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Pedro Trindade

RELATÓRO DE AULA PRÁTICA:


ANESTESIA GERAL EM EQUINO PARA CRIPTORQUIECTOMIA
BILATERAL

Palmas/TO
2023
Pedro Trindade

RELATÓRO DE AULA PRÁTICA:


ANESTESIA GERAL EM EQUINO PARA CRIPTORQUIECTOMIA
BILATERAL

Trabalho avaliativo apresentado à CEULP/ULBRA –


Centro Universitário Luterano de Palmas – Campus
Universitário de Palmas, Curso de medicina veterinária
para obtenção de nota referente a avaliação parcial 2
(AP2) prática da disciplina de Anestesiologia veterinária.

Docente: Profª Jenniffer Rodrigues Fernandes

Palmas/TO
2023
RELATO DE CASO

As 10:45 da manhã do dia 02 de outubro de 2023 o procedimento de


orquiectomia em animal criptorquida bilateral foi realizado em um equino
chamado Pretinho, com 6 anos de idade e peso de 314 Kg. O animal foi
avaliado como ASA 1, indicando um paciente normalmente saudável.

Antes da cirurgia, foram realizados exames laboratoriais que apresentaram os


seguintes resultados: hematócrito (HT) de 26,6, contagem de plaquetas de
391,000/mm³, alanina aminotransferase (ALT) de 6 U/L e creatinina de 1,69
mg/dL.

A avaliação pré-anestésica foi realizada às 10:30 e o paciente se encontrava


tranquilo, sem dor, com temperatura corporal de 37.9°C, mucosas
normocoradas, hidratação adequada (2), frequência cardíaca de 37 bpm,
frequência respiratória de 17 mpm e com jejum prévio.

Para a medicação pré-anestésica, foi administrada xilasina na dose de 1 mg/kg


via intravenosa (IV) para sedação satisfatória. Isso ocorreu às 10:45.

As 10:57 a indução anestésica teve início com quetamina na dose de 3 mg/kg


via IV e diazepam na dose de 0,2 mg/kg via IV. O paciente foi intubado com
uma sonda orotraqueal número 20 e acoplada a um aparelho de anestesia
inalatória com circuito fechado. Durante a anestesia, o paciente recebeu
anestésico inalatório isoflurano e oxigenioterapia.

Durante o procedimento anestésico, foram feitos acréscimos de 3 ml de cada


um dos fármacos utilizados na indução.

A dobutamina foi administrada na dose de 1 mcg/kg por minuto via IV às 11:50


e, posteriormente, na dose de 0,5 mcg/kg por minuto às 12:45 para suporte
cardiovascular.

O processo anestésico teve início às 10:45 e o animal se recuperou da


anestesia, levantando-se às 14:11. Durante a cirurgia, o paciente foi monitorado
rigorosamente, com intervalos de 10 minutos no início e depois de 15 em 15
minutos, incluindo observação da frequência cardíaca, frequência respiratória,
pressão arterial, saturação de oxigênio.

Em alguns momentos da cirurgia a frequência cardíaca está alta pois o animal


estava sob efeito da dobutamina usada para fornecer suporte ao sistema
cardiovascular durante a cirurgia, pois o animal estava com risco de hipotensão
(pressão arterial baixa). Ela ajuda a aumentar a força de contração do músculo
cardíaco, melhorando o débito cardíaco e, consequentemente, a pressão
arterial.

O monitoramento constante dos parâmetros vitais e o uso apropriado dos


fármacos garantiram um procedimento anestésico seguro e bem-sucedido para
o equino Pretinho.
FARMACOS UTILIZADOS NO PROCEDIMENTO

Medicações Pré-Anestésicas:

Xilazina

Classe Farmacêutica: Agonista alfa-2 adrenérgico

Mecanismo de Ação: A xilasina é um agonista dos receptores alfa-2


adrenérgicos, que induz sedação e analgesia por meio da estimulação desses
receptores no sistema nervoso central. Isso resulta em redução da atividade
simpática e relaxamento do paciente.

Indução

Quetamina

Classe Farmacêutica: Anestésico dissociativo

Mecanismo de Ação: A quetamina induz anestesia dissociativa ao bloquear os


receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) no cérebro. Isso leva a um estado de
dissociação entre a consciência e a percepção sensorial.

Diazepam:

Classe Farmacêutica: Benzodiazepina

Mecanismo de Ação: O diazepam é um agente ansiolítico que atua


potenciando a ação do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico) no
cérebro, resultando em sedação e relaxamento muscular.

Medicações Transanestésicas:

Dobutamina:

Classe Farmacêutica: Agente inotrópico positivo (simpaticomimético)

Mecanismo de Ação: A dobutamina é um estimulante cardíaco que atua


principalmente sobre os receptores beta-1 adrenérgicos, aumentando a
contratilidade cardíaca e o débito cardíaco. Foi usada para manter a
estabilidade hemodinâmica do paciente durante o procedimento anestésico.

As medicações e seus mecanismos de ação foram essenciais para proporcionar


um manejo anestésico adequado, garantindo a sedação, analgesia, indução da
anestesia e manutenção da estabilidade cardiovascular durante a cirurgia.

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