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impacto da alimentação na prevenção do câncer colorretal

EU QUERO ME ALIMENTAR MELHOR

O impacto da alimentação na
prevenção do câncer colorretal
A manutenção de hábitos saudáveis é fundamental para evitar o surgimento da
doença

Publicado em 04/04/2022 10h16 Compartilhe:   

Segundo a definição do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de intestino,


também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que
se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (parte final do intestino).

Trata-se de um tumor maligno que surge a partir do crescimento de lesões benignas na


parede interna do intestino grosso, os chamados pólipos, explica a médica endoscopista
Crislei Casamali. É um tipo de câncer que possui tratamento e grandes chances de cura
quando detectado precocemente e ainda não tendo se espalhado para outros órgãos.

Hábitos que contribuem para o surgimento da doença

O INCA explica que o câncer não tem uma causa única, podendo ser motivado por uma
causa interna, como hormônios e fatores genéticos, ou ainda por causas externas, como
hábitos e comportamentos. O que chama atenção sobre isso é que muitas pessoas se
prendem à ideia do histórico familiar ao falar em câncer, mas a verdade é que entre 80% e
90% dos casos de câncer estão associados as causas externas. E isso inclui fortemente os
hábitos alimentares.

A médica reforça que cada vez mais vem se falando que o câncer no intestino é uma
doença relacionada ao estilo de vida. Isso significa que é preciso estar atento aos hábitos,
mantendo-se fisicamente ativo e com uma alimentação adequada e saudável , além de
não fumar e nem ingerir bebidas alcoólicas em excesso.

Falando sobre o que mais propicia a doença, é possível perceber o forte impacto da
alimentação. Segundo o INCA, os principais fatores relacionados ao maior risco de
desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso
corporal e alimentação não saudável. Ou seja: com baixo consumo de alimentos in natura
e minimamente processados, como as frutas, verduras e legumes; alto consumo de
alimentos ultraprocessados, de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça,
presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de
carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam
o risco para esse tipo de câncer.

“O principal vilão é o grupo dos alimentos ultraprocessados. Esses alimentos predispõem


o sobrepeso e a obesidade, estando diretamente associados a um aumento do risco de
câncer colorretal”, explica a médica endoscopista. Além do alto índice calórico que
promove o ganho de peso, as carnes processadas são submetidas a algumas técnicas
para realçar seu sabor ou melhorar a preservação, que também podem favorecer o
surgimento do câncer.

As substâncias presentes na fumaça do processo de defumação e os conservantes (como


os nitritos e nitratos) também adicionados durante o processamento, juntamente com o
sal, podem provocar o surgimento de câncer de intestino (cólon e reto). Isso sem falar que
os ultraprocessados são pobres em fibras, nutrientes importantes que ajudam na limpeza
das substâncias consideradas promotoras do câncer, auxiliando na eliminação pelas
fezes, acrescenta a médica.

Para se ter uma alimentação como fator de proteção, é importante ter como base de
todas as refeições os alimentos in natura. Priorizar o consumo de frutas, legumes,
verduras, cereais e oleaginosas. São alimentos ricos em diversos nutrientes,
principalmente em fibras. A regra é descascar mais e desembalar menos. Segundo Crislei,
incluir os peixes na dieta, de uma a duas vezes na semana, também é uma recomendação
para prevenir a doença, uma vez que esse alimento é rico em Ômega 3.

E para quem já está em tratamento, a médica explica que esses mesmos hábitos são
recomendados. “Existem tratamentos diversos para o momento de cada paciente, porém
em geral são recomendados esses mesmos grupos de alimentos, pois eles têm impacto
direto no prognóstico e na cura do paciente”, finaliza a especialista.

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Sobre o Guia Alimentar do Ministério da Saúde

O Guia Alimentar para a População Brasileira é um instrumento para apoiar e incentivar


práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo. Foi feito para todos os
brasileiros e brasileiras! Ele reúne um conjunto de informações e recomendações sobre
alimentação que contribuem para a promoção da saúde de pessoas, famílias e
comunidades e da sociedade como um todo, hoje e no futuro. Acesse agora para
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Categoria
Saúde e Vigilância Sanitária

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