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HABEAS CORPUS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
De acordo com a súmula 145 do Supremo Tribunal Federal, “não há crime quando
a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”, ou
seja, não há crime quando o fato é preparado mediante provocação ou
induzimento, direto ou por concurso, de autoridade, que o faz para fim de aprontar
ou arranjar o flagrante.
A súmula, portanto, incide no momento em que a autoridade policial, provoca a
execução do delito, surpreendendo o indivíduo em flagrante, interferindo,
consequentemente na sua consumação, resultando, como entendimento de nossa
corte suprema, o crime impossível e o flagrante nulo.
Portanto, tratando-se de verdadeiro crime de ensaio, configura-se forma irregular
de prisão, não tendo valor como peça coercitiva da liberdade.
Ou seja, o flagrante preparado é ilegal e se denomina como crime impossível,
baseado na espécie de crime impossível por obra do agente provocador, onde
verificamos o comportamento instigador da polícia, evitando desta forma a
consumação do crime, excluindo por consequente sua tipicidade.
Há, pois, provocação sempre que a polícia intervier, direta ou indiretamente, no
próprio iter criminis, uma ação que leve o suspeito a cometer um determinado
crime que não cometeria se não fosse a atuação policial.
Por hora, cumpre ressaltar, que, com a intervenção policial, estes, agem para que
o resultado seja evitado. Estamos diante do fato de que, o meio utilizado para
configuração do crime, seja absolutamente ineficaz à consumação impedindo o
resultado advindo da conduta.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer que seja concedida a ordem de habeas corpus , em favor
do paciente, uma vez que presentes a probabilidade de dano irreparável e a
fumaça do bom direito, a fim de que seja relaxada a prisão em flagrante ou
concedida a liberdade provisória, com a consequente expedição de alvará de
soltura.
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Campinas, 05 de setembro de 2023
Dr. Marcus Vinícius Garcia Faria
OAB/1661