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Portifólio 2023

PORTFÓLIO
ANATOMIA PATOLÓGICA ESPECIAL

Caroline Jeronymo Cazatti


5º semestre/noturno

Prof. Renan Bignotto Ferreira


SUMÁRIO
1. Alterações Cadavéricas ............................................... pág. 3
2. Patologia do Sistema Respiratório................... pág. 4-6
3. Patologia do Sistema Circulatório ..................... pág. 7-8
4. Patologia do Sistema Cardiovascular ............. pág. 9
5. Patologia do Sistema Digestório ......................... pág. 10
6. Patologia do Sistema Urinário ............................... pág. 11
7. Patologia do Sistema Locomotor ........................ pág. 12
8. Patologia do Sistema Nervoso ............................... pág. 13
9. Patologia do Sistema Endócrino .......................... pág. 14-15
10. Dermatopatologia .............................................................. pág. 16-18
11. Bibliografias .............................................................. pág. 19
PÁG. 3 ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS
ALGOR MORTIS, LIVOR MORTIS, RIGOR MORTIS
ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS LIVOR MORTIS RIGOR MORTIS
Alterações que são observadas na pós-morte do animal.
Manchas violáceas em locais de declive em que Perda da mobilidade das articulações.
o corpo está.
As que serão citadas aqui são denominadas Alterações
Sinônimo: Rigidez Cadavérica
Mediatas ou Consecutivas (Autólise = tecido vivo em
Sinônimo: Lividez Cadavérica Aparecimento: 2-4 horas após morte
animal morto).
Aparecimento: 2-4 horas após morte (dependendo da causa da morte e estado
Mecanismo de ação: nutricional)
parada da circulação > sangue não coagulado > Duração: 12-24 horas
sangue vai para as partes baixas do cadáver
ALGOR MORTIS (manchas hipostáticas) Pré-Rigor: flacidez muscular (reserva de
glicogênio muscular - ATP mantém
Resfriamento gradual do corpo do animal (até ficar na OBS: Diferenciar de hemorragias cutâneas que relaxado).
temperatura do ambiente em que ele está). já existiam e são maiores! Rigor: rigidez muscular (união entre
actina e miosina).
Sinônimo: Frigor Mortis. Pós-Rigor: flacidez muscular pós-rigor
Aparecimento: 3-4 horas após morte (dependendo do (destruição da actina e miosina).
ambiente).
Mecanismo de ação:
parada das funções vitais > evaporação nas superfícies
corporais > resfriamento gradual

OBS: Tipo de morte influencia!


PÁG. 4 PATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DRB: DOENÇA RESPIRATÓRIA BOVINA
DRB: DOENÇA RESPIRATÓRIA BOVINA TRANSMISSÃO Tipos de bactérias causadoras:

Doença que acomete as vias respiratórias da


Ar; Pasteurella hemolítica
espécie bovina, ocorrendo principalmente no
Objetos e utensílios compartilhados; Pasteurella 41 multocida
inverno ou em época de estiagem, em animais
Contato entre animais contaminados e não Haemophylus somnus
recentemente desmamados ou em
contaminas.
confinamento. Podendo também desenvolver
Pneumonia ou Bronquite no animal.
SINAIS CLÍNICOS
INFECÇÕES VIRAIS
FATORES Febre alta (acima de 40º C);
Aumento da frequência respiratória;
Tipos de vírus causadores:
Os principais fatores que colaboram com essa Inapetência;
doença estão interligados entre o ambiente Tosses e esternutação;
Herpes vírus bovino de tipo 1 (BHV-1);
externo e a qualidade de vida desse animal: Secreção nasal (somente na evolução
Vírus respiratório sincicial bovino (BRSV);
Vírus para influenza de tipo 3 (PI-3); da doença);
Estresse; Secreção ocular;
Corona vírus respiratório bovino.
Desmame; Depressão.
Infecções Virais e/ou Bacterianas;
Transporte;
Temperatura e Clima; INFECÇÕES BACTERIANAS PREVENÇÃO
Poeira;
São as de maior ocorrência, sendo que são Vacinação;
Matéria Seca.
bactérias endêmicas do trato respiratório Tratamentos com anti-helmínticos;
superior dos bovinos, podendo invadir o trato Descorna;
respiratório inferior e desencadear uma Castração;
infecção. Molhar o confinamento e a matéria
seca (evitar poeira).
PÁG. 5 PATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS
RA: RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS SINAIS CLÍNICOS
Leitões infectados, nas primeiras
Doença infecto-contagiosa do trato
semanas de vida, desenvolvem lesões
respiratório superior, podendo evoluir para
severas. Essas lesões geralmente são
progressiva e crônica. É caracterizada por
progressivas e com pouca possibilidade
atrofia dos cornetos nasais, além de deformar
de resolução.
o focinho causando desvio do septo nasal.

Lesões de cornetos encontradas ao


É uma doença de alta transmissibilidade e
abate, representam a ocorrência de
enzoótica em certas regiões, e, compromete
doença adquirida em qualquer idade de
animais na faixa de três a oito semanas de
vida.
vida.

Deformação das estruturas nasais:


modifica entrada e fluxo de ar nas
CLASSIFICAÇÃO TRANSMISSÃO fossas nasais;
Não progressiva: elimina barreira protetora física
Contato (suíno infectado com não (permitindo entrada de partículas
causada pela Bordetella bronchiseptica;
infectado); suspensas no ar no aparelho
lesões superficiais;
Através de aerossóis; respiratório, causando problemas).
não causa tanto "desastre" no animal.
Porcas cronicamente infectadas
transmitem para os leitões através do
Progressiva:
contato nasal durante o período de
causada pela Bordetella bronchiseptica e
amamentação;
Pasteurella multocida (A e D);
Leitões para outros suínos no
lesões maiores, com aspecto macroscópico
reagrupamento do desmame e início de
de atrofia dos turbinados e outros ossos,
crescimento.
desvio e encurtamento do focinho e
formação de crostas.
PÁG. 6 PATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS
Sintomas: DIAGNÓSTICO
espirros;
corrimento nasal mucoso; Diagnóstico Clínico: realizar em leitões a
formação de placas escuras nos ângulos partir de cinco semanas de idade.
internos dos olhos (obstrução canal
lacrimal); Diagnóstico Definitivo: através do exame
desvio do focinho; das conchas nasais de leitões, com cinco a
formação de pregas na pele que o recobre; dez semanas de idade, ou em animais
sangramento nasal intermitente (casos enviados ao abate.
mais graves);
Recomendação: realizar o exame em no
Além disso, causa: mínimo 20 animais, provenientes de várias
redução do desempenho do animal; leitegadas.
aumento da mortalidade;
custos com tratamentos e vacinas;
condenações de carcaças em abatedouros. PREVENÇÃO
Manter o ambiente do criatório mais livre
possível de estresse imunológico, social e
COMO OCORRE nutricional e ter cuidado com
transferência de leitões no reagrupamento
As bactérias se aderem fortemente às células de fases;
da mucosa nasal, se multiplicando e Medicação nas porcas por 7 dias antes e 15
produzindo uma toxina capaz de causar perda após o parto - por 35 dias;
parcial dos ossos das conchas nasais. Vacinação de leitoas e leitões;
leva cerca de duas a três semanas após a Avaliação de efeitos após 6 meses.
infecção para isso acontecer.
PÁG. 7 PATOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
APLASIA MEDULAR EM CÃES
APLASIA MEDULAR AGUDA CRÔNICA
Doença conhecida como Anemia Aplásica, Sinais clínicos inicias, como leucopenia e Caracteriza-se por neutropenia,
sendo rara em cães e gatos, ela caracteriza-se trombocitopenia - aparecem geralmente após 2 trombocitopenia e anemia moderada a
por uma pancitopenia em sangue periférico e semanas do início da injúria medular. intensa. Sua repopulação medular é
uma hipoplasia dos três tipo celulares: incerta e pode levar de semanas a
eritróide, mielóide e megacariocítica - na Neutropenia desenvolve-se entre 5-6 dias após início meses.
medula óssea, resultando assim na da injúria, seguida pela trombocitopenia entre 8-10
substituição do tecido hematopoiético por dias. Os mecanismos podem ser divididos
um tecido adiposo. em:
Além de anemia discreta ou ausente no início, pois 1. Destruição das células tronco ou
É classificada em aguda ou crônica e não há as hemácias dos cães possuem uma meia-vida em progenitoras;
predileção por raça, sexo ou idade. torno de 120 dias. 2. Mutação genética, resultando em
diminuição da capacidade
No mielograma são observadas áreas multifocais de proliferativa das células tronco;
CAUSAS necrose, células hematopoiéticas degeneradas e 3. Desregulação de citocinas
Agentes infecciosos; aumento do número de macrófagos. hematopoiéticas e alterações no
Drogas; estroma.
Toxinas; Entre 10-14 após a remoção da causa, as células
Radiação; tronco repopulam a medula óssea com as células
Causas idiopáticas. progenitoras. Citopenias periféricas se resolvem
então.
Sem causa definida: idiopática por exclusão.

Causas de pancitopenia e aplasia medular


varia de acordo com a região.
PÁG. 8 PATOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
APLASIA MEDULAR EM CÃES
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO
Antes de fechar o diagnóstico para Aplasia Medular, tratamentos específico ainda não estão bem É relacionado à causa da aplasia medular e
deve-se excluir outras possíveis causas de definidos. A conduta clínica deverá ser de acordo sua característica, sendo aguda ou crônica.
pancitopenias, como as associadas à mielofitise por com a sua causa, como por exemplo, suspender
leucemias e mielofibrose, síndrome mielodisplásica administração da droga suspeita ou o tratamento
(SMD), mielonecreso, aplasia pura da série vermelha para hemoparasitoses.
e síndrome hemofagocítica.
Citopeninas presentes = tratamento de suporte é
Excluir também possibilidade de doença renal essencial!
crônica e tumores testiculares ectópico ou em bolsa
escrotal. Susceptibilidade a infecções bacterianas
aumenta em casos onde há neutropenia intensa
A avaliação do hemograma e a punção aspirativa da = indicado o uso de antibióticos de amplo
medula óssea são fulcrais nesse diagnóstico, além de espectro para controle de possível infecção.
também ser recomendado uma biópsia medular. No
hemograma, será notado anemia arregenerativa Trombocitopenias e anemias intensas = indicado
normocítica, normocrômica, leucopenia por transfusão de plasma rico em plaquetas e
neutropenia e trombocitopenia. concentrado de hemácias, respectivamente.

Particularidades observadas por ação de Tentativas com altas doses de predinisona ou


quimioterápicos: alterações degenerativas ciclosporina = indicado apenas ao excluir todas
observadas no mielograma, incluindo fragmentação as outras causas de aplasia medular.
nuclear e alterações displásicas.
PÁG. 9 PATOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA EM EQUINOS
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA (ICC) EM EQUINOS SINAIS CLÍNICOS
Doença caracterizada pela disfunção Uma das doenças mais graves e comum na Respiração ofegante;
ventricular esquerda que resulta em uma espécie, sendo principalmente em animais Cansaço;
função hemodinâmica e em uma redução da que desempenham funções atléticas. Inchaço;
capacidade funcional tanto do miocárdio
Baixa circulação;
quanto da musculatura esquelética.
Espuma em demasia na boca.
FATORES
Causa também uma diminuição da função
ventricular e do débito cardíaco, sendo que Os principais fatores que colaboram para que
esse débito cardíaco acaba sendo insuficiente essa doença se manifeste, são:
para realizar as demandas metabólicas do PREVENÇÃO
corpo, causando assim, dano muscular Uso indiscriminado de anabolizantes;
periférico. Estresse; Alimentação balanceada;
Exercício exacerbado; Exercícios e treinos moderados.
Miocardites e Endocardites;
Microorganismos.
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS
Redução da capacidade funcional; DIAGNÓSTICO
Má qualidade de vida. Anamnese;
Exames físicos e laboratoriais (enzimas
Sintomas atribuídos à: marcadoras de lesão cardíaca);
Anomalias do músculo esquelético; Eletrocardiograma;
Função vascular. Ultrassonografia.

Manejo e equipamentos corretos são fulcrais


para obter resultado precoce.
PÁG. 10 PATOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
TIMPANISMO EM RUMINANTES
TIMPANISMO Esse gás fica disperso na forma de pequenas SINAIS CLÍNICOS
bolhas no líquido ruminal, e sua incapacidade
Distúrbio metabólico que ocorre em animais Volume ruminal;
de escapar dessa mistura espumosa vai
ruminantes e que impede que o animal Dores abdominais;
depender da tensão superficial do líquido e
elimine os gases produzidos durante a Aumento frequência
do estado coloidal dos sólidos dissolvidos.
fermentação ruminal, uma causa comum de respiratória;
morte entre os bovinos. Salivação;
Essas bolhas são formadas através de
Cloroplastos e outras matérias vegetais que Distensão dos
Caracterizado pela distensão acentuada do membros.
estão em partículas e suspensas no mesmo
rúmen e retículo, pode acarretar um quadro
líquido ruminal, além de também servirem
de dificuldade respiratória e circulatória, com
como meio de colonização para
asfixia e morte do animal. Sendo também,
microrganismos e facilitar a formação de gás. TRATAMENTOS
classificado em primário e secundário.
Para Timpanismo
Alterações na quantidade e qualidade da
Espumoso:
saliva produzida também pode ser uma
PRIMÁRIO: TIMPANISMO ESPUMOSO influência!
Agentes
antiespumantes.
Ocorre a distensão do rúmen. Causa
desconforto e o animal pode permanecer em SECUNDÁRIO: TIMPANISMO GASOSO Para Timpanismo
pé e deitar frequentemente. Gasoso:
Nesse caso, ocorro dificuldade de eructação,
O aumento na tensão superficial do Sonda e
sendo que o excesso de gás fica livre no topo
líquido ruminal ou de sua viscosidade, procedimento
do conteúdo ruminal.
fazem com que as bolhas de gases cirúrgico;
presentes na espuma se mantenham Trocater e cânula.
Resulta de alguma obstrução física da via
por longos períodos na ingesta e não se esofágica ou faríngea, podendo também ter
desfaçam, impossibilitando assim, sua outras causas como abscessos, linfonodos
eliminação. inchados, etc.
PÁG. 11 PATOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
DOENÇA RENAL CRÔNICA FELINA
DOENÇA RENAL CRÔNICA EM FELINOS (DRC) SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO
A Doença Renal Crônica (DRC) é considerada Estágios iniciais são assintomáticos; Necessário uma anamnese e exame físicos completos com
uma condição morfofuncional progressiva e Azotêmicos (aumento de concentrações exames laboratoriais e de imagem, tais como:
irreversível de um ou ambos os rins, com séricas de ureia e creatinina); Bioquímica Sérica (Creatinina, Ureia, etc);
evolução insidiosa. etiologia heterogênea Poliúria e polidipsia; Hematologia (Hemograma e contagem de reticulócitos
(pode não ser identificada) e com evolução Perda de peso; agregados);
superior a 3 meses. Sarcopenia; Hemogasometria;
Perda da qualidade dos pelos; Exames de Urina (Urinálise, UPC, Cultura e
Apresenta componente patológico Desidratação; Antibiograma);
basicamente tubular e não é uma afecção Constipação; Diagnóstico por Imagem.
verdadeira, e sim, uma síndrome progressiva e Sinais de Uremia (halitose, êmese, diarreia,
multifatorial que culmina na inflamação letargia, fraqueza, alterações no apetite,
intrarrenal crônica associada à fibrose. anemia, encefalopatia); TRATAMENTO
Caracterizada por quadro histopatológico Mucosa hipocoradas;
O tratamento da DRC não tem cura e não trata as lesões
comum denominado: Nefrite Halitose;
teciduais que são irreversíveis, mas sim, faz a
Tubulointersticial (NTI). Ulcerações na cavidade oral;
renoproteção, manutenção e tratamento sintomático de
Rins diminutos e irregulares;
suporte.
Etc.
CAUSAS Em gatos descompensados é necessário hospitalização,
Doença Renal Policística; CONDIÇÕES CONSEQUENTES À DRC fluidoterapia intravenosa e correção de distúbrios
Neoplasias Renais; eletrolíticos e ácido-básicos.
Amiloidose; Acidose Metabólica;
Lesão Renal Aguda; Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); Hidratação; Dietas de Prescrição; Correção de distúrbios
Pielonefrites; Hiperparatireoidismo Renal Secundário associados a excessos ou déficits; Nutrição adequada;
Glomerulopatias. (HPTR); Renoproteção ou Nefroproteção; etc.
Hipopotassemia;
Anemia e Caquexia.
PÁG. 12 PATOLOGIA DO SISTEMA LOCOMOTOR
OSTEOARTROSE EM EQUINOS
OSTEOARTROSE LESÕES DIAGNÓSTICO
Conhecida também por Artrose, é uma doença Afetam tanto membros anteriores quanto Combinação de exames de imagens de
articular caracterizada por uma lesão não posteriores, porém a maior incidência está Radiografia e Ultrassonografia.
inflamatória das superfícies articulares, onde, nos posteriores, pois fazem maior esforço na
irá ocorrer uma degeneração e perda da locomoção do animal, contribuindo para
cartilagem articular por perda da matriz impulsos e absorção de impacto no solo.
hialina e morte dos condrócitos (componentes TRATAMENTO
da estrutura da cartilagem articular). Pode ocorrer deslocamento de menisco
Administração de fármacos de Condroitina
medial ou lateral, sendo que a largura e
(IM, SC ou VO) - substâncias que fazem parte
espessura podem contribuir para a lesão.
do mecanismo de ação da cartilagem e que
podem induzir a regeneração em alguns casos.
Além de promover a proteção dos condrócitos
CAUSAS EQUINOS através da inibição inflamatória e estresse
oxidativo (ótimo fármaco de segurança sendo
Envelhecimento natural; usado a longo prazo).
Deficiências nutricionais; Afeta diferentes raças, principalmente animais
Desgaste normal da articulação; atletas mais velhos. Pode ser unilateral ou
Ou, Stanozolol que pode ser usado sem
Causas secundárias como: lesão bilateral e os sinais clínicos são:
restrições por não causar efeitos colaterais.
traumática aguda, evolução de doença Claudicação evidente com elevação de
Tem efeito de reduzir dor e grau de
articular degenerativa, osteoartrite, garupa do membro afetado;
claudicação, tanto em casos agudos quanto
osteocondrite dissecante, osteocondrose, Relutância em permitir flexão do membro;
crônicos, melhorando a flexão da cartilagem
exercícios intensos e outros. Não suporta longos períodos de elevação
acometida - usado como alternativa para
do membro contralateral.
prolongar carreira atlética do animal.
PÁG. 13 PATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS NEUROLÓGICAS
SÍNDROME PARANEOPLÁSICAS NEUROLÓGICAS (SP) SINAIS CLÍNICOS
Distúrbios raros em cães, representando morbidade Fraqueza;
significativa e servindo como importantes indicadores de Intolerância a exercícios;
diagnósticos e prognósticos. Hipotonia muscular;
Paresia ou paralisia de membros torácicos e/ou pélvicos;
Afecções paraneoplásicas afetam mais o SNP do que o SNC. Atrofia muscular neurogênica;
Já foram encontradas em cães com linfoma, leucemia Reflexos espinhais reduzidos ou ausentes.
mielomonocítica, insulinoma, adenocarcinomas prostáticos e
pancreáticos.

Neuromiopatias paraneoplásicas já foram observadas em


timoma, carcinoma brônquico, linfoma, carcinoma biliar,
adenocarcinoma intestinal e seminoma simultâneo a As Neoplasias Malignas podem induzir síndromes
adenocarcinoma de glândulas perineais. neurológicas paraneoplásicas clínicas ou subclínicas.

Podem induzir desenvolvimento de lesões no sistema Em cães existe diagnóstico diferencial em idosos com
nervoso mediante efeitos indiretos ou paraneoplásicos. distúrbios neurológicos.

Em cães, as alterações neurológicas paraneoplásicas


normalmente são as polineuropatias, raras, e a miastenia
grave.
PÁG. 14 PATOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO EM CÃES
HIPERTIREOIDISMO SECUNDÁRIO ACOMETIMENTO
Afecção clínica endócrina causada por produção Consequência da falha no desenvolvimento Animais na meia-idade (4-10 anos);
ou secreção ineficiente de hormônios hipofisário ou pela disfunção das células Raças predispostas (Boxer, Dachshund, Doberman,
tireoidianos, classificada de acordo com a tireotróficas da hipófise, resultando na Golden Retriever, Dinamarquês, Setter, Schnauzer mini e
localização do problema dentro do complexo diminuição da secreção de TSH e gigante, Pointer, Poodle, Beagle, Cocker Spaniel,
glandular hipotálamo-hipófise-tireóide e, secundariamente na deficiência de T3 e T4. Sheepdog, Dálmata);
subdividida em primário, secundário, terciário e Não tem predisposição sexual;
congênito. Animais castrados (associado ao efeito dos hormônios
sexuais no sistema imune).
TERCIÁRIO
Consequência da secreção deficiente do TRH
PRIMÁRIO pelos neurônios peptidérgicos nos núcleos
SINAIS CLÍNICOS
Tipo mais comum em cães (90% dos casos), supra-óptico e paraventriculares do Influência na função de vários órgãos, sendo que os sinais
decorrente de problemas na própria tireóide e hipotálamo. A ausência dessa secreção pode são muito variados e podem ser isolados ou associados e
geralmente causando sua destruição. levar à deficiência da secreção de TSH e atrofia ocorrendo de maneira gradual e sutil. Sua severidade
folicular secundária da tireóide. também tem relação com a idade e tempo de acometimento
Achados histológicos mais comuns: do animal pela doença. Em geral:
Tireoidite linfocítica (50%); Não relatada em cães, extremamente rara. Letargia;
Atrofia idiopática da glândula tireóide (40-45%). Inatividade;
Aumento de peso sem aumento de apetite;
CONGÊNITO Intolerância ao frio e exercícios;
Retardo mental;
Relatado em filhotes, sendo afecção rara e em
Alopecia bilateral simétrica não pruriginosa (poupando
geral os animais vão à óbito precocemente.
cabeça e extremidades);
Denominada Cretinismo.
"Cauda de rato" (queda de pelos no rabo);
Etc.
PÁG. 15 PATOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO EM CÃES
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Anamnese de sinais clínicos;
Suplementação hormonal;
Testes de função da tireóide e na resposta da
Terapia adicional com glicocorticoides e
terapia de reposição hormonal;
cobalto (Hipotireoidismo Secundário e
Achados laboratoriais (hipercolesterolemia e
Terciário);
hipertrigliceridemia e outros);
Levotiroxina Sódica (T4 sintética).
Achados histopatológicos;
Biópsias de pele;
Exames de imagem (em caso de
desonvolvimento através de tumor invasivo da
tireóide);
Ultrassonografia;
Cintigrafia nuclear;
Etc.
PÁG. 16 DERMATOPATOLOGIA
ALOPECIA X
ALOPECIA X RAÇAS FREQUENTES Ou seja, se houvesse uma deficiência no GH ele
deveria afetar mais do que apenas os pelos dos cães.
Doença em que sua patologia ainda é Chow Chow
meramente desconhecida. Ou seja, existe uma Pomerânio O hormônio de crescimento provavelmente irá
grande compreensão em relação ao Kess-Hound ocasionar uma melhoria na repilação de alguns cães
diagnóstico e a melhor opção para o Samoieda por induzir folículos pilosos em repouso a iniciarem
tratamento. Huskie Siberiano um ciclo anágeno (mecanismo exato em que o
Malamute do Alasca hormônio atua também não é conhecido).
Outros nomes: Pseudo-Cushing, Dermatose Poodle miniatura
Responsiva ao Hormônio de Crescimento, Spitz Alemão (não consta no artigo, mas
Dermatose Responsiva a Castração, Alopecia observei através dos estágios que realizei TEORIA DA SÍNDROME DA HIPERPLASIA
Responsiva a Biópsia, Síndrome da Hiperplasia que é uma raça bem comum com
Adrenal Congênita, Pós-Clipping Alopecia, problemas de Alopecia geral)
ADRENAL (1990)
Dermatose Responsiva ao Mitotano e Acreditou-se que a Alopecia X poderia ter sido
Dermatose Responsiva a Melatonina. atribuída a uma superprodução de hormônio
TEORIA DA DEFICIÊNCIA DO HORMÔNIO esteróides adrenais intermediários.
A diversidade de nomes são descritivos e
baseados nos diferentes resultados de
DE CRESCIMENTO (1988)
Nos estudos, ambos pomerânios acometidos e outros
avaliação endócrina e/ou respostas clínicas Duvidava que a deficiência de hormônio de clinicamente sadios apresentaram irregularidade nas
aos diversos tratamentos utilizados. crescimento era o mecanismo patológico da concentrações séricas de esteróides intermediários
Alopecia X. da glândula adrenal e hormônios sexuais.

Teste realizado com administração de Xilazina A teoria diz que poderia haver uma deficiência parcial
ou hormônio liberador do hormônio de da enzima 21-hidroxilase e que resultaria no aumento
crescimento (GHRH), mostrou resultados de da concentração de 17-hidroxiprogesterona,
concentrações de GH dentro dos limites de proporcionando assim, mais substrato para formação
referência. de androstenediona e estradiol.
PÁG. 17 DERMATOPATOLOGIA
ALOPECIA X
Mas foi descartada essa ideia, pois seria NOVAS TEORIAS Conforme progride:
improvável por muitas razões como o fato e os sub-pelo macio é continuamente perdido na região do
cães não possuírem folículos andrógeno- Foca na genética como causa e em receptores tronco, pescoço e as vezes da cauda, sem significativo
dependentes e de a administração de dos folículos pilosos, onde genes que crescimento.
metiltestosterona resultar no crescimento de controlam o crescimento do pelo podem ser
pelos em alguns cães com esta condição. responsáveis por tais defeitos. Evolução do quadro:
cão aparece revestido na cabeça, extremidades dos
O Instituto de Genética de Berna (Suíça) apoia membros e na cauda, completamente alopécico ou com
TEORIA DA HIPERCORTISOLEMIA a hipótese de que a genética pode contribuir mechas finas de pelo difuso no tronco.
para essa doença, porém ainda não
Indica níveis elevados de cortisol sérico como encontraram uma mutação específica Exposição dessa pele pode resultar em danos e
causa. predisponente. hiperpigmentação, tornando a fina e hipotônica. Seborreia
secundária leve e piodermite superficial também podem
No estudo feito, os cães apresentaram Teorias recentes ainda apontam o descontrole ocorrer. Além de, alteração na cor e qualidade da pelagem
aumento nas taxas de cortisol e creatinina no receptor folicular local como causa restante.
urinária, porém, não foi observado aumento primária.
da concentração sérica de cortisol após Os pelos tem tendência de crescerem após estímulos
estimulação com ACTH. traumáticos externos e o animal não apresenta qualquer
ASPECTOS CLÍNICOS sinal clínico sistêmico, exceto quadro dermatológico.
Outro fato, é que a Alopecia X causa indução
de fase anágena (crescimento de pelo em Doença de evolução lenta.
locais de trauma), e os glicocorticóides
(excesso de corticosteróides) causa efeito Sinais iniciais:
contrário, ou seja, não nasce pelo após trauma presença de pelagem seca e opaca com
cutâneo. perda de pelos primários e retenção de
pelos secundários.
PÁG. 18 DERMATOPATOLOGIA
ALOPECIA X
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Processo de eliminação; Castração;
Achados do exame físico; Melatonina;
Descarte de outras doenças
(hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, Laserterapia com LED Azul (trata bactérias e fungos e auxilia no
neoplasias gonadais, eflúvio telogênico e crescimento dos pelos) + Ozônioterapia (auxilia na imunidade)
displasias foliculares); = também não constado no artigo, mas utilizado com eficácia no
Exame histopatológico de material de tratamento de um paciente Spitz Alemão no meu estágio com a
biópsia; veterinária Mayara Maron - fotos abaixo).
Resposta terapêutica.

Achado sugestivo: presença de "folículos em


chama" = alteração caracterizada por projeções
de queratina a partir do tricolema.

Exemplo de tratamento de
Alopecia X com Ozônioterapia
do paciente do meu estágio,
Marley, Spitz Alemão.
PÁG. 19

Aula de Alterações Cadavéricas – Slide do Professor Renan Bignotto Ferreira – 2022.

Aula de Nutrição de Ruminantes – Slide da Professora Juliana Silva.


BIBLIOGRAFIA
“Doença Respiratória Bovina (DRB)” – Ana Carolina Janssen Pinto e Gustavo Perina Bertoldi – Grupo de estudos da UNESP – 10 de setembro de 2012.

Agroline, Produtos Agropecuários – “Doença respiratória em bovinos: o que é a DRB bovina?” – 31 de janeiro de 2023.

“Rinite Atrófica dos Suínos” – Revista Científica Eletônica de Medicina Veterinária por AVANTE Michele Lopes, ZANGIROLAMI Filho Darcio, FERREIRA Manoela Maria Gomes,
ROSA Bruna Regina Teixeira, MARTINS Irana Silva – janeiro de 2008.

“Aplasia Medular em Cães” – Lívia Fagundes Moraes, Regina Kiomi Takahira – 19 de fevereiro de 2010.

Artigo Científico de Lisiani Saur – “Efeitos do exercício físico e da estimulação elétrica sobre as características morfológicas do músculo esquelético na insuficiência
cardíaca experimental” – Portal Alegre, 2010.

Artigo Científico de Larissa Thais Schmidt, Chayanne de Mendonça Camargo, Patricia Wolkmer – “Insuficiência cardíaca em equinos” – sem data.
Portal Escola do Cavalo, “Sintomas da insuficiência Cardíaca em Equinos” – 28 de dezembro de 2016.

Revista Científica Eletônica de Medicina Veterinária – “Timpanismo em Ruminantes” – PAGANI, João Alberto Barbosa e Thais – janeiro de 2008.

Artigo científico de Maria Alessandra Martins Del Barrio – “Doença Renal Crônica Felina DRC” – Fevereiro de 2019.

Relato Supervisionado de Franciélli Pizzuti Nascimento, Roberta Carneiro da Fontoura Pereira, Denize da Rosa Fraga, Cristiane Elise Teichmann, Cristiane Beck –
“Osteoartrose Unilateral da Articulação Femurotibiopatelar em Equino da Raça Brasileiro de Hipismo” – Evento: XVIII Jornada da Extensão.

“Síndromes Paraneoplásicas em Cães” – Chaiane Medeiros Peres – Santa Maria, RS, 2012.

TCC de Júlio de Mesquita Filho – “Hipotireoidismo em cães: Aspectos gerais” – Botucatu, 2009.

“Alopecia X: a evolução da etiopatogenia” – Revisão de Literatura – Joyce Venâncio, Romeika Karla dos Reis Lima, Roberto Rômulo Ferreira da Silva e Rogério de Holanda –
Outubro de 2015.

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