descascar um abacaxi todas as manhãs 23 NOVEMBRO 2023 | 2min de leitura
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A rotina do CIO é descascar um abacaxi todas
as manhãs, sem deixar de plantar, à noite, novas frutas no pomar. A avaliação, de um ex-diretor de tecnologia de um grande banco já aposentado, se encaixa como luva nos dados da pesquisa da Lozinsky Consultoria de Negócios, que ouviu 84 líderes sobre o trabalho no setor.
Conforme o estudo, o que mais caracteriza o
atual momento das áreas de TI nas empresas é manter uma atuação alinhada com o planejamento acordado com a direção, sem esquecer de resolver, de forma imediata, obrigações urgentes - cenário apontado por quase metade (47,5%) dos entrevistados.
Na mesma linha, ao serem questionados
sobre os compromissos que tomam tempo da agenda sem agregar valor ao trabalho, a maioria dos executivos indicou o envolvimento direto com problemas operacionais (58%) e reuniões com fornecedores pouco sintonizados com o crescimento da organização (50%).
Na Volkswagen, Cristina Cestari, CIO da
montadora para a América do Sul, diz que além dos acertos diários - que garantem a fluidez das operações e o plano estratégico da administração - faz questão de se envolver em iniciativas locais e globais relacionadas a temas decisivos para o setor, como a inteligência artificial e a internet das coisas (IoT).
executivo de TI — Foto: Pexels
Para dar conta do recado, coordena oito
gestores diretos e 19 líderes que cuidam de um time de 193 profissionais na região. O CIO deve mostrar uma liderança técnica e “comportamental”, ensina. “É fundamental ser acessível, ter influência junto à equipe e garantir o engajamento nos projetos”, diz. “Temos desafios na captação e retenção de pessoas.”
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A percepção de Cestari aparece na análise da
Lozinsky Consultoria. De acordo com o relatório, os principais diferenciais competitivos na atração e permanência de talentos nos departamentos de TI são oferecer flexibilidade no modelo de trabalho (63%) e garantir oportunidade contínua de crescimento (38%). Já o gerenciamento e o engajamento de equipes são apontados por metade (50%) dos entrevistados como uma aptidão indispensável dos diretores.
Na planilha de Luiz Fernando Borrego Filho,
CIO da Gol, há pelo menos seis grandes projetos encaminhados ou com previsão de término em dezembro de 2024, que perseguem resultados como economia de recursos e atualização tecnológica de sistemas. O Paperless (“Sem papel”, do inglês), iniciado em 2019, prevê a migração de documentos físicos para formatos digitais. Somente um dos objetivos do projeto, de redução de 30% dos aluguéis com impressoras nos aeroportos, deve provocar um corte anual de R$ 200 mil nas despesas.
Já a tarefa de renovação do sistema de gestão
empresarial (ERP) apresenta como gargalo o gerenciamento de vários fornecedores - pelo menos cinco. “Uma das minhas atividades é identificar oportunidades em que a tecnologia pode ajudar a empresa a se tornar mais eficiente e produtiva”, justifica Borrego.
No cronograma da CIO da Vivo, Denise Inaba,
um dos empreendimentos “fora da curva” pretende acelerar as metas de diversidade da companhia, deixando os sistemas acessíveis para funcionários com deficiência visual. “A entrega mais recente, focada nos programas usados pela equipe de atendimento, viabilizou a contratação de 80 colaboradores”, afirma Inaba.
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