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DIREITO CONSTITUCIONAL III - REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

CONTEÚDOS PARA PROVA DE N1 (TEMAS PRA RESUMO)

 Direito de petição (art. 5º, XXXIV, a): finalidade, quando não é cabível e legitimidade;

“são assegurados à todos, independente do pagamento de taxas:

 a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra


ilegalidade ou abuso de poder;

Finalidade: O direito a petição é um instrumento inerente à democracia participativa, pois


fornece à população uma ferramenta para se manifestar ao poder público. Ao realizar essa
manifestação, a pessoa ou grupo pode explicar os motivos pelos quais se sente lesada (por que
acredita na ilegalidade do ato ou por que os direitos foram violados), assim como mostrar as
provas e testemunhas que sustentam o argumento de que houve uma infração.

Os dois aspectos principais de uma petição são o da manifestação da liberdade de opinião e


queixa (por meio de uma reclamação) e o da defesa de interesses/direitos próprios ou
coletivos.

Legitimidade ativa: qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos.

Legitimidade passiva: qualquer autoridade integrante do poder público. Não é exigida a


capacidade postulatória.

Quando não é cabível: O pedido de petição pode conter pretensão indevida ou juridicamente
vedada, nos casos de eventuais afirmações injuriosas ou caluniosas, não podendo esse direito
ser utilizado no intuito de proferir ofensas pessoais.

Obs: A jurisprudência do Supremo Tribunal também ressalva que “a necessidade de narrar ou


de criticar atua como fator de descaracterização do tipo subjetivo peculiar aos crimes contra a
honra, especialmente quando a manifestação considerada ofensiva decorre do regular
exercício, pelo agente, de um direito que lhe assiste (direito de petição) e de cuja prática não
transparece o pravus animus, que constitui elemento essencial à positivação dos delitos de
calúnia, difamação e/ou injúria”

 Direito de certidão (art. 5º, XXXIV, b): finalidade, legitimidade e requisitos;

Requisitos: O primeiro deles é que a pessoa interessada demonstre seu interesse na emissão
da certidão. O segundo é que ela atenda a pelo menos um de dois propósitos: deve servir para
a obtenção de informações que configurem uma “defesa de direitos” ou que sirvam para
o esclarecimento de situações (por exemplo, uma Certidão Negativa de Débitos). O terceiro,
por fim, é que a pessoa solicitante tenha alguma relação com o conteúdo da certidão. Não se
pode, por exemplo, pedir a Certidão de Bons Antecedentes de uma pessoa com a qual você
não tenha nenhuma relação comprovada.
Finalidade: Mais especificamente, uma certidão atesta (garante) a existência de um ato ou de
um fato jurídico (relevante no mundo jurídico), sendo uma garantia que uma informação é
verdadeira, pois essa informação se sustenta por fé-pública (foi emitida por uma autoridade
pública).

Legitimidade: direito de obtenção de certidão é pessoal. Trata-se, neste particular, de garantia


individual de natureza constitucional. O poder público, neste caso, está obrigado a entregar
certidão na hipótese da própria pessoa requerer, pois trata-se de um direito pessoal.

Obs: É importante lembrar também que uma certidão que possua caráter sigiloso também não
tem obrigatoriedade de ser emitida.

 Habeas Corpus (art. 5º, LXVIII): finalidade, sujeitos (impetrante, paciente e autoridade
coatora), legitimidade, isenção de custas e sucumbência, Habeas Corpus repressivo
(liberatório) e preventivo (salvo-conduto), legitimidade ativa, legitimidade passiva, Habeas
Corpus contra ato de particular, Habeas Corpus em sanções disciplinares e possibilidade de
liminar em Habeas Corpus;

Finalidade: No caso de alguém sofrer ou se sentir ameaçado de sofrer violência, ou coação em


sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. É o que diz o inciso LXVIII do
artigo 5º da Constituição. Em outras palavras, o habeas corpus é uma forma de prevenir ou
anular a prisão arbitrária, feita por motivos outros que não o estrito cumprimento da lei.

Parte legítima: autor da ação constitucional (Impetrante)

“o impetrante pode ser qualquer pessoa física ou jurídica (inclusive o paciente), nacional
ou estrangeira, mesmo sem interesse direto na locomoção discutida, independente
de capacidade civil, política, profissional, idade, sexo, estado mental e padrão de alfabetização

Parte impetrada: Réu da ação constitucional (Impetrado)

será réu nessa ação constitucional aquele com poder (de ameaçar ou coagir) para determinar
restrição à liberdade de locomoção do paciente de forma ilegal ou abusiva.
Geralmente, autoridade públicas.

 Mandado de Segurança (art. 5º, LXIX e Lei 12.016/2009): finalidade, vedações, legitimidade
ativa, legitimidade passiva, mandado de segurança repressivo e preventivo, prazo para
impetrar;

 Mandado de Segurança Coletivo (art. 5º, LXX e Lei 12.016/2009): finalidade, legitimidade
ativa, legitimidade passiva, diferença entre mandado de segurança individual e coletivo.

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