Você está na página 1de 9

José Oscar Borges Fabiana Cavalcante Wyatt Laís Cristiane Pereira Rosemeire Borges

Judite Nahas Fabianne C. L. Monteiro Leticia R. de França Simone Nunes da Silva


Mauricio Nahas Borges Fernanda Moreno N.Rezende Liliane A.L.P. Ponzio Sônia Regina Preite Cury
Andréa Nahas Borges Fernanda O da Silva Borba Mariana R. de Mesquita Taina Acedo Romão
Alex S. Menezes dos Santos Francine Bossolani Pontes Miquele Melo Luce Tathiana de Abreu L.
Conte
Ana Carolina M. dos Santos Irene Schmitt Paula S. Vergaças Squerdo Valéria Di Fazio Galvão
Anselmo P. Gavazzi Jr. Janete de Deus Priccila Lopes Longo
Cristiana Maria Barbosa Keli Antunes Pereira Rafael Calemi Guimarães

P. 34.817
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 45ª VARA DO
TRABALHO DE SÃO PAULO

Processo nº 00002632720145020045

MOISÉS ANTONIO DA SILVA, reclamante, devidamente


qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista em epígrafe,
que move em face de VANGUARDA SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA LTDA. (+2), reclamadas, por um de seus
advogados que ao final subscreve, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, apresentar suas Razões Finais

A priori o reclamante reitera seus protestos acerca do


indeferimento formulado em audiência, requerendo o retorno dos autos ao perito para que
fossem sanadas as omissões constantes do laudo pericial, objetivando assim evitar a
preclusão da matéria, nos moldes de art. 795 da CLT.

Rua Quirino dos Santos, n.º 72 - Barra Funda - São Paulo/SP - CEP: 01.141-020
www.advocaciaborges.adv.br - advocacia@borges.adv.br
PABX: (0 xx 11) 3393-3030
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
Entendeu este juízo pela manutenção do laudo técnico
encartado nos autos, todavia, deixou de analisar meritoriamente as impugnações do
reclamante.

Compulsando os termos da peça de ingresso, notamos que o


reclamante adentrava a cabine primária, sem a utilização de qualquer equipamento
individual de segurança.

Notadamente, conforme consta as fls. 6 do laudo pericial, o


expert informou que atualmente o acesso à cabine primária é realizada por técnicos de
eletricidade.

Ora, se a atividade desempenhada pelo reclamante não é


tratada como perigosa, por qual razão a empresa passou a utilizar profissionais
especializados em eletricidade?!

Cioso que ficou constatado nos autos que o reclamante


realizava rearme na cabine primária, com o devido emprego de equipamento de proteção
coletivo, sendo ainda inquestionável que em atividades diárias, efetuava visita na subestação
primária, ficando exposto a risco de periculosidade por efetuar reparos elétricos com sistema
energizado sujeito a energização acidental.

Afigura-se claro, à luz do Decreto 93.412/86, e bem assim da


NBR-5460 da ABNT, que o legislador não limitou a aplicabilidade de suas disposições às
empresas geradoras ou fornecedoras de energia, e ainda, que o sistema elétrico de potência
não compreende somente as atividades de geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica, mas também as de operação e manutenção no âmbito do consumo.

A prova oral produzida nos autos é incontestável nesse


sentido, veja-se:

Primeira testemunha do reclamante: Joaquim Carvalho


(...) que o depoente já trabalhou na cabine primária; que
o reclamante entrava nesta cabine umas duas vezes por
semana, quando fazia visita; que as cabines estavam
energizadas (...)

Segunda testemunha do reclamante: Carlos Augusto da


Silva (...) que o reclamante e depoente fiscalizam as
cabines primárias; que entrava nessas cabines; que a
chave ficava com o encarregado da estação, que era
empregado da segunda reclamada; que ficava um
vigilante dentro da cabine primária, razão pela qual o

-2-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
supervisor tinha que ir até a cabine; que o vigilante que
ficava na cabine retirava a chave com o encarregado e
devolvia no final do trabalho; que o supervisor ia todos
os dias até a cabine (...)

Embora o trabalho em condições de periculosidade possa ser


exercido de forma intermitente, o risco, quase sempre letal, pode ocorrer em fração de
segundo, não se podendo falar em maior ou menor intensidade do perigo. Ademais, a Lei
7.369/85 não estabeleceu qualquer proporcionalidade em relação ao pagamento.

Portanto, devido o recebimento, estando certo que o direito


independe de cargo do empregado, ou ramo de atividade da empresa, conforme art. 2º do
Decreto 93412/86.

PERICULOSIDADE. ENERGIA ELÉTRICA.


ADICIONAL DEVIDO. Atividades desempenhadas na
função de agente de segurança operacional, com
permanência em áreas de risco, no caso subestações
de energia elétrica ao longo da via férrea e, em
situação de exposição intermitente a energia elétrica
assegura o direito ao adicional de periculosidade. Lei
7.369 de 20.09.1985, regulamentada pelo Decreto
nº 93.412, de 14.10.1986. A atividade perigosa
envolve todo trabalho em circuitos elétricos,
energizados ou passíveis de energização acidental, e
não só em cabines primárias ou secundárias. Recurso
a que se nega provimento. (RO - REL: RICARDO
ARTUR COSTA E TRIGUEIROS -
ACÓRDÃO: 20090462364 - TURMA: 4ª -
PROC: 00117200804302006 - PUBL: 19/06/2009)

Com fulcro no art. 397 do Código de Processo Civil, foi


juntado aos autos prova emprestada, onde foi constatada a periculosidade no local e
trabalho do reclamante. A prova emprestada é contemporânea ao período de labor do
reclamante, havendo identidade de atividades.

No entanto, o perito judicial se omitiu, e não se manifestou


acerca da prova produzida pelo reclamante.

Nessa mesma linha, o perito judicial olvidou-se em


apresentar respostas técnicas aos quesitos e quesitos complementares, reportando-se
apenas ao laudo pericial, ou inserindo respostas prontas, as quais foram utilizadas para
resposta de quesitos, sem qualquer fundamentação técnica.

-3-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________

Dessarte, é inegável que a manutenção do laudo pericial


encartado nos autos irá configurar flagrante cerceamento de defesa, na medida em que o
reclamante acostou aos autos, laudo pericial confeccionado por perito de confiança desta
Justiça Especializada, onde se comprova que o reclamante se ativava em área de risco, pelo
que lhe seria devido o pertinente adicional de periculosidade.

Cediço que o autor tem direito à ampla defesa, nos termos do


art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, e aí se inclui o direito de ver respondido, de
forma clara e minuciosa, os quesitos que apresentou ao perito judicial, o que não
ocorreu no caso em tela.

No que tange ao reconhecimento do cerceamento de defesa,


quando o perito judicial NÃO RESPONDE OS QUESITOS FORMULADOS, outro não
poderia ser o entendimento do regional paulista, veja-se:

CERCEAMENTO DE DEFESA. AUSÊNCIA DE


APRECIAÇÃO DE IMPUGNAÇÃO AO LAUDO PERICIAL
E RESPOSTA AOS QUESITOS SUPLEMENTARES.
Constitui direito constitucionalmente assegurado aos
litigantes o contraditório, razão pela qual nula a decisão
proferida sem observância da impugnação do laudo
pericial ofertada pela parte e dos quesitos
suplementares formulados à Sra. Perita, impossibilitando
o esclarecimento dos pontos atacados. (RO - REL:
MERCIA TOMAZINHO - ACÓRDÃO: 20111387145 -
TURMA: 3ª PROC: 00689009420105020263 -
PUBL: 26/10/2011)

Assim, forçoso reconhecer que o reclamante apresentou seus


quesitos dentro do prazo que lhe foi assinalado, portanto, a ausência de resposta aos quesitos
cerceou o seu direito de defesa, visto que não apreciados pelo expert, impossibilitando o
esclarecimento dos pontos atacados.

Diante do acima alinhavado, é fato inegável que o trabalho


pericial não se presta como prova plena, razão pela qual o autor requer a conversão do
julgamento em diligência, determinando o desentranhamento do laudo pericial,
nomeando perito para que realize a diligência junto as dependências da reclamada.

Caso não seja acolhido a pretensão obreira, reitera seus


protestos quanto a manutenção do laudo pericial e encerramento da prova pericial.

-4-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
Por derradeiro, não havendo a substituição do perito
judicial, o reclamante requer a procedência do pedido consoante pleiteado nos itens “n” e
“w” do rol de pedidos, consubstanciado na redação do art. 436 do CPC, de aplicação
subsidiária nesta Justiça Especializada, veja-se: “ O juiz não está adstrito ao laudo pericial,
podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos ”.
De acordo com a narrativa inicial o reclamante postulou pelo
pagamento de diferença salarial, na medida em que faticamente se ativava na função de
supervisor.

Referida assertiva está comprovada nos autos, através da prova


oral, que abaixo se transcreve:

Primeira testemunha do reclamante: Joaquim Carvalho


(...) que o reclamante era supervisor de segurança e em
tal função tinham atividades como levar o folhas de
ponto para os seguranças, resolver as ocorrências, que o
reclamante ficava circulando entre os postos (...) que o
Fernando executa as mesmas atividades que o
reclamante e que o Elcio é coordenador; que pelo que
sabe tanto quanto o Sr.. Fernando como o reclamante
fiscalizavam apenas os postos da 2ª reclamada (...)

Segunda testemunha do reclamante: Carlos Augusto da


Silva identidade nº 30059878, nascido em 03/01/1979,
residente e domiciliado(a) na R. Glicério, 80 apto 65 -
São Paulo/SP. Advertida e compromissada. Depoimento:
" que trabalhou com o reclamante de 2010 a 2012; que o
reclamante era inspetor mas que na realidade atuava
como supervisor (...)

Deste modo, de rigor a procedência da rogativa, constante do


item “a” do rol de pedidos. Deferido o pedido principal, o acessório também deverá seguir a
mesma trilha, consoante item “u” do rol de pedidos.

Dessarte, que no item 04 da prefacial, o autor narrou que os


controles de frequência, embora assinados, não refletiam a realidade fática de sua jornada de
trabalho, fato este que foi confirmado através da prova oral, veja-se:

Segunda testemunha do reclamante: Carlos Augusto da


Silva (...) que o reclamante trabalhou das 19h00 as
07h00 ou das 07h00 as 19h00, em escalas variadas, mas
que normalmente não conseguia sair no horário (...) que
os controles de jornadas não representavam o horário

-5-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
efetivamente trabalhado; que anotava o horário
determinado pelo coordenador (...) que com frequências
elastecia a sua jornada de trabalho, ou seja, 4 vezes na
semana permanecendo de 30 a 40 minutos além da
jornada; que o mesmo ocorria com o reclamante; que a
rendição chegava no horário, mas que demorava para
encerrar o seu trabalho.

A prova colhida em audiência, além de comprovar a nulidade


dos controles de frequência, ainda comprovou a jornada de trabalho.

Primeira testemunha do reclamante: Joaquim Carvalho


que o depoente trabalhava das 18h00 as 06h00 em
escala 12x36; que não sabe informar qual era o horário
de trabalho do reclamante, visto que quando chegava o
reclamante já estava trabalhando e no horário de saída
o reclamante permanecia na empresa (...) que nos casos
de ocorrências em que era necessário se deslocar até a
delegacia, o reclamante era o responsável por resolver a
questão, junto com os empregados da segunda reclamada
(...)

Portanto, devem os controles de frequência ser declarado nulos,


nos termos do art. 9º da CLT, reconhecendo o pedido autoral, conforme postulado nos itens
“b”, “e” e “v” do rol de pedidos.

Mesmo que não se reconheça a invalidade dos controles de


frequência, o se admite apenas a título de argumentação, impende ao autor salientar que do
cotejo dos controles de frequência juntado nos autos, em confronto com os holerites, ainda
assim, foram encontradas diferenças no pagamento das horas extras, conforme se infere
do demonstrativo encartado conjuntamente a manifestação a defesa e documentos, se
desincumbindo satisfatoriamente do seu encargo processual.

Nesse passo, sob qualquer ângulo que se observe, deve ser


acolhida a pretensão inicial exposta nos itens “b”, “e” e “v” do rol de pedidos.

Dessarte, que as diferenças no pagamento das horas extras


pela ausência de integração do adicional noturno foram efetivamente comprovadas,
conforme se observa do item 05.1 da proemial, não impugnado pela reclamada, ensejando a
aplicação do art. 302 do CPC. Igualmente, as diferenças no pagamento dos reflexos das
horas extras nos DSR´s, foram efetivamente comprovadas, conforme se observa do item
05.2 da proemial não impugnado pela reclamada, ensejando a aplicação do art. 302 do CPC.

-6-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
Como se não bastasse, após o cotejo do caderno processual, o
autor ainda apresentou diferenças, conforme se infere do demonstrativo encartado
conjuntamente a manifestação a defesa e documentos, se desincumbindo satisfatoriamente
do seu encargo processual, portanto, procedem os pedidos pleiteados nos itens “c” e “d” do
rol de pedidos.
No que pertine ao pedido de diferenças no pagamento do
adicional noturno pela não observância da redução ficta da jornada noturna, e as
diferenças no pagamento do adicional noturno pela inobservância da prorrogação da
jornada noturna integral em diurna nos termos da Súmula 60 do TST com o intuito de
demonstrar a existência de diferenças, o autor colacionou junto com a manifestação a defesa
e documentos, demonstrativo de cálculo, se desincumbindo satisfatoriamente do seu
encargo processual, não impugnado pela reclamada, ensejando a aplicação do art. 302 do
CPC, portanto, procede o pedido pleiteado no itens “f” e “g” do rol de pedidos da inicial.

As diferenças no pagamento dos reflexos do adicional


noturno nos DSR´s, foram efetivamente comprovadas, conforme se observa do item 06.2
da proemial não impugnado pela reclamada, ensejando a aplicação do art. 302 do CPC.
Como se não bastasse, após o cotejo do caderno processual, o autor ainda apresentou
diferenças, conforme se infere do demonstrativo encartado conjuntamente a manifestação a
defesa e documentos, se desincumbindo satisfatoriamente do seu encargo processual,
portanto, procedem os pedidos pleiteados no item “h” do rol de pedidos.

A supressão do intervalo intrajornada também foi comprovada


através da prova oral, havendo o autor se desincumbido de modo satisfatório, veja-se:

Primeira testemunha do reclamante: Joaquim Carvalho


(...) que tanto o depoente como o reclamante não
conseguiam usufruir uma hora de intervalo, porque
trabalhavam no pátio; que no lugar não havia rendição
(...)

Segunda testemunha do reclamante: Carlos Augusto da


Silva (...) que o reclamante usufruía 15 minutos de
intervalo para refeição, porque não havia rendição para o
horário de almoço (...)

A testemunha patronal, pela sua fragilidade, não logrou


desconstituir a prova obreira, portanto, procede o pedido nos termos do item “i” do rol de
pedidos.

Requer ainda a dedução de todos os valores recebidos a título


de “Ind. Art.71-60%, consoante item “q” do rol de pedidos.

-7-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
Inexiste controvérsia acerca do labor praticado nos feriados e
nos dias destinados as folgas, a teor do depoimento patronal:

Depoimento pessoal do preposto do(s) reclamada(s):


(...) que trabalha nos feriados que caem na sua escala;
que não recebe folga compensatório nem o adicional (..)

Portanto, devem os controles de frequência ser declarado nulos,


nos termos do art. 9º da CLT, reconhecendo o pedido autoral, conforme postulado nos itens
“j” e “k” do rol de pedidos.

Mesmo que não se reconheça a invalidade dos controles de


frequência, o se admite apenas a título de argumentação, impende ao autor salientar que do
cotejo dos controles de frequência juntado nos autos, em confronto com os holerites, ainda
assim, foram encontradas diferenças no pagamento das horas extras decorrente do labor
em feriados e folgas, conforme se infere do demonstrativo encartado conjuntamente a
manifestação a defesa e documentos, se desincumbindo satisfatoriamente do seu encargo
processual.

A reclamada, embora ciente acerca do demonstrativo, quedou-


se inerte, ensejando a aplicação do art. 302 do CPC. Assim, se impõe a procedência da
postulação obreira nos termos dos itens “j” e “k” do rol de pedidos.

A supressão do direito de usufruir férias também está


estampada nos autos, veja-se:

Segunda testemunha do reclamante: Carlos Augusto da


Silva (...) que nem o depoente nem o reclamante
usufruíram férias no período que o depoente trabalhou
com o reclamante (...).

Portanto, procede o pedido pleiteado no item “m” do rol de


pedidos.

Deferido os pedidos supra, é notório nos autos que a 3ª


reclamada (CPTM) não logrou demonstrar a efetiva fiscalização do contrato de trabalho dos
empregados contratados pela 1ª reclamada, recaindo na modalidade culposa, devendo ser
responsabilizada subsidiariamente, conforme pleiteado no item “s” do rol de pedidos.

Por derradeiro, o autor ratifica os termos da inicial, requerendo


a procedência dos pedidos quanto a responsabilização solidária da 1ª e 2ª reclamada (item
“r” do rol de pedidos) multa fundiária sobre o FGTS das verbas postuladas (item “o” do
rol de pedidos), indenização das despesas com advogados (perdas e danos) (item “p” do rol

-8-
ADVOCACIABORGES
_______________________________________________________________
de pedidos), benefícios da Justiça Gratuita (item “y” do rol de pedidos), correção
monetária e época própria, descontos fiscais e previdenciários.

Diante do exposto, requer o reclamante que esse D. Juízo


decrete, por sentença a TOTAL PROCEDÊNCIA da presente
Reclamação Trabalhista e, assim procedendo, alcançar a tão
almejada JUSTIÇA!!

Termos em que
pede deferimento.
São Paulo, 12 de Fevereiro de 2016.

José Oscar Borges Maurício Nahas Borges


OAB/SP 54.473 OAB/SP 139.486

Judite Nahas Neide Andréa Nahas Borges


OAB/SP 20.885 OAB/SP 130.942

Alex Sandro Menezes dos Santos


OAB/SP 240.322

-9-

Você também pode gostar