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Por si
Em si
“O indivíduo orgânico produz a si mesmo: Faz-se o que ele é em si,
igualmente o espírito é somente o que ele se faz, e ele se faz o que é em si.
No espírito, a passagem de sua determinação para sua realização faz-se mediante a
consciência e a vontade, as quais são desde logo mergulhadas em sua vida natural
imediata.” (p.54)
Por si
“A evolução, calma produção da natureza, é para o espírito uma luta árdua
e infinita contra ele próprio. O que o espírito quer é realizar o seu conceito, mas ele
oculta de si mesmo, e nessa alienação de si próprio sente-se orgulhoso e satisfeito. A
evolução não é uma mera eclosão inocente e sem conflitos, como na vida orgânica,
mas trabalho duro e ingrato contra si mesmo, para a produção de um fim: que é o
espírito e o conceito de liberdade. Ele é o principio diretor da evolução, o que lhe dá
sentido e importância.” (p.54)
Em si
“Na história universal, grandes períodos transcorrem sem que a evolução
parece ter ocorrido. Nesses períodos, toda a imensa cultura acumulada foi destruída.
Depois de tais períodos, infelizmente, tem sido preciso recomeçar do nada para tentar
recuperar uma das regiões dessa cultura já há muito tempo conquistada.” (p.54)
Em si
“O espírito começa como embrião de sua possibilidade infinita (mas
apenas possibilidades) que ele só alcança em sua concretização na realidade.” (p.55)
Por si
“Assim, na existência real, o progresso surge como um avanço do
imperfeito para o mais perfeito – o que não deve ser entendido abstratamente como
apenas o imperfeito, mas como algo que é, igualmente, o contrario de si mesmo (o
assim chamado perfeito), como um embrião e como um instinto.” (pag.55)
Por si
Para si
“Considera-se, sob o aspecto histórico, que todas as religiões surgiram
desse estado, assim como acredita-se que essas religiões profanaram e ocultaram a
primeira verdade como fruto do equívoco e da perversão.” (p.56)
Em si
Por si
“Houve povos que persistiram sem Estado numa longa vida antes de terem
atingido a própria determinação, e antes mesmo de terem realizado importante cultura
em certas direções. Aliás, essa “pré-história” está fora do nosso propósito.” (p.57)
Para si
“Houve povos que persistem sem Estado nem longa vida antes de terem
atingidos a própria determinação, e antes mesmo de terem realizados importante
cultura em certas direções. Aliás, essa “pré-história” está. Conforme já disse, fora do
nosso proposito. Que tenha havido uma historia real ou que tais povos não tenham
jamais chegado a formar um Estado é uma grande descoberta histórica – como a de
um novo mundo – que foi feita, há vinte e poucos anos, acerca do sânscrito e de sua
conexão com as línguas europeias.” (p.56-57).
“Ainda nos dias correntes, conhecemos populações que mal constituem
uma sociedade, quanto mais um Estado. Em nossa língua, história une o lado objetivo
e o subjetivo, significando tanto fato quanto narrativa. Recordações de família e
tradições patriarcais encontram interesse apenas no seio da família e da tribo. O
Estado produz um conteúdo que além de ser apropriado à prosa da história ainda
contribui para reproduzi-la” (p.58)
“Mesmo que as epopeias hindus” possam ser comparadas as homéricas,
resta mesmo assim, a infinita diferença de conteúdo; uma diferença de importância
substancial, envolvendo o interesse da razão, que se ocupa diretamente da
consciência do conceito de liberdade e de sua expressão nos indivíduos. Não existe
uma forma clássica, mas também um conteúdo clássico. Forma e conteúdo estão tão
intimamente ligados em uma obra artística que a primeira só pode ser clássica quando
a ultima também for. (p.65)