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DEFINIÇÃO DE REPRIVATIZAÇÃO DA VELHICE: que transformam a velhice numa


responsabilidade individual- e, nesses termos, ela poderia então desaparecer do nosso leque
de preocupações sociais.

Pag 17... O empobrecimento e os preconceitos marcariam a velhice nas sociedades modernas,


que abandonam os velhos a uma existência sem significado.

Pag 21 ... nesse processo, a juventude perde conexão com grupo etário específico, deixa de ser
um estágio na vida para se transformar em valor, um bem a ser conquistado em qualquer
idade, através da adoção de estilos de vida e formas de consumo adequadas.

Pag 32... assim a transformação do envelhecimento em objeto de saber científico põe em jogo
múltiplas dimensões, como o desgaste fisiológico e o prolongamento da vida, o desequilíbrio
demográfico e o custo financeiro das políticas sociais.

DEFINIÇÃO DE VELHICE

Pag 32.... em que cada uma das disciplinas, à sua maneira, contribuiu para definir a última
etapa da vida como uma categoria de idade autônoma, com propriedades específicas, dadas
naturalmente pelo avanço da idade, que exigem tratamentos especializados, como o desgaste
físico e os médicos; a ausência de papéis sociais e os sociólogos; a solidão e os psicólogos; a
idade cronológica e os demógrafos; os custos financeiros e as ameaças à reprodução das
sociedades e os economistas e os especialistas na administração pública.

Pag 33...Os geriatras- e também outros especialistas em áreas de medicina voltadas para
problemas que têm uma relação especial com o envelhecimento, como a medicina
ortomolecular e especialidades afins- radicalizaram a ideia de construção social.

A juventude, na prática por eles desenvolvidas, não é mais uma etapa da vida, um
momento de passagem em um contínuo que caracteriza o desenvolvimento biológico
universal, como os cientistas sociais sempre enfatizaram. Geriatras e gerontólogos
transformaram-se em agentes ativos na proposta de práticas, crenças e eterna juventude é um
bem que pode ser por todos conquistado.

Pag 34 O desafio nesse trabalho foi o de experimentar o instrumental antropológico na análise


de configurações em que o discurso do saber tem um peso central e gostaria muito que ele
pudesse oferecer elementos para que a gerontologia não se transforme em campo de experts
na negação da velhice, da doença e da morte.

Pag 35... não pode nos levar à consideração de que, se alguém não é ativo, não está envolvido
em programas de rejuvenescimento, se vive a velhice no isolamento e na doença é porque não
teve o comportamento adequado ao longo da vida, recusou a adoção de formas de consumo e
estilos de vida adequados e portanto, não merece nenhum tipo de solidariedade.

Pag 42... As distinções nele operadas pelo autor entre “níveis de maturidade” , “idade
geracional” e “idade cronológica”, permitem repensar dois processos aparentemente
contraditórios, que caracterizam a experiência cotidiana nas sociedades ocidentais
contemporâneas: por um lado, o apagamento das idades como um marcador importante das
experiências vividas e, por um outro lado e ao mesmo tempo, a transformação das idades em
um mecanismo privilegiado na criação de atores políticos e na definição de novos mercados de
consumo.
Pag 51... A institucionalização crescente do curso da vida envolveu praticamente todas as
dimensões do mundo familiar e do trabalho e está presente na dimensões do mundo familiar e
do trabalho e está presente na organização do sistema produtivo, nas instituições educativas,
no mercado de consumo e nas políticas públicas que, cada vez mais , têm como alvo grupos
etários específicos.

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