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v.t. Interpretar. / Reproduzir as idéias de um texto, dando-lhe redação pessoal. fazer a paráfrase
de;traduzir livremente.
Segundo o Dicionário Aurélio:Modo diverso de expressar frase ou texto, sem que se altere o
significado da primeira versão. Portanto sua frase deve ser mais desenvolvida que a frase
apresentada como tema, e as palavras devem ser diferentes, e não sinônimas.
Parafrasear é descrever utilizando de outra forma aquilo que foi escrito ou descrito por outra
pessoa. No âmbito da redação de artigos ou textos, esse recurso é utilizado para evidenciar dados,
informações de qualquer natureza que foram obtidos por outros autores.
Utiliza-se para reforçar alguma idéia, crença ou atitude que se deseja, no entanto utilizando as
próprias palavras.
Isso pode ocorrer com o objetivo de explicá-lo melhor para deixar o conteúdo mais transparente,
sem perder, no entanto, sua originalidade conceitual.
2. Paráfrase explicativa: como o próprio nome indica, com este tipo de paráfrase explica-se, com
suas próprias palavras, o que se entendeu de um determinado texto. Após a leitura de um texto
ou de um excerto, reescreve-se esse texto de acordo com o entendimento obtido. Esse tipo é o
mais utilizado.
Citação indireta
É a reprodução de idéias do autor. É uma citação livre, usando as suas palavras para dizer o
mesmo que o autor disse no texto. Contudo, a idéia expressa continua sendo de autoria do autor
que você consultou, por isso é necessário citar a fonte: dar crédito ao autor da idéia.
Exemplo
Supondo que em 1998 em um livro, artigo, dissertação, tese ou qualquer fonte de referência o
autor fulano de tal tenha escrito:
“O valor da informação está “diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de
decisões a atingirem as metas da organização.”
Parafraseando teríamos:
O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos tomadores de decisões a
atingirem os objetivos da empresa (VIEIRA, 1998).
Esses aspectos estão previstos na ABNT - NBR 10520 – ago/2002 - CITAÇÕES EM DOCUMENTOS
Concluindo
Nesse sentido, parafrasear é considerado sim como fundamentação teórica. No entanto, o uso
exclusivo e único de paráfrases em referenciais no contexto da administração não é considerado
como valido na concepção de textos de qualquer natureza.
Paráfrase consiste em transcrever, com novas palavras, as idéias centrais de um texto. O leitor
nesse momento faz uma leitura minuciosa e atenta de determinado texto, a partir daí, reafirmar
e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma
opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas.
José afirma isso; João descreve aquilo; e Maria menciona acolá. E você como autor do artigo em
relação ao que foi parafraseado considera o que?
Português
Resumo
Polissemia
A polissemia consiste na pluralidade significativa de uma mesma palavra. Nesse sentido, um mesmo
vocábulo pode assumir várias significações, dependendo do contexto em que está. É importante destacar que
mesmo que haja uma alteração no significado, não ocorre mudança na classe gramatical.
Além disso, pode haver confusão entre uma palavra polissêmica e um homônimo perfeito. O fenômeno da
homonímia ocorre quando palavras possuem a mesma pronúncia e, muitas vezes, a mesma grafia), mas
significados diferentes. Nesse caso, a forma de diferenciá-los é identificar se há mudança na classe
gramatical, se houver, será um homônimo. Veja os exemplos abaixo:
1. Por favor, leve isso para ela.
2. O peso da mochila dela é leve.
O primeiro vocábulo é um verbo e o segundo, um adjetivo. Assim, classifica-se o vocábulo “leve” como um
caso de homonímia e não de polissemia.
Ambiguidade
A ambiguidade trata-se da duplicidade de
sentidos que pode haver em uma palavra, uma
expressão, uma frase ou até mesmo em um texto
inteiro. Abaixo, por exemplo, a ambiguidade
encontra-se na dupla interpretação do vocábulo
“vendo” referente aos verbos “ver” e “vender”.
Esse fenômeno pode ser provocado pode vários fatores. Entre eles:
• Mau uso do pronome: João e Maria vão desquitar-se.
(Um do outro ou de seus cônjuges?)
• Má colocação de palavras: A professora deixou a turma empolgada.
(Ela ou a turma?)
• Inversão sintática: Venceram os vascaínos os flamenguistas.
(Quem perdeu?)
• Polissemia: O xadrex está na moda.
(O jogo ou a roupa?)
1
Português
Exercícios
1.
2.
2
Português
3.
Para criticar a possível aprovação de um novo imposto pelos deputados, o cartunista adotou como
estratégias:
a) traços caricaturais e eufemismo.
b) paradoxo e repetição de palavras.
c) metonímia e círculo vicioso.
d) preterição e prosopopeia.
e) polissemia das palavras e onomatopeia.
4.
3
Português
O título da charge retoma o título da obra de Baudelaire, As Flores do Mal. O autor, para construir o
humor em seu texto, utiliza-se de
a) metalinguagem, na representação das flores, que recitam versos compostos pelo poeta ao
próprio Baudelaire.
b) saudosismo, nas falas das flores, pois elas representam costumes morais inerentes à sociedade
francesa do século XIX.
c) metáfora, na representação do poeta como flores que apenas dizem verdades, indiferentes às
regras morais da sociedade.
d) polissemia do substantivo “flores”, uma vez que podem se referir às próprias flores representadas
na charge ou aos desejos moralmente rejeitados pelo poeta.
e) ambiguidade na locução adjetiva “do mal”, pois, no título original, a locução representa a temática
dos poemas, mas, na charge, representa o conteúdo dos conselhos das flores.
Vocabulário
Vau: Lugar do rio ou outra porção de água onde esta é pouco funda e, por isso, pode ser transposta a
pé ou a cavalo.
MAGALHÃES, L. L. A.; MACHADO, R. H. A. (Org.). Perdizes, suas histórias, sua gente, seu folclore. Perdizes: Prefeitura
Municipal, 2005.
4
Português
As anedotas são narrativas, reais ou inventadas, estruturadas com a finalidade de provocar o riso. O
recurso expressivo que configura esse texto como uma anedota é o(a)
a) uso repetitivo da negação.
b) grafia do termo “Oropas”.
c) ambiguidade do verbo “ir”.
d) ironia das duas perguntas.
e) emprego de palavras coloquiais.
8.
5
Português
9. Texto I
Criatividade em publicidade: teorias e reflexões
Resumo: O presente artigo aborda uma questão
primordial na publicidade: a criatividade. Apesar de
aclamada pelos departamentos de Criação das
agências, devemos ter a consciência de que nem todo
anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico,
no qual os Conceitos são tratados à luz da publicidade,
busca-se estabelecer a compreensão dos temas. Para
elucidar tais questões, é analisada uma campanha
impressa da marca XXXX. As reflexões apontam que a
publicidade criativa é essencialmente simples e
apresenta uma releitura do cotidiano.
Depexe, S D. Travessias: Pesquisas em Educação, Cultura, Linguagem e
Artes, n. 2, 2008.
Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O Texto I é um resumo de caráter
científico e o Texto II, uma homenagem promovida por um site de publicidade. De que maneira o Texto
II exemplifica o conceito de criatividade em publicidade apresentado no Texto I?
a) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos.
b) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu trabalho de criar os filhos.
c) Explorando a polissemia do termo “criação”.
d) Recorrendo a uma estrutura linguística simples.
e) Utilizando recursos gráficos diversificados.
10.
6
Português
Gabarito
1. C
Na charge, como se trata de um protesto, pode-se inferir que os manifestantes usam o termo “sistema”
no sentido de “sistema sociopolítico”, ao passo que o funcionário que se dirige a eles utiliza o mesmo
termo, mas vinculado ao sentido de “sistema informático”. A ambiguidade possibilita a construção de um
sentido específico para o texto.
2. A
A palavra “rede social” da charge é polissêmica, pois apresenta mais de um sentido, podendo ser uma
referência ao mundo virtual; no contexto da charge, a palavra “rede” também faz referência a um balanço
utilizado por várias pessoas, como ainda, apresenta, a partir do humor, uma crítica social àqueles que não
possuem boas condições financeiras.
3. E
No primeiro quadrinho, o termo “saúde” se refere ao órgão público destinado às políticas públicas que
cuidam da saúde dos cidadãos; “tim-tim por tim-tim” é uma expressão popular que significa “detalhes”.
Já no segundo quadrinho, “saúde” é utilizado para indicar uma celebração e “tim-tim’ significa o tintilar de
taças brindando. Polissemia e onomatopeia são responsáveis pelo efeito de humor causado na tirinha.
4. D
No anúncio, vemos uma estética bastante próxima à do videogame, com vírgus digitais e corações,
imagens típicas dos jogos. Tendo em vista que o anúncio destina-se aos jovens de 9 a 14, é possível
identificar uma ambiguidade no termo “fase”: refere-se tanto à “fase da vida”, isto é, faixa etária, quanto a
uma fase no jogo de videogame
5. E
Na charge, vemos uma ambiguidade da expressão “do mal”, já que, a princípio, ela se relacionaria ao título
de sua famosa obra “flores do mal”, em que o poema trata de temas que vão contra a moral
convencionada de sua época. No entanto, ao analisarmos a charge como um todo, vemos que “do mal”
faz referência a uma característica dos conselhos das flores, que são maldosas.
6. C
O humor instalado no diálogo entre Sô Augusto e seu interlocutor resulta da polissemia do verbo “ir”.
Enquanto este usa o termo com o sentido de determinar a direção da estrada, o primeiro entende-o como
ação de deslocar-se de um ponto para outro. A ambiguidade resulta em mais de uma interpretação de
significado para o mesmo termo.
7. D
As demais alternativas possuem ambiguidade, respectivamente, no adjetivo “sozinhos” que pode se
referir tanto aos “pais” quanto aos “filhos”; no adjetivo “atrasadas” pode se referir tanto às “estudantes”
quanto às “verbas”; no pronome possessivo “seu” pode se referir tanto à “Petrobrás” quanto à “Dilma” e,
na última alternativa, há ambiguidade uma vez que a locução adjetiva “do governo” pode ser associada a
“erros” e a “deputados”.
7
Português
8. B
O humor da tira está relacionado aos significados da palavra crise: relacionada à situação econômica,
seria uma falha comprar um carro “gigante”, de acordo com o personagem Armandinho. No entanto,
considerando a “crise da meia-idade”, a compra do carro seria uma maneira de o pai de seu colega lidar
melhor com a própria autoestima.
9. C
Os dois textos falam sobre criatividade, entretanto, o texto II apresenta uma particularidade “13 de maio
– Dia das Mães”. Esse fator nos faz pensar sobre as possibilidades de significado da palavra “criação” e
nos leva a outra possível interpretação: “criação” também está relacionada à criação de um filho. Portanto,
o gabarito é letra C, pois a polissemia é um fenômeno linguístico que consiste na multiplicidade de
significados que podem ser assumidos por uma palavra.
10. D
A tirinha de Mafalta apresenta um jogo com os possíveis significados do adjetivo “grande”, que pode
apresentar tanto a característica de respeitabilidade de uma pessoa quanto se referir a sua estatura
elevada.
8
LISTA
DE
EXERCÍCIOS
SOBRE
INTERTEXTUALIDADE
–
3º
ano
A
intertextualidade
pode
ser
encontrada
nos
diversos
gêneros
textuais,
inclusive
nas
histórias
em
quadrinhos.
O
cartum
Vida
de
Passarinho,
do
cartunista
Caulos,
estabelece
um
interessante
diálogo
com
um
famoso
texto-‐fonte
de
nossa
literatura.
As questões de 04 a 07 referem-‐se ao texto “Língua”, de Caetano Veloso, exposto abaixo.
Língua
Caetano
Veloso
Gosta
de
sentir
a
minha
língua
roçar
a
língua
de
Luís
de
Camões
Gosto
de
ser
e
de
estar
E
quero
me
dedicar
a
criar
confusões
de
prosódia
E
uma
profusão
de
paródias
A)
a
língua
portuguesa
está
repleta
de
dificuldades,
principalmente
prosódias
e
paródias,
para
os
falantes
brasileiros.
B)
autores
de
língua
portuguesa,
como
Fernando
Pessoa,
Guimarães
Rosa
e
Camões,
têm
estilos
diferentes.
C)
a
pátria
dos
falantes
é
a
língua,
superando
as
fronteiras
geopolíticas.
D)
na
língua
portuguesa,
é
fundamental
a
associação
de
palavras
para
criar
efeitos
sonoros.
E)
a
escola
de
samba
Mangueira
é
uma
legítima
representante
dos
falantes
da
língua
portuguesa.
Questão
05
Caetano
Veloso,
em
determinado
ponto
do
texto,
refere-‐se
à
Língua
Portuguesa
de
modo
geral,
sem
considerar
as
peculiaridades
relativas
ao
uso
do
idioma
no
Brasil
e
em
Portugal.
Para
fazer
tal
referência,
utiliza-‐se
da
seguinte
expressão:
4
A)
Língua
de
Luís
de
Camões.
B)
Lusamérica.
C)
Minha
língua.
D)
Flor
do
Lácio.
E)
Latim
em
pó.
Questão
06
A
expressão
“Flor
do
Lácio”
também
faz
parte
de
um
famoso
poema
da
Literatura
Brasileira,
intitulado
“Língua
Portuguesa”,
produzido
por
Olavo
Bilac,
na
segunda
metade
do
século
XIX.
Assinale
a
alternativa
que
apresenta
características
pertencentes
ao
estilo
da
época
em
que
foi
produzido
esse
poema.
A)
Subjetivismo,
culto
da
forma,
arte
pela
arte.
B)
Culto
da
forma,
misticismo,
retorno
aos
motivos
clássicos.
C)
Arte
pela
arte,
culto
da
forma,
retorno
aos
motivos
clássicos.
D)
Culto
da
forma,
subjetivismo,
misticismo.
E)
Subjetivismo,
misticismo,
arte
pela
arte.
Questão
07.
Pode-‐se
afirmar
de
acordo
com
o
texto:
A)
É
um
poema-‐manifesto,
no
qual
o
poeta
expõe
seu
desprezo
pela
língua
portuguesa.
B)
Que
há
várias
relações
de
intertextualidade
como,
por
exemplo,
referência
a
importantes
escritores
lusófono.
C)
A
composição
poética
apresenta
conservadorismo
quanto
aos
aspetos
sintáticos-‐linguísticos.
D)
“Lácio”
(v.
15)
-‐
região
onde
se
falava
a
língua
portuguesa.
E)
Que
há
elogio
à
vida
burguesa
numa
linguagem
coloquial
[...]
Preso
à
minha
classe
e
a
algumas
roupas,
vou
de
branco
pela
rua
cinzenta.
Melancolias,
mercadorias
espreitam-‐me.
Devo
seguir
até
o
enjôo?
Posso,
sem
armas,
revoltar-‐me?
Olhos
sujos
no
relógio
da
torre:
Não,
o
tempo
não
chegou
de
completa
justiça.
O
tempo
é
ainda
de
fezes,
maus
poemas,
alucinações
e
espera.
ANDRADE,
Carlos
Drummond
de.
Questão
08.
No
texto
o
eu-‐lírico
A)
apresenta
sentimento
de
angústia,
em
face
de
um
mundo
conturbado.
B)
é
movido
por
um
sentimento
que
provoca
a
distorção
da
realidade.
C)
faz
alusão
a
uma
natureza
não
convencionada
pelo
estilo
árcade.
D)
tem
uma
visão
otimista
e
revela
estados
psicológicos.
E)
mostra-‐se
totalmente
consciente
da
necessidade
de
igualdade
social.
Quem
não
passou
pela
experiência
de
estar
lendo
um
texto
e
defrontar-‐se
com
passagens
lidas
em
outros?
Os
textos
conversam
entre
si
em
um
diálogo
constante.
Esse
fenômeno
tem
a
denominação
de
intertextualidade.
Leia
os
seguintes
textos:
TEXTO
1
Quando
nasci,
um
anjo
torto
Desses
que
vivem
na
sombra
Disse:
Vai
Carlos!
Ser
“gauche
na
vida”
ANDRADE,
Carlos
Drummond
de.
Alguma
poesia.
Rio
de
Janeiro:
Aguilar,
1964.
5
TEXTO
2
Quando
nasci
veio
um
anjo
safado
O
chato
dum
querubim
E
decretou
que
eu
tava
predestinado
A
ser
errado
assim
Já
de
saída
a
minha
estrada
entortou
Mas
vou
até
o
fim.
BUARQUE,
Chico.
Letra
e
música.
São
Paulo:
Companhia
das
Letras,
1989.
TEXTO
3
Quando
nasci
um
anjo
esbelto
Desses
que
tocam
trombeta,
anunciou:
Vai
carregar
bandeira.
Carga
muito
pesada
pra
mulher
Essa
espécie
ainda
envergonhada.
Questão
10.
Especificamente
o
texto
II,
de
Chico
Buarque,
em
relação
ao
texto
I,
de
Carlos
Drummond,
apresenta
A)
uma
paródia.
B)
uma
bricolagem.
C)
uma
paráfrase.
D)
um
pastiche.
E)
uma
citação
literal.
A
cidade
em
progresso
[...}
Não
cresceu?
Cresceu
muito!
Em
grandeza
e
miséria
Em
graça
e
disenteria
Deu
franquia
especial
à
doença
venérea
E
à
alta
quinquilharia.
Tornou-‐se
grande,
sórdida,
ó
cidade
Do
meu
amor
maior!
Deixa-‐me
amar-‐te
assim,
na
claridade
Vibrante
de
calor!
Vinicius
de
Moraes
Questão
11.
O
trecho
do
poema
“A
cidade
em
progresso”
de
Vinícius
de
Moraes,
aborda,
A)
problemas
da
explosão
urbana.
B)
características
da
natureza
brasileira.
C)
degradação
ambiental
no
meio
urbano.
D)
superação
dos
obstáculos
da
Reforma
Urbana.
E)
processo
de
metropolização-‐desmetropolização.
6
Para
responder
a
questão
12,
observe
as
reproduções
a
seguir:
A B
C
Questão
12.
As
reproduções
A
e
C
são
uma
releitura
da
imagem
B
–
“a
última
ceia”
de
Leonardo
da
Vinci.
Portanto
há
uma
relação
de
intertextualidade.
Com
base
nesta
observação
pode-‐se
afirmar
que
A)
as
reproduções
A
e
C
são
uma
paráfrase.
B)
a
reprodução
A
é
uma
paródia,
e
a
C
uma
paráfrase.
C)
as
duas
reproduções,
A
e
C,
são
paródia.
D)
a
reprodução
A
é
uma
paráfrase,
e
a
C
uma
paródia.
E)
as
duas
reproduções,
A
e
C,
são
apenas
bricolagem.
Canção
O
vento
vem
vindo
de
longe,
Cecília
Meireles
a
noite
se
curva
de
frio;
debaixo
da
água
vai
morrendo
Pus
o
meu
sonho
num
navio
meu
sonho,
dentro
de
um
navio...
e
o
navio
em
cima
do
mar;
-‐
depois,
abri
o
mar
com
as
mãos,
Chorarei
quanto
for
preciso,
para
o
meu
sonho
naufragar
para
fazer
com
que
o
mar
cresça,
e
o
meu
navio
chegue
ao
fundo
Minhas
mãos
ainda
estão
molhadas
e
o
meu
sonho
desapareça.
do
azul
das
ondas
entreabertas,
e
a
cor
que
escorre
de
meus
dedos
Depois,
tudo
estará
perfeito;
colore
as
areias
desertas.
praia
lisa,
águas
ordenadas,
meus
olhos
secos
como
pedras
e
as
minhas
duas
mãos
quebradas.
7
Questão
13.
A
partir
da
leitura
do
poema
“Canção”,
de
Cecília
Meireles,
podemos
notar
a
presença
dos
seguintes
elementos
nos
versos
da
poeta:
A)
Presença
do
rigor
formal:
redondilha
maior,
estrofes
regulares
e
rimas
em
todos
os
versos.
B)
Inclinação
para
a
estética
neossimbolista
perceptível
através
da
utilização
de
elementos
como
mar,
sonho,
ondas,
areias,
águas,
conferindo
ao
poema
um
caráter
fluido
e
etéreo.
C)
Presença
do
monólogo
interior,
digressão
e
fragmentação
dos
versos
que
contribuem
para
a
temática
da
existência.
D)
Preocupação
com
a
reflexão
filosófica,
com
os
modelos
clássicos,
além
de
uma
temática
notadamente
pessimista.
E)
Proximidade
com
o
mundo
material,
temas
relacionados
com
o
cotidiano,
sobretudo
com
as
questões
sociais.
Essa
mulher
que
se
arremessa,
fria
Essa
mulher
que
a
cada
amor
proclama
E
lúbrica
em
meus
braços,
e
nos
seios
A
miséria
e
a
grandeza
de
quem
ama
Me
arrebata
e
me
beija
e
balbucia
E
guarda
a
marca
dos
meus
dentes
nela.
Versos,
votos
de
amor
e
nomes
feios.
Essa
mulher
é
um
mundo!
-‐
uma
cadela
Essa
mulher,
flor
de
melancolia
Talvez...
-‐
mas
na
moldura
de
uma
cama
Que
se
ri
dos
meus
pálidos
receios
Nunca
mulher
nenhuma
foi
tão
bela!
A
única
entre
todas
a
quem
dei
Os
carinhos
que
nunca
a
outra
daria.
Soneto
de
devoção,
Vinicius
de
Moraes
Questão
14.
Sobre
o
poema
de
Vinicius
de
Moraes
é
correto
afirmar:
A)
Predominância
de
elementos
místicos
e
religiosos,
características
da
primeira
fase
da
poesia
de
Vinicius
de
Moraes.
B)
Visão
da
mulher
inacessível,
tipicamente
do
período
ultrarromântico,
em
que
o
amor
não
se
realiza.
C)
Presença
do
erotismo,
recriado
a
partir
de
uma
forma
clássica
e
de
uma
linguagem
crua
e
direta.
D)
Emprego
de
uma
linguagem
direta
e
quase
didática
para
manifestar
solidariedade
às
classes
oprimidas
e
também
à
mulher.
E)
Apresenta
elementos
que
revelam
grande
preocupação
com
a
condição
humana
e
o
desejo
de
superar,
através
da
transcendência
mística,
as
sensações
de
culpa
do
pecado
do
amor
carnal.
Maria
Diamba
Para
não
apanhar
mais
falou
que
sabia
fazer
bolos:
virou
cozinha.
Foi
outras
coisas
para
que
tinha
jeito.
Não
falou
mais:
Viram
que
sabia
fazer
tudo,
até
molecas
para
a
Casa-‐Grande.
Depois
falou
só,
só
diante
da
ventania
que
ainda
vem
do
Sudão;
falou
que
queria
fugir
dos
senhores
e
das
judiarias
deste
mundo
para
o
sumidouro.
LIMA,
Jorge
de.
Poemas
negros.
Questão
15.
O
poema
de
Jorge
de
Lima
sintetiza
o
percurso
de
vida
de
Maria
Diamba
e
sua
reação
ao
sistema
opressivo
da
escravidão.
A
resistência
dessa
figura
feminina
é
assinalada
no
texto
pela
relação
que
se
faz
entre
8
A)
a
exploração
sexual
e
a
geração
de
novas
escravas.
B)
a
prática
na
cozinha
e
a
intenção
de
ascender
socialmente.
C)
o
prazer
de
sentir
os
ventos
e
a
esperança
de
voltar
a
África.
D)
o
medo
da
morte
e
a
vontade
de
fugir
da
violência
dos
brancos.
E)
o
uso
da
fala
e
o
desejo
de
decidir
o
próprio
destino.
O
farrista
Quando
o
almirante
Cabral
Pôs
as
patas
no
Brasil
O
anjo
da
guarda
dos
índios
Estava
passeando
em
Paris.
Quando
ele
voltou
de
viagem
O
holandês
já
está
aqui.
O
anjo
respira
alegre:
“Não
faz
mal,
isto
é
boa
gente,
Vou
arejar
outra
vez.”
O
anjo
transpôs
a
barra,
Diz
adeus
a
Pernambuco,
Faz
barulho,
vuco-‐vuco,
Tal
e
qual
o
zepelim
Mas
deu
um
vento
no
anjo,
Ele
perdeu
a
memória...
E
não
voltou
nunca
mais.
MENDES,
Murilo
9
Questão
17.
Esta
poesia
de
Murilo
Mendes
situa-‐se
na
fase
inicial
do
Modernismo,
cujas
propostas
estéticas
transparecem,
no
poema,
por
um
eu
lírico
que
A)
configura
um
ideal
de
nacionalidade
pela
integração
regional.
B)
remonta
ao
colonialismo
fundamentado
sob
um
viés
iconoclasta.
C)
repercute
as
manifestações
do
sincretismo
religioso.
D)
descreve
a
gênese
da
formação
do
povo
brasileiro.
E)
promove
inovações
no
repertório
linguístico.
Questão
18.
A
tirinha
acima
apresenta:
A)
uma
paródia.
B)
uma
paráfrase.
C)
um
pastiche.
D)
uma
bricolagem.
E)
uma
citação.
Filiação
Eu
sou
da
raça
do
Eterno,
Fui
criado
no
princípio
E
desdobrado
em
muitas
gerações
Através
do
espaço
e
do
tempo.
Sinto-‐me
acima
das
bandeiras,
Tropeçando
em
cabeças
de
chefes.
Caminho
no
mar,
na
terra
e
no
ar.
Eu
sou
da
raça
do
Eterno,
Do
amor
que
unirá
todos
os
homens:
Vinde
a
mim,
órfãos
da
poesia,
Choremos
sobre
o
mundo
mutilado
Murilo
Mendes
Questão
19.
A
obra
Tempo
e
eternidade,
de
onde
foi
extraído
este
poema,
é
de
1935.
Considerando
esse
dado
pode-‐se
identificar
que
A)
a
palavra
eterno
do
primeiro
verso
significa
o
tempo.
B)
o
título
do
poema
desdobra-‐se
nos
três
últimos
versos.
C)
o
eu-‐lírico
aceita
a
concepção
de
mundo
em
que
o
homem
criou
Deus.
D)
a
expressão
mundo
mutilado
é
uma
referência
direta
a
bomba
atômica.
E)
o
verso
“sinto-‐me
acima
das
bandeiras”
é
uma
recusa
a
qualquer
ideologia
política.
Questão
20.
Ouça
as
canções:
“Aquarela
do
brasil
“
de
Ary
Barroso
e
“Brasil”
de
Cazuza.
Observando
o
conteúdo
de
suas
letras,
explique
qual
a
relação
de
intertextualidade.
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐