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ANTROPOLOGIA
ANTROPOS + LOGOS
Homem Saber/Tratado/Razão/Estudo/Capacidade de
racionalização individual
Utilização de um maior nº de
Desgaste nos maxilares sendo que
utensílios e a fabricação de um
desenvolveu-se outro tipo de dentição.
maior nº de armas para “caça”
Aumento da quantidade
de carne na alimentação
Tal facto, levou-os a usarem os membros superiores para trabalhar e levou-os, portanto, ao uso e
fabrico de artefactos. Contudo, tudo isso levou-os a emanciparem/libertarem os membros
superiores e darem-lhe um melhor uso do que para andar.
Na sequência das alterações, o crânio transforma-se, também, aumentando o volume e
aumentando a capacidade craniana, por estímulos, raciocínios e reações.
ASSIM:
A posição ereta, a emancipação dos membros superiores e a sua utilização em atividades
que vão estimulando o cérebro, ou antes, o pensamento, levam ao aumento do volume do
cérebro.
A posição cada vez mais ereta, a maior utilização das mãos, o sentido de profundidade de
visão que foram tendo (para planear caçadas) e a coordenação dos movimentos dos braços
e das mãos com a própria visão e com o cérebro levam-no a ter um maior sentido de
previsão, planeamento e abstração.
Em simultâneo e como consequência dessa posição ereta, dá-se um alinhamento da laringe
em relação à boca, libertando assim as cordas vocais, o que lhes dá uma maior possibilidade
de comunicar facilmente, com os restantes elementos do grupo.
SÍNTESE:
Coordenação entre o
Prever, planear e Possibilidade de
movimento dos braços, mãos,
abstrair simbolizar
visão e cérebro
CONDICIONANTES DA CULTURA:
A maior condicionante da cultura é o próprio ambiente natural, com o revelo, o solo e o
clima como elementos mais influentes, e com o meio animal e vegetal, o subsolo e o isolamento
como elementos menos influentes.
ELEMENTOS BASILARES DE UMA CULTURA:
Os elementos mais básicos, essenciais e fundamentais de uma cultura são:
Homem Raça
Terra Natureza
Tradição
Com o passar do tempo, deu-se uma inversão das situações e isso deve-se ao avanço técnico
que possibilitou melhores condições em recurso.
CONCLUSÃO: Um ambiente pode ser ótimo para um determinado tipo de cultura e pode não o
ser para outro.
Podemos dizer que a cultura desenvolvida e influenciada pelo meio ambiente e pela história
conduz a tipos de sociedades diferentes.
Há uma tendência para um certo equilíbrio destas duas tendências sendo que:
Sociedades primitivas: elemento conservador mais forte;
Sociedades históricas: elemento inovador mais forte.
Nesse equilíbrio, dois fundem-se, originando uma muito mais equilibrada e justa. Quando esse
equilíbrio se rompe/sofre rotura, geram-se situações de desequilíbrio.
Como a sociedade é um conjunto de indivíduos, as relações desta com a cultura leva a que
tenhamos de considerar também as relações entre os indivíduos e a cultura. Diz, portanto, respeito
a um determinando indivíduo dentro da sociedade.
A interação entre um indivíduo e a sociedade em que vive e onde se integra pode apresentar
dois aspetos distintos:
ENCULTURAÇÃO: ensinamentos que o indivíduo tem de uma sociedade, para que possa
tornar-se membro dela (os ensinamentos adquiridos fazem com que o indivíduo faça parte
da sociedade em questão);
CRIATIVIDADE INDIVIDUAL: o indivíduo utiliza comportamentos distintos dos do grupo que
faz parte, originando conflitos entre o mesmo e a sociedade. Esses conflitos podem terminar
com a adoção do grupo a esses novos valores, ou ao contrário. Culmina, assim, com a
aceitação por parte do grupo em relação aos novos valores ou, então, com a rejeição por
parte dos mesmos e isso depende das sociedades em questão.
Assim, o conflito pode resultar em:
Rejeição/Expulsão: tendência conservadora, em sociedades primitivas;
Resignação/Adoção: tendência inovadora, em sociedades históricas.
Para além destes dois comportamentos globais, pode ainda haver outros entre culturas
(interculturais) ou entre os indivíduos de uma mesma cultura (intraculturais), tais como:
o DIFUSÃO: troca de padrões culturais, entre duas culturas em contato;
o ACULTURAÇÃO: imposição de uma cultura a outra;
o DISFORIA: os elementos da sociedade aculturada têm consciência que os seus padrões são
inferiores, mas, não aceitam os novos padrões (há um reconhecimento de que existem
padrões melhores mas não há uma aceitação/adoção desses padrões).
Ambiente Sobrenatural
Homem
O Homem
Origem e Evolução Física
1ª FASE DA EVOLUÇÃO:
Até aos Primatas (Ordem) e, dentro destes, os Hominídeos (Família).
1º Ser vivo: unicelular, passando a formas pluricelulares.
Vida aparece no mar: passagem cos pluricelulares (peixes) a anfíbios e adaptação
destes à vida terrestre (répteis). Ou seja, a vida marinha desenvolveu-se
Várias formas de vida/Diversidade de vida: desenvolvem-se e culminam nos
vertebrados.
HOMEM:
1. Classe: Mamíferos
2. Ordem: Primatas
3. Família: Hominídeos
4. Género: Homo
5. Espécie: Sapiens
Assim, ao longo dos milénios, houve alterações na carga genética e deram-se mutações. As
mutações são as alterações genéticas nas sequências nucleotídicas (genes). A diferenciação dos
vários ramos do Homem deve ter-se dado de 5 a 70 milhões de anos.
Australopicsídeos (Australopitecus):
No leste de África, encontraram-se os mais antigos fósseis dos Hominídeos,
datando 3,8 milhões de anos:
o Australopithecus Afarensis: 3,8 a 2,6 milhões de anos;
o Australopithecus Grácil ou Africanus: 2,5 milhões de anos;
o Australopithecus Robusto: 2 a 1,5 milhões de anos;
o Homo Habilis: 2 milhões de anos.
O Homo Habilis é o principal autor das mais antigas indústrias de pedra lascada.
Com ele terá começado, verdadeiramente, a Humanidade.
Pitecantropídeos (Pitecantropos)
O Pitecantropos, com cerca de 1,68m, era conhecido como o Homo Erectus e
tem como caraterísticas o domínio do fogo e a expansão para a Europa e a Ásia;
Neanthertalianos (Neanderthal)
Os Neanderthais eram vistos como os pré-sapiens.
Homo Sapiens
Surgiu, então, os Homo Sapiens Sapiens ou Cro-Magnon, na Europa.
No que concerne à evolução da Cultura, temos exatamente os mesmos problemas que quanto à
evolução dos hominídeos.
Durante quase todo o Quaternário, os vestígios deixados pelo homem correspondem ao
chamado Paleolítico, caraterizado pelo uso de instrumentos de pedra lascada. Quaternário
Paleolítico
Só no fim do Quaternário Superior (Holoceno), apareceu, pela 1º vez, instrumentos de pedra
polida, que caraterizam um novo período chamado Neolítico.
ASSIM:
Quaternário Paleolítico Pedra lascada
Quaternário Superior (Holoceno) Neolítico Pedra polida
Neolítico
O Neolítico não representa simplesmente um progresso na técnica do fabrico de
instrumentos líticos (relacionados com pedra). Ocorre a revolução do neolítico, correspondente a
um período novo, verdadeiramente revolucionário, na história da humanidade.
Até essa altura, o homem vivia da caça (caçador) do que colhia à sua volta, na natureza, era
coletor e recoletor.
A partir do Neolítico ele começa a saber produzir alimentos (excedentes alimentares), pela
descoberta da agricultura e da domesticação de animais, através da força do homem.
Os excedentes alimentares que resultam desta descoberta abrem perspetivas novas à
humanidade que, a partir desta altura, começa a evoluir rapidamente. Os excedentes alimentares
possibilitaram a troca entre os povos (troca de utensílios, produtos agrícolas, animais mortos e as
suas peles, provenientes da caça.
A descoberta da Agricultura é acompanhada pelo fabrico e emprego da Cerâmica, assim
como pelo aperfeiçoamento das técnicas líticas (com pedra), que serviram para classificar o novo
período como o período da Pedra Polida/Neolítico.
Neolítico Período da Pedra Polida Cerâmica e aperfeiçoamento de técnicas líticas.
Paleolítico
No Paleolítico, a cultura material refere-se a paus, pedras e metais, sendo eles objetos que
se regem por normas ou regras do modo de vida.
PALEOLÍTICO INFERIOR:
Nesta época, era muito difícil saber:
A estrutura da família, uma vez que esta era implícita;
Como se agrupavam para caçar e viver;
De que eram feitas as tendas que existiam.
A Cultura destes povos era muito rudimentar/básica e, por isso, não deveriam ir além da divisão
sexual do trabalho, onde os homens trabalhavam na agricultura, na caça e na olaria enquanto que
as mulheres não passavam de meras cuidadoras.
PALEOLÍTICO SUPERIOR:
Surgem as pinturas rupestres nas rochas e cavernas, que tinham como simbologia
elementos de culto ou representações da arte (das caçadas, principalmente). Eram os
homens quem praticava as pinturas rupestres e, através delas, podemos ter a certeza que
estes eram caçadores pois estas pinturas representavam, na sua maioria, animais
trespassados por lanças;
Passou a ser possível conjeturar/supor uma vida espiritual.
NOTA: O que não é possível saber ao certo é se as pinturas seriam elementos de culto ou
apenas representações de arte.
PALEOLÍTICO VS NEOLÍTICO
Paleolítico Clima rigoroso Povos caçadores Povos nómadas
Neolítico Clima temperado Povos agricultores Povos sedentários ou
semi-nómadas
Neolítico:
Aparecimento da roda e da olaria, relacionadas com a agricultura. Com a produção
agrícola, surgiu a necessidade de produzir recipientes para colocar os produtos
produzidos e para tal, recorreu-se à olaria.
Se há a existência de Olaria, num determinado povo, podemos dizer que há, para além
da Divisão Sexual do Trabalho, a especialização desses mesmos trabalhos (oleiros,
agricultores, …).
Passou a haver a possibilidade de trocas entre os povos através dos oleiros, agricultores
e caçadores.
Surge, então, a escrita como um pressuposto/suposição final da troca. Era através dela
que eram feitas as negociações, tais como exportações e importações.
Apesar de toda a evolução, a cultura material continuava a ser a pedra e o barro.
A família foi ampliada para um grupo social e era independente quanto ao aspeto de se
bastar a si próprio, tal como acontecia na família no Paleolítico.
A Idade que se segue à da Pedra é a Idade dos Metais (marcada pelo Cobre, pelo Bronze que
estava ligado ao cobre e ao estanho e pelo Ferro). Com o aproveitamento dos metais e a
necessidade de construir moldes para fabricar os objetos necessários ao grupo, passa a haver
uma maior especialização.
CONSEQUÊNCIA: Relações económicas entre grupos (através de negociações e trocas).
CONCLUSÃO: A existência de excedentes numa comunidade leva a poder existir uma divisão do
trabalho por especialização. Esses excedentes eram alimentos (agricultura), utensílios
(fabricantes) e animais (caça).
Sucessivamente e em períodos cada vez mais curtos que se vão seguindo uns aos outros,
chegamos à Idade Atual, que alguns designam de Plástico.
A partir desta fase, a cultura tornou-se cada vez mais complexa. As diversas formas de
cultura que existem, hoje em dia, no mundo, são uma prova dos processos de difusão,
aculturação e enculturação.
Sínte
se
Escolas
As escolas explicam a evolução dos vários povos consoante a sua cultura. Essas escolas podem
ser:
Diacrónicas: fazem evoluir a cultura ao longo do tempo;
Sincrónicas: estudam a cultura como um todo, num certo momento do tempo;
ESCOLAS EXISTENTES:
C- Funcionalistas
Tipo de escola sincrónica onde desprezam o elemento histórico da evolução cultural. O fator
tempo não é considerado nesta escola.
D- Estruturalistas
Ligados aos funcionalistas.
b.1) Agrícola Simples: sem pastorejo e com poucos excedentes. (Ex.: Índios Carajás)
b.2) Agrícola Pastoris: com ou sem pastorejo, mas produzindo excedentes abundantes (Ex.:
Mandingas)
c.1) Economias Agrícolas Superiores, comerciais e Industriais: com excedentes muito abundantes.
c.2) Economias Industriais Modernas: economias capitalista ou socialista, com mercados mundiais.
1- Fase da Expansão
Grupos mais pequenos – coletores simples;
O Homem possui conhecimentos elementares para enfrentar a natureza e obter dela o sustento
quotidiano, ou seja, o seu sustento da vida;
Para satisfazer essa necessidade (procura de alimentos no meio), necessita de áreas enormes,
onde existam frutos, raízes e animais de pequeno porte, para matar a fome;
Vivem em pequenos grupos (20/30 no máximo), denominados hordas, pois o tipo de economia
coletora não permite a formação de grandes sociedades humanas;
O Homem era obrigado a deslocar-se continuamente, em busca de novos territórios, que lhes
forneça alimento e não corriam o risco de esgotamento de recursos alimentares do meio em que
habitam, sendo que faziam a prática do nomadismo;
Durante o 1º período de existência da humanidade, a vida do homem e do grupo era sujeita a
enormes mudanças/alterações climáticas e condições naturais, ou seja, de génese natural e de
escala variável. Os métodos utilizados para a sua própria cobertura e proteção eram a destruição de
árvores, estruturas resultantes da gelo e aproveitamento das rochas e da vegetação;
A luta do Homem contra a Natureza ocorreu com o auxílio de instrumentos e armas de pedra
lascada e de outros materiais mais simples de trabalhar, como a madeira, o osso e o marfim;
Nesta época, havia a divisão do trabalho onde os homens eram caçadores ou pescadores e as
mulheres estavam responsáveis pela colheita de raízes, frutos, bagas e pequenos animais;
Neste período, não havia excedentes pelo que os grupos/famílias tinham que se bastar a si
próprios. O homem possuía, então, poucos utensílios (caça) e todos os membros do grupo eram
igualitários, não havendo, assim, um chefe hereditário porque a este é dado uma importância
relativa ou nula.
Ex de um novo nesta fase de expansão: Bushimanes (grupo de 30 pessoas)
2- Fase Agrícola
Há 10000 a.C, dá-se uma grande Revolução Técnica, que muda, consideravelmente, a vida do
Homem A Descoberta da Agricultura;
Este período denomina-se neolítico devido au uso de instrumentos lítico que acompanha a
utilização da cerâmica e o cultivo de algumas espécies vegetais (alimentos de origem natural). Tudo
isto representa o início de uma nova fase que contribui para acelerar o processo de humanizar o
Homem;
Sobressai, aqui, a fusão (relação mais estreita entre os grupos) e a tendência para a
universalidade (com uma maior relação e ligação entre os grupos, que cessou a divisão sexual do
trabalho, passando a existir uma diversificação e especialização do trabalho, por funções;
As técnicas agrárias deram origem aos excedentes alimentares que vão se aperfeiçoando e,
consequentemente, permitiram a constituição de grupos humanos mais numerosos (clãs), onde se
começa a estabelecer a tal especialização do trabalho;
A abundância de certos produtos nuns lugares e a escassez dos mesmos noutros dá origem a
permutas/trocas ou disputas/guerras devido a essa desigualdade de produtos nos terrenos
agrícolas. Essas trocas, com o tempo, transformaram-se em mercados regulares e transações
comerciais, entre uns lugares e outros;
O intercâmbio comercial de mercadorias é acompanhado do intercâmbio de ideias (culturais),
havendo, então, uma difusão, o que tornou o progresso mais acelerado;
A rede de relações que uns grupos estabelecem com outros é cada vez mais ampla e
valorizada/preservada e a consequência é que, da simples agricultura de enxada e da criação de
gado surge uma técnica agrícola superior, com a descoberta do arado e a utilização da força animal
para as lavouras e outros benefícios consequentes da combinação da agricultura com a criação de
animais. Assim, há uma evolução imensa na agricultura e na domesticação de animais, através da
junção das duas.
A sedentarização começa a dar-se de forma definitiva e, em alguns lugares mais favorecidos
através de condições ambientais mais favoráveis, a densidade torna-se enorme (ex.: Vale do Nilo,
Mesopotâmia e Margens do Indo).
Em 6000 anos, a Humanidade tinha feito um progresso espantoso e da utilização da pera
passou à dos metais tais como cobre, bronze e ferro.
As Associações de Parentesco
São todas aquelas em que os indivíduos se encontram ligados por laços familiares reais
(genética) ou imaginários (relacionados com aqueles indivíduos que consideramos como família e,
por isso, têm um significado para nós. Estas associações relacionam-se com a família.
Apesar das associações de parentesco estarem a desvanecer para um plano secundário na
vida da maior parte dos indivíduos da sociedade moderna devido à sobrevalorização das
associações de utilidade que vão sendo cada vez mais em maior quantidade, ainda há a consciência
de que a família é o elemento fundamental motivador para a nossa existência como um ser social.
A família continua a ser a célula primitiva que entra na constituição de todo o Organismo Social.
A Família
É o primeiro grupo social e todos os grupos humanos estão ligados por laços de parentesco;
Como família, poderíamos entender a união de dois seres de sexo oposto, tendo como
objetivo a continuidade da espécie. Se bem que esta definição pareça ultrapassada nos
tempos atuais, devido à oficialização do homossexualismo e do feminismo, é ela que nos
interessa e será o objeto de estudo.
A família defende e visa dar continuidade à espécie e, por isso, entende as situações de
conjugalidade e de relacionamento (união de sexos opostos). Atualmente, e ainda com a
oficialização da homossexualidade e da transsexualidade (alteração de género), a principal
preocupação continua a ser dar continuidade à espécie.
O Homem, ao longo das várias fases da sua vida, terá fases em que a sua carência afetiva
será intensa e, por isso, terá a necessidade de uma complementaridade e de uma relação
estável e duradoura com um indivíduo de sexo oposto (atração macho-fêmea). Estas
relações entre Homem e Mulher não visam apenas a reprodução e continuidade da espécie,
mas também uma complementaridade sentimental, ou seja, uma ligação amorosa e afetiva.
Da mesma forma, podemos afirmar que se bem que houvesse formação de casais mais ou
menos permanentes, as relações entre os homens e as mulheres eram indiscriminadas. Ou seja, a
formação de casais estáveis e permanentes não influenciava em nada os direitos dos homens e das
mulheres em questão. Assim, estes indivíduos indistintos tinham o mesmo direito de sobrevivência
que todos os outros indivíduos, independentemente de estarem solteiros ou relacionados.
Assim, os filhos resultantes das várias uniões conheciam bastante bem a sua mãe que o
criava. Do lado paterno, isso era mais difícil. Assim, os filhos conheciam melhor a mãe (sua
cuidadora) do que o pai.
CARATERÍSTICAS DA FAMÍLIA:
1. A união mantém-se para além do período de atividade sexual.
2. A proteção da prole/descendência.
3. O amor familiar.
1. Elemento Biológico:
Há a tendência de reduzir a origem do casamento ao instinto sexual. Mas este, por si
só, não explica o casamento, mas é impossível negar que este é um elemento fundamental
nas uniões matrimoniais. O instinto sexual, por si só, não sustenta o casamento, mas a uma
prática sexual/corrupta/imoral.
Contrariamente ao instinto sexual, encontra-se a força moral, que é um elemento de
aperfeiçoamento humano, e a autodisciplina do indivíduo que vive em sociedade.
2. Elemento Afetivo:
Numa grande maioria de seres humanos nasce o desejo de se fixar a determinadas
pessoas.
Já não é qualquer indivíduo de outro sexo que basta, mas sim um indivíduo
determinado, que vai criar um estado de tensão e ansiedade, o que poderá ser um
elemento de aperfeiçoamento da sensibilidade e da personalidade. Ou seja, neste caso, já
há uma escolha minuciosa do indivíduo do sexo oposto pois este tem de gerar interesse.
A relação afetiva pode levar a um aperfeiçoamento da sensibilidade e da
personalidade dos elementos do casal.
O casamento por afeição não existe apenas nas sociedades civilizadas, mas também
nas chamadas primitivas.
Esta complementaridade com outro indivíduo do sexo oposto é o chamado
sentimento forte, ou amor, por uma pessoa que nos parece complementar.
3. Elemento Económico:
Foi considerado por alguns autores como o fator primordial da vida familiar.
Era o dote/riqueza, era o aglutinar/reunir das propriedades familiares e eram outros
fatores da mesma natureza.
A complementaridade das atividades do homem e da mulher, ou seja, da divisão
sexual do trabalho, torna-se indispensável aos indivíduos das sociedades mais primitivas.
Assim, a mulher ia buscar água e lenha, cultiva a terra que dá a alimentação vegetal e
conserva o fogo aceso no acampamento enquanto que o homem protege a mulher e
fornece o alimente cárneo. Assim, as atividades do homem e da mulher complementavam-
se.
4. Elemento transcendente
Relacionado com o desejo que o homem tem de se perpetuar (dar sucessão por
muito tempo) e de dar continuação à espécie. Esta é uma ambição do Homem.
O próprio culto dos antepassados exige que haja descendentes capazes de o manter.
Assim, os antepassados passaram o culto de geração em geração e é necessário garantir a
descendência através da reprodução para que o culto não se extinga.
Um outro elemento de ordem transcendente é a própria realização do homem. Esta
realização/ambição é o motivo para que ele quer se unir matrimonialmente (o casamento
mostra segurança, ideal da sociedade, sinal de maturação e de evolução).
CONCLUSÃO:
Há autores que consideram um destes elementos como exclusivos e primordiais.
Mas, o mais natural é a convergência de todas estes elementos que culminam na formação
de uma família humana, tipicamente natural na sociedade, com caraterísticas próprias e unida por
um conjunto de fatores aceites na sociedade. A família está na base de todas as sociedades.
O casamento é um imperativo da cultura, pois que, para além dos motivos atrás focados,
normalmente a sociedade exige que o indivíduo se case. Assim, o casamento torna-se numa
“obrigação” e “exigência” imposta pela sociedade.
As Instituições
As instituições são as estruturas ou mecanismos de ordem social que regulam o
comportamento de um conjunto de indivíduos dentro de uma determinada
comunidade/sociedade.
A caraterística fundamental do conceito de instituição é a PERDURABILIDADE.
As instituições desenvolvem-se de costumes, nos quais continuam radicados/repetidos.
Para os sociólogos, em geral, o conceito de Instituição implica a ideia de desempenho consciente de
funções definidas.
TIPOS DE INSTITUIÇÕES
1. Regulativas ou Primárias: as funções têm uma importância vital para a sociedade. Ex.:
família, propriedade, religião, estado, ensino, etc.
2. Operativas ou Secundárias: atribuem-se funções mais restritas que só interessam a setores
determinados da sociedade. Ex.: bombeiros, museus, arquivos, serviços de água, luz, etc.
FUNÇÕES DA FAMÍLIA:
São essenciais para a vida, para a cultura e para a sociedade.
1. Sexual (Marido e Mulher);
2. Económica (tarefas – complementaridade, apoio);
3. Reprodutiva (descendência, sexo);
4. Educativa (“moldar” a personalidade, aprender, transmitir à descendência).
NOTA: Apesar da sua importância não são funções exclusivas da família.