Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONOMICAS E SOCIAS

Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas & Licenciatura em


Contabilidade e Auditoria

DISCIPLINA: Marketing II

4º Semestre

TEMA: Produto

Discente:

Júlio Armando Biza Júnior

Docente:

Dr. Carlitos Massingue

Maputo, Setembro de 2023


Índice

1. Introdução...........................................................................................................................2

1.1. Objectivos.......................................................................................................................2

1.1.1. Geral............................................................................................................................2

1.1.2. Especifico....................................................................................................................2

1.2. Metodologia....................................................................................................................3

1.2.1. Quanto a natureza da pesquisa....................................................................................3

1.2.2. Quanto aos objectivos da Pesquisa..............................................................................3

Revisão da literatura...................................................................................................................4

2. Produto................................................................................................................................4

2.1. Características e classificação dos produtos...................................................................4

2.1.1. Classificação de produtos............................................................................................5

2.1.2. Embalagem, rotulagem e garantias..............................................................................9

2.1.2.1. Embalagem..............................................................................................................9

2.1.3. Marca e suas funções.................................................................................................12

2.1.4. Importância e benefícios do produto.........................................................................13

3. Conclusão..........................................................................................................................15

Referências Bibliográficas.......................................................................................................16
1. Introdução

As pessoas não compram produtos, compram soluções para seus problemas. Essa afirmação
nos leva ao conceito de ampliação do produto, ou seja, um produto não pode ser considerado
apenas a coisa em si mas tudo o mais que ele representa em termos de garantia,
confiabilidade, imagem de marca, imagem do fabricante, assistência técnica, e todas as
facilidades que podem ser criadas para diferenciá-lo da concorrência.

Produto é um objecto físico, serviço, ideia ou uma combinação destes, que é desenvolvido,
fabricado e disponibilizado no mercado com o propósito de satisfazer uma necessidade ou
desejo do consumidor. Pode ser tangível, como um carro ou intangível, como um
treinamento, que não têm uma forma física, mas são valiosos e podem ser adquiridos para
satisfazer uma necessidade.

Você já se perguntou o que realmente define um produto e como ele influencia a sua vida
quotidiana? Os produtos estão em toda a parte, desde os aparelhos celulares que usamos até
os alimentos que consumimos. Eles são parte integrante do nosso dia-a-dia, mas muitas vezes
não paramos para reflectir sobre sua definição e características.

O produto desempenha diversas funções e serve a diferentes propósitos para os


consumidores, as empresas e o mercado em geral. Os produtos desempenham um papel
crucial no contexto empresarial e trazem uma série de benefícios tanto para as empresas
quanto para os consumidores.

Nesse artigo, vou abordar os conceitos, produto, características, classificações, embalagem e


suas funções, marcas e suas funções, importância e benefícios do produto, desvendaremos os
segredos por trás dos produtos, revelando conceitos-chave e compartilhando exemplos
práticos. Além disso, vamos destacar as diferentes fases do ciclo de vida de um produto e
como ele é concebido e gerado.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender a relevância do produto.
1.1.2. Especifico
 Definir o conceito do produto;
 Explicar as características do produto;

2
 Compreender as classificações.
1.2. Metodologia
1.2.1. Quanto a natureza da pesquisa

Do ponto de vista da natureza da pesquisa, o presente trabalho enquadra-se na pesquisa


básica, que visa fundamentalmente gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais, segundo
Prodanov e Freitas (2003).

1.2.2. Quanto aos objectivos da Pesquisa

Do ponto de vista dos objectivos, a presente pesquisa enquadra-se na pesquisa exploratória,


que tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos
investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do
tema da pesquisa, orientar a fixação dos objectivos e a formulação das hipóteses ou descobrir
um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral, as informações de pesquisas
bibliográficas e estudo de caso, isto segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 51-52).

3
Revisão da literatura

Este capítulo apresenta a revisão da literatura atinente às ideias essenciais e relevantes que, de
certa forma tenta sustentar o tema da pesquisa.

2. Produto

Produto é um objecto físico, serviço, ideia ou uma combinação destes, que é desenvolvido,
fabricado e disponibilizado no mercado com o propósito de satisfazer uma necessidade ou
desejo do consumidor. Pode ser tangível, como um carro ou intangível, como um
treinamento, que não têm uma forma física, mas são valiosos e podem ser adquiridos para
satisfazer uma necessidade.

Os produtos são criados com o objectivo de oferecer valor aos consumidores, solucionando
problemas, proporcionando benefícios ou gerando uma experiência positiva. Eles podem ser
desenvolvidos por pessoas e empresas de diferentes sectores, incluindo manufactura,
tecnologia, alimentação, entretenimento e muitos outros.

Para Kloter e Armstrong (1998), produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um
mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer um desejo ou
necessidade. Do ponto de vista comercial, produto é tudo aquilo que o consumidor recebe
quando faz uma compra. Leduc (1973

O termo “produtos” é um termo amplo que engloba tanto bens tangíveis quanto serviços
intangíveis. Produtos são itens físicos ou conceituais criados e disponibilizados pelas pessoas
e empresas para atender às necessidades e desejos dos consumidores.

No coração de uma grande marca está um grande produto. O produto é um elemento


essencial na oferta de mercado. Para obter liderança de mercado, as empresas devem oferecer
bens e serviços de qualidade superior que ofereçam valor insuperável ao cliente.

2.1. Características e classificação dos produtos

Muitas pessoas acham que um produto é uma oferta tangível, mas ele é tudo o que pode ser
oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo, incluindo bens
físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações,
informações e ideias.

4
Os produtos podem ter uma variedade de características que influenciam sua atratividade,
utilidade e valor para os consumidores. Aqui estão algumas características comuns dos
produtos:

1. Qualidade: é uma característica fundamental do produto, que se refere à excelência,


desempenho e confiabilidade. Um produto de qualidade atende ou excede as expectativas dos
consumidores em termos de durabilidade, funcionalidade, precisão e consistência.

2. Design: refere-se à aparência estética e funcional do produto. Um bom design pode melhorar
a usabilidade, a experiência do usuário e a atractividade.

3. Funcionalidade: refere-se à capacidade do produto de cumprir sua finalidade e desempenhar


as funções para as quais foi projectado. Quanto mais eficazmente o produto atende às
necessidades e expectativas dos consumidores, maior é sua funcionalidade.

4. Características distintivas: são atributos únicos ou diferenciadores que tornam o produto


único em relação aos concorrentes. Pode ser uma funcionalidade especial, uma tecnologia
inovadora, um recurso exclusivo ou qualquer aspecto que o diferencie e o destaque no
mercado.

5. Embalagem: é a apresentação física e protetora do produto. Ela desempenha um papel


importante na atratividade, na identificação da marca e na proteção do produto durante o
transporte e armazenamento.

6. Preço: é uma característica essencial do produto, que reflete o valor percebido pelos
consumidores e as estratégias de posicionamento da empresa. O preço pode influenciar a
percepção de valor, a demanda e a competitividade do produto no mercado.

Essas são algumas das características comuns que podem estar presentes nos produtos. Vale
ressaltar que a importância e a relevância de cada característica podem variar dependendo do
tipo de produto ofertado ou solicitado.

2.1.1. Classificação de produtos

Os produtos são classificados de acordo com suas características de durabilidade,


tangibilidade e uso (de consumo ou industriais). Cada tipo de produto exige uma estratégia
apropriada de mix de marketing.5

5
 DURABILIDADE E TANGIBILIDADE Os produtos recai em três grupos, de
acordo com a durabilidade e a tangibilidade:
1. Bens não duráveis são bens tangíveis normalmente consumidos ou usados uns ou
poucas vezes, como cerveja e shampoo. Como são consumidos rapidamente e
comprados com frequência, a estratégia apropriada é torná-los disponíveis em muitos
locais, ter uma pequena margem de lucro no varejo e anunciar maciçamente para
induzir à experimentação e ganhar a preferência do consumidor.
2. Bens duráveis são bens tangíveis normalmente usados por determinado período,
como geladeiras, ferramentas e roupas. De modo geral, os bens duráveis exigem
venda pessoal e serviços, trabalham com uma margem mais alta e requerem mais
garantias do fabricante.
3. Serviços são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis que
normalmente exigem mais controle de qualidade, credibilidade e adaptabilidade.
Alguns exemplos desses serviços são cortes de cabelo, assessoria jurídica e conserto
de aparelhos.
 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE CONSUMO Ao classificarmos a grande
variedade de bens de consumo em termos de hábitos de compra, podemos distinguir
entre bens de conveniência, de compra comparada, de especialidade e não procurados.
 Os bens de conveniência são aqueles que o consumidor compra com frequência,
imediatismo e um mínimo de esforço. Podemos citar como exemplos cigarros,
sabonetes e jornais.

Os básicos são aqueles comprados com regularidade; um consumidor pode comprar


habitualmente ketchup Heinz, creme dental Crest e biscoitos Ritz. Os bens de impulso são
comprados sem nenhum planeamento ou esforço de busca, como doces e revistas. Os bens de
emergência são comprados quando surge uma necessidade urgente — guarda-chuvas durante
uma tempestade ou botas e pás na primeira nevasca do ano. Os fabricantes de bens de
impulso e de emergência devem colocá-los em locais onde os consumidores sejam
estimulados a comprá-los ou possam encontrá-los quando precisarem.

 Bens de compra comparada são aqueles que o cliente costuma comparar no tocante
a adequação, qualidade, preço e modelo. São exemplos móveis, roupas e
electrodomésticos. Os bens de compra comparada homogéneos se assemelham em
qualidade, mas se diferenciam de modo significativo em preço, o que justifica as

6
comparações de compra. Já os bens de compra comparada heterogéneos diferem em
certos atributos e serviços do produto que podem ser mais importantes que o preço. A
empresa que fabrica um bem de compra comparada heterogéneo deve oferecer maior
sortimento, para satisfazer preferências individuais, e contar com uma equipe de
vendas bem treinada para informar e orientar os clientes.
 Bens de especialidade apresentam características ou identificação de marca
singulares pelas quais um número suficiente de consumidores está disposto a fazer um
esforço extra de compra. São exemplos carros, equipamentos de som e ternos
masculinos. Um Mercedes é um bem de especialidade porque os compradores estão
dispostos a se esforçarem para comprá-lo. Os bens de especialidade não envolvem
comparações; os compradores investem tempo e energia para chegar aos revendedores
que dispõem dos produtos desejados. Não é necessário que os revendedores estejam
em endereços convenientemente localizados; contudo, eles devem fazer com que os
compradores potenciais saibam onde encontrá-los.
 Bens não procurados são aqueles que o consumidor não conhece ou normalmente
não pensa em comprar. Exemplos clássicos de bens conhecidos, mas não procurados
são seguros de vida, jazigos e lápides. Esse tipo de bem necessita do suporte de
propaganda e venda pessoal.
 CLASSIFICAÇÃO DE BENS INDUSTRIAIS Os bens industriais pode ser
classificadas segundo seu custo relativo e o modo como entram no processo de
produção: materiais e peças, bens de capital e suprimentos e serviços empresariais.
Materiais e peças são bens que entram no processo de fabricação dos produtos
manufacturados e se dividem em duas classes: matérias-primas e materiais e peças
manufacturados. A matéria-prima se subdivide em outras duas classes principais:
produtos agropecuárias (trigo, algodão, gado, frutas e legumes) e produtos naturais
(peixes, madeira, óleo cru e minério de ferro). Os produtos agropecuários são
fornecidos por muitos produtores, que os repassam a intermediários que, por sua vez,
fornecem serviços de estocagem, classificação, armazenagem, transporte e venda. Sua
natureza perecível e sazonal requer práticas de marketing especiais, enquanto seu
carácter de commodity resulta em relativamente pouca actividade promocional, com
algumas excepções. De vez em quando, grupos de produtores de commodities lançam
campanhas a fim de promover seus produtos — batatas, queijo ou carne, por exemplo.

7
Alguns produtores atribuem marcas a seus produtos — como as saladas Dole, as
maçãs Mott’s e as bananas Chiquita.

Os produtos naturais têm um fornecimento limitado. Geralmente são vendidos a granel, têm
baixo valor unitário e devem ser transportados do produtor ao usuário. É comum que um
pequeno número de grandes produtores os comercialize directamente a usuários industriais.
Visto que os usuários dependem desses materiais, os contratos de fornecimento a longo prazo
são frequentes.

A homogeneidade dos materiais naturais limita a actividade de criação de demanda. Na


selecção de fornecedores, a confiabilidade de preço e de entrega é o factor que mais pesa.

Os materiais e peças manufacturados recaem em duas categorias: materiais componentes


(ferro, fibras têxteis, cimento e fios condutores) e peças componentes (pequenos motores,
pneus, peças moldadas). Os materiais componentes costumam ser submetidos a processos
fabris adicionais — o ferro-gusa é transformado em aço, as fibras têxteis são transformadas
em tecidos. Devido à natureza padronizada dos materiais componentes, o preço e a
confiabilidade do fornecedor costumam ser factores fundamentais de compra. As peças
componentes são aquelas que entram no produto acabado com pouca modificação na forma,
como pequenos motores para aspiradores de pó e pneus para automóveis. A maioria dos
materiais e peças manufacturada é vendida directamente aos usuários empresariais. Preço e
serviço são as considerações principais de marketing, enquanto a gestão da marca e a
propaganda tendem a ser menos importantes.

Os bens de capital são aqueles de longa duração que facilitam o desenvolvimento ou o


gerenciamento do produto acabado. Estão divididos em dois grupos: instalações e
equipamentos.

As instalações consistem em construções (fábricas, escritórios) e equipamento pesado


(geradores, prensas perfuradoras, computadores de grande porte, elevadores); são aquisições
de grande importância. De modo geral são compradas directamente do fornecedor, sua força
de vendas inclui pessoal técnico e a transacção costuma ser precedida por um longo período
de negociação.

Os produtores devem estar dispostos a adequar projectos a especificações e a fornecer suporte


pós-venda. A propaganda é muito menos importante que a venda pessoal.

8
Os equipamentos correspondem a máquinas e ferramentas portáteis de fábrica (ferramentas
de mão, empilhadeiras) e equipamentos de escritório (microcomputadores, mesas de
trabalho).

Esse tipo de equipamento não se torna parte de um produto acabado. Eles têm uma vida mais
curta do que a das instalações, porém uma vida mais longa do que a dos suprimentos
operacionais.

Embora alguns fabricantes de equipamentos façam vendas diretas, o mais comum é que usem
intermediários, visto que o mercado é geograficamente disperso, os compradores são
numerosos e os pedidos são pequenos. Qualidade, atributos, preço e serviços são os principais
elementos a se considerar. A força de vendas tende a ser mais importante do que a
propaganda, ainda que esta possa ser usada com eficácia.

Suprimentos e serviços empresariais são bens e serviços de curta duração que facilitam o
desenvolvimento ou o gerenciamento do produto acabado. Existem dois tipos de suprimento:
itens de manutenção e reparo (tinta, pregos, vassouras) e suprimentos operacionais
(lubrificantes, carvão, papel para escrever, canetas). Os suprimentos equivalem aos bens de
conveniência: costumam ser comprados com o mínimo de esforço em uma base directa de
recompra.

2.1.2. Embalagem, rotulagem e garantias

Muitas embalagens — como a garrafa de Coca-Cola e a lata de Red Bull — são


mundialmente famosas. Vários profissionais de marketing chamam a embalagem de o quinto
P (do inglês, packaging), juntamente com produto, preço, praça e promoção. A maioria das
empresas, contudo, trata a embalagem e a rotulagem como um elemento da estratégia de
produto. A garantia também é uma parte importante dessa estratégia e frequentemente
aparece na embalagem.

2.1.2.1. Embalagem

Definimos embalagem como o conjunto de actividades de design e produção do recipiente


que envolve um produto. A embalagem pode incluir até três níveis de materiais. A colônia
Cool Water de Davidoff vem em um frasco de vidro (embalagem primária), dentro de uma
caixa de papel-cartão (embalagem secundária), que por sua vez vem em uma caixa de
papelão ondulado (embalagem de remessa) contendo seis dúzias de unidades.

9
A embalagem é o primeiro contacto do comprador com o produto. Se eficiente, atrai o
consumidor e estimula a escolha pelo produto. Com efeito, elas podem actuar como
“comerciais de cinco segundos”. Também afectam a experiência dos consumidores mais
tarde, quando abrem o pacote e usam o produto em casa. Alguns pacotes podem até ser
atractivamente expostos em casa. Uma embalagem diferenciada, como a do lustrador de
sapatos Kiwi, as balas Altoids e a vodka Absolut é parte importante de um brand equity.56

Vários factores contribuem para que, cada vez mais, as embalagens sejam usadas como
ferramenta de marketing:

 Autos serviço. Um número crescente de produtos é vendido na forma de autosserviço.


Em um supermercado médio, que estoca cerca de 15 mil itens, o comprador comum
passa por aproximadamente 300 itens por minuto. Uma vez que cerca de 50 a 70 por
cento de todas as compras são decididas na loja, a embalagem eficaz deve
desempenhar muitas das tarefas de vendas: atrair a atenção, descrever os aspectos do
produto, criar confiança no consumidor e transmitir uma imagem geral favorável.
 Poder aquisitivo do consumidor. O aumento no poder aquisitivo do consumidor
significa que ele está disposto a pagar um pouco mais pela conveniência, aparência,
confiabilidade e prestígio de embalagens melhores.
 Imagem da marca e da empresa. As embalagens contribuem para o reconhecimento
instantâneo da empresa ou da marca. Na loja, podem produzir um efeito de outdoor,
como a marca Garnier Frutis com sua vibrante embalagem verde no corredor de
artigos para cabelo.
 Oportunidade de inovação. Uma embalagem inovadora, como tampas abre-e-fecha,
pode trazer grandes benefícios para os consumidores e lucros para os fabricantes.

Uma embalagem deve atingir alguns objectivos:

1. Identificar a marca.
2. Transmitir informações descritivas e persuasivas.
3. Facilitar o transporte e a protecção do produto.
4. Fornecer orientações sobre a armazenagem em casa.
5. Fornecer orientações sobre o consumo do produto.

Para atingir os objectivos de marketing da marca e satisfazer os desejos dos consumidores, os


componentes estéticos e funcionais da embalagem devem ser escolhidos correctamente.

10
Quanto à estética, é preciso analisar tamanho, forma, materiais, cores, texto e ilustrações. Há
uma série de factores e critérios em cada um desses quesitos.

A cor é um aspecto particularmente importante da embalagem, e incorpora significados


diferentes de acordo com a cultura e o segmento de mercado. A Tabela 12.3 resume as
crenças de alguns especialistas em marketing visuais sobre seus efeitos.

Do ponto de vista funcional, o design estrutural é de crucial importância. Os elementos da


embalagem devem harmonizar entre si e com as decisões sobre determinação de preço,
propaganda e outros factores de marketing.

Actualizações ou redesenhos de embalagem podem ocorrer com frequência para tornar a


marca mais contemporânea, relevante ou prática. Embora possam exercer impacto imediato
sobre as vendas, também podem ter uma desvantagem, como a PepsiCo aprendeu com sua
marca Tropicana.

Depois de projectada, a embalagem deve ser testada. Testes de engenharia são conduzidos
para assegurar que a embalagem resistirá a condições normais; testes visuais, para assegurar
que o texto ficará legível e as cores, harmoniosas; testes de distribuidores, para assegurar que
os distribuidores considerarão as embalagens atraentes e fáceis de manusear; e testes de
consumidor, para assegurar a resposta favorável dos compradores. O monitoramento por
câmaras escondidas pode avaliar o quanto os consumidores notam e examinam os pacotes.
No caso do medicamento contra gripe Comtrex, uma pesquisa de monitoramento confirmou
que somente 50 por cento dos consumidores examinavam o pacote antigo na prateleira versus
62 por cento para a embalagem redesenhada.

Embora o desenvolvimento de embalagens eficazes possa levar meses para ser concluído e
consumir um investimento muito elevado, as empresas devem levar em consideração as
crescentes preocupações ambientais e de segurança com vistas à redução de embalagens.
Felizmente, muitas empresas já abraçaram a causa ambiental e encontraram novas maneiras
criativas de desenvolver embalagens. Os salgadinhos multigrãos Sun Chips da Frito-Lay, que
contém 30 por cento menos gordura do que as batatas chips, são posicionados como uma
opção saudável, “boa para você”. Parte do esforço da empresa para também apoiar um
“planeta mais saudável” consistiu em descobrir um saco totalmente compostável, feito de
materiais à base de plantas (embora posteriormente retirado para alguns sabores, mediante a

11
queixa de consumidores contra o ruído que os sacos faziam) e em abastecer sua fábrica em
Modesto com energia solar.

2.1.3. Marca e suas funções

As marcas constituem um dos maiores pilares da economia moderna, sem as quais, pode
afirmar-se que não haveria comércio, isto é, não se compraria nem se venderia nada. Há até
marcas cuja força atractiva tem penetrado no ser de um significativo universo de
consumidores a ponto de serem essas marcas associadas à satisfação das necessidades
cobertas pelos produtos que elas assinalam. Tipos e Funções das Marcas são subtemas que se
intercomunicam.

Uma marca objectiva a exposição da sua qualidade. Um produto líder no ramo de sabão em
pó, v.g., não deveria ter concorrente na marca, mas sim, de forma leal entre os produtos
comercializados.

A função comercial que a marca assume é de suma importância, pois compõe o fundo de
comércio da empresa, dentre outros activos intangíveis.

A função atractiva, como o próprio nome já diz, serve para atrair a clientela, sendo ponto
fundamental para determinar o poder de compra. Incitando o consumo, valoriza a actividade
empresarial do titular.

É forma indirecta de protecção em que através da marca se é possível a fidelização do


consumidor.

A marca também tem a função de identificar o produto e/ou serviço prestado por determinada
empresa no mercado que actua. “O consumidor conhece a marca, a sua bondade,
desconhecendo o fabricante mor parte das vezes. Mas a função identificadora da marca é
predominante (…).” (PAES, 1987, p.14)

Num conceito primitivo as marcas guardavam suas funções restritas, qual seja a de indicar a
origem ou procedência dos produtos ou artigos comercializados. “Sua finalidade era indicar
ao consumidor o estabelecimento em que o artigo fora fabricado ou a casa comercial que o
expunha à venda.” (CERQUEIRA, 1982, p. 756)

12
“A marca individualiza o produto, identifica-o, distingue-o dos outros similares, não pela sua
origem, mas pelo próprio emblema ou pela denominação que a constitui”. (CERQUEIRA,
1982, p. 756-758).

Essa função é também conhecida como indicação da proveniência, em que a marca estabelece
relação entre o produto e o comerciante, industrial, produtor ou prestador de serviços.

Para Gama Cerqueira a função identificadora da marca se encontra muito além da função
meramente distintiva.

A função identificadora é primordial dentre as funções da marca, encontra-se intrínseco no


princípio da especificidade, este de suma importância quando num exame de colidência de
marcas. Outra função que corrobora com a intenção do princípio da especialidade é a função
distintiva.

As marcas possuem diversas funções, entre elas se destaca a função distintiva. Esta merece
destaque como sendo a principal para a doutrina dominante.

Pontes de Miranda entendem que “a marca tem de distinguir. Se não distingue, não é sinal
distintivo, não ‘assinala’ o produto (…), não se lhe podem mencionar elementos
característicos (…). Confundir-se-ia com as outras marcas registradas, ou apenas em uso,
antes ou após ela. A distinção da marca há de ser em relação às marcas registradas ou em uso,
e em si mesma; porque há marcas a que falta qualquer elemento característico, marcas que
são vulgaridades notórias. (MIRANDA, 1983, p. 07).

2.1.4. Importância e benefícios do produto

O produto desempenha um papel importante no contexto empresarial e traz uma série de


importâncias e benefícios tanto para as empresas quanto para os consumidores. Aqui estão
algumas das razões pelas quais o produto é importante e os benefícios associados a ele:

1. Importância para as empresas:

 Geração de receita: o produto é uma fonte fundamental de geração de receita para as


empresas. Sua venda bem-sucedida contribui para o fluxo de caixa, o crescimento
financeiro e a sustentabilidade das organizações.

13
 Vantagem competitiva: um produto diferenciado e de qualidade pode proporcionar
às empresas uma vantagem competitiva significativa. Isso ajuda a empresa a se destacar
no mercado, atrair clientes e conquistar uma fatia maior de mercado em relação aos
concorrentes.

 Construção da marca: um bom produto desempenha um papel essencial na construção e


fortalecimento da identidade de uma marca. Com qualidade, com design atraente e
funcionalidades superiores, contribui para a criação de uma imagem positiva da marca na
mente dos consumidores.

 Satisfação do cliente: o produto que atende às necessidades e expectativas dos clientes


gera satisfação e fidelidade. Isso leva a repetidas compras, recomendações boca a boca e
um relacionamento duradouro com os clientes.

 Inovação e crescimento: o desenvolvimento de novos produtos e a melhoria contínua


dos existentes impulsionam a inovação e o crescimento empresarial.

2. Benefícios para os consumidores:

 Satisfação das necessidades: o produto é projectado para atender às necessidades e


desejos dos consumidores. Ele fornece soluções, preenche lacunas e oferece benefícios
tangíveis e intangíveis que melhoram a vida e o bem-estar dos consumidores.

 Valor e utilidade: um bom produto oferece valor e utilidade aos consumidores. Ele
fornece benefícios significativos, cumpre suas promessas e supera suas expectativas,
proporcionando uma experiência positiva e satisfatória.

 Qualidade e confiabilidade: um produto de qualidade garante durabilidade, desempenho


consistente e baixa probabilidade de falhas, proporcionando segurança e confiança ao
usuário.

 Facilidade de uso: produtos bem projectados e de fácil utilização facilitam a vida dos
consumidores.

 Status: certos produtos têm o poder de proporcionar status, prestígio e possibilitar a


expressão da identidade pessoal dos consumidores. Atendendo as necessidades de auto-
estima e autorealização.

14
15
3. Conclusão

Em virtude do trabalho realizado conclui que, ao longo deste artigo, abordamos os principais
conceitos relacionados aos produtos, desvendando suas definições, características,
classificações e importância em nossas vidas. Aprendemos que os produtos são itens
tangíveis ou intangíveis que são oferecidos no mercado para atender às necessidades dos
consumidores.

É indiscutível que os produtos desempenham um papel crucial na sociedade e na economia,


impulsionando o crescimento das empresas e satisfazendo as demandas dos consumidores.
Eles moldam nossa experiência como consumidores e influenciam nossas escolhas e
preferências.

Considerando tudo o que discutimos, é essencial que as empresas, que desejam se destacar no
mercado, compreendam profundamente os conceitos e as características dos produtos e
adoptem estratégias de desenvolvimento, posicionamento e marketing eficazes.

A inovação contínua, o foco nas necessidades dos consumidores e a busca pela diferenciação
são fundamentais para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

16
Referências Bibliográficas

MARCONDES, José Sérgio (23 de maio de 2023). Produto: O que é, Conceitos,


Características, Tipos, Exemplos. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada:
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/produto-o-que-e-conceitos-caracteristicas/–
Acessado em (inserir data do acesso).

BLUME, M.; LEDERMANN, M. Gestão de produtos e marcas. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009.

KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: PrenticeHall do


Brasil, 1998.

KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 14ª ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.

17

Você também pode gostar