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DOENÇA CRÔNICA E PSICOLOGIA DA

SAÚDE

Psicologia da Saúde
Profa. Dra. Adriana Leonidas de Oliveira
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Artigos selecionados
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Considerações iniciais...
• Redução da mortalidade precoce por
doenças infectocontagiosas (de curso
agudo)
• Aumento das doenças crônicas no mundo
• Tendência mundial: desenvolvimento de
estudos e práticas sobre a questão da
“Qualidade de vida dos pacientes com
doenças crônicas”
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No Brasil
• Sebastiani (2017):
►46.000.000 de portadores de algum
tipo de patologia crônica
►Necessidade de pesquisas e
sistematização e divulgação de
conhecimento.

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1- Doença crônica: Definição e
significado
Qualquer estado patológico que apresente
uma ou mais das características (ZAZAYA, 1985):
a- permanente
b- incapacitante
c- alterações patológicas não reversíveis
d- requeira reabilitação ou períodos longo de
observação, controle e cuidados
e- por sua frequência e severidade apresentam
singular importância médica, social, psicológica
e econômica. 5
Schneider (1976):
“O doente crônico é aquele que apresenta
alterações somáticas tão importantes que
sente necessidade de cuidados
constantes.”

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Schneider (1976) e Sebastiani (2017):

Dimensão psicológica da cronicidade


deve ser considerada.

O processo de adoecer é único


em múltiplos sentidos
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• Como você entendeu essa afirmação?
• Escreva no papel.
• Procure alguém com o papel da mesma
cor do seu.
• Sente com ele(a) e troque ideias.
• Divida com a sala suas ideias.

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 Doença gera abalo estrutural na condição
de ser do indivíduo.

Constante luta para compreender e


aceitar a doença.

 Indivíduo com uma doença crônica deve


ser considerado globalmente.

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Compreensão integral do paciente

Melhor recuperação
biopsicossocial

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2- Doença Crônica: reações e
sentimentos
• Doença sentida como uma agressão.
• Perdas acarretam reações de luto.
• Reações frente ao diagnóstico:
- Medo
- Tristeza
- Desespero
- Ansiedade
- Angústia

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Reações do paciente e da família frente
à doença crônica segundo Kubler Ross
(1989). Cinco estágios emocionais:

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1- Negação
• Defesa/ estado psicológico
• Incredubilidade do diagnóstico
• Ansiedade desestruturante
• Papel do psicólogo
• “Pacto do silêncio”

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2- Revolta e raiva
• Raiva, revolta e ressentimento
• Projeção
• Tentativa de preservar a individualidade
• Contra-agressão, mágoa, pesar.
• Papel do psicólogo

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3- Barganha
• estado psicológico que tem como
característica a negociação
• Meta auto imposta
• Papel do psicólogo

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4- Depressão
- Dois tipos:
• Depressão reativa
• Depressão preparatória
- Diferente da depressão patológica
- Depressão de cunho elaborativo
- Papel do psicólogo.

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5- Aceitação
• Ligada à própria permanência da doença.
• compreensão dos limites e possibilidades
impostas pela doença.

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Ganho secundário
• Indivíduo utiliza-se da doença para se
comunicar com o mundo e obter certos
privilégios.
• Doença como parte estruturante de sua
identidade.
• Papel do psicólogo.

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A assistência à família do paciente com
doença crônica

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Família
• Família tem papel decisivo no auxílio à
adaptação do paciente.
• Processo paralelo de crise que se instala
no núcleo familiar com a doença crônica
de um de seus membros.

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Família
• Família é um sistema de relações
interdependente.
• Crise provoca desequilíbrio e grande
mobilização no sistema familiar.
• Família busca formas para se reorganizar
frente à crise e buscar reequilíbrio

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Família
• Dois movimentos usualmente observados:

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1- Sistema mobiliza-se na tentativa de
superação da crise
A família:
Passa por diversos estados emocionais
Vive questionamentos
Necessidade de buscar uma nova forma de identidade

A função do psicólogo:
auxiliar na atenuação da crise
e na busca de respostas adaptativas
para o enfrentamento desta.
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2-O sistema paralisa-se frente ao impacto
da crise

A família:
Entra num processo de imobilidade
Torna-se um fardo para o paciente

A função do psicólogo:
Ajudar a desenvolver
uma adequada aceitação da doença e
adequada adaptação às novas demandas
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Considerações finais

O paciente crônico e sua família podem


encontrar na figura do psicólogo e dos
demais profissionais da equipe um
conforto nessa saga de enfrentamento da
doença crônica e muitas vezes desse
lento e doloroso processo de morrer.

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Esta aula foi baseada em:

BAPTISTA, M. N. ; DIAS, R. R. Psicologia Hospitalar:


Teoria, aplicações e casos clínicos. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.

SEBASTIANI, R. W. Acompanhamento psicológico à


pessoa portadora de doença crônica. In: ANGERAMI-
CAMOM, V.A. (org). E a Psicologia entrou no hospital.
São Paulo: Pioneira, 1996/2018.

STRAUB, R. Psicologia da Saúde.


Porto Alegre: ArtMed, 2005

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