Você está na página 1de 25

GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

MARIA EDIVANIR GOMES DA SILVA

TEMA: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA


EDUCAÇÃO INFANTIL

RIO BRANCO- ACRE

2022
MARIA EDIVANIR GOMES DA SILVA

GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

TEMA: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA A


EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Futura – Grupo
Educacional Faveni, como requisito parcial
para obtenção do título de (Licenciatura em
Pedagogia).

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula


Rodrigues

RIO BRANCO - ACRE


2022
GOMES DA SILVA, – MARIA EDIVANIR
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA
EDUCAÇÃO INFANTIL.
NOME: MARIA EDIVANIR GOMES DA SILVA ANO - 2022
NÚMERO DE PÁGINAS 24.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade


Futura – Grupo Educacional Faveni, como requisito parcial para
obtenção do título de (Licenciatura em pedagogia).

1. Brincadeiras n°1; 2. Educação infantil n°2; 3. Jogos n°3.

MARIA EDIVANIR GOMES DA SILVA


GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Futura – Grupo
Educacional Faveni, como requisito parcial
para obtenção do título de (Licenciatura em
Pedagogia).

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues

APROVADO EM: _____/_____/__________

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Examinador 1
____________________________________________
Examinador 2
____________________________________________
Examinador 3
DEDICATÓRIA (OPCIONAL)
CONTABILIDADE I

Dedico este trabalho a minha família pelas palavras de


incentivo e aos meus amigos que sempre me apoiaram e
me deram forças para prosseguir em busca de meus
objetivos [...]

Maria Edivanir Gomes da Silva.


Agradeço à Deus por me dar forças para superar os obstáculos e fazer possível,
esse momento.

Agradeço à minhas filhas que sempre me incentivaram na busca pelo pelos meus
objetivos e por ter me dado todo o suporte para manter-me focado. E também a
professora Claudine e a Deyse que me auxiliaram sempre que possível, durante
toda minha trajetória acadêmica.

Maria Edivanir Gomes da


Silva.
“Ao brincar a criança assume papéis e aceita as regras próprias da
brincadeira, executando, imaginariamente, tarefa para as quais ainda
não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.”

Lev Vygotsky
TEMA: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL

Maria Edivanir Gomes da Silva.


(Licenciatura plena em pedagogia), e-mail; sdiva32@gmail.com

RESUMO

Os jogos e as brincadeiras são de extrema importância na educação infantil. O


“brincar” é de direito da criança, parte integral do seu dia a dia pronto eles auxiliam
muito no desenvolvimento das crianças e ajudam a adquirir certas habilidades.
Também auxiliam as crianças a se expressarem e nos momentos de interação com
outras crianças ajudam a criar laços. O presente estudo tem como objetivo
apresentar tanto a origem dos jogos e das brincadeiras quanto à sua importância
para as crianças da Educação infantil. O estudo também expõe os benefícios destes
para essa etapa da vida infantil ponto ainda, a partir da concepção e das ideias de
autores o trabalho aborda de que maneira esses jogos e brincadeiras podem
contribuir para a formação das crianças e ajudar em seu desenvolvimento. Foi
utilizada a pesquisa bibliográfica para fundamentar as ideias sobre como, de fato, os
jogos e as brincadeiras auxiliaram no pleno desenvolvimento das crianças já que
são consideradas atividades que promovem aprendizagens significativas e ajudam
a construir uma melhor autonomia das crianças. Os passos metodológicos
iniciaram-se com o levantamento de autores que discutem sobre o tema escolhido.
Em seguida foram selecionados alguns tópicos que tratam de assuntos muito
presentes no cotidiano da Educação infantil, a partir desses tópicos, foram feitas
novas pesquisas e as ideias foram sendo formadas para a construção do trabalho.
Os resultados da pesquisa são apresentados neste trabalho que se divide nas
seguintes seções introdução, desenvolvimento, metodologia, argumentação,
discussão e considerações finais.

Palavras-chave: Jogos. Brincadeiras. Desenvolvimento. Educação infantil.


THEME: THE IMPORTANCE OF GAMES AND PLAYS
FOR THEME: THE IMPORTANCE OF GAMES AND PLAYS FOR CHILD
EDUCATION.

Maria Edivanir Gomes da Silva.

(Licenciatura plena em pedagogia), e-mail; sdiva32@gmail.com

ABSTRACT

Games and games are extremely important in early childhood education. “Playing” is
a child's right, an integral part of their daily lives, they help a lot in children's
development and help them acquire certain skills. They also help children to express
themselves and in moments of interaction with other children, they help to create
bonds. The present study aims to present both the origin of games and games and
their importance for children in Early Childhood Education. The study also exposes
the benefits of these for this stage of children's life. Bibliographic research was used
to support ideas about how, in fact, games and games helped in the full development
of children as they are considered activities that promote meaningful learning and
help to build a better autonomy of children. The methodological steps began with the
survey of authors who discuss the chosen topic. Then some topics were selected
that deal with subjects very present in the daily life of Early Childhood Education,
from these topics, new research was carried out and ideas were formed for the
construction of the work. The research results are presented in this work, which is
divided into the following sections: introduction, development, methodology,
argumentation, discussion and final considerations.

Keywords: Games. jokes. Development. Child education.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO……………………………………….…………………………………...11
1.1 Objetivos gerais e específicos…………………………......……………………….13
1.2 Situação-problema…………………......……………………………………………14
1.3 Justificativa do trabalho…………………………......………………………………14
1.4 Material e Métodos………………………………….....…….………………………15
1.5 Organização do trabalho…………………………….....….………………………..15
2 DESENVOLVIMENTO……………………………….………………………………..16
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………….……………………………21
4 CONCLUSÃO………………………………….……………………………………….22
REFERÊNCIAS…………………………………………….…………………………….23
1 INTRODUÇÃO

A busca por uma educação de qualidade pelos órgãos competentes, pelos


profissionais da área e pelos pais de crianças pequenas (aqui pensadas as de 4 e 5
anos de idade) vem dando resultados positivos. Até a década de 80 a educação
infantil não era pensada como uma fase importante da educação e do
desenvolvimento do ser humano, contudo, após a promulgação da LDB (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996), segundo dados da BNCC (Base
Nacional Comum Curricular, 2017), a devida importância vem sendo reconhecida
cada vez mais e existem várias pesquisas de autores renomados que colocam o
quanto a frequência da criança em uma instituição de ensino desde a infância ajuda
no seu desenvolvimento motor e cognitivo.
Estando a escola de educação infantil cada vez mais procurada pelas
famílias,
há uma preocupação em oferecer uma educação de qualidade aos pequenos e que
ao mesmo tempo seja prazerosa, pois é o primeiro contato da criança com um
ambiente pensado pedagogicamente. Autores como Kishimoto abordam a
importância do “brincar” na educação infantil para o desenvolvimento integral da
criança, levando em consideração os aspectos culturais, afetivos e cognitivos.
Deve se considerar o “brincar” o ato de Liberdade e forma de expressão da
criança. Por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras é possível analisar a
individualidade, diversidade e relação desenvolvidas pelo indivíduo. A literatura
dirigida à educadores constata o crescente interesse sobre a utilização desses
recursos na educação infantil.
Segundo os autores consultados, Kishimoto (1992, 2005 e 2017) e Macedo
(2005), o “brincar” é de extrema importância para as crianças, pois é através dele
que elas conseguem expressar o que estão sentindo, o que as preocupa, o que as
deixa felizes, o que gera medo nelas, entre outros sentimentos. Brincar é uma ótima
forma de comunicação da criança, é muitas vezes a forma como ela representa o
seu cotidiano, constrói seu processo reflexivo, sua autonomia, criatividade e
favorece a aprendizagem. Através dos jogos e brincadeiras se estabelecem as
regras, normas para uma convivência saudável e harmoniosa e o respeito pelos
colegas. O “brincar” da criança proporciona a ela resolver seus conflitos, elaborar

11
hipóteses de conhecimento e a capacidade de compreender pontos de vista
diferentes.

Grandes avanços foram constatados ao longo da história, porém, ainda há


muito para evoluir. Algumas vezes os jogos e brincadeiras são pouco aproveitados
pelos educadores na educação infantil, talvez por não conhecerem o significado que
a brincadeira tem para a criança em desenvolvimento.

Sendo assim, elaborou-se como objetivo geral desta pesquisa, apresentar a


importância dos jogos e brincadeiras para as crianças que frequentam a educação
infantil, trazendo informações sobre a trajetória histórica deles e suas contribuições
para o processo de aprendizagem e construção do conhecimento. Como objetivos
específicos, aprofundar o conhecimento sobre a importância do “brincar” nesse
período tão importante da vida do ser humano e apresentar a ideia dos autores
consultados sobre a relação do jogo e da brincadeira na construção e no
aprimoramento das habilidades da criança, assim como, a utilização dos mesmos
como estratégia de ensino e desenvolvimento pedagógico.

No primeiro capítulo será abordado sobre a educação infantil e como os


jogos e brincadeiras se encaixam na vida das crianças que a frequentam. No
capítulo dois, sobre os jogos e brincadeiras na educação infantil em geral. No
capítulo três, sobre a origem do jogo e sua importância, no capítulo quatro, um
pouco mais sobre o jogo simbólico. No capítulo cinco, o jogo como estratégia de
ensino e fator de motivação, no capítulo seis, sobre a origem da brincadeira, no
capítulo sete, sobre como as crianças da educação infantil usam muito das
brincadeiras para se expressarem. No capítulo oito será levantada a importância
das brincadeiras para ajudar a aprimorar as habilidades das crianças. Por fim, o
capítulo nove abordará o olhar do professor para os jogos e brincadeiras das
crianças.

A pesquisa se justifica no sentido de apresentar e ressaltar aos educadores


da educação infantil a importância da conscientização para o processo da
ludicidade que a criança vivencia para uma aprendizagem prazerosa. Apresentar o
quanto os jogos, brinquedos e brincadeiras devem ser valorizados e tratados como
direitos da criança independentemente de serem brincadeiras livres ou

12
direcionadas, para que possam perceber que é através da observação dos
momentos de brincadeiras que será possível adquirirem o conhecimento em relação
à vida das crianças.

1.1 Objetivos gerais e específicos

O referido ido trabalho tem como objetivo principal e específico mostrar a


importância das brincadeiras na Educação Infantil, mostrar que o brincar e o que
estimula a aprendizagem das crianças. Diante disso serão abordados aspectos de
grande importância que mostram o papel do educador nesta fase tão importante, o
cenário baseia-se exclusivamente dentro do ambiente escolar, ou seja a escola é
sem dúvida um meio social em que as crianças são inseridas com o intuito de formar
cidadãos conscientes e éticos, mostrar o papel exercido pela escola na educação
infantil relacionados a socialização das crianças por meio do contato com o
professor, colegas de sala de aula.
As brincadeiras e o brincar são atividades presentes na infância da criança desde
bem cedo mesmo antes dela ser inserida na Educação Infantil, as atividades
desenvolvidas e o contato com outras crianças, são uma linguagem natural que está
presente em todos os momentos de sua trajetória de vida a sua importância no
ambiente escolar é de extrema precisão principalmente na fase infantil onde a
criança pode se expressar através de atividades lúdicas tais como diversas
brincadeiras e jogos incluindo a música, a arte e os movimentos de expressões
corporais essas atividades mostram de forma espontânea a rotina diária das
crianças e suas reações diante dela.
A objetividade da pesquisa foi coletar dados que pudessem comprovar a importância
dos jogos e as brincadeiras para o processo de desenvolvimento e aprendizagem de
crianças nos anos iniciais, para aprofundar os estudos relativos aos jogos e
brincadeiras e sua relação com o processo de aprendizagem de crianças em idade
pré-escolar buscou-se os referenciais teóricos de Vygotsky (1984,1994,1998) e
Kishimoto (1993) os quais tem em comum o estudo sobre a importância dos jogos e
brincadeiras na Educação Infantil.

13
1.2 Situação-problema

Nos dias atuais as brincadeiras na fase infantil vem perdendo espaço devido
as tecnologias, onde anteriormente não eram tão presentes no cotidiano das
crianças, brincadeiras eram valorizadas sejam em casa, nas ruas, nas escolas, já
nos dias atuais o que se observa é que cada vez mais a tecnologia dos
computadores, celulares, vídeo games que vem ganhando um espaço significativo
no meio infantil por atraírem a atenção das crianças, isso não substitui o brincar de
boneca, carrinho, pique pega dentre tantas outras brincadeiras que despertam na
criança o lúdico, o pensar o agir, e a atividade física, não focando apenas em horas
e horas em frente a um computador ou a um celular que por sua vez geram
problemas de saúde e cada vez mais crianças acomodadas fechadas no mundo
virtual de certa forma alienadas. (CHAVES, 2014).
Os estudos de Sousa (1998) configuram a educação infantil como importante
fase no desenvolvimento da criança, porque, segundo aquela autora, é durante esta
fase que as bases do ser humano começam a ser estruturadas, visto que são
estimulados e iniciados os processos de formação e integração das várias áreas do
desenvolvimento na fase da educação infantil. A sociedade tem exigido que a
educação tenham profissionais qualificados, exige que se mantenham, informados
para que possam acompanhar as mudanças educacionais, sociais e
comportamentais dos alunos sendo assim possível agregar valores à aprendizagem
e ao trabalho pedagógico do professor dentro da sala de aula que além de motivador
e ao mesmo tempo investigador, já que há uma necessidade que o professor
trabalhe o lúdico com os alunos pois isso ajudara o professor a utilizar desses
mecanismos como instrumentos para prevenir, diagnosticar, mediar e intervir no
desenvolvimento integral da criança, para isso o professor deve estar preparado
para atuar em seu papel pedagógico de aliar o lúdico a aprendizagem dos alunos.

14
1.3 Justificativa do trabalho

A razão da realização do presente trabalho se deu ao fato de eu me identificar


com o tema abordado resolvi aprofundar- me na área de pesquisa pois gostei muito
de estudar a respeito, e inserir esse tema na vida escolar de uma criança e
extremamente gratificante já que a criança tem que sentir prazer em jogar e não se
deve ser entendido como uma obrigação uma tarefa escolar, as crianças têm a
oportunidade de inventar, criar, organizar seus brinquedos e os jogos, as sugestões
para os professores são inúmeras que vão desde cantigas, desenhos e brincadeiras
que busquem trabalhar com crianças diversas aspectos cognitivos, afetivos, físicos e
sociais. As brincadeiras na sala de aula e no ambiente escolar fazem toda a
diferença para a criança, pois e onde o professor pode trabalhar o lúdico e ao
mesmo tempo observar o desenvolvimento integral estimular aprendizagem infantil
estreitando laços e encontrando nos jogos um leque de opções para conhecer seus
alunos dentro e fora da sala de aula, já que são aprendizados que a criança levará
para a vida, acredito que isso motive e transforme a vida do profissional em
educação.

1.4 Material e Métodos

Para alcançar os objetivos almejados, neste trabalho foi utilizado a


metodologia de pesquisa básica, destacando os principais assuntos abordados
pelos autores contextualizando os principais aspectos da Educação Infantil,
destacando a infância, a história, a importância do brincar e a necessidade da
formação docente que não pode ser esquecida com o propósito de mostrar como
algumas discussões relacionadas a essas questões e como elas se integram no
processo educativo, simultaneamente ajudando no desenvolvimento escolar e
familiar da criança.

15
Desenvolver uma pesquisa bibliográfica requer um empenho já que há uma
necessidade de defender conceitos e idéias de maneira que mostre não somente os
pontos positivos mas também os negativos e a solução problema, acredito que em
alguns casos há uma necessidade de pesquisa de campo, para assim facilitar a
compreensão do tema.

1.5 Organização do trabalho

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir do material já elaborado,


constituído principalmente de livros, pesquisas e artigos. Embora em quase todos os
estudos ou na realização de algum tipo de trabalho desta natureza, a pesquisas
desenvolvida sejam exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
A pesquisa passa por diversas etapas as quais trazem as informações aos
problemas questionados e objetivos definidos, desta maneira torna-se essencial
para transmitir as informações necessárias, coerentes e importantes para enriquecer
o conhecimento através das informações obtidas. Nesta perspectiva, o referido
trabalho buscar mostrar a importância dos jogos e brincadeiras para educação
infantil.
A divisão do trabalho se dá da seguinte maneira: introdução especificando a
abrangência do tema, seguindo dos subtítulos, objetivos gerais e específicos
situação problema, justificativa do trabalho, material e métodos e organização do
trabalho. Já na segunda parte contém desenvolvimento, na terceira resultados e
discussões na quarta conclusão e por fim referências.

16
2 DESENVOLVIMENTO

É nos anos iniciais da Educação Infantil que a criança tem oportunidade de


desenvolver e ampliar suas relações sociais, interações e formas de comunicação,
por isso deve- se ressaltar o contexto social em que a criança está inserida,
reconhecendo a diversidade de conhecimentos que as crianças têm. A Educação
Infantil tem como fundamento unir o educar e o cuidar em torno da aprendizagem,
compreendendo o aluno como um ser integral que necessita desenvolver-se em
seus aspectos: motor, cognitivos, sociais e afetivo (CABRAL, 2005).
Começou no Brasil as creches eram inexistentes até o século XIX, o cuidado
e a educação das crianças pequenas eram de responsabilidade familiar,
principalmente da mãe. O atendimento à criança pequena no Brasil foi marcado por
quatro etapas. A primeira filantrópica, a segunda higiênico sanitária, a terceira
assistencialista e a última que se estende até hoje é a educativa.
No segundo atendimento era guiado por profissionais da saúde que
buscavam diminuir os atos índices de mortalidade infantil. Observa-se então que, as
instituições infantis se preocupavam com a saúde das crianças, e os profissionais
que nelas atuavam eram da saúde,
Não tendo ainda nenhuma relação com o aspecto educativo e pedagógico.
Esse atendimento expandiu do século XIX ao século XX. O contexto socioeconômico
do Brasil, influenciado pela industrialização foi sofrendo algumas alterações devido a
incorporação das mulheres ao mercado de trabalho. E as crianças já não podiam
mais ficar em casa aos cuidados da mãe. Criando-se o terceiro tipo de
Atendimento, o assistencialista uma das primeiras intuições de
assistencialismo infantil no Brasil foi à chamada Casa da Roda, lugar onde eram

17
deixadas as crianças abandonadas. “Essas casas apresentavam características
próximas às de asilos e sua função era encaminhar as crianças para a adoção ou
instituições caritativas, como orfanatos e Santas Casas de Misericórdia”. (GOIÂNIA,
2004, p.13). Até a década de vinte, as instituições de ensino infantil eram concebidas
por instituições assistencialistas. Somente na década de trinta, com a criação do
Ministério da Educação e Saúde, é que o Estado assume oficialmente sua
responsabilidade no atendimento à infância.
Durante o governo de Vargas, na década de quarenta, foram criados dois
órgãos de atuação na área da infância. O primeiro é o Departamento Nacional da
Criança (DNC) vinculado ao Ministério da Educação e Saúde Pública que tinha como
objetivo: “atender a infância, a maternidade e a adolescência, passaria a fornecer
orientação técnica, repassar recursos aos estados e às entidade privadas, além de
atuar como órgão fiscalizador” (MERISSE, 1997, p.39).
O segundo órgão criado, nesta época, foi o Serviço de Assistência a Menores
(SAM). Este era vinculado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, “que se
destinava ao atendimento de menores de 18 anos” (MERISSE, 1997, p.40). Pouco
depois da criação destes dois órgãos, exatamente no ano de 1943, o governo institui
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esta lei contribui muito no
aumento das creches no Brasil, pois: Tornava obrigatório, a todas as empresas que
empregassem mais de 30 mulheres, o oferecimento de um (...) local apropriado onde
seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no
período de amamentação. (MERISSE,1997, p.42). No que diz respeito às creches, a
permanência, nessas iniciativas, de uma concepção assistencialista, pois o serviço
oferecido era visto como um benefício ou uma concessão trabalhista para a mulher
trabalhadora, não como um direito de trabalhador em geral ou mesmo um direito da
criança. (MERISSE, 1997, p.42). Assim, até então, a educação infantil
Se remetia ao assistencialismo, para o qual tinham a função de atender as
mães trabalhadoras, que necessitavam XIX com a proposta inicial baseada no
assistencialismo às famílias de baixa renda e de educar os filhos das famílias de
maior poder aquisitivo. Para Oliveira (2000, p. 21) enquanto os filhos das camadas
dominantes eram considerados necessitados de “atendimento estimulador para seu
desenvolvimento afetivo e cognitivo, às crianças mais pobres era proposto cuidado
voltado para a satisfação de necessidades de guarda, higiene e alimentação”.

18
A trajetória das creches e escolas maternais foi marcada pelas tradições
assistenciais, destinadas às crianças das famílias pobres. As creches no âmbito
escolar brasileiro surgiam para atender às necessidades do trabalho feminino
industrial, “[...] respondendo assim a questões como o abandono, a desnutrição, a
mortalidade infantil, a formação de hábitos higiênicos e a moralização das famílias
operárias” (OLIVEIRA, 2000, p.24).
A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica como
descrito no Título V, Capítulo II, Seção II, art.29 da LDB – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação, cuja finalidade é favorecer o desenvolvimento da criança. Mas, foi a
Constituição Brasileira (1988) que definiu em seu dispositivo legal, artigo 208, inciso
IV, a obrigação do atendimento em creche e pré-escola, às crianças de 0 a 06 anos
de idade:
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis
anos de idade. Criou uma obrigação gratuita para todo o sistema
educacional, que teve que se equipar para dar respostas a esta nova
responsabilidade, a qual foi confirmada pela LDB (BRASIL, 1996).

A educação infantil, ao longo do processo de mudança social e da política de


educação tornou-se há poucos anos, um direito adquirido das crianças. Mas, há
anos que o atendimento a essa faixa etária em instituições variadas como as pré-
escolas, os jardins de infância, creches e outros, já existe no Brasil há mais de um
século. De acordo com Cabral (2005, p. 11) a educação infantil constitui um espaço
“de relações sociais entre os sujeitos, sujeitos históricos e interativos que se
constroem em um currículo vivo, permeado de ações e atitudes conceitos e
linguagens e interesses”.
Durante anos, a discussão sobre como as crianças aprendem, a
compreensão dos processos que levam as crianças a construir conhecimentos, bem
como sobre o que elas são capazes de aprender, ou seja, a relevância dos
conteúdos a serem socializados, tornou-se a questão central para os profissionais
que lidam com esse segmento educativo (OLIVEIRA, 2000).
A educação faz parte da vida de todo indivíduo e não está centralizada
apenas na escola, pois não há uma forma única e nem um modelo único de se
educar. Os conhecimentos relacionados à educação tornavam-se cada vez mais
especializados devido aos avanços científicos, sendo que apenas os profissionais

19
tinham acesso. Portanto a eles caberiam a função de educar já que as famílias eram
vistas como incapazes, não possuindo os saberes necessários (CUNHA, 2003).
Em junho de 2006 foi sancionada a Lei nº 11.274 que regulamenta o ensino
fundamental de nove anos e tem como objetivo assegurar às crianças maior convívio
escolar, maiores oportunidades de aprender e com isso, uma aprendizagem com
mais qualidade. Essa mudança amplia o acesso ao Ensino fundamental para
crianças de seis anos, faixa etária que concentra o maior número de matrículas na
educação infantil. Dessa forma, a pré-escola atende crianças de 04 e 05 anos.
Educação Infantil: creche (0-03 anos) e pré-escola (04 e 05 anos); Ensino
Fundamental: anos iniciais (06-10 anos) e anos finais (11 a 14 anos). A lei
estabeleceu que estados, municípios e o Distrito Federal teriam prazo até 2010 para
se adequar à mudança.
Uma das preocupações do professor na Educação Infantil é a preocupação de
propiciar, a todas elas, um desenvolvimento integral e dinâmico. O “Brasil é um país
que tem por necessidade modificar a concepção de Educação Infantil, no entanto
essa modificação implica em atentar para varias questões que ultrapassam seus
aspectos legais” (OLIVEIRA, 2000, p. 15).
Brincadeiras são caracterizadas pela imaginação e criação, tendo assim uma
grande influência cultural de um povo, as brincadeiras das crianças são sempre
baseadas ao seu mundo ao redor ou seja no que vem, sentem ou escutam. O
brincar faz parte da infância de toda criança, indiferente de raça gênero, toda criança
brinca ou já brincou, e quando adultos dificilmente esquecem este momento de
criatividade e imaginação o que ficará sempre guardado na memória e ainda esses
momentos poderão ter influências nas suas atitudes e comportamentos ao longo da
vida, brincar não significa perda de tempo como também não é uma forma de
preenchimento de tempo, mas uma maneira de se colocar a criança de frente com o
objeto, muito embora nem sempre é brincadeira envolve um objeto”.(Bueno 2010,
p.21).
É através das brincadeiras que as crianças começam a ter contato e
compreender a vida adulta, tendo frustrações, ganhos, perdas e assim desde cedo
entendendo que nada do jeito que queremos hora ganhamos e horas perdemos de
acordo com a autora Bueno (2010, p.21),”[...] O brinquedo possibilita o
desenvolvimento total da criança, já que ela se envolve efetivamente no seu convívio

20
social ponto a brincadeira faz parte do mundo da criança.” ou seja, a brincadeira é
fundamental para o avanço intelectual da criança.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A metodologia utilizada para realização desta pesquisa está baseada de


forma bibliográfica qualitativa com pesquisa em campo, além da utilização de
autores renomados e importantes que apresentam conceito e reflexões
fundamentais sobre o tema proposto, através de pesquisas em livros, sites da
internet entre outros, ou seja, está pesquisa se dá na forma qualitativa, nesse
método não há preocupações em enumerar ou medir unidades, nem utilizar dados
estatísticos como centro do processo de análise de um problema, no entanto facilita
a análise de variáveis, a descrever a complexidade de hipóteses, compreender e
classificar processos dinâmicos vivenciados por grupos sociais. (OLIVEIRA 1999
p.116 e 117) para que assim consiga-se de a melhor forma encontrar material
necessário para desenvolvimento do projeto.
Segundo Gil (1991, p.48) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base
em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos relacionados
com o estudo em questão.
Seguindo no mesmo sentido Vitelo, “complementa afirmando que não sendo
necessariamente aquelas que reportam todas as pesquisas e revisões já publicadas
sobre o tema, mas sim que conseguem sumariar e incluir as publicações realmente
importantes.”
E Medeiros conclui que a pesquisa bibliográfica ou levantamento bibliográfico
caracteriza-se como um documento indireto, constituindo-se em coletar dadas fontes
secundaria.

21
Sendo assim, para a realização desta pesquisa bibliográfica foram utilizados
os seguintes procedimentos:
• Escolha bibliográfica e documentos referentes à temática e em meios
físicos e na Internet, interdisciplinares, capazes e suficientes para que
seja construído um referencial teórico coerente sobre o tema em
estudo, responda ao problema proposto, comprove ou refute as
hipóteses levantadas e atinja os objetivos propostos na pesquisa;
• Leitura do material selecionado;
• Análise do material selecionado;
• Exposição dos resultados obtidos através de um texto escrito.

4 CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho buscou- se apresentar a importância do brincar na


educação infantil e com base nas pesquisas feitas constatou-se que, os jogos
brinquedos e brincadeiras fazem parte da cultura do ser humano, vão além de um
passatempo infantil, são essenciais para o desenvolvimento da criança e essa
prática deve ser incentivada para que possam ter estímulos que auxiliam na sua
construção física, psíquica e social, para que se tornem adultos melhores, mais
saudáveis vírgulas seguros e éticos e que possam ser pessoas capazes de ter um
pensamento crítico e participativo.
Acredita-se que o estudo realizado atingiu seu objetivo amplo, que era através
de uma busca bibliográfica, apresentar e ressaltar a importância dos jogos e
brincadeira na educação infantil, como ferramenta fundamental no processo de
desenvolvimento da criança.
Com este estudo tornou-se possível compreender melhor a ação dos jogos e
brincadeiras no desenvolvimento das crianças em seus anos iniciais na vida escolar
tanto no cognitivo, social e emocional como no físico- motor e que a influência do ato
de brincar no desenvolvimento do ser humano não é indispensável para a formação
do seu caráter e personalidade. É também por meio dos brinquedos, brincadeiras e
jogos que a criança compartilha alegria tristeza entusiasmos passividade e até
mesmo agressividade.

22
Ressaltando que é de suma importância o papel do professor neste processo
de mediação ensino aprendizagem na vida escolar dos alunos. Uma vez que é
preciso que se tem uma percepção ativa dos comportamentos apresentados pelas
crianças em suas brincadeiras, pois as mesmas muitas vezes refletem o seu
ambiente social e familiar.
Por fim pode concluir-se que o caminho percorrido até o momento se
transforma em novas possibilidades e assim novas descobertas saber se os
profissionais da Educação Infantil têm o devido conhecimento acerca da importância
que os jogos e brincadeiras têm no desenvolvimento das crianças, já que o brincar é
um dos focos mais importantes da proposta pedagógica pois assim é desenvolvido
atividades com afetividade, carinho e sensibilidade o lúdico se torna a maior fonte de
ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da educação. N° 9394 de dezembro de 1996.


Disponível em <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em 15 mai.
2104._____. Plano Nacional de Educação. 2001. Disponível
em<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_content&id=16478&Itemid=1107>.Acesso em mai. 2014.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20


de dezembro de 1996.

BUENO, Elizangela. Jogos e Brincadeiras na educação infantil: ensinando de


forma lúdica. Londrina – PR, 2010.

CABRAL, N. F. A carta de transdisciplinaridade, a busca de princípios


transdisciplinares e o laboratório de educação matemática. Traços: Revista do
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Belém: UNAMA, v.7, n.15, 2005.

CUNHA, M.V. A escola contra a família: 500 anos de educação no Brasil. 2003.

23
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo. Atlas.
1991.

GOIÂNIA/SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. saberes sobre a infância: a


construção de uma política de educação infantil. Goiânia,2004c.

MERISSE, Antônio as origens das instituições de atendimento à criança: o caso das


creches In: MERISSE, A.(et. al) Lugares da infância: reflexões sobre a história da
criança na fábrica, creche e orfanato. São Paulo: Arte Andamp; 1997.P.25-51.

OLIVEIRA, ZMR de (org.). A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se


discutir a educação infantil. 4. Ed. São Paulo: Cortez, 2000.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São


Paulo: Cortez, 2017. Disponível em: https://books.google.com.br/books?
hl=ptBR&lr=&id=On02DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=educa
%C3%A7%C3%A3o+infantil+brincadeira&ots=u7pJz8Vu5w&sig=OZ1GBk3abHwZS
514VOIya0J0g&redir_esc=y#v=onepage&q=educa%C3%A7%C3%A3o%20infantil
%20brincadeira&f=false. Acesso em: 26 mar. 2020.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 8.


ed.São Paulo: Cortez, 2005.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo, a criança e a educação. São Paulo, 1992.

MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli. PASSOS, Norimar Christe. Os jogos
eo lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Aremed, 2005.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes,


1998.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

24
25

Você também pode gostar