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PONTA GROSSA
2023
INTRODUÇÃO
Há cinco mil anos atrás a cerveja já era conhecida pela mesopotâmia, sendo
distribuída para trabalhadores (Tecnologia cervejeira, 2014). Embora não se saiba a
origem da cerveja, é sabido que a cerveja esteve e está presente no dia a dia de
várias regiões pelo globo.
A cerveja já foi utilizada de diversas maneiras, desde bebida para eventos sociais
até uma bebida potável que poderia ser uma alternativa a água contaminada (graças
ao álcool e a etapa de fervura). Além disso, a cerveja tem importante atividade
econômica sendo responsável por 1,6 % do PIB do Brasil, segundo a CervBrasil
(2017).
O processo de produção de cerveja pode variar de acordo com o tipo de cerveja que
deseja-se produzir, mas segue geralmente as etapas na figura 1. Apesar de existir
diferentes tipos de cerveja é necessário ter 4 matérias primas para se fazer
qualquer tipo, sendo elas: mosto, levedura, malte e o lúpulo (Tecnologia cervejeira,
2014).
Fonte: Istock
MOAGEM
A mosturação é necessária para a extração dos compostos do grão. Essa etapa tem
como objetivo a sacarificação do mosto pela hidrolise do amido através de enzimas
(JUNIOR, VIEIRA, FERREIRA, 2009).
Dependendo da cerveja que deseja ter, o processo pode variar e pode-se ter
diferentes faixas de temperaturas, chamadas de rampas. Por exemplo, a faixa de
temperatura de uma enzima proteolítica é de 45 a 50 graus celsius enquanto das
amilases entre 60 a 72 graus celsius e caso deseje-se um menor teor de proteínas,
a primeira rampa será a 45 graus celsius para essa característica (Tecnologia
Cervejeiras, 2014).
Por outro lado, a beta-amilase é uma exoenzima que atua pelas extremidades do
amido liberando açúcares que a levedura é capaz de usar e a temperatura de
atividade é justamente a última rampa.
ADJUNTOS
Os adjuntos podem ser fonte de amido alternativa a cevada sendo muitas vezes
empregado para baratear a cerveja. Entretanto, há estilos de cerveja que utilizam o
adjunto, como as cerveja de trigo ou as de arroz.
Outro adjunto, são aqueles que visam auxiliar na sua fabricação como antioxidantes;
estabilizantes, que mantém as características físicas e a emulsão e acidulantes, que
pode auxiliar no sabor e na próprio ajuste do pH, além de contribuir para a
precipitação das proteínas (JUNIOR, VIEIRA, FERREIRA, 2009).
FILTRAÇÃO
A etapa de filtração pode ser repetida em várias etapas, desde a obtenção da água
no início do processo até a filtração para a clarificação. Essa etapa, serve para a
separação da casca e outros sólidos não solúveis em água. Nesta etapa também
ocorre a etapa de lavagem para aproveitar o máximo dos componentes da cevada, a
água deve ser filtrada e fervida anteriormente.
FERVURA
PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS
Após a fervura é desejado um mosto bem homogêneo e para isso é necessário que
alguns compostos precipitem. O “Whirlpool” é necessário para que os compostos
depositem-se no fundo usando a própria rotação do mosto, geralmente são
compostos como proteínas coaguladas, polifenóis, compostos amargos e
carboidratos.
RESFRIAMENTO E FERMENTAÇÃO
Por ser uma etapa muito importante, alguns cuidados são essenciais. É preciso
garantir a aeração do mosto, que pode ser realizada pela agitação ou pela injeção
de oxigênio. No entanto, uma vez iniciada a fermentação, a exposição ao oxigênio
deve ser minimizada para evitar a oxidação indesejada.
O tempo total da fermentação pode variar, mas geralmente dura de alguns dias a
várias semanas, dependendo do estilo da cerveja e da temperatura de fermentação.
A fermentação primária, onde a maior parte da atividade ocorre, geralmente dura de
1 a 2 semanas. Após isso, a cerveja pode passar por uma fase secundária opcional
para clarificação e maturação.
Devido a importância, esses aspectos devem ser monitorados e isso pode ser feito
através da medição da densidade específica do mosto ao longo do tempo, uma vez
que a redução da densidade indica a conversão dos açúcares em álcool. Outros
fatores, como a produção de subprodutos indesejados também são monitorados
para garantir a qualidade da cerveja quando se trata de um processo industrial.
Pode-se ainda, ajustar alguns desses parâmetros de acordo com o resultado que se
objetiva alcançar e isso vai de cervejeiro para cervejeiro.
MATURAÇÃO
CARBONATAÇÃO
ENVASE
Tudo começa com a sanitização das garrafas, que pode ser feita através de
soluções de iodo, peracético ou álcool 70% entre outros. Lembrando que se
estiverem muito sujas faz-se necessário uma limpeza mais profunda e, em seguida,
a adição dos reagentes. À parte, fazemos as transferências de um balde para o
outro com muito cuidado para evitar agitações. Os resíduos decantados na
maturação não devem passar para a garrafa. As garrafas secas e limpas
adicionamos a cerveja e, por fim, lacrando com as tampinhas também sanitizadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS