O documento discute a evolução dos órgãos de direitos humanos após 1948 e como os tratados internacionais levaram a uma flexibilização dos estados em aderir a decisões internacionais. Isso porque conceitos tradicionais de soberania são inadequados hoje em dia e uma abordagem de autolimitação é mais apropriada, refletindo mudanças nas concepções de soberania em prol da integração e dos direitos humanos. A assinatura de tratados internacionais contribui para a internacionalização do direito constitucional.
O documento discute a evolução dos órgãos de direitos humanos após 1948 e como os tratados internacionais levaram a uma flexibilização dos estados em aderir a decisões internacionais. Isso porque conceitos tradicionais de soberania são inadequados hoje em dia e uma abordagem de autolimitação é mais apropriada, refletindo mudanças nas concepções de soberania em prol da integração e dos direitos humanos. A assinatura de tratados internacionais contribui para a internacionalização do direito constitucional.
O documento discute a evolução dos órgãos de direitos humanos após 1948 e como os tratados internacionais levaram a uma flexibilização dos estados em aderir a decisões internacionais. Isso porque conceitos tradicionais de soberania são inadequados hoje em dia e uma abordagem de autolimitação é mais apropriada, refletindo mudanças nas concepções de soberania em prol da integração e dos direitos humanos. A assinatura de tratados internacionais contribui para a internacionalização do direito constitucional.
A evolução dos órgãos de defesa dos Direitos Humanos após a Declaração
Universal de 1948, destaca-se a importância dos tratados internacionais. Ao ratificar
tais tratados, os países assumem uma “responsabilidade civil internacional”, tornando essencial sua implementação no âmbito interno para promover a dignidade humana nas democracias modernas.
A flexibilização dos Estados é crucial para o desenvolvimento de uma sociedade
internacional mais integrada. A resistência dos Estados em aderir a tratados reconhecidos internacionalmente compromete a legitimidade das decisões das cortes. A liberdade estatal é vista como a principal característica necessária para alcançar a igualdade de direitos em todo o mundo, sem implicar o fim da soberania, mas sim uma reformulação desta.
Os conceitos tradicionais de soberania, como indivisível, perpétua, irrevogável e
impenetrável, são considerados inadequados no panorama atual. A teoria da autolimitação, que sugere que o Estado deve restringir suas ações de acordo com o cenário externo, é apresentada como uma abordagem mais adequada. Isso implica uma postura mais passiva, diplomática e não lesiva a outros Estados, refletindo uma mudança nas concepções clássicas de soberania em prol da integração internacional e do respeito aos direitos humanos.
A flexibilização estatal diante dos tratados e organismos internacionais,
especialmente Pós-Segunda Guerra e durante o processo de redemocratização na América Latina. A dinamização das relações internacionais por meio de tratados de direitos humanos surge como um desafio à soberania dos Estados, incentivando uma abertura crescente do Estado Constitucional às ordens jurídicas supranacionais de proteção dos direitos humanos.
Os direitos humanos surgem como a orientação mais legítima da comunidade
internacional, legitimando governos e aprimorando os regimes democráticos. A assinatura de tratados internacionais leva a uma flexibilização gradual dos Estados, comprometendo-os cada vez mais com a temática dos direitos humanos. A inclusão de cláusulas abertas aos tratados internacionais nas Constituições, principalmente na América Latina, exige uma nova interpretação do conceito de soberania nacional, uma vez que esses tratados exigem a relativização de valores com base nos direitos humanos e no direito internacional.
O comprometimento dos Estados na ratificação de acordos internacionais contribui
para a internacionalização do Direito Constitucional, rompendo com a ideia de que a legislação interna é totalmente independente do cenário internacional. Este diálogo crescente entre o âmbito interno e externo reflete uma mudança no cenário internacional contemporâneo.
Contudo, surge um ponto de conflito em relação à adoção de decisões de tribunais
e tribunais internacionais, com preocupações sobre a soberania do país em face da supremacia do seu ordenamento jurídico. Algumas nações percebem isso como uma gestão externa de seu sistema judiciário, embora essas decisões internacionais busquem resolver litígios não satisfatoriamente tratados no âmbito nacional. Dessa forma, destaca a incompatibilidade entre o conceito clássico de soberania, entendido como o poder absoluto do Estado, e as demandas de cooperação internacional para promover a dignidade humana.
Retornando à questão posta no presente trabalho, e diante do conceito de
soberania apresentado na Teoria Geral do Estado, Octávio Ianni (apud GUERRA, 2004, p. 12) afirma: (copiado) Juntamente com a expansão das empresas, corporações e conglomerados transnacionais, articulada com a nova divisão transnacional do trabalho e a emergência das cidades globais, verifica-se o declínio do Estado-nação. Parece reduzir-se o significado da soberania nacional, já que o Estado-nação começa a ser obrigado a compartilhar ou aceitar as decisões e diretrizes provenientes de centros de poder regionais e mundiais.
A ideia que a globalização tem papel fundamental para a mudança de paradigma
acerca da soberania, bem como, que a integração entre os Estados é fundamental para o desenvolvimento dos países. Diante do exposto, temos que o(s) conceito(s) clássico(s) de ‘soberania’ tornam-se mais amplos diante do fenômeno da globalização e do avanço do Direito Internacional: ora, a globalização, como veremos mais detalhadamente, retira os meios de produção da norma das mãos de ‘Estados soberanos’ e suas ‘Constituições’, passando esses mesmos Estados, então, a se submeterem a uma ordem normativa de Direito Internacional e, até, Supranacional (PAGLIARINI, 2005, p. 135 e ss.). (copiado)
Obrigação estatal internacional de instituir políticas públicas ambientais: uma análise pontual sobre as estratégias voltadas a pôr fim ao uso insustentável dos recursos hídricos