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Instituto Federal de São Paulo – IFSP

Campus Piracicaba – PRC

Introdução à Engenharia Mecânica


Prof. Ms. Eng. Mec. Marcos Cesar Ruy

Notas de aulas da disciplina Introdução


à Engenharia Mecânica

2021
Instituto Federal de São Paulo – IFSP - PRC Prof. MS. Eng. Mec. Marcos Cesar Ruy – mcruy@bol.com.br

1. Introdução

1.1 Por que Introdução à Engenharia?


- O aluno precisa ter acesso a informações que permitam encontrar-se com a
profissão escolhida e imaginar-se nela.
- Ter espaço no programa do curso no qual se possa desempenhar o importante papel
da recepção ao aluno, e os conseqüentes aconselhamentos, encaminhamentos,
orientações e preparações ao estudo.
- Integrar o aluno ao curso, na medida em que se pode mostrar quais são as suas
disciplinas e componentes, qual a área de atuação do profissional de engenharia, a
sua postura diante da sociedade, etc.
- Estimular a criatividade do aluno e faze-lo participar do aprendizado.
- Introdução à Engenharia deve ter uma abordagem geral, passando pela história da
engenharia, abordar sobre ferramentas como modelos, simulação, criatividade,
morfologia, aplicação de projetos, palestras de especialistas, visitas a indústria e
laboratórios, seminários, projetos, pesquisa bibliográfica, confecção de relatórios,
estudos de casos.

1.2 Objetivos da disciplina:


- dar ao aluno uma visão da habilitação engenharia mecânica e das Associações e
Conselhos que a orientam e fiscalizam o exercício profissional, apresentar os campos
de atuação da engenharia mecânica, apresentar a estrutura e o funcionamento da
Instituição;
- situar historicamente a engenharia mecânica no Brasil e no mundo, enfatizando o
papel social do profissional, as áreas de atuação e as atribuições profissionais;
- introduzir a prática do ensino/aprendizagem como processo, no qual o aluno tenha
participação ativa;
- procurar integrar os conhecimentos desenvolvidos nas outras disciplinas,
desenvolver a prática do estudo e do trabalho em grupo, procurar aprimorar a
capacidade de comunicação dos discentes;
- conhecer os procedimentos metodológicos para a elaboração de trabalhos
acadêmicos.

1.3 Ementa da disciplina.

- Conceito de Engenharia, História da Engenharia. Principais áreas de atuação do


engenheiro mecânico. Ética profissional. Atribuições legais dos engenheiros. Os
Conselhos (CREA e CONFEA). Evolução e futuro da engenharia no Brasil e no
Mundo.

1.4 Chegando ao Ensino Superior.

Alerta ao estudante:
- a qualidade de um curso não depende somente dos professores, laboratórios,
equipamentos, bibliotecas, etc, depende também dos alunos que nele ingressam e
do interesse destes pelo aprendizado.

A nova fase:
- vida comunitária;
- conhecer o Curso e as instalações;
- participação ativa na vida da Instituição.

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Por que estudar?


- Necessidade de aprendizado contínuo.
- Conhecer novas técnicas.
- Evolução tecnológica.
Fontes:
- livros;
- jornais;
- catálogos;
- internet.

1.5 Considerações sobre o método de aprendizado.


Necessidade de conciliação da vida social com os estudos. É importante que o aluno
tenha uma vida social normal; o lazer e o descanso são fundamentais para o bom
aprendizado.
Ao se passar para um curso superior, deixa-se de ser aluno - assim entendido aquele
que é ensinado - passou a ser estudante - que aprende e estuda porque quer, com motivação
e orientação.
Estudar não é apenas captar um assunto, mas principalmente organiza-lo na mente.
Estudar é uma faculdade particular do ser humano, aprender é uma característica dos
seres vivos.
O estudante deve viabilizar as condições de estudo a partir de uma programação
detalhada de horários.
Quadro de Horários: É importante que o estudante racionalize seu tempo; para isso a
confecção de um quadro de horários realístico (que possa ser seguido) é desejável. O horário
deve contemplar, além do período de aulas e trabalho (se houver), tempo de estudo extra-
classe para cada disciplina – é fundamental uma revisão semanal dos assuntos vistos em
aula. Um horário não pode ser rígido e inflexível devendo ser adaptado de acordo com as
necessidades.

Estudo extra-classe
Preparação.
Escolha do ambiente de estudo.
Hábito de estudar no mesmo local e horário.
Perseverança para com os estudos.
Entender que as disciplinas a serem estudas dentro do curso possuem papel definido na
formação do profissional, e não estão colocadas por simples capricho.

Fases do Estudo
Captação.
Num processo de ensino aprendizagem ocorre:
- audição: A partir da apresentação do professor, de um debate ou de uma palestra;
- leitura: Conhecimentos obtidos a partir da leitura;
- observação: A partir da participação de experiências.

Captação do assunto em sala de aula, pontos a serem considerados:


- O que já sei sobre o assunto?
- Qual a ligação deste tópico com outros?
- Qual o significado físico desta fórmula matemática?

Captação extra-classe
Captação pela leitura:
- revisão imediata após as aulas ou leitura;

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- elaboração de resumo da matéria estudada;


- extração de idéias principais do texto.
É na fase de processamento das informações que se deve procura interligar todos os
assuntos vistos num texto, numa disciplina e também nas demais disciplinas, para garantir
uma boa visão de conjunto e um encadeamento lógico.
Uma disciplina é parte de uma estratégia de aprendizado.
Outras recomendações:
Participar das aulas práticas (quando houver) com extrema dedicação, já que elas
auxiliam a fixação dos conhecimentos e desenvolver a sensibilidade na avaliação dos
instrumentos de engenharia, além da capacidade criativa.
Utilizar sempre que possível os recursos de informática para agilizar as informações e
facilitar o armazenamento das mesmas.
É fundamental que o estudante tenha conhecimentos de Línguas estrangeiras,
principalmente Inglês e Espanhol.
É importante que o estudante tenha bom relacionamento pessoal, tanto em família como
em sociedade. O estudante deve aprender a trabalhar em grupo.
O psiquiatra americano William Glasser (1925-2013) aplicou sua teoria da escolha para
a educação. De acordo com esta teoria, o professor é um guia para o aluno e não um chefe .
Glasser explica que não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria
dos alunos simplesmente esquecem os conceitos após a aula.
Em vez disso, o psiquiatra sugere que os alunos aprendem efetivamente com você,
fazendo. Além disso, Glasser também explica o grau de aprendizagem de acordo com a
técnica utilizada. Esta é a pirâmide de aprendizagem:

Segundo a teoria nós aprendemos:


• 10% quando lemos;
• 20% quando ouvimos;
• 30% quando observamos;
• 50% quando vemos e ouvimos;
• 70% quando discutimos com outros;
• 80% quando fazemos;
• 95% quando ensinamos aos outros.

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A teoria de William Glasser vem amplamente sendo divulgada e aplicada pro


professores e pedagogos mundo afora, é uma das muitas teorias de educação existentes, e
uma das mais interessantes, pois ela demonstra que ensinar, é aprender!
“A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se
dediquem a promover um diálogo para promover a compreensão e o crescimento
dos estudantes” (William Glasser).
Finalizando: a obediência de um método de trabalho e ao princípio da organização de
atividades intelectuais facilita a aprendizagem, economiza tempo e possibilita um melhor
desempenho na execução de qualquer tipo de atividade.

2. O campus do IFSP em Piracicaba.


2.1- Estrutura predial.

Raizen

Quadra
Poliesportiva

Centro de
Convivência
Bloco C
FATEC
Bloco B

Bloco A

Portaria

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O campus do IFSP em Piracicaba conta com a seguinte infraestrutura:

Bloco A:
- Secretaria Acadêmica – Coordenação de Registros Escolares (CRA);
- Assistência Estudantil;
- Almoxarifado;
- Diretoria Geral;
- Diretoria Administrativa;
- Diretoria Adjunto Acadêmica;
- Coordenações dos Cursos;
- Sala dos Professores;
- Biblioteca;

Bloco B:
- Salas de Aula;
- Laboratórios de Informática;
- Anfiteatro;

Bloco C:
- Laboratórios das áreas de Mecânica, Química, Elétrica, Física e Informática;

Centro de Convivência:
- Cantina;
- Convívio Sustentável;
- Quadra poliesportiva;

3. Pesquisa e Tecnologia

3.1 O que é Pesquisa?


É um conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou práticos, que
objetiva a descoberta de novos conhecimentos, a invenção de novas técnicas e a exploração
e criação de novas realidades (BAZZO,1996).
Pesquisa Fundamental: visa descobrir as leis da natureza.
Pesquisa Aplicada: propor aplicações para as leis fundamentais.

3.2 O que é Tecnologia?


Está relacionado à definição de procedimentos técnicos, tão eficazes quanto possível,
para permitir a produção de um bem ou serviço (BAZZO,1996).
Os desenvolvimentos Científicos e Tecnológicos devem seguir caminhos paralelos.
Ciência e Tecnologia se preocupam em obter soluções para problemas, oriundos de
necessidades detectadas, usando para isto procedimentos semelhantes de trabalho. São
diferentes os problemas abordados por elas, por exemplo, os problemas científicos são
cognitivos, enquanto os tecnológicos são práticos.
Ao estudante não basta apenas aprender a teoria de como pesquisar. O estudante deve
procurar criar condições para sua própria evolução e ter participação concreta no seu
processo educacional.

3.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa


Formas de conhecimento:
- Conhecimento sensível;

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- Conhecimento intelectual.
Método: caminho ao longo do qual pode-se chegar a um ponto desejado. Depende:
- Talento; reflexão; criatividade.
Método de Pesquisa:
Proceder a uma pesquisa científica ou tecnológica é realizar concretamente uma
investigação previamente planejada e desenvolvida de acordo com metodologias apropriadas
ao tema.
Método de Trabalho é um conjunto ordenado de procedimentos.
- Pesquisa Bibliográfica.
- Observação (observar não é só ver, mas, antes de tudo vigiar).
- Hipótese (suposição provisória).
- Experimentação (conjunto de procedimentos aplicados com a finalidade de
confirmar uma hipótese).
- Indução (processo através do qual se parte de verdades particulares para concluir
verdades gerais, baseando-se na generalização de propriedades comuns a um
determinado número de casos observados). Base para uma lei.
- Lei: proposição que estabelece uma relação constante as variáveis presentes em um
fenômeno, enunciada após a confirmação dos fatos mediante a experimentação.
- Dedução: forma de raciocínio, argumentação e reflexão.
- Análise: processo metódico de tratamento de um problema.
- Síntese: complementação da análise, composição geral das conclusões da análise.
- Teoria: é um conjunto de princípios fundamentais que procura explicar, elucidar,
interpretar ou unificar um dado domínio de fenômenos e conhecimentos.
- Exemplo: Cobertura metálica que ruiu sob ação de uma forte rajada de vento.
Chamado a estudar o caso, para identificar a causa do colapso e emitir laudo técnico, o
engenheiro observou a estrutura acidentada, analisando as regiões de ruptura, a direção de
incidência do vento, a geometria geral da construção e os materiais empregados na obra.
Tendo observado que a ruptura dos pilares de sustentação ocorreu para uma carga de vento
inferior à estabelecida em normas oficiais, e tendo conferido que o cálculo estrutural do
galpão foi bem realizado, o engenheiro formulou a seguinte hipótese: o ferro utilizado na
armação do concreto armado era de baixa qualidade.
Para verificar esta hipótese foram retirados pedaços de aço da estrutura (corpos de
prova) para a realização de ensaios de ruptura em máquina de tração. Nesta máquina, os
corpos de prova são tracionados até a ruptura, sendo traçados diagramas tensão-
deformação. De posse desses dados o engenheiro pôde conferir a veracidade da hipótese.

3.3.1 Organização da pesquisa:


- Definição do tema;
- Pesquisa bibliográfica;
- Delimitação do assunto;
- Definição dos objetivos;
- Escolha do título;
- Justificativa da pesquisa;
- Formulação do problema;
- Enunciado das hipóteses;
- Instrumentos necessários aos trabalhos;
- Plano de trabalho;
- Cronograma;
- Realização do trabalho;
- Discussão dos resultados;
- Conclusão e observações sobre o projeto;
- Relatório.

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4. História da Engenharia
Ferramentas fabricadas há cerca 1.750.000 anos (pré-história).
A necessidade de desenvolver ferramentas para sobrevivência.
Idade do Bronze (utilização dos metais).
Revolução técnica (6 mil anos) => modificações sociais e culturais.
Realização de grandes obras (Pirâmides, canalização do Rio Nilo, máquina a vapor de
Heron - Alexandria).
Gutenberg (1450) aperfeiçoou e mecanizou a imprensa (antiga invenção chinesa).

4.1 Surgimento da Engenharia Moderna


Com a rápida expansão dos conhecimentos científicos e sua aplicação aos problemas
práticos, surge o “engenheiro”.
No século XVIII se chegou a um conjunto sistemático e ordenado de doutrinas que
estabelece um marco divisório entre:
Engenharia do Passado - caracterizada pelos grandes esforços do no sentido de criar e
aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais (fortificações, estradas, etc);
Engenharia Moderna - caracterizada pela aplicação generalizada dos conhecimentos
científicos à solução de problemas (funcionamento e concepção da máquina a vapor - queima
otimizada de combustíveis).
A engenharia como a entendemos hoje é um ramo da atividade humana relativamente
recente (apesar de existir e ser praticada desde os primórdios da civilização dentro da ciência
como um todo) tendo se caracterizado no início basicamente como de auxílio às atividades
militares (é consenso que o primeiro curso formal de engenharia surgiu na França nos tempos
de Napoleão). O engenheiro, então, era o responsável pela construção e funcionamento de
engenhos bélicos, de engenhos para beneficiamento e armazenamento de alimentos,
construção e manutenção de estradas e pontes para facilitar a movimentação de tropas e
provisões e para facilitar a comunicação entre elas e a defesa das posições estratégicas para
cada nação. Devido à necessidade de construções de equipamentos, estradas, casas, etc.
não necessariamente para fins militares surgiu no início do século XIX o engenheiro civil.
Não havia distinção na formação do engenheiro militar e do civil, ambos tinham as mesmas
qualificações e formação (exceto a questão militar/civil).
Com a revolução industrial em curso na Europa e na América do Norte, principalmente
em meados do século XIX, novas qualificações e especificações foram exigidas dos assim
denominados engenheiros, principalmente nas áreas Industrial, de Minas e Eletricidade.
Marcos Históricos Importantes
Leonardo da Vinci (1452-1519) - roda d’água horizontal ==> turbina hidráulica.
Galileu Galilei (1564 - 1642) - Iniciador da mentalidade científica, inventa o termômetro,
investiga as leis de gravitação e oscilação.
Por volta de 1782 - implantação da máquina a vapor na indústria da tecelagem (fato
marcante na evolução industrial).
Gerador elétrico como fonte de energia (1832 – H. Pixii).
1871 - Gramme constrói o primeiro motor elétrico utilizado na prática.
O primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724 - 1792) -
Engenheiro Civil.

4.2 As primeiras escolas de Engenharia


1506 - foi fundada a primeira escola voltada a formação de engenheiro e artilheiros
(Veneza).
1747 - foi criada na França aquela que é considerada a primeira escola de engenharia
do mundo, a École dês Ponts et Chaussées.

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Criação de escolas técnicas superiores nos países de língua alemã, sendo a mais
importante a de Zurique (1854).
Nos Estados Unidos, Massachussets Institute of Technology (1865), Califórnia Institute
of Technology CIT (1919), Carnegie Institute of Technology (1905) e Academia Militar de West
Point (1794).

4.3 Fatos Marcantes da Ciência e Tecnologia:


1620 - Bacon preconiza o método experimental;
1637 - René Descartes - tratato de geometria analítica e formula as leis de refração;
1642 - Blaise Pascal constrói a primeira máquina de calcular;
1660 – Lei de Hook, princípio básico para o estudo da Resistência dos Materiais;
1674 - Newton e Leibiniz inventam o cálculo infinitesimal;
1729 – Stephen Gray descobre que há corpos condutores e não condutores de
eletricidade;
1752 - Benjamin Franklin inventa o pára-raios;
1764 - James Watt inventa o condensador (componente do motor a vapor);
1800 - Alessando Volta constrói a primeira bateria de Zn e Cu;
1819 – Hans Derstedt descobre o eletromagnetismo;
1824 - Sadi Carnot cria a termodinâmica;
1831 – Faraday descobre a indução eletromagnética;
1834 – Charles Babbage inventa a máquina analítica – ancestral do computador;
1837 – Samuel Morse inventa o telégrafo;
1878 - Thomas Edison inventa a lâmpada;
1892 - Rudolf Diesel inventa o motor de combustão interna.
4.4 Início da Engenharia no Brasil
Academia Real Militar, Primeira escola de Engenharia (1810)
Escola Politécnica do Rio de Janeiro, Decreto nº 5600 (1874)
Escola de Minas de Ouro Preto (1876)
Escola Politécnica de São Paulo (1893)
Politécnica do Mackenzie College e Escola de Engenharia do Recife (1896)
Politécnica da Bahia e Escola de Engenharia de Porto Alegre (1897).
Em 1846 já existiam 15 instituições de ensino de engenharia de lá para cá, existem mais
de 500 cursos de engenharia no país.
Em Piracicaba o IFSP iniciou seu curso de Engenharia Mecânica em 2014. Em 2021
formou a 3ª turma de Engenharia Mecânica do Campus de Piracicaba.

4.5 O que é Engenharia?


“Engenharia é arte de aplicar conhecimentos científicos e empíricos e certas
habilitações específicas à criação de estruturas, dispositivos e processos que se utilizam para
converter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades
humanas” (Novo Dicionário Aurélio).

4.6 Engenharia e Sociedade


A engenharia esteve sempre presente em todos os momentos da história da
humanidade.
A sociedade moderna depende do profissional de engenharia devido à sua capacidade
de resolução de problemas técnicos.
Característica importante é a sua visão sistêmica o que lhe confere um bom domínio da
realidade física, social e econômica.
Para que o seu trabalho contribua para a sociedade o Engenheiro deve ser ousado.
Ao trabalhar em obras de vulto, empregando novas técnicas e novas teorias, tem-se
oportunidade de contribuir para o próprio desenvolvimento profissional e da sociedade.

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4.7 As funções do Engenheiro


Atuação:
- autônomo;
- empregado (representa 90% dos profissionais da área);
- empresário.

Locais de atuação:
- empresas privadas;
- órgãos públicos;
- estabelecimentos financeiros;
- escritórios de consultoria, empresas de assessoramento;
- estabelecimento de ensino, instituto de pesquisa;
- etc.

4.8 Atividades do Engenheiro:


RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 Discrimina atividades das diferentes
modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA, usando
das atribuições que lhe conferem as letras "d" e "f", parágrafo único do artigo 27 da Lei nº
5.194, de 24 DEZ 1966,
CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº 5.194/66 refere-se às atividades profissionais
do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrônomo, em termos genéricos;
CONSIDERANDO a necessidade de discriminar atividades das diferentes modalidades
profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio,
para fins da fiscalização de seu exercício profissional, e atendendo ao disposto na alínea "b"
do artigo 6º e parágrafo único do artigo 84 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
RESOLVE: Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente
às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em
nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: Atividade 01 - Supervisão,
coordenação e orientação técnica; Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e
especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 04 -
Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 -
Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise,
experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 09 - Elaboração de
orçamento; Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 -
Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção; Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 -
Operação e manutenção de equipamento e instalação; Atividade 18 - Execução de desenho
técnico.
Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E
DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao
ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE
MECÂNICA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas;
equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de
transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus
serviços afins e correlatos.

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Art. 23 - Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR ou TECNÓLOGO: I - o


desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das
respectivas modalidades profissionais; II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º
desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I
deste artigo.
Art. 24 - Compete ao TÉCNICO DE GRAU MÉDIO: Confea – Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções I - o desempenho das
atividades 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas
modalidades profissionais; II - as relacionadas nos números 07 a 12 do artigo 1º desta
Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste
artigo.
Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe
competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso,
apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe
sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.
Parágrafo único - Serão discriminadas no registro profissional as atividades constantes
desta Resolução.
Art. 26 - Ao já diplomado aplicar-se-á um dos seguintes critérios:
I - àquele que estiver registrado, é reconhecida a competência concedida em seu
registro, salvo se as resultantes desta Resolução forem mais amplas, obedecido neste caso, o
disposto no artigo 25 desta Resolução.
II - àquele que ainda não estiver registrado, é reconhecida a competência resultante dos
critérios em vigor antes da vigência desta Resolução, com a ressalva do inciso I deste artigo.
Parágrafo único - Ao aluno matriculado até à data da presente Resolução, aplicarse-á,
quando diplomado, o critério do item II deste artigo.
Art. 27 - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 28 - Revogam-se as Resoluções de nº 4, 26, 30, 43, 49, 51, 53, 55, 56, 57, 58, 59,
67, 68, 71, 72, 74, 76, 78, 79, 80, 81, 82, 89, 95, 96, 108, 111, 113, 120, 121, 124, 130, 132,
135, 139, 145, 147, 157, 178, 184, 185, 186, 197, 199, 208 e 212 e as demais disposições em
contrário.
Rio de Janeiro, 29 JUN 1973.
Prof. FAUSTO AITA GAI Presidente
Engº.CLÓVIS GONÇALVES DOS SANTOS 1º Secretário
A Resolução a seguir está suspensa:
As atribuições do Engenheiro Mecânico e demais profissionais regulamentados pelo
sistema CONFEA/CREA, foram alteradas pela RESOLUÇÃO Nº 1.010 DE 22 DE AGOSTO
DE 2005.
 RESOLUÇÃO Nº 1.010 DE 22 DE AGOSTO DE 2005
Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades,
competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema
Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.
CAPÍTULO I
DAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS
Art. 2º Para efeito da fiscalização do exercício das profissões objeto desta Resolução,
são adotadas as seguintes definições:
I – atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades dentro do ordenamento
jurídico que rege a comunidade;
II - atribuição profissional: ato específico de consignar direitos e responsabilidades para
o exercício da profissão, em reconhecimento de competências e habilidades derivadas de
formação profissional obtida em cursos regulares;
III - título profissional: título atribuído pelo Sistema Confea/Crea a portador de diploma
expedido por instituições de ensino para egressos de cursos regulares, correlacionado com

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o(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional, em função do perfil de formação do


egresso, e do projeto pedagógico do curso;
IV - atividade profissional: ação característica da profissão, exercida regularmente;
V - campo de atuação profissional: área em que o profissional exerce sua profissão, em
função de competências adquiridas na sua formação;
 CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES PARA O DESEMPENHO DE ATIVIDADES
NO ÂMBITO DAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Art. 5º Para efeito de fiscalização do exercício profissional dos diplomados no âmbito das
profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, em todos os seus respectivos níveis de
formação, ficam designadas as seguintes atividades, que poderão ser atribuídas de forma
integral ou parcial, em seu conjunto ou separadamente, observadas as disposições gerais e
limitações estabelecidas nos arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução:
Atividade 01 - Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;
Atividade 02 - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;
Atividade 04 - Assistência, assessoria, consultoria;
Atividade 05 - Direção de obra ou serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria,
arbitragem;
Atividade 07 - Desempenho de cargo ou função técnica;
Atividade 08 - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação,
ensaio, divulgação técnica, extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração, controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra ou serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra ou serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de serviço técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
Atividade 17 – Operação, manutenção de equipamento ou instalação; e
Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

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Comparativo das Atividades antes e depois da RESOLUÇÃO Nº 1.010 DE 22 DE AGOSTO de 2005.

Resolução 218, de 29 de junho de 1973; RESOLUÇÃO Nº 1.010 DE 22 DE AGOSTO DE 2005


Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação Atividade 01 - Gestão, supervisão, coordenação, orientação
técnica; técnica;
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e Atividade 02 - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto,
especificação; especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica e
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; ambiental;
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; Atividade 04 - Assistência, assessoria, consultoria;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, Atividade 05 - Direção de obra ou serviço técnico;
laudo e parecer técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo,
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; parecer técnico, auditoria, arbitragem;
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, Atividade 07 - Desempenho de cargo ou função técnica;
experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 08 - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento,
Atividade 09 - Elaboração de orçamento; análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
qualidade; Atividade 10 - Padronização, mensuração, controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; Atividade 11 - Execução de obra ou serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra ou serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; Atividade 14 - Condução de serviço técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem,
montagem, operação, reparo ou manutenção; operação, reparo ou manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e Atividade 16 - Execução de instalação, montagem, operação,
reparo; reparo ou manutenção;
Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento Atividade 17 – Operação, manutenção de equipamento ou
e instalação; instalação; e
Atividade 18 - Execução de desenho técnico. Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

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A Resolução a seguir está em vigor:


RESOLUÇÃO N° 1.073, DE 19 DE abril DE 2016
Regulamenta a atribuição de títulos, atividades,
competências e campos de atuação profissionais
aos profissionais registrados no Sistema
Confea/Crea para efeito de fiscalização do
exercício profissional no âmbito da Engenharia e
da Agronomia.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA – Confea, no uso das
atribuições que lhe confere a alínea "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro
1966, e
Considerando a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das
profissões de engenheiro e de engenheiro agrônomo;
Considerando o disposto no art. 1º da Lei nº 5.194, de 1966, que caracteriza as
profissões do engenheiro e do engenheiro agrônomo pelas realizações de interesse
social e humano que importem na execução dos empreendimentos, de caráter técnico,
dispostos nas alíneas desse artigo;
Considerando o Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, que regula o exercício da
profissão agronômica;
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Considerando o Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o exercício


das profissões de engenheiro e de agrimensor;
Considerando o Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispõe sobre a
regulamentação do exercício das profissões de engenheiro e de agrimensor, regida pelo
Decreto nº 23.569, de 1933;
Considerando a Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962, que regula o exercício da
profissão de geólogo;
Considerando a Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispõe sobre a profissão
de técnico industrial e agrícola de nível médio;
Considerando a Lei nº 6.664, de 26 de junho de 1979, que disciplina a profissão de
geógrafo;
Considerando a Lei nº 6.835, de 14 de outubro de 1980, que dispõe sobre o exercício da
profissão de meteorologista;
Considerando o Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei nº
5.524, de 1968, modificado pelo Decreto nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002;
Considerando a Lei nº 7.270, de 10 de dezembro de 1984, que apresenta disposições
referentes ao exercício da atividade de perícia técnica;
Considerando a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a
especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho;
Considerando o Decreto nº 92.530, de 9 de abril de 1986, que regulamenta a Lei nº
7.410, de 1985;
Considerando a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional;
Considerando a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, e
Considerando o disposto na Constituição Federal, art. 5º, inciso XIII, que preconiza ser
“livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer”,
RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer normas para a atribuição de títulos, atividades, competências e
campos de atuação profissionais no âmbito das profissões que, por força de legislação
federal regulamentadora específica, forem fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea.
Capítulo I
DAS DEFINIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º Para efeito da fiscalização do exercício das profissões objeto desta Resolução
são adotadas as seguintes definições:
I – atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades dentro do
ordenamento jurídico que rege a sociedade;

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II – atribuição profissional: ato específico de consignar direitos e responsabilidades, na


defesa da sociedade, para o exercício da profissão de acordo com a formação
profissional obtida em cursos regulares, junto ao sistema oficial de ensino brasileiro;
III – título profissional: título constante da Tabela de Títulos do Confea, atribuído pelo
Crea ao portador de diploma de conclusão de cursos regulares, expedido por instituições
de ensino credenciadas, em conformidade com as diretrizes curriculares, o projeto
pedagógico do curso e o perfil de formação profissional, correspondente a um campo de
atuação profissional sob a fiscalização do Sistema Confea/Crea;
IV – atividade profissional: conjunto de práticas profissionais que visam à aquisição de
conhecimentos, capacidades, atitudes, inovação e formas de comportamentos exigidos
para o exercício das funções próprias de uma profissão regulamentada;
V – campo de atuação profissional: conjunto de habilidades e conhecimentos
adquiridos pelo profissional no decorrer de sua vida laboral em consequência da sua
formação profissional obtida em cursos regulares, junto ao sistema oficial de ensino
brasileiro;
VI – formação profissional: processo de aquisição de habilidades e conhecimentos
profissionais, mediante conclusão com aproveitamento e diplomação em curso regular,
junto ao sistema oficial de ensino brasileiro, visando ao exercício responsável da
profissão;
VII – competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos,
habilidades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos
profissionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade.
VIII - modalidade profissional: conjunto de campos de atuação profissional da
Engenharia correspondentes a formações básicas afins, estabelecido em termos
genéricos pelo Confea;
IX – categoria (ou grupo) profissional: cada uma das duas profissões regulamentadas na
Lei nº 5.194 de 1966;
X – curso regular: curso técnico ou de graduação ou de bacharelado reconhecido pelo
sistema oficial de ensino brasileiro, curso de especialização oficialmente autorizado e
credenciado pelo sistema oficial de ensino brasileiro e curso de pós-graduação lato
sensu e stricto sensu considerado válido, em consonância com as disposições legais
que disciplinam o sistema oficial de ensino brasileiro; e
XI – suplementação curricular: conjunto de componentes curriculares integrantes de
cursos de formação ou de graduação regulares, em consonância com as disposições
legais que disciplinam o sistema oficial de ensino brasileiro.
Art. 3º Para efeito da atribuição de atividades, de competências e de campos de atuação
profissionais para os diplomados no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema
Confea/Crea, consideram-se os níveis de formação profissional, a saber:
I – formação de técnico de nível médio;
II – especialização para técnico de nível médio;
III – superior de graduação tecnológica;
IV – superior de graduação plena ou bacharelado;
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V – pós-graduação lato sensu (especialização);


VI – pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado); e
VII – sequencial de formação específica por campo de saber.
§ 1º Os cursos regulares de formação profissional nos níveis discriminados nos incisos
deste artigo deverão ser registrados e cadastrados nos Creas para efeito de atribuições,
títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais.
§ 2º Os níveis de formação profissional discriminados nos incisos I, III e IV habilitam o
diplomado, em cursos reconhecidos pelo sistema oficial de ensino brasileiro, ao registro
profissional no Crea na forma estabelecida nos normativos do Confea que regulam o
assunto.
§ 3º Os níveis de formação de que tratam os incisos II, V, VI e VII possibilitam ao
profissional já registrado no Crea, diplomado em cursos regulares e com carga horária
que atenda os requisitos estabelecidos pelo sistema oficial de ensino brasileiro, a
requerer extensão de atribuições iniciais de atividades e campos de atuação
profissionais na forma estabelecida nesta resolução.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
Seção I
Atribuição de título profissional
Art. 4º O título profissional será atribuído pelo Crea, mediante análise do currículo
escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional, nos níveis
discriminados nos incisos I, III e IV do art. 3º, obtida por diplomação em curso
reconhecido pelo sistema oficial de ensino brasileiro, no âmbito das profissões
fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea.
Parágrafo único. O título profissional a ser atribuído em conformidade com o caput deste
artigo deverá constar da Tabela de Títulos do Confea.
Seção II
Atribuição inicial de atividades profissionais
Art. 5º Aos profissionais registrados nos Creas são atribuídas as atividades profissionais
estipuladas nas leis e nos decretos regulamentadores das respectivas profissões,
acrescidas das atividades profissionais previstas nas resoluções do Confea, em vigor,
que dispõem sobre o assunto.
§ 1º Para efeito de fiscalização do exercício profissional dos profissionais registrados nos
Creas, ficam designadas as seguintes atividades profissionais:
Atividade 01 – Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica.
Atividade 02 – Coleta de dados, estudo, planejamento, anteprojeto, projeto,
detalhamento, dimensionamento e especificação.
Atividade 03 – Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental.

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Atividade 04 – Assistência, assessoria, consultoria.


Atividade 05 – Direção de obra ou serviço técnico.
Atividade 06 – Vistoria, perícia, inspeção, avaliação, monitoramento, laudo, parecer
técnico, auditoria, arbitragem.
Atividade 07 – Desempenho de cargo ou função técnica.
Atividade 08 – Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise,
experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão.
Atividade 09 – Elaboração de orçamento.
Atividade 10 – Padronização, mensuração, controle de qualidade.
Atividade 11 – Execução de obra ou serviço técnico.
Atividade 12 – Fiscalização de obra ou serviço técnico.
Atividade 13 – Produção técnica e especializada.
Atividade 14 – Condução de serviço técnico.
Atividade 15 – Condução de equipe de produção, fabricação, instalação, montagem,
operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção.
Atividade 16 – Execução de produção, fabricação, instalação, montagem, operação,
reforma, restauração, reparo ou manutenção.
Atividade 17 – Operação, manutenção de equipamento ou instalação.
Atividade 18 – Execução de desenho técnico.
§ 2º As atividades profissionais designadas no § 1º poderão ser atribuídas de forma
integral ou parcial, em seu conjunto ou separadamente, mediante análise do currículo
escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional, observado o
disposto nas leis, nos decretos e nos normativos do Confea, em vigor, que tratam do
assunto.
§ 3º As definições das atividades designadas neste artigo encontram-se no glossário
constante do Anexo I desta Resolução.
Seção III
Atribuição inicial de campo de atuação profissional
Art. 6º A atribuição inicial de campo de atuação profissional se dá a partir do contido nas
leis e nos decretos regulamentadores das respectivas profissões, acrescida do previsto
nos normativos do Confea, em vigor, que tratam do assunto.
§ 1º As profissões que não têm atribuições regulamentadas em legislação específica
terão suas atribuições mínimas definidas nos normativos do Confea, em vigor, que
tratam do assunto.
§ 2º As eventuais atribuições adicionais obtidas na formação inicial e não previstas no
caput e no § 1º deste artigo serão objeto de requerimento do profissional e decorrerão

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de análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do


profissional, a ser realizada pelas câmaras especializadas competentes envolvidas.
Seção IV
Extensão das atribuições profissionais
Art. 7º A extensão da atribuição inicial de atividades, de competências e de campo de
atuação profissional no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea
será concedida pelo Crea aos profissionais registrados adimplentes, mediante análise do
projeto pedagógico de curso comprovadamente regular, junto ao sistema oficial de
ensino brasileiro, nos níveis de formação profissional discriminados no art. 3º, cursados
com aproveitamento, e por suplementação curricular comprovadamente regular,
dependendo de decisão favorável das câmaras especializadas pertinentes à atribuição
requerida.
§ 1º A concessão da extensão da atribuição inicial de atividades e de campo de atuação
profissional no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea será em
conformidade com a análise efetuada pelas câmaras especializadas competentes do
Crea da circunscrição na qual se encontra estabelecida a instituição de ensino ou a sede
do campus avançado, conforme o caso.
§ 2º A extensão de atribuição é permitida entre modalidades do mesmo grupo
profissional.
§ 3º A extensão de atribuição de um grupo profissional para o outro é permitida somente
no caso dos cursos stricto sensu previstos no inciso VI do art. 3º, devidamente
reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -
CAPES e registrados e cadastrados nos Creas.
§ 4º Os cursos previstos no parágrafo anterior quando realizados no exterior deverão ser
revalidados na forma da legislação em vigor.
§ 5º No caso de não haver câmara especializada relativa ao campo de atuação
profissional do interessado ou câmara especializada compatível à extensão de atribuição
de campo de atuação profissional pretendida pelo interessado, a decisão caberá ao
Plenário do Crea, embasada em relatório fundamentado da Comissão de Educação e
Atribuição Profissional do Crea, quando houver, ou em relatório e voto fundamentado de
conselheiro representante de instituição de ensino da modalidade.
§ 6º Em todos os casos, será exigida a prévia comprovação do cumprimento das
exigências estabelecidas pelo sistema oficial de ensino brasileiro para a validade e a
regularidade dos respectivos cursos, bem como o cadastro da respectiva instituição de
ensino e dos seus cursos no Sistema Confea/Crea.
§ 7º É vedada a alteração do título profissional inicial em função exclusivamente de
extensão de atribuição.
CAPÍTULO III
DO REGISTRO E DAS ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
Art. 8º Os profissionais habilitados só poderão exercer a profissão após o registro no
Conselho Regional da circunscrição onde se encontrar o local de sua atividade.

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Parágrafo único. A atribuição inicial de títulos, atividades, competências e campos de


atuação profissionais, bem como a extensão de atribuições, para os diplomados nos
respectivos níveis de formação abrangidos pelas diferentes profissões fiscalizadas pelo
Sistema Confea/Crea será efetuada pelo Crea estritamente em conformidade com a
análise do Crea da circunscrição na qual se encontra estabelecida a instituição de
ensino ou a sede do campus avançado, conforme o caso, incluindo o respectivo registro
no Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.
Art. 9° O Crea deverá anotar as características da formação do profissional, com a
correspondente atribuição inicial de título, atividades e campos de atuação para o
exercício profissional, levando em consideração as disposições dos artigos anteriores.
CAPITULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. Para efeito da aplicação desta resolução, adotar-se-ão os seguintes critérios:
I – ao profissional que estiver registrado será permitida a extensão da atribuição inicial
de atividades e campos de atuação profissionais, em conformidade com o estabelecido
no art. 7º e seus parágrafos desta resolução;
II – ao aluno matriculado em curso técnico ou de graduação comprovadamente regular
antes da vigência desta resolução é permitida a opção pelo registro em conformidade
com as disposições então vigentes;
III – ao egresso de curso técnico ou de graduação matriculado a partir da vigência desta
resolução serão atribuídos título, atividades e campo de atuação profissionais em
conformidade com os critérios estabelecidos nos artigos 4º, 5º e 6º e seus parágrafos,
sendo-lhe permitida a extensão dessa atribuição inicial em conformidade com o
estabelecido no art. 7º e seus parágrafos, desta resolução; e
IV – ao profissional que ainda não estiver registrado, incluindo o diplomado no exterior,
serão atribuídos título, atividades e campo de atuação profissionais, em conformidade
com os critérios estabelecidos nos artigos 4º, 5º e 6º e seus parágrafos, sendo-lhe
permitida a extensão dessa atribuição inicial em conformidade com o estabelecido no
art. 7º e seus parágrafos, desta resolução.
Art. 11. A partir da vigência desta resolução, os Creas deverão registrar, no cadastro do
SIC:
I – do profissional engenheiro já registrado no Crea, com atribuições iniciais constantes
das resoluções do Confea, em vigor, o acréscimo das atribuições do art. 7º da Lei nº
5.194, de 1966, e dos artigos específicos de sua profissão constantes do Decreto nº
23.569, de 1933, mediante análise curricular;
II – do profissional engenheiro-agrônomo já registrado no Crea com atribuições iniciais
constantes das resoluções do Confea, em vigor, o acréscimo das atribuições do art. 7º
da Lei nº 5.194, de 1966, e do Decreto nº 23.196, de 1933, mediante análise curricular; e
III – dos demais profissionais já registrados no Crea, as atribuições constantes das leis,
dos decretos regulamentadores das respectivas profissões ou dos artigos específicos de
suas profissões constantes das resoluções do Confea, conforme o caso.

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Parágrafo único. O registro no cadastro do SIC das situações previstas nos incisos I, II e
III acima deverá ser solicitado mediante requerimento do profissional interessado dirigido
ao Presidente do Crea no qual foi registrado.
Art. 12. Os procedimentos para cadastramento de instituição de ensino e de cursos para
atendimento dos arts. 10 e 11 da Lei nº 5.194, de 1966, assim como o regulamento das
Comissões de Educação e Atribuição Profissional dos Creas estão dispostos no Anexo II
desta resolução.
Art. 13. As dúvidas levantadas no âmbito dos Creas relativos a atribuições de títulos,
atividades, competências e campos de atuação profissionais serão analisados e
decididos pelo Confea, em conformidade com o disposto no parágrafo único do art. 27
da Lei nº 5.194, de 1966.
Art. 14. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da
União – DOU.
Brasília, 19 de abril de 2016.
Eng. Civ. José Tadeu da Silva
Presidente
Publicada no D.O.U, de 22 de abril de 2016 – Seção 1, págs. 245 a 249
Retificada no D.O.U, de 3 de maio de 2016 – Seção 1, pág. 84 - Na primeira linha do
formulário A – Cadastramento de Instituição de Ensino e na primeira linha do formulário
B – Cadastramento dos Cursos da Instituição de Ensino, onde se lê: “Resolução nº
X.XXX, de XX de mmmm de aaaa,”. Leia-se: “Resolução nº 1.073, de 19 de abril de
2016,”.
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA – CONFEA
ANEXO I - GLOSSÁRIO
Este glossário é de natureza específica, não devendo prevalecer entendimentos
distintos dos termos nele apresentados, embora aplicáveis em outros contextos.
Anteprojeto – atividade que envolve a materialização do esboço preliminar de
um projeto.
Análise – atividade que envolve a determinação das partes constituintes de um
todo, buscando conhecer sua natureza ou avaliar seus aspectos técnicos.
Arbitragem – atividade que constitui um método alternativo para solucionar
conflitos a partir de decisão proferida por árbitro escolhido entre profissionais da
confiança das partes envolvidas, versados na matéria objeto da controvérsia.
Assessoria – atividade que envolve a prestação de serviços por profissional que
detém conhecimento especializado em determinado campo profissional, visando ao
auxílio técnico do profissional responsável pela execução de obra ou serviço. (NR)
Assistência – atividade que envolve a prestação de serviços em geral, por
profissional que detém conhecimento especializado em determinado campo de
atuação profissional, visando a suprir necessidades técnicas da execução de obra ou
serviço. (NR)
Auditoria – atividade que envolve o exame e a verificação de obediência a condições
formais estabelecidas para o controle de processos e a lisura de procedimentos.
Avaliação – atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo
ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento.
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Coleta de dados – atividade que consiste em reunir, de maneira consistente, dados


de interesse para o desempenho de tarefas de estudo, planejamento, pesquisa,
desenvolvimento, experimentação, ensaio, e outras afins.
Condução – atividade de comandar a execução, realizada por outros
responsáveis técnicos, do que foi previamente determinado. (NR)
Consultoria – atividade de prestação de serviços de aconselhamento, mediante
exame de questões específicas, e elaboração de parecer ou trabalho técnico
pertinente, devidamente fundamentado, com a finalidade de subsidiar a ação do
responsável técnico pela execução de obra ou serviço. (NR)
Controle de qualidade – atividade de fiscalização exercida sobre o processo
produtivo visando a garantir a obediência a normas e padrões previamente
estabelecidos, obter elementos para a aceitação ou rejeição do produto, bem como
corrigir eventuais desvios de especificação.
Coordenação – atividade exercida no sentido de garantir a execução da obra ou
serviço pelo responsável técnico segundo determinada ordem e método previamente
estabelecidos.
Desempenho de cargo ou função técnica – atividade exercida de forma continuada,
no âmbito da profissão, em decorrência de ato de nomeação, designação ou contrato
de trabalho.
Desenvolvimento – atividade que leva à consecução de modelos ou protótipos,
ou ao aperfeiçoamento de dispositivos, equipamentos, bens ou serviços, a partir de
conhecimentos obtidos através da pesquisa científica ou tecnológica.
Dimensionamento – atividade que implica calcular ou preestabelecer as dimensões
ou proporções de uma obra ou serviço.
Direção – atividade técnica de determinar, comandar e essencialmente decidir
durante a consecução de obra ou serviço.
Detalhamento – atividade que implica a representação de formas sobre uma
superfície, desenvolvendo o projeto de detalhes necessários à materialização de
partes de um projeto, o qual já definiu as características gerais da obra ou serviço.
Divulgação técnica – atividade de difundir, propagar ou publicar matéria de conteúdo
técnico.
Elaboração de orçamento – atividade realizada com antecedência, que envolve o
levantamento de custos, de forma sistematizada, de todos os elementos inerentes à
execução de determinado empreendimento.
Ensaio – atividade que envolve o estudo ou a investigação sumária de aspectos
técnicos ou científicos de determinado assunto.
Ensino – atividade cuja finalidade consiste na transmissão de conhecimento de
maneira formal.
Equipamento – instrumento, máquina ou conjunto de dispositivos operacionais
necessário para a execução de atividade ou operação determinada.
Especificação – atividade que envolve a fixação das características, condições
ou requisitos relativos a materiais, equipamentos, instalações ou técnicas de
execução a serem empregados em obra ou serviço técnico.
Estudo – atividade que envolve simultaneamente o levantamento, a coleta, a
observação, o tratamento e a análise de dados de natureza diversa, necessários à
execução de obra ou serviço técnico, ou ao desenvolvimento de métodos ou
processos de produção, ou à determinação preliminar de características gerais ou de
viabilidade técnica, econômica ou ambiental.

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Execução – atividade em que o profissional, por conta própria ou a serviço de


terceiros, realiza trabalho técnico ou científico visando à materialização do que é
previsto nos projetos de um serviço ou obra.
Execução de desenho técnico – atividade que implica a representação gráfica
por meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico.
Experimentação – atividade que consiste em observar manifestações de um
determinado fato, processo ou fenômeno, sob condições previamente estabelecida
s, coletando dados e analisando-os com vistas à obtenção de conclusões.
Extensão – atividade que envolve a transmissão de conhecimentos técnicos
pela utilização de sistemas informais de aprendizado.
Fabricação – atividade que envolve a transformação de matérias - primas em
produtos.
Fiscalização – atividade que envolve a inspeção e o controle técnicos
sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua
execução por um responsável técnico obedecendo ao projeto, às especificações e
aos prazos estabelecidos.
Gestão – conjunto de atividades que englobam o gerenciamento da concepção, da
elaboração, do projeto, da execução, da avaliação, da implementação, do
aperfeiçoamento e da manutenção de bens e serviços e de seus processos de
obtenção.
Inspeção – atividade que envolve vistorias, exames ou avaliações das condições
técnicas, de uso e de manutenção do objeto inspecionado, visando a orientar a
manutenção e corrigir as anomalias e falhas da mesma.
Instalação – atividade de dispor ou conectar convenientemente conjunto de
dispositivos necessários a determinada obra ou serviço técnico, em conformidade
com instruções determinadas.
Laudo – peça na qual, com fundamentação técnica, o profissional habilitado,
como perito, relata o que observou e apresenta as suas conclusões ou avalia o valor
de bens, direitos ou empreendimento.
Manutenção – atividade que implica conservar aparelhos, máquinas, equipamentos e
instalações em bom estado de conservação e operação.
Mensuração – atividade que envolve a apuração de aspectos quantitativos de
determinado fenômeno, produto, obra ou serviço técnico, num determinado período
de tempo.
Montagem – operação que consiste na reunião de componentes, peças, partes ou
produtos que resulte em dispositivo, produto ou unidade autônoma que venha a
tornar-se operacional, preenchendo a sua função.
Monitoramento – atividade de examinar, acompanhar, avaliar e verificar a obediência
a condições previamente estabelecidas para a perfeita execução ou operação de
obra ou serviço executado por um responsável técnico.
Normalização – ver “Padronização”.
Obra – resultado da execução, da operacionalização de projeto ou do planejamento
elaborado visando à consecução de determinados objetivos.
Operação – atividade que implica fazer funcionar ou acompanhar o funcionamento
de instalações, equipamentos ou mecanismos para produzir determinados efeitos ou
produtos.
Orientação técnica – atividade de acompanhar o desenvolvimento de uma obra ou
serviço, segundo normas específicas, visando a fazer cumprir o respectivo projeto
ou planejamento.
Padronização – atividade que envolve a determinação ou o estabelecimento de
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características ou parâmetros, visando à uniformização de processos ou produtos.


Seção III
Da Apreciação do Cadastramento no Sistema Confea/Crea
Art. 5º Apresentados os Formulários A e B, devidamente instruídos pela CEAP do
Crea, quando houver, o processo de cadastramento da instituição de ensino e dos
respectivos cursos será encaminhado às câmaras especializadas competentes para
apreciação.
§ 1º O cadastramento institucional será efetivado após instrução pela CEAP do
Crea, quando houver, sua apreciação pelas câmaras especializadas competentes e
sua aprovação pelo plenário do Crea, mediante a atualização das informações
referentes à instituição de ensino e aos seus cursos regulares junto ao sistema oficial
de ensino brasileiro no Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.
§ 2º No caso de cadastramento de instituição de ensino e de seus respectivos
cursos, será necessária a instrução da CEAP do Regional, quando houver, a
apreciação de pelo menos uma câmara especializada referente a um dos cursos
ofertados, a critério do Crea, e a apreciação de seu Plenário.
§ 3º Semestralmente, o Crea deverá encaminhar ao Confea, por meio eletrônico,
a relação das instituições de ensino e cursos cadastrados que atenderam ao
normativamente disposto, conforme planilha ou sistema eletrônico disponibilizados
pelo Confea.
§ 4º Caso a instituição ou curso cadastrado seja descredenciado pela autoridade
competente de ensino, o Crea deverá tomar providências para cancelar o respectivo
cadastro.
§ 5º No caso de indeferimento pelo Crea do cadastro da instituição de ensino ou
dos cursos regulares de que trata este regimento, a instituição de ensino interessada
poderá interpor recurso administrativo ao Plenário do Confea.
CAPÍTULO II
DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL
Art. 6º O plenário do Crea pode instituir, para auxiliar as câmaras especializadas,
uma comissão permanente denominada Comissão de Educação e Atribuição
Profissional – CEAP com a finalidade de instruir os processos de registro profissional
e de instituição de ensino e de curso a serem encaminhados às câmaras
especializadas.
§ 1º A Comissão de Educação e Atribuição Profissional deve ser composta no
mínimo por três membros conselheiros regionais de categorias, modalidades e
campos de atuação profissional distintas com representação no Crea.
§ 2º Os integrantes da Comissão de Educação e Atribuição Profissional e os
respectivos suplentes, escolhidos entre os conselheiros regionais titulares,
preferencialmente oriundos de representações de instituição de ensino, são eleitos
pelo Plenário do Crea.
Art. 7º Caso o Crea não possua conselheiro regional de determinada categoria,
modalidade ou campo de atuação cujos conhecimentos sejam essenciais à análise
de determinado processo de registro profissional ou de cadastramento, a Comissão
de Educação e Atribuição Profissional pode ser assessorada por profissional “ad hoc”
com reconhecida capacidade ou por especialista indicado por entidade de classe
regional ou nacional, desde que registrado no Sistema Confea/Crea, na condição de
convidado, ou mesmo solicitar auxílio à CEAP do Confea.
Art. 8º Compete à Comissão de Educação e Atribuição Profissional, em relação
aos procedimentos estabelecidos neste Regulamento:
I – instruir os processos de registro profissional de acordo com os critérios e os
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procedimentos estabelecidos neste Regulamento, elaborando a análise do projeto


pedagógico do curso do egresso;
II – instruir os processos de cadastramento de instituição de ensino e de seus
cursos regulares, de acordo com os critérios e os procedimentos estabelecidos neste
Regulamento, determinando a realização de diligências necessárias; e
III – elaborar seu regulamento, a ser encaminhado ao Plenário do Crea para
aprovação.
Art. 9º A Comissão de Educação e Atribuição Profissional manifesta-se sobre
assuntos de sua competência mediante ato administrativo da espécie relatório
fundamentado.
Parágrafo único. O relatório fundamentado deve ser encaminhado para
apreciação das câmaras especializadas correspondentes aos campos de atuação
profissional relacionados ao projeto pedagógico do curso.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. O Confea realizará periodicamente auditorias nos Creas, com o objetivo
de verificar a adoção dos critérios e dos procedimentos estabelecidos neste
Regulamento.
Art. 11. Os casos omissos serão dirimidos pelo Plenário do Confea, após
manifestação da comissão permanente do Confea responsável pela atribuição de
títulos, atividades e campos de atuação profissionais.

Fim da Resolução

O Engenheiro e o Técnico
Engenheiro
Função da Escola não é apenas informativa e sim formativa.
Condições de dominar grande parte dos conhecimentos técnicos em poucos anos,
devido ao embasamento teórico e aos conhecimentos recebidos.
Técnico
Trabalham sob supervisão do engenheiro, e tem a responsabilidade de atuar
diretamente na implantação das novas tecnologias dentro do parque industrial.

4.9 Qualidades do Profissional


Conhecimentos Objetivos
Leis da mecânica, Estrutura da matéria, conversão de energia, ciências físicas,
etc..
Relações Humanas
Administrar pessoal, relacionamento com pessoal e a sociedade.
Experimentação
Verificação de resultados em laboratórios, analisar fontes de erros, uso de técnicas
estatísticas.
Comunicação
Seminários, congressos, relatórios, concursos públicos, debates, mesas redondas,
etc.
Trabalho em Grupo
Uma tarefa quando desenvolvida por vários profissionais de uma área, ou áreas de
formação diferentes, exige trabalho em grupo.
Prepotência e arrogância levam a colisão pessoal.
Aperfeiçoamento Pessoal
Aprendizado Contínuo
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Cursos de Especialização, Mestrado, Doutorado

4.10 Ética Profissional


A Engenharia pode modificar o meio ambiente, hábitos e a qualidade de vida das
pessoas. Quais são os deveres, direitos, atribuições técnicas?
A ética deve ser a base sobre a qual é estabelecido o comportamento do
profissional perante a sociedade.
Do ponto de vista ético não se pode ver a profissão apenas como um meio de
satisfação e de interesse pessoal.
O bom trabalho do engenheiro trás bons resultados para a sociedade.
Novo Código de Ética Profissional

As Entidades Nacionais representativas


dos profissionais da Engenharia, da
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia,
da Geografia e da Meteorologia pactuam
e proclamam o presente
Código de Ética Profissional.
Brasília, 06 de novembro de 2002
1 - Preâmbulo

Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas


necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da
Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres
correlatos de seus profissionais.

Art. 2º - Os preceitos deste Código de Ética Profissional têm alcance sobre os


profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de formação, modalidades ou
especializações.

Art. 3º - As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer, em


consonância com este Código de Ética Profissional, preceitos próprios de conduta
atinentes às suas peculiaridades e especificidades.

2 - Da identidade das profissões e dos profissionais

Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber científico e
tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e pelos resultados
sociais, econômicos e ambientais do trabalho que realizam.

Art. 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas profissões e


os sujeitos pró-ativos do desenvolvimento.

Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e
o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como
indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas suas raízes
históricas, nas gerações atual e futura.

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Art. 7o - As entidades, instituições e conselhos integrantes da organização profissional


são igualmente permeados pelos preceitos éticos das profissões e participantes
solidários em sua permanente construção, adoção, divulgação, preservação e aplicação.

3 - Dos princípios éticos

Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o
profissional deve pautar sua conduta:

Do objetivo da profissão
I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de exercê-
la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser
humano, de seu ambiente e de seus valores;

Da natureza da profissão
II - A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente pelos
conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se pela
prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem;

Da honradez da profissão
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e
cidadã;

Da eficácia profissional
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os
resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a
segurança nos seus procedimentos;

Do relacionamento profissional
V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com espírito
progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários,
beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os
profissionais e com lealdade na competição;

Da intervenção profissional sobre o meio


VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na
intervenção sobre os ambientes natural e construído e da incolumidade das pessoas, de
seus bens e de seus valores;

Da liberdade e segurança profissionais

VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua prática
de interesse coletivo.

4 - Dos deveres

Art. 9º - No exercício da profissão são deveres do profissional:

I - ante ao ser humano e a seus valores:


a. oferecer seu saber para o bem da humanidade;
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b. harmonizar os interesses pessoais aos coletivos;


c. contribuir para a preservação da incolumidade pública;
d. divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes à profissão;

II - Ante à profissão:
a. identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;
b. conservar e desenvolver a cultura da profissão;
c. preservar o bom conceito e o apreço social da profissão;
d. desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de sua
capacidade pessoal de realização;
e. empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido da consolidação da
cidadania e da solidariedade profissional e da coibição das transgressões éticas;

III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:


a. dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da eqüidade;
b. resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou empregador,
salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da informação;
c. fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e propaganda pessoal;
d. atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais;
e. considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-lhe, sempre
que possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas em suas propostas;
f. alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas e às
conseqüências presumíveis de sua inobservância;
g. adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às normas
vigentes aplicáveis;

IV - Nas relações com os demais profissionais:


a. atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da igualdade de
condições;
b. manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exercício da profissão;
c. preservar e defender os direitos profissionais;

V - Ante ao meio:
a. orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do desenvolvimento
sustentável;
b. atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação de novos
produtos, aos princípios e recomendações de conservação de energia e de minimização
dos impactos ambientais;
c. considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e disposições
concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios sócio-cultural e
ambiental.

5 - Das condutas vedadas

Art. 10 - No exercício da profissão são condutas vedadas ao profissional:I - ante ao ser


humano e a seus valores:

I - Ante o ser humano e seus valores:


a. descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício;
b. usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de forma abusiva,
para fins discriminatórios ou para auferir vantagens pessoais;

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c. prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional


que possa resultar em dano às pessoas ou a seus bens patrimoniais;

II - Ante à profissão:
a. aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os quais não tenha efetiva
qualificação;
b. utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de direito profissional;
c. omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional;

III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:


a. formular proposta de salários inferiores ao mínimo profissional legal;
b. apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou desrespeitando
tabelas de honorários mínimos aplicáveis;
c. usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de vantagens indevidas,
ganhos marginais ou conquista de contratos;
d. usar de artifícios ou expedientes enganosos que impeçam o legítimo acesso dos
colaboradores às devidas promoções ou ao desenvolvimento profissional;
e. descuidar com as medidas de segurança e saúde do trabalho sob sua coordenação;
f. suspender serviços contratados, de forma injustificada e sem prévia comunicação;
g. impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer pressão psicológica ou assédio moral
sobre os colaboradores;

IV - Nas relações com os demais profissionais:


a. intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorização de seu titular, salvo
no exercício do dever legal;
b. referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profissão;
c. agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou profissão;
d. atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de outro
profissional;

V - Ante ao meio:
a. prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional
que possa resultar em dano ao ambiente natural, à saúde humana ou ao patrimônio
cultural.

6 - Dos direitos

Art.º 11 - São reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes às profissões, suas


modalidades e especializações, destacadamente:
a. à livre associação e organização em corporações profissionais;
b. ao gozo da exclusividade do exercício profissional;
c. ao reconhecimento legal;
d. à representação institucional.

Art.º 12 - São reconhecidos os direitos individuais universais inerentes aos profissionais,


facultados para o pleno exercício de sua profissão, destacadamente:
a. à liberdade de escolha de especialização;
b. à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão;
c. ao uso do título profissional;
d. à exclusividade do ato de ofício a que se dedicar;
e. à justa remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus de
complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por sua tarefa;
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f. ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes e seguros;


g. à recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa quando
julgar incompatível com sua titulação, capacidade ou dignidade pessoais;
h. à proteção do seu título, de seus contratos e de seu trabalho;
i. à proteção da propriedade intelectual sobre sua criação;
j. à competição honesta no mercado de trabalho;
k. à liberdade de associar-se a corporações profissionais;
l. à propriedade de seu acervo técnico profissional.

7 - Da infração ética
Art. 13 - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atente contra
os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas expressamente
vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.

Art.14 - A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será


estabelecida, a partir das disposições deste Código de Ética Profissional, na forma que a
lei determinar.
➢ ***************Fim do código de Ética*******************

4.11 Competências do engenheiro.


Algumas das competências do Engenheiro são projetar, executar, administrar,
verificar, fiscalizar e pesquisar trabalhos como:
- hidroelétrica - barragem, geração e distribuição de energia, etc;
- automóvel - direção, freio, motor, chassi, perfil aerodinâmico, etc;
- jato comercial - sistemas de navegação e propulsão, trem de pouso, etc;
- planta química - reatores, sistema de distribuição de produtos, vasos de
pressão, torre de fracionamento, etc;
- prédio residencial - fundações, estrutura, efeito de ventos, etc;
- aeroporto - pista de pouso, torre de observação, hangar, etc;
- obras de saneamento - barragens, captação, tratamento e distribuição de água,
retificação de canais, etc..
É impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos estes assuntos, numa
profundidade tal que a permita trabalhar com desenvoltura em todos eles, por isso a
Engenharia é dividida em áreas de atuação e cursos compostos de currículos
específicos.

4.12 Processo de formação do engenheiro


Diretrizes curriculares
Currículo é o conjunto de disciplinas e outras atividades que integram o curso.
Disciplina é uma unidade de formação expressa por um programa de ensino, que
compreende estudos de uma ou mais áreas de conhecimento a ser desenvolvida em
período letivo.

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CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO


CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
Diário Oficial da União
Publicado em: 26/04/2019 | Edição: 80 | Seção: 1 | Página: 43
Órgão: Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 24 DE ABRIL DE 2019
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia.
O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas
atribuições legais, com fundamento no art. 9º, § 2º, alínea "e", da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro
de 1961, com a redação dada pela Lei nº 9.131, de 25 de novembro de 1995, e nas Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCNs), elaboradas pela Comissão das Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Engenharia (DCNs de Engenharia), propostas ao CNE/CES pela
Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação
(SERES/MEC), e com fundamento no Parecer CNE/CES nº 1/2019, homologado por Despacho do
Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 23 de abril de 2019, resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação
em Engenharia (DCNs de Engenharia), que devem ser observadas pelas Instituições de Educação
Superior (IES) na organização, no desenvolvimento e na avaliação do curso de Engenharia no
âmbito dos Sistemas de Educação Superior do país.
Art. 2º As DCNs de Engenharia definem os princípios, os fundamentos, as condições e as
finalidades, estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação
(CES/CNE), para aplicação, em âmbito nacional, na organização, no desenvolvimento e na
avaliação do curso de graduação em Engenharia das Instituições de Educação Superior (IES).
CAPÍTULO II
DO PERFIL E COMPETÊNCIAS ESPERADAS DO EGRESSO
Art. 3º O perfil do egresso do curso de graduação em Engenharia deve compreender, entre
outras, as seguintes características:
I - ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com
forte formação técnica;
II - estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação
inovadora e empreendedora;
III - ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de
forma criativa, os problemas de Engenharia;
IV - adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática;
V - considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de
segurança e saúde no trabalho;

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VI - atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o


desenvolvimento sustentável.
Art. 4º O curso de graduação em Engenharia deve proporcionar aos seus egressos, ao longo
da formação, as seguintes competências gerais:
I - formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os
usuários dessas soluções e seu contexto:
a) ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise
das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e
econômicos;
b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário
e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas;
II - analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos,
físicos e outros, verificados e validados por experimentação:
a) ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as
ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras.
b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos;
c) conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos
e sistemas em estudo.
d) verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou
processos:
a) ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e
economicamente, nos contextos em que serão aplicadas;
b) projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de
Engenharia;
c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e
serviços de Engenharia;
IV - implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia:
a) ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e
coordenar a implantação das soluções de Engenharia.
b) estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito
aos materiais e à informação;
c) desenvolver sensibilidade global nas organizações;
d) projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os
problemas;
e) realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos
contextos social, legal, econômico e ambiental;

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V - comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica:


a) ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do
Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias
disponíveis;
VI - trabalhar e liderar equipes multidisciplinares:
a) ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes
presenciais ou a distância, de modo que facilite a construção coletiva;
b) atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto
localmente quanto em rede;
c) gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e
construindo o consenso nos grupos;
d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos
os contextos em que atua (globais/locais);
e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de
finanças, de pessoal e de mercado;
VII - conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício
da profissão:
a) ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar
os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente.
b) atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para
que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; e
VIII - aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos,
atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação:
a) ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem
contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias.
b) aprender a aprender.
Parágrafo único. Além das competências gerais, devem ser agregadas as competências
específicas de acordo com a habilitação ou com a ênfase do curso.
Art. 5º O desenvolvimento do perfil e das competências, estabelecidas para o egresso do curso de
graduação em Engenharia, visam à atuação em campos da área e correlatos, em conformidade com
o estabelecido no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), podendo compreender uma ou mais das
seguintes áreas de atuação:
I - atuação em todo o ciclo de vida e contexto do projeto de produtos (bens e serviços) e de seus
componentes, sistemas e processos produtivos, inclusive inovando-os;
II - atuação em todo o ciclo de vida e contexto de empreendimentos, inclusive na sua gestão e
manutenção; e
III - atuação na formação e atualização de futuros engenheiros e profissionais envolvidos em
projetos de produtos (bens e serviços) e empreendimentos.
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CAPITULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
Art. 6º O curso de graduação em Engenharia deve possuir Projeto Pedagógico do Curso (PPC) que
contemple o conjunto das atividades de aprendizagem e assegure o desenvolvimento das
competências, estabelecidas no perfil do egresso. Os projetos pedagógicos dos cursos de
graduação em Engenharia devem especificar e descrever claramente:
I - o perfil do egresso e a descrição das competências que devem ser desenvolvidas, tanto as
de caráter geral como as específicas, considerando a habilitação do curso;
II - o regime acadêmico de oferta e a duração do curso;
III - as principais atividades de ensino-aprendizagem, e os respectivos conteúdos, sejam elas
de natureza básica, específica, de pesquisa e de extensão, incluindo aquelas de natureza
prática, entre outras, necessárias ao desenvolvimento de cada uma das competências
estabelecidas para o egresso;
IV - as atividades complementares que se alinhem ao perfil do egresso e às competências
estabelecidas;
V - o Projeto Final de Curso, como componente curricular obrigatório;
VI - o Estágio Curricular Supervisionado, como componente curricular obrigatório;
VII - a sistemática de avaliação das atividades realizadas pelos estudantes;
VIII - o processo de autoavaliação e gestão de aprendizagem do curso que contemple os
instrumentos de avaliação das competências desenvolvidas, e respectivos conteúdos, o
processo de diagnóstico e a elaboração dos planos de ação para a melhoria da aprendizagem,
especificando as responsabilidades e a governança do processo;
§ 1º É obrigatória a existência das atividades de laboratório, tanto as necessárias para o
desenvolvimento das competências gerais quanto das específicas, com o enfoque e a intensidade
compatíveis com a habilitação ou com a ênfase do curso.
§ 2º Deve-se estimular as atividades que articulem simultaneamente a teoria, a prática e o contexto
de aplicação, necessárias para o desenvolvimento das competências, estabelecidas no perfil do
egresso, incluindo as ações de extensão e a integração empresa-escola.
§ 3º Devem ser incentivados os trabalhos dos discentes, tanto individuais quanto em grupo, sob a
efetiva orientação docente.
§ 4º Devem ser implementadas, desde o início do curso, as atividades que promovam a integração
e a interdisciplinaridade, de modo coerente com o eixo de desenvolvimento curricular, para
integrar as dimensões técnicas, científicas, econômicas, sociais, ambientais e éticas.
§ 5º Os planos de atividades dos diversos componentes curriculares do curso, especialmente em
seus objetivos, devem contribuir para a adequada formação do graduando em face do perfil
estabelecido do egresso, relacionando-os às competências definidas.
§ 6º Deve ser estimulado o uso de metodologias para aprendizagem ativa, como forma de
promover uma educação mais centrada no aluno.

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§ 7º Devem ser implementadas as atividades acadêmicas de síntese dos conteúdos, de integração


dos conhecimentos e de articulação de competências.
§ 8º Devem ser estimuladas as atividades acadêmicas, tais como trabalhos de iniciação científica,
competições acadêmicas, projetos interdisciplinares e transdisciplinares, projetos de extensão,
atividades de voluntariado, visitas técnicas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de protótipos,
monitorias, participação em empresas juniores, incubadoras e outras atividades empreendedoras.
§ 9º É recomendável que as atividades sejam organizadas de modo que aproxime os estudantes do
ambiente profissional, criando formas de interação entre a instituição e o campo de atuação dos
egressos.
§ 10 Recomenda-se a promoção frequente de fóruns com a participação de profissionais, empresas
e outras organizações públicas e privadas, a fim de que contribuam nos debates sobre as demandas
sociais, humanas e tecnológicas para acompanhar a evolução constante da Engenharia, para
melhor definição e atualização do perfil do egresso.
§ 11 Devem ser definidas as ações de acompanhamento dos egressos, visando à retroalimentação
do curso.
§ 12 Devem ser definidas as ações de ensino, pesquisa e extensão, e como contribuem para a
formação do perfil do egresso.
Art. 7º Com base no perfil dos seus ingressantes, o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) deve
prever os sistemas de acolhimento e nivelamento, visando à diminuição da retenção e da evasão,
ao considerar:
I - as necessidades de conhecimentos básicos que são pré-requisitos para o ingresso nas atividades
do curso de graduação em Engenharia;
II - a preparação pedagógica e psicopedagógica para o acompanhamento das atividades do curso
de graduação em Engenharia; e
III - a orientação para o ingressante, visando melhorar as suas condições de permanência no
ambiente da educação superior.
Art. 8º O curso de graduação em Engenharia deve ter carga horária e tempo de
integralização, conforme estabelecidos no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), definidos de
acordo com a Resolução CNE/CES nº 2, de 18 de junho de 2007.

(Conforme anexo da Resolução CNE/CES nº 2, de 18 de junho de 2007: Carga horária


mínima dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial de Engenharias
é de 3600 horas.)
§ 1º As atividades do curso podem ser organizadas por disciplinas, blocos, temas ou eixos de
conteúdos; atividades práticas laboratoriais e reais, projetos, atividades de extensão e pesquisa,
entre outras.
§ 2º O Projeto Pedagógico do Curso deve contemplar a distribuição dos conteúdos na carga
horária, alinhados ao perfil do egresso e às respectivas competências estabelecidas, tendo como
base o disposto no caput deste artigo
§ 3º As Instituições de Ensino Superior (IES), que possuam programas de pós-graduação stricto
sensu, podem dispor de carga horária, de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso, para as
atividades acadêmicas curriculares próprias, que se articulem à pesquisa e à extensão.

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Art. 9º Todo curso de graduação em Engenharia deve conter, em seu Projeto Pedagógico de
Curso, os conteúdos básicos, profissionais e específicos, que estejam diretamente
relacionados com as competências que se propõe a desenvolver. A forma de se trabalhar
esses conteúdos deve ser proposta e justificada no próprio Projeto Pedagógico do Curso.
§ 1º Todas as habilitações do curso de Engenharia devem contemplar os seguintes conteúdos
básicos, dentre outros: Administração e Economia; Algoritmos e Programação; Ciência dos
Materiais; Ciências do Ambiente; Eletricidade; Estatística. Expressão Gráfica; Fenômenos de
Transporte; Física; Informática; Matemática; Mecânica dos Sólidos; Metodologia Científica e
Tecnológica; e Química.
§ 2º Além desses conteúdos básicos, cada curso deve explicitar no Projeto Pedagógico do Curso
os conteúdos específicos e profissionais, assim como os objetos de conhecimento e as atividades
necessárias para o desenvolvimento das competências estabelecidas.
§ 3º Devem ser previstas as atividades práticas e de laboratório, tanto para os conteúdos básicos
como para os específicos e profissionais, com enfoque e intensidade compatíveis com a
habilitação da engenharia, sendo indispensáveis essas atividades nos casos de Física, Química e
Informática.
Art. 10. As atividades complementares, sejam elas realizadas dentro ou fora do ambiente escolar,
devem contribuir efetivamente para o desenvolvimento das competências previstas para o egresso.
Art. 11. A formação do engenheiro inclui, como etapa integrante da graduação, as práticas
reais, entre as quais o estágio curricular obrigatório sob supervisão direta do curso.
§ 1º A carga horária do estágio curricular deve estar prevista no Projeto Pedagógico do
Curso, sendo a mínima de 160 (cento e sessenta) horas.
§ 2º No âmbito do estágio curricular obrigatório, a IES deve estabelecer parceria com as
organizações que desenvolvam ou apliquem atividades de Engenharia, de modo que docentes
e discentes do curso, bem como os profissionais dessas organizações, se envolvam
efetivamente em situações reais que contemplem o universo da Engenharia, tanto no
ambiente profissional quanto no ambiente do curso.
Art. 12. O Projeto Final de Curso deve demonstrar a capacidade de articulação das
competências inerentes à formação do engenheiro.
Parágrafo único. O Projeto Final de Curso, cujo formato deve ser estabelecido no Projeto
Pedagógico do Curso, pode ser realizado individualmente ou em equipe, sendo que, em
qualquer situação, deve permitir avaliar a efetiva contribuição de cada aluno, bem como sua
capacidade de articulação das competências visadas.
CAPÍTULO IV
DA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES
Art. 13. A avaliação dos estudantes deve ser organizada como um reforço, em relação ao
aprendizado e ao desenvolvimento das competências.
§ 1º As avaliações da aprendizagem e das competências devem ser contínuas e previstas como
parte indissociável das atividades acadêmicas.
§ 2º O processo avaliativo deve ser diversificado e adequado às etapas e às atividades do curso,
distinguindo o desempenho em atividades teóricas, práticas, laboratoriais, de pesquisa e extensão.

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§ 3º O processo avaliativo pode dar-se sob a forma de monografias, exercícios ou provas


dissertativas, apresentação de seminários e trabalhos orais, relatórios, projetos e atividades
práticas, entre outros, que demonstrem o aprendizado e estimulem a produção intelectual dos
estudantes, de forma individual ou em equipe.
CAPÍTULO V
DO CORPO DOCENTE
Art. 14. O corpo docente do curso de graduação em Engenharia deve estar alinhado com o
previsto no Projeto Pedagógico do Curso, respeitada a legislação em vigor.
§ 1º O curso de graduação em Engenharia deve manter permanente Programa de Formação e
Desenvolvimento do seu corpo docente, com vistas à valorização da atividade de ensino, ao maior
envolvimento dos professores com o Projeto Pedagógico do Curso e ao seu aprimoramento em
relação à proposta formativa, contida no Projeto Pedagógico, por meio do domínio conceitual e
pedagógico, que englobe estratégias de ensino ativas, pautadas em práticas interdisciplinares, de
modo que assumam maior compromisso com o desenvolvimento das competências desejadas nos
egressos.
§ 2º A instituição deve definir indicadores de avaliação e valorização do trabalho docente nas
atividades desenvolvidas no curso.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 15. A implantação e desenvolvimento das Diretrizes Nacionais do Curso de Graduação em
Engenharia devem ser acompanhadas, monitoradas e avaliadas pelas Instituições de Ensino
Superior (IES), bem como pelos processos externos de avaliação e regulação conduzidos pelo
Ministério da Educação (MEC), visando ao seu aperfeiçoamento.
Art. 16. Os cursos de Engenharia em funcionamento têm o prazo de 3 (três) anos a partir da data
de publicação desta Resolução para implementação destas Diretrizes Nacionais do Curso de
Graduação em Engenharia.
Parágrafo único. A forma de implementação do novo Projeto Pedagógico do Curso, alinhado a
estas Diretrizes Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia poderá ser gradual, avançando-
se período por período, ou imediatamente, com a devida anuência dos alunos
Art. 17. Os instrumentos de avaliação de curso com vistas à autorização, reconhecimento e
renovação de reconhecimento, devem ser adequados, no que couber, a estas Diretrizes Nacionais
do Curso de Graduação em Engenharia.
Art. 18. Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação, revogadas a Resolução
CNE/CES nº 11, de 11 de março de 2002 e demais disposições em contrário.
ANTONIO DE ARAUJO FREITAS JUNIOR

4.13 Cálculo do Salário Mínimo Profissional


6h:00 diárias - 6 salários mínimos
7h:00 diárias - 7,25 salários mínimos
8h:00 diárias - 8,5 salários mínimos
Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966; Resolução nº 397, de 11 de agosto de 1995.
Fonte: http://www.creasp.org.br/profissionais/tabelas/calculo-do-salario-minimo-profissional
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5. Orientações para a elaboração de trabalhos acadêmicos.


5.1 Tipos de Trabalhos Acadêmicos/Científicos:
- Tese de Doutorado ou Livre Docência
- Dissertação de Mestrado
- Trabalho de Graduação
- Trabalho Final de Curso
- Artigos Científicos
- Comunicações Científicas
- Trabalhos Didáticos
- Resenhas Bibliográficas
- Relatórios

5.2 Relatórios
5.2.1 Tipos de Relatórios: técnico-científico, de estágios, de visitas, de viagens,
institucionais, de auditoria, especiais, entre outros.
Relatório Técnico-Científico: é o mais utilizado na universidade principalmente para
relatar resultados de experiências e investigações realizadas.
5.2. 2. Estrutura do relatório
Um relatório técnico-científico compreende as seguintes partes: pré-texto, texto e pós-
texto.
a) Preliminares ou pré-texto:
- capa (primeira e segunda, isto é, frente e verso);
- folha de rosto (ou ficha de identificação do relatório);
- prefácio (apresentação);
- resumo;
- lista de símbolos, unidades, abreviaturas, etc.;
- sumário (enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um
documento).
b) Texto:
- introdução;
- desenvolvimento;
- conclusões e/ou recomendações.
c) Pós-liminares ou pós-texto:
- anexos;
- agradecimentos;
- referências bibliográficas;
- glossário;

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- índice(s);
- terceira e quarta capas;
O Texto é a parte principal do relatório, que abrange introdução, metodologia,
procedimentos experimentais e resultados, conclusão e recomendações. Deve ser
dividido em seções e subseções intituladas e numeradas e conter as ilustrações
essenciais à clara compreensão das idéias expostas.
A Introdução é a primeira seção do texto, que define brevemente os objetivos do
trabalho e as razões de sua elaboração, bem como as relações com outros trabalhos. A
introdução não deve repetir ou parafrasear o resumo, nem dar detalhes sobre a teoria
experimental, o método ou os resultados, nem antecipar as conclusões e as
recomendações.
O Desenvolvimento do assunto é a parte mais importante do texto, onde é exigível
raciocínio lógico e clareza. Deve ser dividida em tantas seções e subseções quantas
forem necessárias para o detalhamento da pesquisa e/ou estudo realizado (descrição de
métodos, teorias, procedimentos experimentais, discussão de resultados, etc.). As
descrições apresentadas devem ser suficientes para permitir a compreensão das etapas
do trabalho. Todas as ilustrações ou quadros essenciais à compreensão do texto devem
ser incluídos nesta parte.
Na seção Conclusões e/ou Recomendações devem figurar, clara e
ordenadamente, as deduções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo
da discussão do assunto. Recomendações são declarações concisas de ações,
julgadas necessárias a partir das conclusões obtidas, a serem usadas no futuro.
5.2.3 Procedimento Experimental - devem ser descritos: métodos, materiais,
instrumentos utilizados, atividades práticas.
5.2.4 Apresentação dos resultados: demonstração dos dados, discussão e análise dos
dados, comparação com o referencial teórico e ilustrações (tabelas, gráficos e figuras).
5.2.5 Conclusão - o que se verificou resumidamente no experimento ou atividade;
contribuições, críticas e sugestões.

5.3 Orientações gerais para a pesquisa bibliográfica.


Etapa importante para Fundamentação Teórica que referenciará a prática. Os
textos consultados deverão ser resumidos preferencialmente com as palavras do próprio
estudante e sempre que for necessária a transcrição literal de uma parte do texto a
referência deverá ser explicitada (o mesmo deverá ocorrer na reprodução de gráficos e
figuras), isto poderá ser feito colocando-se o texto transcrito literalmente entre aspas e
em seguida o autor, o ano e a página entre parênteses ou o número da bibliografia com
a respectiva página.
A pesquisa bibliográfica não deverá ficar restrita à um livro ou texto; ser a mais
atualizada possível, através de novas publicações (livros ou revistas técnicas) e de
palavras chaves tanto em bibliotecas como pela Internet.
Normalmente as regras são especificadas nos endereços dos programas de
busca sendo utilizadas internacionalmente as seguintes:
- procura palavras com mesmo radical (ex.: mec* = mecânica, mecatrônica, etc).
“entre aspas”- procura uma expressão específica (ex.: “processos de fabricação”).

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AND (ou +) - procura qualquer das palavras especificadas (ex.: processos AND
fabricação - procura todos os endereços onde aparecem as palavras processos e/ou
fabricação).
AND NOT (ou -) - procura com exclusão da(s) palavra(s) especificada(s) (ex.:
“processos de fabricação” AND NOT usinagem procura todos os endereços onde
aparece a expressão “processos de fabricação” que não tenha a palavra usinagem).

Alguns endereços de interesse:


ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - http://www.abnt.org.br
ANSI - http://www.ansi.org
Antares - http://www.ibict.br/antares
ASME - http://www.asme.org
Biblioteca Virtual de Engenharia - http://www.cnen.gov.br/prossiga
Ciência Hoje - http://www.ciência.org.br
CIMM - Centro de Informação Metal-Mecânica - http://cinfus.uol.com.br
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA -
http://www.confea.org.br
Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq - http://www.cnpq.br
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CRERA -SP -
http://www.creasp.org.br
FAPESP - http://www.fapesp.br
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -
http://www.inmetro.gov.br
ISO - International Organization for Standartization - - http://www.iso.ch
Mechanical Engineering - http://www.memagazine.org
Mechanical Engineering Publications - http://www.imeche.org.uk
NASA - http://www.nasa.gov
Popular Mechanics - http://www.popularmechanics.com
Produtos e Serviços - http://www.banas.com.br
REBAE - Rede de Bib. De Eng.- http://www.eesc.sc.usp.br/biblcent/rebae.html
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - http://www.senai.br
Sistema Integrado de Bibliotecas USP - http://www.usp.br/sibi
SME - Society of Manufacturing Engineers - http://www.sem.org
WWW Virtual Library - http://www.uark.edu/world/ epubs
6. Como relacionar a Bibliografia ou as Referências Bibliográficas
Devem ser listadas de preferência em ordem alfabética. Se for utilizado o sistema
numérico no texto, as referências devem seguir a mesma ordem numérica crescente.
A indicação exata, de acordo com a normalização é fundamental. Os elementos
fundamentais ou essenciais: autor; título; edição; local de publicação; editora e ano de
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publicação. Outras indicações não essenciais podem ser colocadas (como o número de
páginas).
Para memorizar: ateleap.
As orientações abaixo abrangem a maioria dos casos.
Livros e folhetos
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano da publicação.
Congressos, conferências e encontros científicos.
NOME DO CONGRESSO, número do congresso, ano, cidade de realização. Título...
subtítulo da publicação. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.
Dissertações e teses.
AUTOR. Título: subtítulo. Cidade: Instituição, ano de apresentação.
Trabalhos apresentados em congresso.
AUTOR. Título: subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO, número do congresso, ano,
cidade de realização. Editora, data. Páginas inicial.
Artigos de publicações periódicas
AUTOR. Título do artigo. Título do periódico, cidade de publicação, número do volume,
número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano.
Artigo de jornal
AUTOR. Título do artigo. Título do Jornal, cidade, data. Número ou título do caderno,
seção ou suplemento, páginas inicial-final.
Fascículos, suplementos, números especiais de publicações periódicas
TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo ou suplemento (se houver). Cidade:
Editora, volume, número, data.
Trabalhos de fontes eletrônicas:
Os elementos essenciais para referenciar monografias ou partes de monografias,
obtidas por computador são: autor(es), título/subtítulo (da parte e/ou da obra como um
todo), dados da edição, dados da publicação (local, editor, data). Em seguida, devem-se
acrescentar as informações relativas à descrição física do meio ou supiorte.
Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações
sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão
"Disponível em:" e a data de acesso ao documento, precedida da expressão "Acesso
em:".
AUTOR. Título do trabalho. Tipo de mídia. Local e data. Endereço eletrônico. Data de
acesso.
Exemplo:
RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sócio-jurídica. Datavenia, São
Paulo, ano 3, n. 18, ago.1998. Disponível em:
<http://www.datavenia.inf.br/frameartig.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.

Observações:

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a) O nome do autor deve ser iniciado pelo seu último sobrenome (exceto para
sobrenomes compostos como por ex.: LIMA SOBRINHO, CASTELO BRANCO e SILVA
JÚNIOR) em letras maiúsculas, seguido dos prenomes, exatamente como na
publicação.
b) Para publicação elaborada por até três autores: mencionam-se os nomes de
todos os autores na mesma ordem da publicação separados por ponto e vírgula.
c) Para publicação elaborada por mais de três autores: pode-se indicar apenas o
primeiro ou o organizador ou coordenador seguindo-se da expressão et al.
d) O título pode ser em itálico, negrito ou sublinhado.
e) Abreviações: p. para página (s), v. para volume(s), ed. para edição, (a primeira
edição não é colocada).
f) Os subtítulos podem ser suprimidos, a não ser que forneçam informação
essencial sobre o conteúdo do documento.
g) Notas de rodapé: devem corresponder exatamente ao trecho que originou a
referência. Também servem para traduzir expressões, complementar dados, explicitar
melhor conceitos1.
h) As referências são alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se
identificar individualmente cada documento.

1
No programa Word há uma janela chamada Inserir que automaticamente já inclui as notas de rodapé na ordem
desejada.
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7. Lei sobre Estágio acessado em 25/02/09 às 16h06 no endereço eletrônico em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.

Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera


a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de
1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art.
6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,


que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e
dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo
do educando.

§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à


contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
trabalho.

Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes
curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é
requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga


horária regular e obrigatória.

§ 3o As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior,


desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no
projeto pedagógico do curso.

Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do


mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes
requisitos:

I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação


profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;

II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a


instituição de ensino;

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III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo


de compromisso.

§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo
pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por
vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final.

§ 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida


no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do
estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

Art. 4o A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros
regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou reconhecidos, observado o
prazo do visto temporário de estudante, na forma da legislação aplicável.

Art. 5o As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a
serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acordadas em instrumento
jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação
que estabelece as normas gerais de licitação.

§ 1o Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do


instituto do estágio:

I – identificar oportunidades de estágio;

II – ajustar suas condições de realização;

III – fazer o acompanhamento administrativo;

IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;

V – cadastrar os estudantes.

§ 2o É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos


serviços referidos nos incisos deste artigo.

§ 3o Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para


a realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada curso,
assim como estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio
curricular.

Art. 6o O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes,
organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração.

CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus educandos:

I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente


legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as
condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação
escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;

II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e


profissional do educando;

III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;

IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de


relatório das atividades;

V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local
em caso de descumprimento de suas normas;
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VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus


educandos;

VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização
de avaliações escolares ou acadêmicas.

Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a
que se refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio
de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.

Art. 8o É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de
concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades
programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei.

Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino


e a parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso de que trata o inciso II do
caput do art. 3o desta Lei.

CAPÍTULO III
DA PARTE CONCEDENTE

Art. 9o As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta,


autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus
respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes
obrigações:

I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu
cumprimento;

II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de


aprendizagem social, profissional e cultural;

III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na
área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez)
estagiários simultaneamente;

IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja
compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso;

V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com


indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio;

VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de
atividades, com vista obrigatória ao estagiário.

Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro


de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de
ensino.

CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO

Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de
ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de
compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar:

I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação


especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e
adultos;

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior,
da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
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§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão
programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso
esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.

§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos


períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado
no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.

Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos,
exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser
acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio
não obrigatório.

§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre


outros, não caracteriza vínculo empregatício.

§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de


Previdência Social.

Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias
escolares.

§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber
bolsa ou outra forma de contraprestação.

§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos
casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.

Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo
sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de
emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e
previdenciária.

§ 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará
impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do processo
administrativo correspondente.

§ 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em que for
cometida a irregularidade.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante
ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a
atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das
partes.

Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades
concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:

I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;

II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;

III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;

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IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.

§ 1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores


empregados existentes no estabelecimento do estágio.

§ 2o Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os


quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.

§ 3o Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em


fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.

§ 4o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível
médio profissional.

§ 5o Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento)
das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência desta Lei apenas
poderá ocorrer se ajustada às suas disposições.

Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 428. ......................................................................

§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de


Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não
haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido
sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.

......................................................................

§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois)


anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.

......................................................................

§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o


cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer
sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental.” (NR)
Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de
estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria.
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de


23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.
Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
André Peixoto Figueiredo Lima
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.9.2008

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8. Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE ENGENHARIA. Formação do Engenheiro


Industrial. São Paulo: Abenge, 1982. 224p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719. Apresentação de
relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro: 1989.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 - Referências
bibliográficas. Rio de Janeiro: 1989.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. 2.ed. Piracicaba: Unimep,
1993.
BAZZO, Walter Antonio; PEREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Introdução à engenharia.
Florianópolis: Editora da UFSC, 1997.
FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnico-científicas.
2.ed. Belo Horizonte:UFMG, 1992.
KRICK, Edward V. Introdução à engenharia. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos,
1979.
LEME, Sueli M.. Subsídios Metodológicos para a elaboração de trabalhos acadêmicos.
Apostila. Piracicaba: 1998.
LUCKESI, Cipriano; BARRETO, Naidison. Fazer Universidade: uma proposta
metodológica. 10.ed. São Paulo: Cortez, 1998.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 2 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1993
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21 ed. São Paulo;
Cortez, 2001.
TAFNER, Malcon Anderson et ali.. Metodologia do trabalho acadêmico. Curitiba: Juruá,
1999.

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