Você está na página 1de 46

UNIVERSIDADE FEDERAL

DO
RIO DE JANEIRO
Departamento de Físico-Química (DFQ)

Termodinâmica Clássica

Escola de Química
Prof. Vinicius Ottonio Oliveira Gonçalves
1
A lei dos gases ideais

2
Gases ideais

• Não existe uma única equação de estado que preveja com


exatidão as propriedades de todas as substâncias sob todas as
condições;

3
Gases ideais

• Não existe uma única equação de estado que preveja com


exatidão as propriedades de todas as substâncias sob todas as
condições;

• Existe uma grande variedade de equações que foram


desenvolvidas para os diferentes estados e particularidades de
substâncias puras e, também, misturas;

4
Gases ideais

• No entanto, para o casos especial de gases, existe uma


equação de estado que é largamente utilizada e serve também
como modelo para formulação de outras equações;

5
Gases ideais

• No entanto, para o casos especial de gases, existe uma


equação de estado que é largamente utilizada e serve também
como modelo para formulação de outras equações;

P V = n  R  T
onde:
P = Pressão
V = Volume
n = Quantidade de matéria
R = Constante universal dos gases
T = Temperatura 6
Gases ideais

• Considerações para a equação dos gases ideais:


1) Os gases consistem em partículas em movimento aleatório constante;

2) A pressão do gás deve-se às moléculas colidirem com as paredes do


recipiente. Todas essas colisões são perfeitamente elásticas, o que significa
que não há alteração na energia das partículas ou da parede do recipiente
ao ocorrer uma colisão.

3) As partículas do gás tem volume desprezível;

4) Nenhuma força molecular está em ação. Isso significa que não há atração
ou repulsão entre as partículas.

7
Gases ideais

• A equação dos gases ideais é principalmente válida para gases


apolares ou fracamente polares, submetidos a baixas pressões
e temperaturas altas/moderadas.

8
Gases ideais

• A equação dos gases ideais é principalmente válida para gases


apolares ou fracamente polares, submetidos a baixas pressões
e temperaturas altas/moderadas.

• A equações dos gases ideais torna-se, em geral, cada vez


mais falha nas seguintes situações:

→ Pressões relativamente elevadas;

→ Temperaturas relativamente baixas;

→ Interação intermolecular, coesão e repulsão molecular; 9


Base empírica da Equação dos Gases Ideais

10
Gases ideais

• A equação dos gases ideais foi baseada em diferentes


observações experimentais:

11
Gases ideais

• A equação dos gases ideais foi baseada em diferentes


observações experimentais:

→ Lei de Boyle: A uma temperatura constante, a pressão de


determinada quantidade de gás é inversamente proporcional ao seu
volume;

12
Gases ideais

• A equação dos gases ideais foi baseada em diferentes


observações experimentais:

→ Lei de Boyle: A uma temperatura constante, a pressão de


determinada quantidade de gás é inversamente proporcional ao seu
volume;

→ Lei de Charles; A uma pressão constante, o volume de


determinada quantidade de gás varia linearmente com a temperatura;

13
Gases ideais

• A equação dos gases ideais foi baseada em diferentes


observações experimentais:

→ Lei de Boyle: A uma temperatura constante, a pressão de


determinada quantidade de gás é inversamente proporcional ao seu
volume;

→ Lei de Charles; A uma pressão constante, o volume de


determinada quantidade de gás varia linearmente com a temperatura;

→ Princípio de Avogadro: Sob determinada temperatura e


determinada pressão, gases com volumes iguais contêm o mesmo
número de moléculas; 14
Gases ideais

• Lei de Boyle
n
constantes
T

M
P1 n1
V1 T1

(1)
15
Gases ideais

• Lei de Boyle
n
constantes
T

M
P1 n1 P2 n1
V1 T1 V2 T1

(1) (2)
16
Gases ideais

• Lei de Boyle
n
p  V = constante constantes
T

M
P1 n1 P2 n1
V1 T1 V2 T1

(1) (2)
17
Gases ideais

• Lei de Boyle
n
p  V = constante constantes
T

18
Gases ideais

• Lei de Charles

n
V = constante x T constantes
P

n
P = constante x T constantes
V

19
Gases ideais

• Lei de Charles

n
V = constante x T constantes
P
M

M
P1 n1 P1 n1
V1 T1 V2 T2

(1) (2)
20
Gases ideais

• Lei de Charles

n
P = constante x T constantes
V

M M
P1 n1 P2 n1
V1 T1 V1 T2

(1) (2)
21
Gases ideais

• Lei de Charles

V = constante x T

P = constante x T

22
Gases ideais

• Princípio de Avogadro

M M
P1 n1 P1 n1
V1 T1 V1 T1
H2 He
P V = n  R  T P V = n  R  T

P V V R T
n= = = Vm = V
R T n P
23
Gases ideais

• Princípio de Avogadro

V1 R  T M
V1 = =
n1 P

V2 R  T
V2 = =
n2 P

V1 = V2 Gases se distribuem uniformemente

24
Gases ideais

• Princípio de Avogadro
P
V = n x constante constantes
T

n M
P1 n1 P1 n2
V1 T1 V2 T1

n2 = n1 + n

25
Modificação nas condições de um gás

26
Gases ideais

• Considerando um gás que se encontra em um estado (1) e


que, após uma transformação, é conduzido a um estado (2);

M
P1 n1 P2 n1
V1 T1 V2 T2

(1) (2)

1 1 = n1 RT1
PV 2 2 = n1 RT2
PV
27
Gases ideais

1 1 = n1 RT1
PV 2 2 = n1 RT2
PV

PV PV
n1 R = 1 1 n1 R = 2 2
T1 T2

P1V1 P2V2
=
T1 T2

28
Gases ideais

(i ) Transformação isotérmica

1 1 = PV
PV 2 2

(ii ) Transformação isobárica

V1 V2
=
T1 T2

(iii ) Transformação isocórica


P1 P2
=
T1 T2
29
Gases ideais

30
Gases ideais

Estado (1) → Estado (2) P1V1 P2V2


=
T1 T2
Qual a pressão final do sistema?
PV P2 ( 3  V1 )
V1 → V2 V2 = 3  V1
1 1
=
T1 1 
  T1 
1 4 
T1 → T2 T2 =  T1
4
1
P2 =  P1
P1 → P2 P2 = ? 12

31
Gases ideais

32
A constante universal dos gases (R)

33
A constante universal dos gases (R)

• A constante universal dos gases (R) pode ser expressa em


diferentes valores, dependendo das unidades empregadas;

P V
R = lim
P →0 n  T

R Unidade
8,31447 J K−1 mol−1

62,364 L Torr K−1 mol−1

1,98721 cal K−1 mol−1

0,08205 atm L K−1 mol−1

34
Gases ideais

• Qual o volume molar de um gás na CNTP?

CNTP
R T 1 atm 101325 Pa
Vm = V =
P 0 ºC 273,15 K

8,31447  273,15
V= = 2, 24110−2 m3 mol-1  22, 4 L mol-1
101 325

35
Gases ideais

• Qual a massa específica de um gás?

P V = n  R  T m = MM  n

m m
P V =  R T =
MM V
m
P  MM =  R  T P  MM =   R  T
V
P  MM
=
R T
36
Gases ideais

• Qual a concentração molar de um gás?


n
P V = n  R  T C=
V
n P
=
V RT
P
C= Concentração molar
RT

37
Excel

38
Mistura de gases

39
Mistura de gases

• “Em uma mistura de gases, a pressão total observada é igual à


soma das pressões parciais dos gases individuais.”

Lei de Dalton
P = PO2 + PN2

40
Mistura de gases

• “Em uma mistura de gases, a pressão total observada é igual à


soma das pressões parciais dos gases individuais.”

Lei de Dalton

P = P1 + P2 + P3 + .... + Pn
n3 RT nn RT
P1 =
n1 RT
P2 =
n2 RT P3 = ... Pn =
V V V V

n1 RT n2 RT n3 RT nn RT
P= + + + .... +
V V V V
41
Mistura de gases

n1 RT n2 RT n3 RT nn RT
P= + + + .... +
V V V V

P=
( n1 + n2 + n3 + ... + nn ) RT
V
ntotal RT
P=
onde: V

ntotal = nt = n1 + n2 + n3 + ....
42
Mistura de gases
nn RT
Pn =  ntotal
V
nn
Pn
=
nn RT Lembrando: xn =
ntotal ntotalV ntotal

ntotal RT
Pn = xn Ptotal
V

Pn = xn Ptotal
43
Mistura de gases

• “Em uma mistura de gases, a pressão total observada é igual à


soma das pressões parciais dos gases individuais.”

Lei de Dalton

P = P1 + P2 + P3 + .... + Pn

P = x1 P + x2 P + x3 P + .... + xn P

44
Gases ideais

• Qual a massa específica do ar atmosférico na CNTP?


Obs: Considere o ar como uma mistura volumétrica de 79% N 2 e 21% O 2
P  MM AR
=
R T
MM O2 = 32 g mol-1
MM AR = xO2  MM O2 + xN2  MM N2 MM N2 = 28 g mol-1

VN2 nN2 RT / P nN 2
= = = xN2 = 0, 79 xO2 = 0, 21
Vtotal ntotal RT / P ntotal

MM AR = 0, 21 32 + 0, 79  28

MM AR = 28,84 g mol-1
45
Gases ideais

P  MM AR 101325  28,84
= =
R T 8,31447  273,15

 = 1286, 7 g m -3

 = 1, 287 kg m -3 Cerca de 1000 x menor que a massa específica de líquidos

46

Você também pode gostar