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PROF.

DIEGO VASCONCELLOS
HERMENÊUTICA JURÍDICA

IAN GABRIEL ALMEIDA MATIAS

Obra: BLEICHER, J. Hermenêutica Contemporânea. Trad. Maria Georgina


Segurado.1º Ed.
Lisboa: Edições 70, 1980, 383 p.
LISTA DE CITAÇÕES E COMENTÁRIOS SOBRE “ LEITURAS I ’’
Citações Comentários

“ (...) temos de evitar confundir o seu criador As objetivações da mente ocorrem em um


cognoscível, que pertence ao nível físico - (...), mundo diferente do físico, ainda que seja
com o conteúdo de sentido que lhe foi exprimida, no mundo, por essa base material.
conferido; (...)’’ ((BLEICHER, 1980, p. 80) Logo, não seria a clássica divisão dualista
moderna entre mente e corpo?
“ Só é possível entrar numa relação espiritual Ou seja, as formas significativas, que são
com os nossos semelhantes na base dessas estruturas nas quais o sujeito relaciona
formas significativas que, ou nos são dadas pela elementos fenoménicos, é o único meio de
percepção real, ou podem ser evocadas, como compreender o Outro, seja por meio da
imagem, na memória de uma pessoa. “ representação imediata, seja pela evocação
(BLEICHER, 1980, p. 81) imagética( arte em geral).
‘’ Toda atividade prática possui um significado Toda a concretização de um pensamento em
interior que pode ser do tipo inconsciente mas, uma ação, carrega um significado
não obstante, sintomático, e que se torna inconsciente que não é percebido pelo autor,
importante se quisermos usa-lo como base de mas que pode ser utilizado pelo intérprete, a
mais considerações. Perspectivada como um fim de compreender melhor o interpretado.
sintoma, serviria para chegar às concepções
fundamentais de uma pessoa e à sua forma (...)
’’(BLEICHER, 1980, p. 82)
“ (...) nos mostra que o discurso produzido pelos O discurso tem vida própria ao ser lançado no
nossos semelhantes não pode ser considerado mundo, ou seja, o autor não tem controle
um objeto físico acabado, destinado a ser sobre os efeitos e as interpretações que
recebido por nós; é antes a fonte material de serão feitas do seu texto. Mas, lembrando
um estimulo dirigido ao nosso conhecimento que interpretar é tornar algo compreensível.
(...) ‘’((BLEICHER, 1980, p. 83) Sendo assim, o discurso abre-se para diversas
interpretações, pois é essencialmente
complexo.
“ (...) o fenomêno da compreensão é um É um fenomêno triplo, pois há o sujeito do
processo triplo em cujos os extremos conhecimento, o objeto que o Outro,
encontramos, o intérprete como mente ativa e representado por meio do discurso e o
pensante e a mente objetivada em formas terceiro elemento que são as objetivações
significativas. (BLEICHER, 1980, p. 84) que se encontram no discurso, e que ligam os
sujeitos à totalidade da vida.
“(...) temos a necessidade de objetividade: a A compreensão tem que ser objetiva, visto
reconstituição, pelo intérprete, do significado que compreender é entender o outro nas
contido nas formas significativas, tem de suas particularidades. Entretanto, o
corresponder o mais possível ao conteúdo de intérprete tem suas próprias pré-
sentido; por este motivo, a necessidade de compreensões e subjetividade, portanto, o
objetividade só se pode concretizar graças à processo de compreender passa
subjetividade do intérprete e ao seu inevitavelmente pela subjetividade do
conhecimento das condições prévias da sua intérprete.
capacidade de compreensão, de um modo
adequado ao conteúdo. . ‘’(BLEICHER, 1980, p.
85)
“(...) o significado a ser determinado não pode O significado dos objetos( formas
ser introduzido em formas significativas, por significativas) deve advir não do intérprete,
meio de ato arbitrário e, de certa forma, de mas sim do próprio objeto. ( canône da
maneira sub-repitícia; pelo contrário, deve autonomia do objeto)
provir delas. ‘’ (BLEICHER, 1980, p. 86)
“” Este canône vem esclarecer as interrelações e Portanto, para compreender o discurso

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