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Trata-se de ação indenizatória por danos materiais e morais proposta por

Sheila da Silva Pereira em desfavor de Eucatur – Empresa União Cascavel de


Transportes e Turismo Ltda, pleiteando a concessão de tutela de urgência em
caráter antecipativo, para determinar que a requerida arque com todo o
tratamento de saúde da autora, que sofre diariamente com danos provocados
pelo acidente. Relata a autora que no dia 04 de novembro de 2015, transitava
com mais duas amigas, na Rua da Beira, na Br 364, KM 604, município de
Itapuã do Oeste/RO. Afirma que seguia na direção de Ariquemes quando um
ônibus da empresa requerida que seguia na mesma direção, atropelou duas
das pedestres. Afirma a autora que teve que ser submetida a cirurgias e a
diversos tratamento, que atualmente encontra-se debilitada para o trabalho e
com sequelas que precisam ser corrigidas. Aduz que durante sua internação do
Hospital João Paulo II, recebeu visita de 02 funcionários da requerida, e que ao
receber alta hospitalar tentou contato com a requerida, não obtendo êxito.
Alega que não pode custear o tratamento e não consegue finalizar pela rede
pública, ficando com graves sequelas, inclusive de ordem psicológica e
estética.
Em despacho inicial, foi concedida os benefícios da justiça gratuita, indeferiu a
Tutela de Urgência, determinou a citação da Requerido, bem como, a
designação de audiência de Conciliação, que ocorreu, entretanto restou
infrutífera diante da negativa da autora ao acordo oferecido pela Requerida, no
valor de R$ 1.000,00.
Em sede de contestação, a requerida informa que os fatos não ocorreram da
forma narrada na exordial. Informa, que analisando o Boletim de Acidente de
Trânsito, o ponto de impacto se localiza na pista de rolamento, praticamente no
meio, estando as pedestres em local inadequado, além do fato de que
caminhavam lado a lado. Indica que a autora foi a única responsável pelo
evento danoso, pretendendo atribuir culpa à requerida. A colisão ocorreu
praticamente no meio da pista de rolamento em que trafegava o veículo, em
local cuja iluminação não era favorável à autora. A requerente escolheu a pista
destinada ao tráfego de veículos para fazer seu exercício físico, sendo que, no
momento do acidente era noite e à época dos fatos a via não possuía
acostamento ou meio fio, e as pedestres caminhavam lado a lado, ocupando
maior espaço da pista – praticamente a pista toda, no mesmo sentido da
via/fluxo. Outro aspecto apresentado era a falta de iluminação adequada no
local, aliado ao fato de que do outro lado da pista havia um caminhão parado.
Por isso alega que o motorista da requerida não agiu em qualquer das
modalidades de culpa (imprudência, negligência ou imperícia) que pudesse
caracterizar ato ilícito capaz de ensejar o reparo pretendido na inicial. Informa,
ainda que, a requerida buscou informações sobre o estado de saúde das duas
pessoas atingidas, visitando-as no hospital.

Intimada a autora apresentou réplica à contestação. Posteriormente, ambas as


partes foram intimadas a apresentaram as provas que pretendiam produzir,
tendo as duas apresentado rol de testemunhas a serem intimadas para a
audiência de instrução.

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