédito à ordem nominativos e ao portador .................................................... 20
Aula 13 ................................................................................................................................... 21
-Títulos de Crédito à ordem, nominativos, portador: ........................................................... 21
Títulos de crédito ao portador ......................................................................................... 21
Títulos de crédito nominativos ........................................................................................ 21
Títulos de crédito à ordem .............................................................................................. 21

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