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Amino Amido Madeira

Camila Fenias Manganhe

Dulce Jeque Chauma

Laura Meque Chamualira

Nelson Gonçalves Bandeira

Riona Fernanda Modesto

Regras de higiene e manipulação e tratamento dos alimentos.

Métodos de conservação e armazenamento de alimentos.

Licenciatura Em Psicologia social e das organizações.

Tema Transversal III

3º- Ano, Pós-Laboral

Universidade púnguè Extensão de Tete

2023
Amino Amido Madeira
Camila Fenias Manganhe
Dulce Jeque Chauma
Laura Meque Chamualira
Nelson Gonçalves Bandeira
Riona Fernanda Modesto

Regras de higiene e manipulação e tratamento dos alimentos.


Métodos de conservação e armazenamento de alimentos.

Licenciatura Em Psicologia social e das organizações.

Trabalho de pesquisa a ser entregue na


cadeira de Tema Transversal III, curso de
licenciatura Em Psicologia social e das
organizações, sob orientação da:
Me: Sharmila Alibhai

Universidade púnguè Extensão de Tete


2023
Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 3
1.2 Objectivos......................................................................................................................3
1.2.1 Objectivo geral:..........................................................................................................3
1.2.2 Objectivos específicos:...............................................................................................3
2. Conceito de alimento........................................................................................................4
3. Regras de higiene e manipulação e tratamento dos alimentos..........................................4
3.1. Higiene pessoal..............................................................................................................4
3.2. Higiene dos alimentos................................................................................................... 5
3.3. Higiene ambiental..........................................................................................................6
3.4. Importância da higiene dos alimentos............................................................................7
4. Métodos de conservação e armazenamento de alimentos.................................................7
4.1. Conservação pelo calor..................................................................................................7
4.2. Conservação pelo frio....................................................................................................9
4.3. Conservação pelo controle da humidade.....................................................................10
4.4. Conservação pela fermentação....................................................................................11
4.5. Conservação pela defumação...................................................................................... 11
4.6. Conservação pelo uso de embalagens..........................................................................11
5. Armazenamento de alimentos.........................................................................................12
5.1. Formas de armazenamento de alimentos.....................................................................12
5.1.1 Ambiente para armazenagem.....................................................................................12
5.1.2. Recipientes para armazenamento de alimentos.........................................................13
5.1.3. Rótulos e instruções dos produtos.............................................................................13
5.1.4. Alimentos cozidos....................................................................................................13
5.1.5. Armazenamento de alimentos secos.........................................................................14
5.1.6. Tempo de armazenamento de alimentos congelados................................................14
5.1.7. Organização dos mantimentos..................................................................................14
6. Conclusão.......................................................................................................................16
7. Referências Bibliográficas..............................................................................................17
1. Introdução

As formas de consumir os alimentos foi se transformando, e junto com essas


transformações, surgiram necessidades para a conservação dos mesmos. Esses métodos de
conservação devem atender a necessidade de preservar as características nutricionais e
sensoriais do alimento, e permitir que este perdure por mais tempo. Por meio deste
trabalho, abordaremos sobre as regras de higiene alimentar e os métodos de conservação de
alimentos. Higiene é a ciência que tem como objectivo preservar a saúde e prevenir
doenças através de práticas de limpeza. Existem diversos tipos de higiene, mas as de
importância relacionadas com os alimentos são a higiene pessoal, ambiental e, claro, dos
alimentos e existem as regras básicas da higiene que já habitam o inconsciente colectivo da
sociedade. Sabe-se que todo o cuidado é pouco ao manusear os alimentos a serem
preparados.

1.2 Objectivos.
Os objectivos, tanto geral quanto específicos, tem como propósito central apresentar aquilo
que será investigado pelo estudo (MARCONI; LAKATOS, 2010). Seja uma temática
construída a partir da própria teoria, ou com base na vivência prática dos pesquisadores.
Com isto, os objectivos definidos neste trabalho encontram-se subdivididos em geral e
específicos:

1.2.1 Objectivo geral:


 O estudo dos Alimentos
1.2.2 Objectivos específicos:
 Falar sobre as Regras de higiene e manipulação e tratamento dos alimentos; e
 Os métodos de conservação e armazenamento de alimentos.
2. Conceito de alimento

Segundo o Decreto-Lei nº 986, de 21 de Outubro de 1969, regido pela Agência Nacional


de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos são todas substâncias ou mistura de
substâncias, no estado sólido, líquido ou pastoso ou de qualquer outra forma adequada,
destinadas a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação,
manutenção e desenvolvimento (BRASIL, 1969). Em todas as fases de seu processamento,
os alimentos estão susceptíveis a processos deteriorastes e de contaminação, causadas
principalmente por microrganismos, enzimas e reacções do oxigénio com o ar,
modificando suas estruturas primárias (NESPOLO, 2015).

3. Regras de higiene e manipulação e tratamento dos alimentos

Higiene é a ciência que tem como objectivo preservar a saúde e prevenir doenças através
de práticas de limpeza ou higienização. Existem diversos tipos de higiene, mas as de
importância relacionadas com os alimentos são a higiene pessoal, ambiental e, claro, dos
alimentos. (Manual de manipulação de alimentos. Florianópolis, S.C).

Existem regras básicas da higiene que já habitam o inconsciente colectivo da sociedade.


Sabe-se que todo o cuidado é pouco ao manusear os alimentos a serem preparados. Dentre
elas temos:

3.1. Higiene pessoal

GESSY LEVER. (1988). Os cuidados de higiene pessoal devem ser tomados


especialmente pelos manipuladores de alimentos, isto é, pelos indivíduos que trabalham
com o preparo de alimentos. Mas isso não significa que as demais pessoas não tenham que
se preocupar com esse assunto. Pelo contrário são atitudes que devem fazer parte do dia-a-
dia de todos nós, para preservar a saúde e prevenir doenças. Aqui estão algumas
recomendações:

 Tomar banho todos os dias e manter-se limpo.


 Manter as unhas limpas e cortadas.
 Escovar os dentes após as refeições.
 Usar roupas limpas.
 Lavar as mãos:
- Antes de pegar em alimentos;
- Antes de comer qualquer alimento;
- Depois de ir ao banheiro;
- Depois de pegar em dinheiro, em algum objecto sujo ou em animais.
- Toda vez que mudar de actividade durante o trabalho;
- Depois de tocar nos cabelos;
- Depois de usar o banheiro;
- Ao tocar alguma parte do corpo;
- Quando fumar ou assoar o nariz;
- Entre a manipulação de alimentos crus e cozidos;
- Sempre que entrar na cozinha;
- Depois de comer;
- Depois de mexer na lixeira.
 Manter as unhas curtas e sem esmalte.
 Não usar brincos, relógios, anéis e outros acessórios enquanto estiver preparando os
alimentos.
 Manter o uniforme sempre limpo.
 Usar touca e sapatos fechados.
 Não comer durante o preparo dos alimentos.

3.2. Higiene dos alimentos

Na hora de escolher e consumir um alimento, não é só o valor nutritivo que conta. É muito
importante observar as condições de higiene em que ele se encontra. Caso contrário, o
alimento pode contribuir para o aparecimento de doenças ou até mesmo a morte. Algumas
recomendações são:

 Tocar nos alimentos apenas antes de cozinhá-los ou na hora de lavá-los (e com as


mãos bem limpas!).
 Lavar muito bem as verduras, legumes e frutas, usando sabão, gotas de água
corrente, se possível filtrada ou fervida.
 Fazer a comida perto do horário de servi-la.
 Cozinhar bem os alimentos. Carnes, aves e peixes devem ser cozidos em
temperatura superior a 70 graus, para eliminar a maior parte das contaminações.
 Os alimentos que estiverem congelados devem ser muito bem descongelados antes
de serem preparados e cozidos.
 Guardar sobras com muito cuidado. As sobras de alimentos devem ser guardadas
na geladeira, em temperatura igual ou inferior a 10 graus.
 Todo alimento na geladeira deve estar embalado ou acondicionado em pote
fechado.
 Aquecer bem os alimentos que foram refrigerados.
 Não misturar alimentos crus com cozidos.
 Evitar o uso de tábuas de madeira e colheres de pau. É melhor usar tábuas de
polietileno e colheres de plástico resistente.
 Proteger alimentos de insectos e animais. Eles transportam micróbios que causam
doenças. O ideal é guardar os alimentos em vasilhas fechadas.
 Não falar, tossir ou espirrar em cima dos alimentos.
 Não comer alimentos com aparência, textura ou cheiro estranhos.
 Ler com atenção o rótulo do alimento.
 Verificar o prazo de validade.
 Conservar em local apropriado.

3.3. Higiene ambiental

Algumas dicas para manter o ambiente em condições adequadas de higiene são:

 Limpar equipamentos e utensílios logo após o uso.


 Limpar as superfícies usadas no preparo dos alimentos e o piso depois de preparar
cada refeição.
 Não esquecer a limpeza dos refrigeradores a cada 15 dias e das janelas e portas uma
vez por mês.
 Manter as áreas da cozinha livre de restos de alimentos.
 Conservar as latas de lixo tampadas, limpas e afastadas dos alimentos, para evitar o
acesso de insectos.
 Não deixar que entrem na cozinha pessoas que não tenham cumprido o ritual de
higienização pessoal.

3.4. Importância da higiene dos alimentos

A higiene dos alimentos depende de muitos factores, tais como higiene pessoal e do
ambiente; características dos alimentos; condições de conservação e de preparo, entre
outros. As pessoas que trabalham com o preparo de alimentos, isto é, os manipuladores de
alimentos, estão diariamente em contacto com outras pessoas que podem apresentar
microrganismos causadores de doenças. Podem ser doenças de forma aparente, como a
gripe, ou de forma inaparente, como em portadores de febre tifóide. Por isso mesmo, os
manipuladores precisam se proteger mantendo activa a resistência normal de seu
organismo através de medidas preventivas e hábitos higiénicos. Assim, quando se tem o
cuidado de tomar uma série de medidas higiénicas, é possível prevenir a transmissão de
diversos tipos de doenças, permitindo o bem-estar de crianças e adultos. HAZELWOOD,
D.; MCLEAN, A.C.(1994).

4. Métodos de conservação e armazenamento de alimentos

Conservação é a arte que consiste em manter o alimento o mais estável possível, mesmo
em condições nas quais isso não seria viável. A conservação de alimentos envolve três
características: físicas, químicas e biológicas (FOOD INGREDIENTS BRAZIL, 2012).

CINTRA, P. (2014). Os métodos de conservação podem ser considerados como medidas


de controlo da multiplicação dos microrganismos nos alimentos. Assim, os objectivos da
aplicação dos métodos de conservação são:

 Prevenir ou retardar a multiplicação dos microrganismos nos alimentos;


 Reduzir a carga microbiana nos alimentos; e
 Eliminar os microrganismos dos alimentos.

Os métodos convencionais classificam-se em conservação pelo calor, irradiação,


conservação pelo frio, controle da humidade do alimento, fermentação, defumação e uso
de embalagens.

4.1. Conservação pelo calor

A utilização do calor como método de conservação tem como o objectivo destruir e/ou
reduzir o número de microrganismos deteriorastes e patogénicos nos alimentos. Além
disso, o uso dessa forma de energia serve para inactivar as enzimas, naturalmente presentes
nos alimentos, responsáveis pelos processos de sua deterioração e putrefacção. Isso
propicia que os alimentos permaneçam aptos ao consumo por muito mais tempo.

A acção do calor sobre os microrganismos é variável. Depende principalmente da espécie e


da quantidade de unidades formadoras de colónias (UFC) de microrganismos presentes,
das características gerais do alimento e da forma de aplicação do calor, na qual se
considera temperatura, tempo de aplicação e meio de aquecimento, quando se trata de calor
húmido ou seco, por exemplo. O calor aplicado aos alimentos não mata toda a carga
microbiana em um só momento. Ao contrário, a morte dos microrganismos ocorre de
forma gradual, com o decorrer do tempo. Do ponto de vista matemático, essa redução
microbiana é classificada como redução exponencial. A forma gradual de redução
microbiana significa que os microrganismos apresentam resistência ao calor, tecnicamente
denominada resistência térmica. CESAR, L. (2008).

A conservação dos alimentos pelo calor pode ser feita através dos seguintes métodos:

 Pasteurização: é o tratamento térmico que consiste em provocar um aquecimento


rápido do alimento a uma temperatura abaixo de 100 °C, ou seja, inferior a seu
ponto de ebulição, e submetê-los em seguida a resfriamento súbito, sem que
ocorram alterações significativas em suas características sensoriais e nutricionais.
Por isso, tal método de conservação é indicado para leite, creme de leite, iogurtes,
sorvetes, entre outros. Sucos de frutas são pasteurizados a aproximadamente 90 °C,
durante 3 segundos. A pasteurização, no entanto, elimina tão-somente as formas
vegetativas das bactérias; as formas esporuladas não são destruídas, e permanecem
viáveis

 Cozimento: tanto no cozimento quanto na pasteurização, o aquecimento é


considerado moderado, visto que as temperaturas utilizadas se situam entre 70 e
100 °C. Nesse tipo de tratamento térmico, são eliminadas somente as formas
vegetativas das bactérias. Como exemplo, pode-se citar o cozimento de carnes, as
salsichas. Esses produtos precisam ser mantidos sob refrigeração para conservarem
sua qualidade microbiológica.

4.2. Conservação pelo frio

Conservação pelo frio O método mais comum de conservação de alimentos consiste no uso
do frio ou na redução da temperatura. Obter frio significa retirar o calor de modo a reduzir
a temperatura do produto a níveis desejados. O abaixamento da temperatura inibe a acção
das enzimas ou dos micróbios, porém, contrariamente ao calor ou à irradiação, não os
elimina. A refrigeração como método de preservação é cada vez mais utilizada, porque
mantém intactas as características sensoriais e nutritivas dos alimentos. Em geral, a
duração da conservação dos alimentos aumenta quando são mantidos em temperaturas
mais baixas. Daí resulta que o controle das temperaturas de refrigeração seja crucial, pois
qualquer aumento da temperatura dos alimentos pode favorecer o crescimento de
microrganismos, levando à sua deterioração ou à multiplicação de bactérias patogénicas. A
conservação dos alimentos pelo frio pode ser obtida mediante o resfriamento e o
congelamento. LINO, G.C.L. (2014).

 Resfriamento: compreende a estocagem e a conservação dos alimentos a


temperaturas entre -1 e 8 ºC. Para carnes, por exemplo, considera-se adequado o
intervalo entre -2 e 5 ºC, uma vez que elas apresentam ponto de congelação entre -
1,5 e -2 ºC. Nessa faixa de temperatura, os microrganismos não se multiplicam, ou
o fazem muito lentamente, dependendo da espécie e quantidade da carne. A
utilização de embalagens especiais, tais como as embalagens a vácuo (muito usadas
para carnes e outro produtos) ou as embalagens com atmosfera modificada (usadas
para hortaliças minimamente processadas), prolonga ainda mais a vida de desses
alimentos.

 Congelamento: é a redução da temperatura abaixo do ponto de congelamento dos


alimentos. A congelação indica que a água se transformou em cristais de gelo. Por
isso, esse processo é considerado como método de conservação, pois a formação de
cristais de gelo impede que os microrganismos utilizem a água para se multiplicar.
Esse fenómeno é designado redução da actividade de água, da qual resulta que não
haja praticamente multiplicação de microrganismos nos alimentos congelados,
dependendo da temperatura atingida. Embora haja microrganismos que não
resistem à congelação, não é esse método que deve ser utilizado para eliminá-los, e
sim, o calor. As temperaturas geralmente utilizadas hoje para congelar os alimentos
estão na faixa de -25 a -2 ºC, propiciando que eles possam ser conservados por
períodos de 1 a 2 anos. As temperaturas de congelação entre -25 e -18 ºC
proporcionam maior garantia de conservação, pois, nesse caso, quase 100 % da
água se encontra na forma de gelo. As temperaturas entre -12 e -10 ºC não
garantem a mesma durabilidade, pois nem toda a água se encontra na forma de
gelo.

4.3. Conservação pelo controle da humidade

Conservação pelo controle da humidade Sabe-se que o grupo de microrganismos de maior


importância em alimentos é o das bactérias, porque nelas se encontram inúmeras espécies
deteriorantes, principalmente as patogénicas. As bactérias caracterizam-se por
necessitarem nos alimentos, para sua multiplicação, de muita água livre, também
conhecida como actividade de água. Em alimentos com muita água livre, como as carnes
imatura, alguns embutidos cárneos (salsichas), frutas e leite, a actividade de água apresenta
valores entre 0,96 e 0,98, o que indica que quase 100 % da água presente nesses alimentos
está disponível para a multiplicação dos microrganismos. Tais alimentos são, portanto, os
mais expostos à deterioração ou contaminação por bactérias patogénicas.

A conservação pelo controle da humidade é um método que consiste na aplicação de calor


para a remoção de água. Dependendo da intensidade do calor, obtém-se a concentração dos
componentes, ou a secagem ou desidratação através da retirada máxima de água dos
alimentos.

 Concentração: na concentração, remove-se a água dos alimentos até valores entre


30 e 60 % por evaporação. Esse método é amplamente utilizado na produção de
sucos concentrados e de doces e geleias de frutas. Considerando que os produtos
finais permanecem com um teor de humidade ainda elevado, faz-se mister adoptar
um método de conservação complementar, como o congelamento, no caso de
sucos, ou o tratamento térmico antes do envase, aplicado à massa de tomate, a
doces em pasta e a geleias de frutas.

 Desidratação / Secagem: na desidratação ou secagem, os alimentos são expostos


ao ar aquecido ou colocados em contacto com superfícies quentes, para que ocorra
a eliminação máxima de humidade. A final dos produtos atinge valores iguais ou
inferiores a 0,60, indicando que praticamente toda a água do alimento foi retirada e
que, consequentemente, a actividade bacteriana se torna inviável. Isso faz com que
os alimentos possam ser mantidos à temperatura ambiente durante o tempo
necessário. Como exemplos, podem ser citadas as especiarias (temperos), as frutas
desidratadas, como a banana passa e o tomate seco, e alguns alimentos, como leite
em pó, farinhas, açúcar mascavo, massa alimentícia, entre outros. A desidratação
dos alimentos também traz como vantagem a facilidade de estocagem e de
transporte, graças à redução de volume e de peso. CELESTINO, S.M. (2010).

4.4. Conservação pela fermentação

O método de conservação de alimentos pela fermentação faz uso dos microrganismos


industrialmente úteis. Quando adicionados aos alimentos, os microrganismos úteis
multiplicam-se, graças às fontes de energia presentes nos alimentos, e modificam seus
componentes, que se transformam em ácidos ou álcoois, conferindo a textura, o sabor e o
odor típicos desses alimentos. Todavia, a característica mais saliente desses alimentos é a
acidez, representada pelo pH menor que 4,5, suficiente para inibir a multiplicação de
bactérias deteriorantes, bem como das bactérias patogénicas. Quando, por exemplo, são
adicionadas bactérias lácticas ao leite, obtém-se o iogurte, alimento ácido.

4.5. Conservação pela defumação

Conservação pela defumação Assim como o uso do sal, a defumação também é um método
milenar para a conservação de alimentos por um período de tempo prolongado.
Geralmente, a defumação é utilizada após o término da fabricação de alimentos aos quais
já foram aplicados aditivos e até tratamentos térmicos. O efeito da conservação pela
fumaça deve-se à composição desta, que é obtida pela queima incompleta de certas
madeiras, a cerca de 400 ºC. Nessa temperatura, são produzidos inúmeros ácidos
orgânicos, éteres e fenóis ácidos, compostos carbonilados, álcoois, hidrocarbonetos e,
especialmente, o aldeído fórmico. A fumaça que contém essas substâncias penetra nas
camadas mais externas do produto, causando uma desidratação superficial que auxilia na
acção bacteriostática (inibição da multiplicação bacteriana) OPES, R.L.T. (2007).

4.6. Conservação pelo uso de embalagens

Conservação pelo uso de embalagens Nas últimas décadas, tem se verificado uma melhoria
significativa dos sistemas de embalagens, o que proporcionou o desenvolvimento de novos
produtos, tais como, por exemplo, os vegetais minimamente processados, cuja embalagem
plástica é resistente e permite a injecção de gases inertes para aumentar a estabilidade dos
vegetais.
5. Armazenamento de alimentos

O armazenamento de alimentos permite evitar a criação de microrganismos, responsáveis


por algumas doenças, como no caso das bactérias que causam as intoxicações alimentares.
Elas aparecem quando há produtos que foram guardados de maneira incorrecta, expostos a
altas temperaturas ou embalagens abertas, danificando os mantimentos e prejudicando a
segurança de quem os consome.

Vale lembrar que a maioria destes microrganismos, quando ainda em fase inicial, são
imperceptíveis ao olho nu, de modo que o consumidor não percebe sua presença e acaba
ingerindo o alimento, causando danos à saúde. É sempre válido ressaltar que a
armazenagem correcta vai além de vedar o produto após o consumo ou deixá-lo no
refrigerador para protegê-lo da alta temperatura. Estes factores são importantíssimos, mas
não são os únicos, principalmente porque cada produto possui uma maneira correcta de
armazenamento. (https://www.deliway.com-2021)

5.1. Formas de armazenamento de alimentos

Além dos cuidados com os mantimentos de forma individual, é preciso ter atenção com o
armazenamento em conjunto. Alguns alimentos não podem entrar em contacto com outros,
pois causam a contaminação cruzada, isto é, quando alimentos de classes diferentes
transmitem bactérias a outros. É o caso de verduras que contaminam carnes cruas.

5.1.1. Ambiente para armazenagem

O ambiente deve ser iluminado pela luz da rua, ou seja, é preciso que seja um lugar arejado
e livre de qualquer infiltração que possa causar mofos. Para os alimentos que não precisam
de refrigeração, inclusive após a embalagem ser aberta, é importante um ambiente em que
a temperatura não seja alta. Por outro lado, a luz solar não deve ter contacto directo com os
alimentos, para não superaquecê-los.

Por isso, é preciso ter uma dosagem controlada da quantidade de luz solar que a dentro do
ambiente. Afinal, caso haja exposição a altas temperaturas, por mais ventilado que seja, o
calor pode acabar prejudicando os produtos.
5.1.2. Recipientes para armazenamento de alimentos

Entender qual o melhor recipiente para armazenar alimentos é de fundamental importância.


Para começar, a armazenagem não pode ser feita em compartimentos de madeira. Dê
preferência sempre aos recipientes de vidro, pois são fáceis de higienizar e não possuem
compostos químicos na sua fabricação. Caso deseje usar potes de plástico, procure ler a
fabricação do produto, já que algumas substâncias liberam toxinas nas comidas quando
entram em contacto com o calor.

Desta forma, para armazenagem de alimentos cozidos use sempre os potes de vidro com
tampas, para uma vedação segura. Por outro lado, os potes de plástico não são totalmente
descartáveis, sendo possível utilizá-los para alimentos que não precisem de cocção no seu
procedimento, como açúcares, biscoitos, etc.

5.1.3. Rótulos e instruções dos produtos

Procure manter os produtos sempre na sua embalagem padrão, pois ela contém as
informações necessárias para a utilização e armazenamento ideais. Caso se faça necessária
a remoção da embalagem original, escolha armazenar os alimentos em potes de vidro.
Porém, ao repassar o conteúdo de uma embalagem para outra, lembre-se de etiquetar o
novo recipiente com algumas informações básicas como: data de fabricação do produto;
data de validade; ingredientes; e restrições quanto ao armazenamento (temperatura,
principalmente). Assim, será fácil manter os produtos em ordem, buscando utilizar
primeiro os alimentos com data de vencimento mais próxima, para manter a rotatividade
saudável dos mantimentos.

5.1.4. Alimentos cozidos

Os alimentos cozidos, por sua vez, requerem um pouco mais de atenção. Por exemplo,
devem ser armazenados em recipientes com tampas e vedação máxima, para que não
estraguem. Quando refrigerado, o prazo para consumo deve ser de no máximo de cinco
dias após o seu preparo e é válido ressaltar que este prazo se estende ao arroz e ao feijão
em particular. Outros alimentos tendem a estragar num prazo não tão longo, como no caso
de legumes e verduras cozidas. Para facilitar o consumo, o ideal é etiquetar cada recipiente
com a data de refrigeração para, assim, manter a armazenagem correcta.
5.1.5. Armazenamento de alimentos secos

Existem algumas regras que precisam ser colocadas em prática quanto à maneira de
armazenar alimentos secos. Estes produtos, quando ensacados, não podem ficar em cima
uns dos outros, de maneira que façam peso excessivo nos que estiverem por baixo.
Resumindo, não é indicado a criação de pilhas para armazenar os alimentos como arroz,
feijão, açúcares e farinhas de todos os tipos.

O motivo é simples: o peso excessivo pode prejudicar o produto e a sua embalagem,


abrindo margem para que haja contaminação por parte de insectos, pequenos animais e
microrganismos também. Por isso, as pilhas devem ser pequenas em altura e não devem
partir directamente do chão, devendo os produtos ser empilhados em prateleiras ou estantes
que possibilitam certa distância entre a comida e o chão.

5.1.6. Tempo de armazenamento de alimentos congelados

É válido diferenciar que alimentos congelados não possuem o mesmo procedimento de


armazenamento que os refrigerados, de modo que a diferença começa logo na temperatura.
Os mantimentos que precisam de congelamento são reservados a uma temperatura de 0ºC
ou mesmo abaixo de zero.

Os resfriados, por sua vez, podem ser mantidos em uma temperatura de até 10ºC e, se não
observado, pode levar à danificação de carnes e peixes, por exemplo. Em relação ao tempo
de congelamento, a quantidade depende do produto e do seu estado, de modo que caso
esteja aberto, o seu limite é menor que os vedados e fechados em sua embalagem original
de fábrica. O tempo dos congelados tem relação com sua data de vencimento. No entanto,
após o descongelamento, deve ser consumido em no máximo 12h, principalmente peixes e
aves.

5.1.7. Organização dos mantimentos

Organizar o local onde ficará a despensa ou o estoque de alimentos deve ser


responsabilidade de um armazenador, isto é, de uma única pessoa. Isso porque ela será
responsável por manter o local higienizado e em ordem, principalmente referente à ordem
de uso e à reposição dos mantimentos. Para que haja uma organização eficiente, os
alimentos precisam estar separados por tipos, tamanhos e, principalmente, por data de
fabricação e validade. Os alimentos adquiridos por último devem ir para o final da fila na
organização, deixando sempre na frente aqueles que foram adquiridos primeiro e que
vencem primeiro.

Os alimentos folhosos devem ser lavados folha por folha, antes da armazenagem, pois isso
faz com que haja menos chance de contaminação e aumente a sua durabilidade. O mesmo
deve ser feito com as frutas que precisam ser lavadas e desinfectadas antes do
armazenamento. É preciso estar ciente que a organização precisa ser impecável, para que
não haja empilhamentos desnecessários ou espaço suficiente para locomoção dentro do
estoque. As caixas não devem ser colocadas directamente no chão onde possam ser
pisadas. Elas devem estar bem lacradas, para evitar que algum insecto ou animais de
pequeno porte entrem, devendo ser mantidas em lugares acima do chão.
6. Conclusão

Através deste trabalho foi possível observar que a necessidade em conservar os alimentos
tornou se cada vez melhor, e os métodos são de grande importância na conservação dos
alimento, dizer que alimentos são todas substâncias ou mistura de substâncias, no estado
sólido, líquido ou pastoso ou de qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao
organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento.
Em todas as fases de seu processamento, os alimentos estão susceptíveis a processos
deteriorastes e de contaminação, causadas principalmente por microrganismos, enzimas e
reacções do oxigénio com o ar, modificando suas estruturas primárias. Na hora de escolher
e consumir um alimento é muito importante observar as condições de higiene em que ele
se encontra. Caso contrário, o alimento pode contribuir para o aparecimento de doenças ou
até mesmo a morte.
7. Referências Bibliográficas

https://www.deliway.com.br/blog/armazenamento-de-alimentos-19 de Abril de 2021-


actualizado em 22 de Dezembro de 2022

BRASIL. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Secretaria de Saúde e Desenvolvimento


Social. Divisão de Vigilância Sanitária. Serviço de Fiscalização de Alimentos. Manual de
manipulação de alimentos. Florianópolis, S.C.

CINTRA, P. Métodos de conservação de alimentos. 2014. Disponível em: Último acesso


em 19 de outubro de 2017

CELESTINO, S.M.C. Princípios de secagem de alimentos. Planaltina: Embrapa cerrados,


2010.

ESTUDOS GESSY LEVER. Higiene alimentar. Série internacional 1. São Paulo, 1988

HAZELWOOD,D.; MCLEAN, A.C.Manual de higiene para manipuladores de Alimentos.


São Paulo: Varela, 1994.

LINO, G.C.L.; LINO, T.H.L. Congelamento e refrigeração. Londrina: UTFPR, 2014.

OPES, R.L.T. Dossiê técnico: conservação de alimentos. Fundação tecnológica de Minas


GeraisCETEC, 2007.

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