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Nota introdutória
Este Bloco de Apontamentos de Aulas de Introdução à Economia do professor doutor
Francisco Castelo Branco é fruto proveniente das suas aulas teóricas lecionadas no 1º
semestre do ano letivo 2017/2018.
Aqui encontras quase que uma sebenta das suas aulas, pois ele só questiona em
testes, frequências e exames apenas e só aquilo que leciona nas aulas. Contudo aviso
que pode conter erros sejam eles de caráter cientifico, ortográfico, técnico ou de
qualquer outro tipo ou área pelo que não me responsabilizo por alguma falha ou
problema que possa surgir desses mesmos erros. Apesar de revisto por colegas, este
bloco de notas foi apenas e só realizado por mim e por alguns colegas e que eu tive o
cuidado e amabilidade de adaptar e deixar a estudantes desta área curricular para
assim facilitar o seu estudo e a aprovação na disciplina e no curso.
Desejo a todos bom estudo e que este documento vos auxilie no máximo.
Diogo Chiquelho
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 1
Noção de Economia
A Economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos
escassos que poderiam ter utilizações alternativas para produzir bens variados e para
os distribuir para o consumo, agora ou no futuro, entre as várias pessoas e grupos da
sociedade. A Economia também pode ser entendida como o estudo dos fenómenos de
troca. Está relacionada com os nossos rendimentos e com as nossas despesas
enquanto consumidores. Está também relacionada com as tarefas de investir e de
poupar. Analisa os movimentos globais da produção, dos preços e do desemprego. É a
ciência da escolha, estudando as decisões das pessoas sobre a utilização dos recursos
produtivos escassos ou limitados. É o estudo de como os seres humanos se
comportam na organização das suas atividades de consumo e de produção. É o estudo
da moeda, das taxas de juro, do capital e da riqueza.
-O Bem Económico é o meio julgado apto e disponível para a satisfação de
necessidades e tem de reunir as seguintes 3 características: que seja acessível,
disponível e raro. Tudo o que é adquirido não livremente como o ar ou água dum rio, é
um bem económico como uma caneta, uma garrafa de água, etc.
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 2
-Funções económicas do Estado:
-Eficiência
-Equidade
-Estabilidade
A eficiência visa corrigir as falhas do mercado como situações de monopólio ou
oligopólio e externalidades. Tanto os monopólios como oligopólios são situações de
concorrência imperfeita. Externalidades verificam-se sempre que empresas ou pessoas
impões custos ou benefícios aos outros sem pagar respetivas indemnizações ou
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IN.EC.- Introdução à Economia
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 3
Bens Consumíveis são aqueles que, com a sua transformação, deixam de existir
como bens da mesma espécie sendo, portanto, suscetíveis de uma única utilização.
Bens consumíveis diretos são, por exemplo, os alimentos e, os indiretos, as matérias-
primas.
Bens Duradouros são aqueles cuja utilização não implica a sua destruição.
Utilidade Económica
Os bens económicos, abrangendo bens materiais e serviços, constituem meios
adequados à satisfação de necessidades económicas permitindo, pelo seu emprego, a
obtenção de sensações de prazer ou o afastamento de sensações dolorosas. A
suscetibilidade dos bens económicos satisfazerem necessidades designa-se por
utilidade. Esta consiste na especial vocação dos bens económicos para satisfazer
necessidades. A utilidade económica não constitui uma qualidade inerente às coisas
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 4
Custo Económico
A utilidade dos bens económicos tem o seu reverso no respetivo custo de
aquisição. Quando os bens nada custam a adquirir tratam-se de bens livres, não-
económicos. O custo de um bem económico é constituído pelas renuncias, pelo
cansaço, pelos sofrimentos que o Homem tem de suportar para adquirir esse bem. O
conceito de custo económico envolve duas componentes : uma positiva e outra
negativa. A componente positiva consiste na energia física e intelectual desenvolvida
pelo Homem para produzir o bem. A energia negativa traduz o sentimento de
sacrifício, de pena, como é desenvolvida essa atividade económica. O conceito de
custo económico também é subjetivo como já foi referido quanto à utilidade, pois
varia de pessoa para pessoa e de atividade para atividade.
Valor Económico
Por valor entende-se uma apreciação, ou juízo, de um sujeito económico sobre
determinado bem. Tal juízo há-de depender do custo e da utilidade conjuntamente.
Noção clássica de valor económico: os economistas clássicos como Adam Smith
rejeitaram a explicação de valor através da ideia de utilidade . David Ricardo, porém,
acrescentou outras ideias inovadoras. Desde logo divide os bens em reprodutíveis e
em não reprodutíveis. Quanto aos bens não reprodutíveis, como as obras de arte, o
seu valor depende da raridade e dos gostos daqueles que as desejem possuir.
Naturalmente que, aqui, o valor dependerá da utilidade esperada. Os bens
reprodutíveis são aqueles que na produção de novas unidades, apesar do custo, é
possível distinguir o valor corrente do valor normal. O valor corrente seria aquele
fixado nos mercados pelo encontro da oferta e da procura. O valor normal coincide
com o custo de produção somatório das rendas pagas aos proprietários, dos juros
pagos aos capitalistas e dos salários pagos aos trabalhadores.
Karl Marx afasta, desde logo, do custo de produção todos os elementos alheios
ao fator de produção trabalho. A formação do capital e a aprovação da terra não
contribuiu aqui para o custo de produção. O valor dos bens será também o seu custo
de produção mas consistirá apenas na quantidade de trabalho incorporado num bem.
Essa mesma quantidade de trabalho corresponderia ao tempo necessário para a
produção dos bens. Para Marx o trabalho, como fator de produção, devia ser o único
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IN.EC.- Introdução à Economia
fator que corresponderia ao preço da venda e que devia caber integralmente aos
trabalhadores, pois considera que parte dos preço que o capitalista teve para si é uma
mais valia capitalista correspondente a um sobre trabalho.
-Economias Primitivas
As economias primitivas caracterizam-se pela existência de 3 estádios. No
primeiro estádio os povos começam por assegurar a sua subsistência dedicando-se a
atividades benatórias (caça e pesca). Num segundo estádio começam por conservar e
domesticar os animais. Dedicavam-se também à pastorícia. Num terceiro estádio
procuram na agricultura o seu meio de subsistência. Estas economias primitivas
caracterizam-se pela coexistência entre a iniciativa privada e a iniciativa pública.
-Economia Medieval
O Cristianismo e as suas conceções económicas dos povos convertidos pelo seu
ideal de desprendimento das riquezas materiais. Formulando as teorias dos justo
preço e do justo salário: o justo preço é a remuneração equitativa correspondente ao
serviço prestado pelo bem vendido ao respetivo comprador; o justo salário é aquele
que permitisse ao trabalhador e à sua família, viverem também de harmonia com a sua
condição com uma boa margem para a constituição de uma pequena reserva para
fazer face a necessidades futuras. Os doutores da igreja sempre condenaram o juro,
porque este era contrário à caridade cristã. Constituiria uma forma de exploração do
pobre pelo rico (usura).
-Correntes Mercantilistas
Deve-se a Adam Smith a designação de mercantilismo. O ouro e a prata cindos
da América levou à convicção de que a riqueza de um país provem desses materiais.
Tratava-se de acumular esses mesmo metais preciosos no interesse do próprio país na
base de uma política económica traçada pelo poder central. ´
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IN.EC.- Introdução à Economia
território os metais preciosos que não tinha acesso. Procuram desenvolver indústrias
de produtos de luxo facilmente exportáveis ao fim de obter o ouro e a prata em troca
desses produtos. Essa indústria de bens de luxo é de sedas, tapeçarias, porcelanas,
perfumes e pela exportação destes artigos a França obtinha os pretendidos metais
preciosos.
Aula 5
-Fisiocratismo Quesnay
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IN.EC.- Introdução à Economia
subsistência. Esta teoria foi criticada na altura, pois Malthus não teve em atenção as
epidemias, as guerras mundias como também negou qualquer tipo de redistribuição
aos pobres. A miséria era uma condição natural da imprevidência dos que tinham
filhos sem condições para os sustentar.
Aula 6
-Teste de Avaliação Contínua
Aula 7
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IN.EC.- Introdução à Economia
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IN.EC.- Introdução à Economia
responsáveis dos problemas em que o Estado não pode arear-se. A concorrência entre
as empresas origina uma permanente diminuição de custos e o fator de produção que
mais facilmente pode ser reduzido pelas empresas é o fator trabalho. Os baixos
salários da época, o trabalho infantil, os trabalhadores trabalharem entre 14 a 16
horas por dia o que naturalmente seria um fator a favor do empresário em relação aos
trabalhadores. O aumento de trabalho é um fator eficaz para a diminuição dos custos
de produção. Por estas razões Sismondi exige uma intervenção do Estado no mundo
do trabalho através de legislação que estabeleça regras na sua organização. O Estado
tem que ter em atenção o trabalho infantil como também o horário de trabalho como
uma preocupação em relação aos mais desfavorecidos. Sismondi é, assim, considerado
o pai leis laborais dos nossos dias. 2º defesa da intervenção do Estado na distribuição
da riqueza. A política de distribuição da riqueza tinha em vista a correção das
desigualdades sociais. Critica os liberais por terem centrado o seu pensamento na
produção de riqueza em detrimento da sua distribuição. O Estado devia intervir para
tornar mais justa essa mesma distribuição garantindo rendimentos aos que não os
tinham, aos desempregados, aos doentes e aos idosos. Foi defensor de uma política de
proteção social nas vertentes do desemprego, de velhice e de doença. O primeiro
regime de segurança social só viria a aparecer na Alemanha em 1881 com Bismarck. 3º
defesa da propriedade privada e da economia de mercado. Sismondi defendeu esta
intervenção do Estado na economia sem pôr em causa a propriedade privada ou o
sistema de economia de mercado o que desde logo o distingue da corrente socialista.
4º limitação do uso das máquinas. Sismondi considerou que as crises de sub e super
produção são dois fatores: o progresso contínuo da industrialização levado a um
aumento de produção das empresas e pelo fraco poder de compra das populações em
virtude dos baixos salários da época e do elevado desemprego.
-Reações Socialistas
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 8
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IN.EC.- Introdução à Economia
Na sua doutrina da reforma social tomou como ponto de partida duas grandes
ideias: 1ª a intervenção económica do Estado é, em regra, ineficaz e sendo assim deve
prevalecer a ação privada no campo económico; 2ª o individualismo económico
defendido pelos liberais é ilusório, pois o Homem é um ser social e não um ser isolado
e está integrado em comunidades: a primeira, e mais importante, é a família e está
ligado a ela por um conjunto de deveres naturais e morais. Estudou os tipos familiares
que sucederam ao longo dos séculos distinguindo três tipos de famílias: a família
patriarcal em que a autoridade do pater famílias é absoluta e, com a sua morte, essa
autoridade e todo o seu património é transferido para o filho primogénito: família
tronco, caracterizada pelo facto do chefe de família ser livre de escolher qual dos filhos
iria herdar todo o seu património optando, desde logo, pelo mais capaz não sendo
necessariamente o mais velho. Os outros filhos terão que abandonar a família
constituindo as suas próprias famílias e os seus próprios patrimónios; família dispersa,
com base nos princípios da igualdade que nos dizem que o património familiar é
dividido em tantas partes quanto o número de herdeiros.
Frederico Le Play defendeu a família tronco, porque preservava a base
económica da família e estimulava o espírito de iniciativa, pois os filhos que nada
recebem são obrigados a formar os seus próprios patrimónios e, mais tarde, deixar
esse mesmo património ao filho mais capaz. Deste modo este modelo garante a
estabilidade social mas também o progresso económico.
-Keynes
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 9
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IN.EC.- Introdução à Economia
-Rendimento Nacional
Produto interno: produto que não circula para outro país e vice-versa, bruto ou
líquido consoante tenham sido deduzidas ou não as depreciações de capital.
Rendimento pessoal: abatendo-se no rendimento nacional os lucros não
distribuídos, os impostos sobre as sociedades e as contribuições para a segurança
social apura-se o rendimento pessoal. Se a este forem deduzidos os impostos que
recaem sobre as pessoas físicas determina-se o rendimento disponível.
Aula 10
-Mercado e Preços
-Procura
É a quantidade de bens que um sujeito adquire e que para tal tem capacidade
financeira.
Para um comprador racional as quantidades de bens procurados variam em
função dos preços. Quanto mais baixos forem os preços será maior a procura e vice-
versa.
Dois efeitos que contribuem para a elasticidade da procura: efeito da
substituição e efeito do rendimento. No efeito da substituição ao aumentar o preço de
um bem os consumidores desviam o seu consumo para outros bens sucedâneos
daqueles cujo preço aumentou. Se o comprador/consumidor adquire vários bens e
aumentar o preço de certo bem ele vai substituí-lo por outro cujo aumento do preço
não se verificou. No efeito do rendimento o aumento do preço de um bem traduz-se
numa redução do rendimento real do comprador. O comprador vê baixar o seu poder
de compra e restringe as suas aquisições.
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IN.EC.- Introdução à Economia
-Oferta
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IN.EC.- Introdução à Economia
Aula 11
-Segundo Teste de Avaliação Contínua
Aula 12
-Moeda
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IN.EC.- Introdução à Economia
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IN.EC.- Introdução à Economia
Nominativos são títulos dos quais consta o nome do respetivo credor e cuja
transmissão exige que se proceda a um registo como, por exemplo, as obrigações.
Títulos de crédito à ordem são transmissíveis por endosso.
Aula 13
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IN.EC.- Introdução à Economia
Índice
Nota introdutória ..................................................................................................................... 1
Aula 1 ....................................................................................................................................... 2
Noção de Economia .............................................................................................................. 2
-Relações da Economia com outros domínios do conhecimento ............................................ 3
Aula 2 ....................................................................................................................................... 3
-Funções económicas do Estado: ........................................................................................... 3
Necessidades económicas ..................................................................................................... 4
Aula 3 ....................................................................................................................................... 5
Tipologia dos Bens ................................................................................................................ 5
Bens Naturais .................................................................................................................... 5
Bens Produzidos ................................................................................................................ 5
Bens Diretos ...................................................................................................................... 5
Bens Indiretos ................................................................................................................... 5
Bens Consumíveis.............................................................................................................. 5
Bens Duradouros ............................................................................................................... 5
Bens Sucedâneos............................................................................................................... 5
Bens Fungíveis................................................................................................................... 5
Bens Complementares ...................................................................................................... 5
Utilidade Económica ............................................................................................................. 5
Aula 4 ....................................................................................................................................... 6
Custo Económico .................................................................................................................. 6
Valor Económico ................................................................................................................... 6
Visão Marxista do Valor ........................................................................................................ 6
Evolução do Pensamento Económico .................................................................................... 7
-Economias Primitivas ....................................................................................................... 7
-Economia Medieval .......................................................................................................... 7
-Mercantilismo Bulionista ou Espanhol .............................................................................. 7
-Mercantilismo Industrial ou Francês ou Colbertismo ........................................................ 7
-Mercantilismo Inglês ou da Balança Comercial ou do Ato de Navegação de Cromwell de
1650 .................................................................................................................................. 8
Aula 5 ....................................................................................................................................... 8
-Fisiocratismo Quesnay ..................................................................................................... 8
-Adam Smith (Escola Clássica Inglesa Otimista) .................................................................. 9
Malthus (Escola Clássica Inglesa Pessimista) ...................................................................... 9
Aula 6 ..................................................................................................................................... 10
Aula 7 ..................................................................................................................................... 10
-David Ricardo (Teoria do Salário e Teoria da Renda) ....................................................... 10
-Jean-Baptiste Say (Escola Clássica Francesa) ................................................................... 10
-Reações Nacionalistas (Adam Muller e Frederico List – Escola Alemã) ............................ 11
-Intervencionismo de Sismondi e a legislação laboral ...................................................... 11
-Reações Socialistas......................................................................................................... 12
-O materialismo histórico e o socialismo marxista ........................................................... 13
-Reações e doutrinas cristãs (Frederico Le Play)............................................................... 13
-Keynes ........................................................................................................................... 14
Aula 9 ..................................................................................................................................... 15
-Produção (noção técnica e noção económica) .................................................................... 15
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IN.EC.- Introdução à Economia
Capital ................................................................................................................................ 16
Capital em sentido jurídico .............................................................................................. 16
Conceito económico de capital ........................................................................................ 16
Capital em sentido contabilístico ..................................................................................... 16
Capital fixo ou circulante ................................................................................................. 16
Formação do Capital ....................................................................................................... 16
-Rendimento Nacional......................................................................................................... 16
Produto Nacional ............................................................................................................ 16
Produto interno .............................................................................................................. 17
Rendimento pessoal ........................................................................................................ 17
Aula 10 ................................................................................................................................... 17
-Mercado e Preços .............................................................................................................. 17
-Procura .............................................................................................................................. 17
-Oferta ................................................................................................................................ 18
Aula 11 ................................................................................................................................... 19
Aula 12 ................................................................................................................................... 19
-Moeda ............................................................................................................................... 19
Teorias do valor da moeda: ............................................................................................. 20
Crédito ao consumo ........................................................................................................ 20
Crédito a curto e a longo prazo........................................................................................ 20
Crédito privado e crédito público .................................................................................... 20
Crédito pessoal e crédito real .......................................................................................... 20
Títulos de crédito à ordem nominativos e ao portador .................................................... 20
Aula 13 ................................................................................................................................... 21
-Títulos de Crédito à ordem, nominativos, portador: ........................................................... 21
Títulos de crédito ao portador ......................................................................................... 21
Títulos de crédito nominativos ........................................................................................ 21
Títulos de crédito à ordem .............................................................................................. 21
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