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TREINAMENTO
DESPORTIVO
Duração: Métodos arcaicos de preparação física das antigas civilizações até o surgimento
do Renascimento (século XV).
Fatos Históricos:
Na pré-história, o homem primitivo tinha duas grandes preocupações: atacar e defender-
se.
A preparação dos atletas helênicos em muito se assemelhava ao treinamento empregado
em nossos dias: corridas, marchas, lutas, saltos etc. Usavam sobrecargas, preparação
psicológica e dietas especiais para treinos e competições. As sessões de treinamento
eram constituídas em aquecimento, volta à calma e massagens. As atividades eram
organizadas em ciclos de treinamento chamados de “tetras”.
Aproveitando os conhecimentos esportivos dos gregos, os romanos passaram a treinar
seus soldados a fim de torná-los imbatíveis em combate, profissionalizando o esporte de
forma degradante.
Finalizado com o surgimento do Renascimento, onde a busca pelo conhecimento passou a
ser uma constante. O que influenciou importantes modificações na educação física e nos
desportos.
Fatos Históricos:
Baixa qualidade nos treinamentos pela falta de conhecimentos aprofundados sobre
biologia humana na época.
A Inglaterra foi o primeiro país a orientar as atividades esportivas. A preferência por
corridas atléticas, em especial as de longa duração, que foram utilizadas como recreação e
também como preparação do exército britânico. Mais tarde, começaram a se interessar
também pelas distâncias mais curtas.
Os treinadores norte americanos influenciados pelas formas de trabalho utilizadas pelos
ingleses, propuseram dividir a distancia total da corrida em frações. Eram percorridas em
velocidades próximas a máxima, e entremeadas com um intervalo para recuperação
orgânica. Surgia o “treinamento fracionado”.
Fatos Históricos:
Neste período, evidencia-se a necessidade de controle das cargas de trabalho a serem
ministradas durante o treinamento.
1912 – Pihkala, treinador finlandês, foi um dos criadores do interval-training.
1920 - Krummel, estudioso seguidor da tendência norte americana, sugere a diferença
entre resistência e endurance e a possibilidade de treiná-las com aplicação de pequenas
distâncias no treinamento.
A partir de 1930 - Gosse Holmer, treinador sueco, desenvolve o “Fartlek” (corrida com
variação de velocidade), partindo do princípio de que os atletas deveriam evitar utilizar os
bosques, campos, etc., para o desenvolvimento da velocidade e resistência.
Fatos Históricos:
Surgem os primeiros experimentos científicos, apesar da escassez de recursos financeiros
desviados para a guerra.
Década de 30 e 40 – O alemão Woldemar Gerschller foi o primeiro cientista a enfocar o
princípio da especificidade, realizando as sessões de treino dos corredores em épocas
próximas as competições importantes, na pista de atletismo. Outro estudioso alemão, Toni
Nett, foi o precursor da periodização, organizando o tempo disponível para treinamento,
estabelecendo objetivos a serem alcançados a curto, médio e longo prazo.
Por volta de 1945 – O corredor tcheco, Emil Zatopeck, introduziria o treinamento de
intervalos, com o qual surpreenderia o mundo desportivo da época com resultados
fantásticos.
1948 - O médico e treinador húngaro Mihaly Igloi considerava o fato dos atletas possuírem
diferentes condições hereditárias, observando preocupação com a individualidade
biológica pela primeira vez.
Fatos Históricos:
Multiplicação de laboratórios para investigação da fisiologia do exercício.
1952 - os estudos de Gerschller constataram que o mais importante no treinamento de
intervalos é o benefício do treinamento produzido durante as pausas (ativas ou
proveitosas) e não durante os esforços. O método passa a ser chamado de treinamento
de intervalos ou interval-training.
1963 - o belga Raul Mollet foi o primeiro a considerar o processo de treinamento
desportivo dentro de uma globalidade. Passou a considerar, o atleta como um ser social
inteligente, interagindo não só com outras partes envolvidas no processo de treinamento,
mas também com o meio ambiente. Instituiu-se assim o “Treinamento Total”.
Fatos Históricos:
As novas concepções aliaram-se ao crescente interesse político pelos grandes resultados
desportivos, que poderia representar supremacia das nações. O esporte de alto
rendimento se torna um eficaz meio de propaganda de ideologias políticas.
O uso da informática passou a ser fundamental na planificação do treinamento, bem como
na correção de gestos técnicos e análise tática das situações de competição.
Guerra Fria - Estados Unidos, seguidos por Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do
Sul mantiveram as universidades como principal centro de pesquisas, disponibilizando
muitos recursos tecnológicos. Liderada pela extinta União Soviética, os países do bloco
socialista, tinham o Estado como responsável pelo desenvolvimento desportivo desde
criança. Como nos Estados Unidos as universidades eram centros de treinamento
sofisticados.
O Brasil se beneficiou mediante estágios realizados em centros de treinamento e
pesquisas científicas da antiga Alemanha Ocidental e outros países europeus não-
socialistas.
Fatos Históricos:
O esporte se tornou sem dúvida um dos mais eficientes produtos para divulgação do nome
e marca de seus anunciantes e patrocinadores. As empresas passaram a se interessar
pela promoção institucional do esporte. As competições de alto nível se tornaram
verdadeiros shows, onde as companhias divulgam seus produtos, investem em atletas
(são considerados verdadeiros astros) ou equipes, bem como promovem e administram
eventos desportivos.
Fonte: Almeida, Hélio; Almeida, Dulcenira; Gomes, Antonio Carlos. Uma ótica evolutiva do
treinamento desportivo através da história. Revista Treinamento Desportivo, Curitiba, v. 5, n. 1,
p. 40-52, 2000.
PLANIFICAÇÃO DO TREINAMENTO
ANALISAR
ESTUDO PRÉVIO:
Esportes Individuais – Conhecer: Nível de rendimento atingido nas etapas anteriores;
Verificar se os objetivos estabelecidos foram atingidos; Nível de treinamento realizado;
Perfil do indivíduo (atleta); Recursos disponíveis para a preparação.
ANALISAR
ESTUDO PRÉVIO:
Perfil do indivíduo – Conhecer os resultados de marcas oficiais e de testes:
Análise intra-pessoal (valores absolutos e relativos; Análise evolutiva pessoal; - Análise
inter-pessoal (grupal e esteriotipada); Análise evolutiva da modalidade
PLANEJAR:
Fazer Previsão: Análise; Programação; Sequencialização; Temporalização; Execução;
Revisão.
PLANEJAR: PREVISÃO
Características Temporal dos Objetivos:
CURTO: Sessão; Micro; Meso
MÉDIO: Temporada
LONGO: Várias Temporadas
PROGRAMAÇÃO:
Processo organizacional de ordenação e vinculação cronológica, espacial e técnica das
ações, atividades e recursos necessários para atingir em um determinado momento metas
específicas que contribuem aos objetivos gerais da planificação.
PROGRAMAÇÃO: (FASES)
Racionalização das estruturas intermediárias;
- Distribuição na carga de trabalho;
- Eleição dos métodos, meios e formas de
Treinamento;
- Seleção PROGRAMAÇÃO:
Eleição dos métodos/meios/formas:
4.Magnitude: Volume (Global e Relativo); Intensidade (Parcial e Relativa)
5.Organização: Distribuição (Regular ou Concentrada); Interconexão (Simultânea ou
Seqüencial)
dos estímulos;
- Resposta aclimativa / adaptativa específica
PROGRAMAÇÃO: (FASES)
Calendário de Competições
- Longo e Curto Período Competitivo
- Modelo Competitivo;
- Número de Competições;
- Priorização Competitiva
PROGRAMAÇÃO:
Eleição dos métodos/meios/formas:
1.Nível de Especificidade: Carga do Objetivo Geral; do Objetivo Especial; do Objetivo
Competitivo
2.Potencial de Treinamento: Reserva aclimativa/adaptativa; Nível de Treinamento; Estado de
Partida
PROGRAMAÇÃO:
Eleição dos métodos/meios/formas:
6. Variante dos Exercícios: Agachamento Sem Material; Com a Barra; Agachamento
Completo; Agachamento 90º. O Movimento pode ser: Explosivo; Controlado; Continuado
ADAPTAÇÃO
• Todo estímulo (carga) provoca uma resposta de importância diretamente
proporcional à sua intensidade e uma elevação ou stress do estado funcional.
• Esta diretamente relacionada com a aplicação de carga e adaptação biológica ao
treinamento:
Carga – um estímulo que provoca o distúrbio da homeostase.
Homeostase – estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos
do organismo vivo e a ação do meio ambiente.
• Sempre que a homeostase é perturbada, o organismo dispara um mecanismo
compensatório para recompor o equilíbrio.
Médios Excitação
Fortes Adaptação
Princípio da Sobrecarga
Individualidade Biológica
Carga de trabalho %
100
80
60
40
20
0
Sábado
Quinta
Domingo
Terça
Quarta
Segunda
Sexta
A iniciação esportiva não ocorre na mesma faixa etária para todas as modalidades, pois
algumas delas, como a ginástica olímpica, o componente técnico é tão importante que deve
ser iniciado precocemente, antes da terceira infância para evitar a maturação do SNC e a
dificuldade para aprender movimentos que requerem excelência técnica (MARQUES, 1997).
-A formação esportiva deve ser poliesportiva e multifuncional;
-A rotina de treinamento deve ser evitada com atividades lúdicas;
-As avaliações em crianças e adolescentes tem o objetivo de acompanhar o processo de
crescimento e desenvolvimento, pois o jovem pode estar adiantado ou atrasado
biologicamente, levando a erros de compreensão da performance do atleta.
-Resultados podem acontecer precocemente pela sensibilidade ao treinamento ou pela idade
biológica estar adiantada e não pela prescrição aguda do treinamento.
Anaeróbio desfavorável
Antes da adolescência
Aeróbio favorável
Na adolescência Aeróbio e anaeróbio
favoráveis
FORÇA
.
PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO
MACROCICLO
→Pode ser: Anual, Semestral e quadrimestral, sempre de acordo com o grau de exigência
do desporto a ser trabalhado.
MICROCICLO
Tipos de Microcilo:
→Microciclo de Incorporação – Tem objetivo possibilitar a passagem gradual do atleta de
uma situação de transição para a realidade do treinamento.
MESOCICLO
A sua duração será entre 21 a 35 dias em média o que equivale a mais ou menos 3 a 6
micros ciclos).
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS