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Licenciado para - Willian Mendes - 11026818737 - Protegido por Eduzz.

com

https://www.kinetyka.com/
Prof Ms Claudio Novelli

KINETYKA

O MÉTODO DEFINITIVO PARA AGILIZAR O DIA A DIA E SE TORNAR UM


PERSONAL TRAINER DIFERENCIADO EM MENOS DE UMA SEMANA.

3 PASSOS SIMPLES PARA AVALIAR E PRESCREVER TREINOS


PODEROSOS SEM PRECISAR INVESTIR FORTUNAS.
Professor Ms Claudio Novelli
CREF 35.946-G/SP.

**

Este material é um atalho para de anos de estudos, vivências e


aplicações práticas. Tudo mastigado, de forma simples para uso no dia a dia
do profissional de educação física, facilitando sua atuação como personal
trainer.

**

Agradecimentos em especial aos ícones Gary Gray, Gray Cook, Michael


Bolton, JC Santana, Peter Egoscue, José Antônio Gaiarsa, Guilherme Stamato
e tantos outros que hão de me perdoar a memória.
**

São Paulo, SP. Brasil.


Outubro de 2022.
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Kinetyka é uma palavra de origem grega que remete à ideia de
movimento.
No inglês, kinetics é a raiz de kinesiology, o equivalente à nossa
cinesiologia.
Estudei o movimento humano por mais de 25 anos, e continuando
estudando.

Sofri muito para montar os primeiros treinos para os meus clientes,


chegando a levar até mesmo 2 horas na época em que eu era um estagiário.
Do meu estágio na ACM de São Paulo para meu primeiro emprego na
sala de musculação do Hotel Renaissance foi um pulo.
Mas que eu vi nesses dois lugares, é que cada professor tinha sua
própria linha de atuação.

Avaliar era só pegar a pessoa, passar por uma anamnese ou


questionário como o IPAQ, pedir um atestado médico e pronto, já ia direto
fazer exercícios nas máquinas, pesos livres etc.
Aí sim é que apareciam algumas coisas muito relevantes como dores
nos ombros em certos movimentos, joelhos estralando, tensão na lombar após
treino, epicondilites depois de algum tempo de treino e por aí afora.
Já nessa época eu comecei a testar como eu poderia passar treinos que
ajudassem essas pessoas a atingir os resultados desejados.

E fazia isso mesmo se elas tivessem dores, sempre consultando uma


pilha de livros, e trabalhando basicamente só com musculação.

O que percebi é que eu tinha mais resultados quando me livrava do


personagem “professor de musculação” e assumia o papel de “professor de
movimento humano”.

Daí sim, tendo liberdade com embasamento, vivência em artes marciais,


calistenia e levantamento de peso, eu consegui criar minha própria linha de
atuação e me diferenciar dos demais personais ao meu redor.

Mas ainda não era o suficiente. Eu queria entregar mais sucesso para
os meus clientes.
Queria ser “o cara”. Queria ser a BMW, a Audi, a Ferrari, a Lamborghini
dos personal trainers.
Podem não ser o que mais vendem, mas são os mais desejados.
E foi pensando nisso, em estudar o movimento, em ser diferenciado, em
entregar o melhor para os meus clientes, que eu sempre busquei algo que me
saltasse aos olhos.
E o que foi muito fora da caixa para mim foi justamente parar de bater
na tecla da Bioquímica e Fisiologia do Exercício, a base do que aplicamos em
Treinamento aqui no Ocidente.
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A Biomecânica que fica de lado, esmagada às vezes em um semestre
junto com a cinesiologia, foi o que fez abrir minha visão com uma clareza
simples e absurda.
E foi justamente aí que eu achei o verdadeiro diferencial que me
permitiu ter um dia a dia mais lógico, organizado, fluido, sistemático, e que
passou a entregar muito mais resultado para quem me procurava.
Entende isso: ordem e progresso. Colocou em ordem, progredir fica
fácil.
E a cada ano que passa os treinos que eu entrego são mais rápidos de
prescrever, mais fáceis de os meus clientes fazerem, e os resultados acontecem
cada com maior taxa de sucesso.
Só que eu já estou ficando velho, e para mim é hora de passar o bastão.

É por isso que resolvi produzir esse material organizado em um método


simples, de apenas 3 passos. Para deixar meus colegas personais com uma
ferramenta poderosa nas mãos.

É para deixar um legado, um atalho que vai ajudar o profissional de


educação física, especialmente você que atua como personal trainer, a ter um
grande diferencial de mercado.
Isso, sem precisar estudar 25 anos, comer grama, dar tiro para todo
lado, e investir uma fortuna de dinheiro antes de começar a ver seus clientes
satisfeitos como você nunca viu.
Muita gente acredita que diferencial de mercado é andar com a barba
feita, se apresentar com roupa limpa, nunca parar de estudar, e chegar
sempre no horário.

Mas isso é nada mais do que SUA OBRIGAÇÃO. É para isso que um
cliente paga um personal trainer, para que ele seja PROFISSIONAL.
Ser diferenciado mesmo, para mim, é entregar para os clientes um
resultado que outros personais não entregam ou demoram demais para
entregar.
No final das contas, quem procura um personal quer economizar tempo
para ter resultado garantido, mais rápido, com segurança e saber de você o
seguinte: “ qual é o caminho que será percorrido e o que vai se ganhar
com isso? ”
E se você não conhece um caminho para indicar, qualquer caminho
serve. Mas é bem grande tanto a chance de você se perder quanto a de você
perder o seu cliente.
Talvez seja justamente por isso, por falta de clareza, que tem tanto
personal bom por aí com dificuldade de vender o próprio peixe.
Quem não consegue mostrar com clareza qual é o processo, qual é o
passo a passo, qual é o método que usa para criar uma progressão para o
cliente potencial, está fadado a ser mais do mesmo. Só mais um número de
Cref entre outros milhares por aí.
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É claro que ser organizado para poder se diferenciar não depende
somente de fazer uma avaliação prática e poderosa, mas sempre se começa a
organizar a casa pela porta entrada.
Agora, é bem verdade que o personal pode fazer vários tipos de
avaliação com várias técnicas diferentes, dependendo do objetivo do cliente.
Pode ser salto vertical, salto horizontal, VO2 pico, VO2 máx, 1RM, CVM,
dobra cutânea, bioimpedância, circunferências, pode usar IMC, RCQ, EMG... o
que não falta é opção.
A grande questão é: qual dessas diz para mim quais exercícios eu
devo ou não fazer para que meu cliente tenha o máximo de segurança e
progresso já nos treinos iniciais?
Esse é o segredo.

Será que meu cliente pode fazer um agachamento completo? Ou seria


melhor usar um leg press?

Será que ele pode fazer uma elevação lateral sem sentir dor? Ou seria
melhor aplicar um desenvolvimento?
Será que ele deve fazer exercícios de potência agora ou daqui um mês?

Devo colocar exercícios de mobilidade, de força ou ambos combinados


para ele agora?
Como é que eu vou melhorar o equilíbrio dessa pessoa?
Posso colocar um snatch ou um jerk com barra se o ombro não faz o
braço chegar ao lado da orelha?
E se meu cliente aparece com uma espondilolistese lombar, o que eu
faço?
Como eu dou treino para quem tem uma hérnia na coluna?
E agora virão as respostas para abrir nossos olhos.
Para isso, preciso deixar claro para você uma coisa: eu não sou contra
empregar a fisiologia do exercício na minha progressão de treinos. Muito pelo
contrário.
Eu me formei como primeiro da minha turma de fisiologia do exercício
na Escola Paulista de Medicina, aprendi muito lá, e uso conceitos da fisiologia
até hoje nas minhas prescrições.

Mas eu quero que você abra sua forma de pensar o movimento humano.
Vamos falar de outras coisas aqui além das mitocôndrias, ATPs, sarcômeros e
rotas metabólicas.
Topa vir de coração e mente abertos?
Então, bora lá estudar.
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1. Músculos também são elásticos, e não só motores.

Se tem uma coisa que praticamente passa batido hoje em dia nas
graduações e várias pós-graduações em movimento humano é justamente o
fato de que músculos fazem duas coisas: contraem e esticam.
Contração, a gente estuda muito.

Falamos sobre cadeias pesadas de miosina, troponina, tropomiosina,


estudamos a tríade do processo fisiológico de contração, falamos sobre
potenciais de ação, vesículas liberando cálcio, frequência de disparos
eletroquímicos, tamanho de unidades motoras, aproximação das bandas
sarcomerais, cascatas de reação do fosfato para fosforilação e desfosforilação,
neoglicogênese, permutas gasosas, gasto energético e produção de energia em
cada via ou rota metabólica, ciclo de Krebs, transporte de elétrons e tudo o
mais o que explica esse fato único: um músculo se contraindo.
Agora, da parte do esticar-se, do alongar-se, ninguém fala quase nada.

Tem muita gente boa estudando sobre treinamento das fáscias, que são
tecidos elásticos basicamente feitos de colágeno, com uma série imensa de
proprioceptores.
Além de fazer com que os músculos retornem ao tamanho normal depois
de terem sido contraídos, a parte elástica da musculatura faz muito bem uma
coisa: transformar energia.

Energia potencial em energia cinética. E isso não só gasta zero de energia


como economiza absurdamente o gasto total necessário para as atividades
humanas quando essa parte elástica, essa parte fascial, está bem trabalhada.

O único jeito de se trabalhar adequadamente os tecidos elásticos ou


fasciais é com exercícios que alongam a musculatura.
Não estou falando só de alongamento estático, caso essa tenha sido a
imagem que veio à sua cabeça.
Estou falando de fazer gestos amplos de mobilidade dinâmica, de força, de
potência, aproveitando ao máximo o que cada cadeia muscular pode ser
esticada.
Quanto mais se estica de um lado, mais se relaxa do outro.
Quer gastar menos energia para caminhar, correr, saltar, arremessar
alguma coisa, dar uma cambalhota ou fazer um muscle up? Então, aposte na
sua estrutura fascial, em gestos amplos e integrados.
Ah, a propósito. Um grande senhor inglês, um tal de Sir Isaac Newton,
postulou uma lei da física rotulada de “Transformação das Energias”. Você
pode achar referências disso em capítulos de livros colegiais sobre
Termodinâmica.
O corpo humano é eficiente. Eu acredito que seria inteligente da nossa
parte aplicarmos treinos que contemplassem o todo, contração e alongamento,
força e mobilidade, e não só um ou outro lado.
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2. Mobilidade ou estabilidade?

Eu já vi várias pessoas darem uma interpretação enviesada sobre esse


assunto.

Há uma teoria que diz mais ou menos assim: Para cada região articular
com alto grau de mobilidade, há outra com alto grau de estabilidade por perto.
Fica desse jeito:

Punhos - Móveis
Cotovelos - Estáveis
Ombros, escápulas e coluna cervical - Móveis
Clavículas - Estáveis
Coluna torácica - Móvel
Coluna lombar - Estável
Quadril - Móvel
Joelhos - Estáveis
Tornozelos e pés - Móveis

A partir daí, pode se criar uma ideia errada de que articulações móveis
devem receber prioritariamente trabalhos de mobilidade, e que articulações
estáveis devem receber prioritariamente trabalhos de força nas sessões de
treino.
Bom, primeiro o mais importante.
Uma articulação não é uma coisa OU outra. Ela é uma coisa E outra.

Toda articulação tem certo grau de liberdade de movimento e também


demanda certo nível de transmissão de força (torques de transferência) e de
incidência de força (torques externos e internos).
Isoladamente, como se trabalha em geral na musculação, é até mais fácil
de ver sobre quais articulações pode-se jogar mais carga de forma isolada
(carga externa = torque externo).
Mas em um agachamento com a barra alta nas costas, quantos por cento
de cada articulação envolvida está sendo exigido?

E se eu trocar a barra para a linha dos cotovelos, no estilo Zercher, o que


acontece com a distribuição das forças?
E por que tem gente que pega pouca carga no agachamento, mas manda
muito bem numa cadeira extensora?
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E por que tem gente que sente dor treinando na cadeira flexora de joelho,
mas fica ótima quando treina a mesma musculatura em um levantamento
terra?
É esse o tipo de pergunta que deveria ser feito sobre treino integrado e
treino isolado.
Será que “roubar” no movimento é errado ou é um ajuste do organismo à
carga que está sendo solicitada?
Será que “balançar o tronco” é errado, ou é um o corpo dizendo que pode
ajudar incorporando a elasticidade das fáscias ao movimento?
Deixa eu contar uma história para você.
Há alguns anos presenciei uma pessoa que defende a unhas e dentes
“treinar só de forma integrada” fazer uma coisa no mínimo questionável.

Essa pessoa, fantasiada de Batman, se dependurou numa barra fixa pelos


pés, de ponta cabeça, para gravar um vídeo de uns 10 segundos.

Depois de um minuto ou menos que estava lá, não conseguia mais sair.
Não tinha força para chegar com as mãos de volta na barra para liberar os
pés.

Quando lá fui eu ajudar o gênio da lâmpada a sair da situação pelo menos


curiosa na qual ele se enfiou, o que eu ouvi desse defensor do treinamento
sempre, sempre, sempre integrado foi: “Faltou força no meu abdômen, ele está
fraco”.

Não muitos dias antes disso ele estava brigando com uma cliente dele que
queria fazer exercícios focados no abdômen, e ele dizia repetidamente “não
precisa”.
O que eu penso: Treinar de forma integrada pode mostrar com clareza
quais são os elos fracos da corrente. Será a musculatura que entra em fadiga
mais rápido.

Provavelmente deve ser uma boa estratégia treinar esse elo fraco de forma
um pouco mais “isolada”, ou dar mais atenção a essa região em treinos, a fim
de harmonizar toda a cadeia.
Ou seja, se uma corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco, então que
se fortaleça o ponto mais fraco para tudo ficar forte.
Faz sentido?

Fica aqui a minha posição: Treinar tanto de forma isolada quanto de forma
integrada, e treinar tanto mobilidade quanto força, a fim de buscar a maior
harmonia corporal possível.

Ah, e só para constar, o Gary Gray chama essa ideia de não treinar
separadamente a mobilidade de estabilidade de “mostability”, algo que numa
tradução livre seria “mostabilidade”.
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3. Movimentos abertos ou fechados

Quando estudamos anatomia, acabamos vendo uma versão cadavérica nos


livros.

Sempre estamos vendo a versão de movimentos executados em cadeia


cinética aberta. Ou seja, as extremidades estão sempre se movimentando de
forma livre. Mão para um lado, pé para o outro.
E tudo bem, isso é parte do nosso dia a dia.
Mas o que falta é enxergarmos que para levantar o pé esquerdo numa
caminhada, o pé direito tem que estar no chão dando impulso, aplicando força
contra o chão, recebendo uma força de reação do solo que será transmitida
para o corpo todo, facilitando esse pé esquerdo aí a dar o passo.

Daí eu te pergunto: Quem trabalha mais no passo dado com a perna


esquerda?

Será que são os flexores de quadril no lado esquerdo, ou será que são os
extensores de quadril, mais os flexores plantares do tornozelo e os extensores
de joelho no lado direito?
Fica o convite para pensar só esse movimento, um simples passo para a
frente.
Tem muito mais coisa que se pode fazer em treino para melhorar a passada
do que olhar só para a perna que se mexe.

Ah, a propósito... tem gente que caminhada com os pés em “V’, bem
abertos. Famosos “dez para as duas” (referência aos ponteiros do relógio).
Tem gente que anda com os pés quase que pisando sobre uma linha.
Tem gente que anda jogando o peso de um lado para o outro, tombando
para a esquerda e para a direita.
Tem gente que tropeça a toda hora quando anda, e tem gente que anda
batendo o pé no chão a cada passo.
Tudo isso são variações de caminhada, mas de uma forma ou de outra,
todos são caminhadas, não são?
Respeitando a individualidade biológica, o que podemos fazer é tornar
essas caminhadas todas mais eficientes, menos desgastantes, mais rápidas
para a pessoa.
A mesma coisa vale para um levantamento terra, um agachamento, um
clean, um jerk, um salto, uma corrida, tudo.

Respeitando-se padrões de segurança, pode-se muito bem trabalhar numa


faixa de normalidade.

Em inteligência artificial na análise do movimento humano, o recurso que


avalia isso se chama “lógica fuzzy”. Tenho até um artigo científico publicado
sobre esse assunto em uma revista A1, mas isso fica para outro livro.
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Mas no dia a dia, o que vale mesmo é o feedback do seu cliente. É nisso
que precisamos focar nossa atenção.
Pergunte! O tempo todo!
Cada exercício é uma avaliação, todos os dias!
Sentiu menos dor? Ficou mais confortável? Conseguiu executar mais
vezes? Se sentiu mais seguro? Conseguiu ir mais longe? Ficou mais fácil de
pegar a carga?
Pronto. Sucesso.
O resto é enxergar os vetores que tornam um peso ou um movimento “mais
leve” ou “mais pesado” para o seu cliente.
E isso – vetores - a fisiologia não tem como ver.
A fisiologia do exercício não enxerga qualidade do movimento. Enxerga
quantidades e perfis metabólicos.
A biomecânica não enxerga esforço ou sinais de fadiga biológica. Enxerga
qualidade.
Hoje, eu trabalho priorizando a qualidade, e não a quantidade.
Na minha linha de raciocínio, primeiro a pessoa deveria saber fazer uma
gama muito variada de gestos muito bem feitos.
Depois, ela sabendo de quais mais gosta, talvez para um esporte, ela
recebe, aí sim, a orientação para crescer alguns desses gestos em volume.

Assim, o risco de lesão cai e muito. A ponto de eu passar meses sem ouvir
qualquer reclamação, atendendo mais de 100 pessoas todas as semanas seja
presencialmente em grupos, em aulas particulares, ou através de consultoria
online.
Agora, quais tipos de movimento eu escolho para aplicar, é um assunto
para o próximo tópico.
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4. Não existe na natureza movimento feito em um só plano, direção
ou sentido.
Sim. Qualquer movimento humano é de caráter tridimensional.

Falar que um exercício é tridimensional ou que um treino é tridimensional


é falar que a água é molhada.

O que existe é análise de movimento unidimensional, bidimensional e


tridimensional.
E isso existe porque a ciência vai evoluindo, e os instrumentais de
laboratório também.

Não é fácil fazer uma análise tridimensional do movimento humano tanto


pelo tipo de hardware que isso demanda, quanto pela imensidão de dados
simultâneos para serem interpretados.

Passei por isso em um programa de doutorado: ajudar a desenvolver


instrumentos de análise tridimensional do movimento humano a baixo custo e
com alta precisão, além de algoritmos de análise da normalidade do
movimento.
Chique, não?

Mas o que importa mesmo é que o primeiro autor a falar sobre aplicação de
variações tridimensionais de exercícios em treinos físicos aqui no Brasil, e na
língua portuguesa, foi o autor J.A. Gaiarsa, no livro intitulado “Futebol 2001”,
publicado em 1979.

Nesse livro, escrito há mais de 40 anos, o autor dizia que o Brasil estava
treinando de forma muito errada os seus jogadores de futebol profissional, e
que se continuássemos daquele jeito, nossa nação perderia a hegemonia do
futebol mundial.
Pelo visto, aquele 7 x 1 tá aí para reforçar a teoria do Gaiarsa.
Na visão dele, não fazia sentido colocar um jogador na cadeira extensora
para que ele chutasse mais forte no jogo.
Dentre os motivos:

1 – Quando um pé chuta, o outro tem que estar apoiado no chão


(acabamos de falar sobre isso), e não solto no ar, fazendo um gesto simétrico
ao pé do chute.

2 – O joelho não chuta a bola sozinho, e nem é a articulação dominante no


chute.
3 – Quando um atleta chuta uma bola, ele raramente estará com uma
perna paralela à outra.
Ou seja, deveria treinar chutes com o quadril em adução, abdução, rotação
interna, rotação externa, maior e menor grau de flexão e extensão.
Buscar treinar em outros ângulos, em outras direções e sentidos de
movimento vai gerar mais sinapses, mais conexões. Vai deixar o corpo mais
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inteligente no ponto de vista neural, vai implicar uma melhor coordenação
neuromotora.
Você não precisa usar como estratégia única de progressão aumentar cada
vez mais a carga de agachamento nas costas de um atleta para que ele salte
mais alto ou corra mais rápido. Você precisa dar um treino que torne o corpo
dele mais eficiente.
A propósito, L.E.R. (lesão por esforço repetitivo) acontece muito por se
repetir o mesmo gesto, com cargas muito similares, quase sempre na mesma
direção e sentido.
Se você quiser buscar mais informações sobre isso, procure sobre o
conceito de “Monotonia de Treino” e sobre “Esforço de Treino”.
Você verá que essa gangorra básica de aumentar a carga externa e
diminuir as repetições, e noutra hora diminuir a carga externa e aumentar as
repetições (relação inversa de volume e intensidade) pode estar expondo seu
cliente a uma monotonia imensa.
Aplicar um bom treino e uma boa periodização vai bem além disso.
Uma das formas de quebrar a monotonia é aplicando treinamento no
mínimo tridimensional, o que já foi sugerido por Gaiarsa lá em 1979.
Para deixar claro, “treinamento tridimensional” é um termo registrado no
Brasil por uma empresa de cirurgia plástica.
Prefiro o termo “treinamento biomecânico”. Creio ser mais adequado.

E por falar em biomecânica, que cuida de usar muito bem as variações da


fórmula postulada por Newton, a famosa “ F = m x a “, vamos dar uma olhada
em tipos diferentes de curvas de aceleração.
A ideia é ver que podemos aplicar uma variação em um mesmo exercício,
em um gesto aparentemente idêntico, sem mudar nem plano nem eixo nem
direção nem sentido, e ter resultados bem distintos.
Bora destrinchar isso no próximo tópico.
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5. Variação das curvas de aceleração

É raro alguém ir a fundo nos porquês de fazer o mesmo gesto com


ferramentas de trabalho diferentes umas das outras, já que o músculo ou
grupo muscular treinado é o mesmo.

Vamos pensar numa rosca direta, aquele movimento básico de flexionar o


cotovelo contra uma resistência externa.
Você pode fazer esse movimento das seguintes formas:
1 – Erguendo um peso livre (halter ou barra). O torque máximo será a 90
graus do seu cotovelo, quando o peso está mais longe do seu corpo. Perto dos
ombros, quase não há trabalho.
2 – Puxando um elástico. O torque máximo será no mesmo ponto, mas o
final da flexão do cotovelo, quando as mãos chegam perto do ombro, vão gerar
uma força contrária de trabalho muito grande.

3 – Puxando um cabo que passa por uma polia e está conectado na outra
ponta a uma pilha de pesos que sobem por um trilho. O torque máximo vai
variar conforme a distância que você se coloca da polia. Pode ou não ser a 90
graus do cotovelo.
4 – Usando uma máquina com polia CAM, de raio variável. O raio variável
da polia pode deixar ou a saída, ou o meio, ou o final do movimento como o
ponto de maior torque.

5 – Puxando uma barra livre, e estando a barra livre presa a um elástico no


qual você está pisando. O torque máximo imposto pela barra será a 90 graus
do cotovelo, mas o elástico vai dificultar a fase final, onde a barra alivia a
exigência muscular.

6 – Usando uma máquina com raio fixo, mas com as manoplas presas a
um elástico ancorado na outra extremidade. O torque da máquina é o mesmo
de ponta a ponta no movimento, mas o elástico dificulta a fase final da flexão.
Enfim... nem falamos de pegadas neutras, pronadas, supinadas, semi
supinadas, mais abertas, fechadas, possibilidade de trabalho alternado,
intercalado, com cargas diferentes para um lado e outro do corpo...
Tem MUITA coisa que a biomecânica pode fazer só em termos de variação
de curvas de aceleração e de posicionamento do corpo. Cada tipo de
movimento gera um tipo de resposta. Para cada resposta, uma nova sinapse,
uma nova comunicação proprioceptiva que passa pelas fáscias.
Claro que, pensando em cargas elevadas, você sempre vai optar primeiro
pela segurança, pela base mais estável, pelo maior limite da base de suporte
(apoio dos pés e/ou das mãos mais abertos) para que o gesto seja o mais
adequado para a sua proposta.
Agora, pensa no dia a dia.… tem algum gesto simétrico no seu dia a dia?
Eu preciso, obrigatoriamente, fazer todos os meus agachamentos com os
pés paralelos, alinhados, exatamente no mesmo nível?
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Se sim, eu nunca mais vou jogar voleibol na areia e nem tentar jogar beach
tennis. Devem ser os esportes mais “errados” do mundo.
Vamos concordar nisso: Não existe movimento errado. Existe movimento
que machuca.
Existe oferecer uma tarefa para a qual a pessoa ainda não está preparada,
expondo-a a um risco exagerado sem necessidade (a não ser satisfazer o ego
de treinador ou o ego do aluno).
Por isso que eu defendo que nós devemos treinar de uma forma muito
parecida com a forma com a qual nos movimentamos no nosso dia a dia, no
nosso esporte preferido, no nosso esporte competitivo, no nosso lazer
A vida é assimétrica.

Eu afirmo não só que podemos mas DEVEMOS oferecer estímulos de


treinos que tornem o corpo mais inteligente em termos biomotores,
biomecânicos, biodinâmicos, neuromotores.

Não estou falando para inventar asneiras que vão expor a pessoa a riscos
desnecessários. Muito pelo contrário.
Eu entendo que tudo na vida pode ser simplificado, e que o simples é
poderoso.
No meu CT em São Paulo, eu não tenho máquinas. Apenas vários
kettlebells, alguns elásticos, fitas e correntes para treinos em suspensão, e
muito uso de chão, parede, degraus, espaldar, caixotes e só.
Isso não quer dizer que eu seja contra máquinas.

Já disse que trabalhei com musculação, e trabalharia até hoje se isso fosse
a melhor opção para os meus clientes atuais.
Porém, hoje as pessoas me procuram ou para treinar kettlebell sport ou
para melhorar a saúde e qualidade de vida, reduzir dores posturais, e só. O
que já é muito.
Então, sinta-se à vontade para criar movimentos.

Tenha a coragem de ser um profissional de movimento humano, e não só


um reprodutor de exercícios que um dia alguém te disse que eram as únicas
coisas certas.

Até porque... rosca direta, agachamento, levantamento terra, bom dia,


tríceps no banco, abdominal superior, abdominal infra, tríceps na corda,
TUDO isso um dia foi CRIADO por alguém que resolveu simplificar a vida, o
dia a dia, e colocar dentro de um espaço de treino.

Não existe o certo ou o errado. Existe o que já conhecemos e aceitamos


como certo, e existe aquilo o que ainda não entendemos.
Errado é aquilo o que prejudica você ou o seu cliente.
Se o que você faz hoje não te torna um personal diferenciado, eu digo que
pelo menos em termos de carreira, ou em termos comerciais, está errado.
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Seria bom você se dedicar a um método simples, poderoso e definitivo como o
Kinetyka.
Mas se o que você faz hoje em termos profissionais te traz benefícios, e
ajuda de verdade os seus clientes a terem bons resultados, tudo bem.

Aí, a única coisa que o Kinetyka poderá fazer por você é te ajudar ainda
mais a ajudar mais um tanto de pessoas com mais eficiência ainda do que
você já tem.
Ah, e só para deixar bem claro: Se a vida é assimétrica, eu vou sim
prescrever gestos assimétricos nos treinos dos meus clientes, inclusive para
aliviar problemas com dores e contornar lesões, assunto do próximo tópico.
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6. Dor e lesão

A dor é um sinal de alerta do corpo para nos dizer que alguma coisa está
errada.

Na Medicina Tradicional Chinesa, a dor é entendida como uma crise


energética. Mais precisamente, dor é excesso de energia.
E olha só, biomecanicamente, é a mesma coisa!
Colocar energia demais no mesmo movimento, na mesma direção, no
mesmo sentido, somando repetidamente pequenas doses, e você vai ter a
L.E.R. da qual já falamos.
A dor, a crise de excesso de energia, vai se manifestar como uma
inflamação crônica. Tendinite, bursite, periostite, fascite etc.
Reparou que todas essas “ites” estão nos tecidos eláticos?

Naqueles tecidos para os quais nunca se dá atenção quando se prescrevem


exercícios para treinar só pensando 100% fisiologia, e zero em biomecânica?
Agora, olha outro exemplo... talvez você já tenha visto um gráfico stress x
strain para o comportamento mecânico de tecidos.
A primeira parte é a fisiológica, esforço do dia a dia.
A segunda, é a deformação elástica, esforço que gera um ajuste, e ajustes
regressam ao ponto de partida.
A terceira, deformação plástica, esforço que gera uma adaptação, uma
compensação, talvez até uma disfunção, e é considerada uma zona
irreversível.
A quarta parte é a lesão, definida pelo “ponto de fratura” no final da zona
plástica.
Ou seja, energia demais de uma vez só em um lugar só pode quebrar o
tecido. Isso vale para rupturas, distensões, e para a perna do Anderson Silva.

Uma forma de evitar isso é levar em conta o conceito de anisotropia. Ele


diz que os tecidos respondem melhor a uma direção de aplicação de força do
que outra. Compressão, torção, flexão (cisalhamento), e tração são as
principais.
Adivinha como você oferece isso tudo, toda essa variação de ângulos de
incidência de força no treino do seu cliente?

BUM! É isso aí.... Variando os movimentos que nos disseram ser os únicos
certos, porque não existe movimento errado. Existe variação de movimento.
Errado é não progredir, sentir dor e insistir em fazer sempre tudo igual.

Então, para jogar uma luz nesse assunto, vamos falar sobre os planos de
movimento, e um pouco sobre como encaixar isso em alguns exercícios
comuns em treinos de força.
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7. Os planos anatômicos de movimento

Lá nos livros de cinesiologia e anatomia, bem nas primeiras páginas, temos


sempre uma figura de um ser humano na posição anatômica básica, com o
corpo ou cortado por três planos, ou dentro de um caixote.
Daí, temos:
- Plano que divide o corpo em duas metades, esquerda e direita = Sagital
- Plano que divide a parte da frente da parte de trás = Frontal ou Coronal
- Plano que divide a parte de cima da parte de baixo = Transverso

Sagital. É neste plano que acontecem as flexões e extensões.

Partindo da posição anatômica básica, paralelamente ao plano Sagital,


temos que os maiores movimentos, os mais amplos, são as flexões.
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Os de menor amplitude são as extensões.

Posso fazer um agachamento com um dos pés à frente e outro atrás,


dividindo a minha base.
Se eu jogar mais peso na perna da frente, posso dizer que estou utilizando
uma variação prioritariamente anterior nesse agachamento. Isso vai ativar
mais a parte anterior da minha coxa.
Mas se eu jogar meu apoio mais na perna de trás, digo que é uma variação
com foco posterior do mesmo exercício. Aqui, a ativação maior será do glúteo
máximo.
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Frontal. Neste plano aqui, acontecem as abduções, aduções e inclinações
laterais para a esquerda ou direita.
Abduzir é afastar. Lembre dos OVNIs abduzindo pessoas da Terra. Eles
estão afastando as pessoas do chão.

Afastou o braço ou a perna da linha central do corpo, pronto, fez uma


abdução.
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Aproximou, aduziu.

Fica bem óbvio o que é inclinar para a esquerda ou para a direita, não é?
Imagine que eu faço o mesmo exercício de agachamento do qual já falamos,
porém com os pés um ao lado do outro. Haverá uma posição para mim que é
neutra.
Se eu agachar com uma base onde os pés estão mais afastados do que
aquilo que eu chamei de neutro, estou em uma variação abduzida do meu
agachamento. Isso vai gerar mais ativação dos meus adutores de quadril,
porque eles serão mais esticados e terão a responder mais.
Agora, se eu grudar um pé no outro, é uma variação em adução do mesmo
agachamento. Consequentemente, o que fica mais ativo é a porção média dos
meus glúteos.
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Transverso. Aqui vemos as rotações internas, externas, para a esquerda
ou direita.
Girou em direção à linha central do corpo, é rotação interna.
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Afastou da linha central, é rotação externa.

Girar para a esquerda ou para a direita também é bem óbvio.


Vamos agachar com a ponta dos pés direcionadas para fora. Isso mais uma
vez expõe meus adutores e relaxa meus abdutores de quadril

Agora, vamos agachar com os calcanhares virados para fora, e as pontas


dos pés para dentro. Isso vai relaxar meus adutores e expor meus abdutores.

Quer ver uma aplicação bem prática disso?


Te aparece um cliente com dor no adutor de quadril.
Se você o colocar em um agachamento sumô, com a base afastada e os pés
virados para fora, você vai expor muito o adutor dele a responder de forma
excessiva.
Ou seja, vai jogar mais energia aonde já tem excesso de energia. Em
resumo, vai aumentar a dor.
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Agora, se você colocar esse mesmo cliente para agachar com a base mais
fechada, e com um pouco de rotação interna dos pés (lembrando o
personagem de humor “Batoré”).
Fazendo isso, você vai proteger os adutores tanto no plano Frontal quanto
no Transverso, e seu cliente vai poder ativar mais a parte externa, lateral do
quadril.

Estranho? Sim, concordo.


Mas não existe movimento errado. Existe variação.
Pensando biomecanicamente, faz muito sentido.

E tem uma outra observação muito importante sobre dor.


Geralmente, a dor se manifesta aonde o problema não está.
Dor no joelho pode ser apenas um aviso que ele está te dando de que
alguém por ali não está fazendo o que devia.
Se o tornozelo e o quadril não estiverem se mexendo como deveriam, vai
sobrar para o joelho se mexer mais do que pode, e ele vai reclamar.
Igualzinho a fazer trabalho na escola ou na faculdade.
Um faz tudo, fica estressado. O resto não faz nada, e fica de boa.
O trabalho até sai, mas parte do grupo fica prejudicado.

Ou seja... até faço um certo movimento, mesmo que algumas articulações


estejam meio enrijecidas, e alguém vai pagar a conta disso.
De uma forma ou de outra, o Kinetyka permite uma variabilidade
gigantesca de aplicações, de possibilidades de movimentos.

O que eu vou te falar a seguir é um pouco da lógica de aplicação e


progressão de movimentos. Bora lá!
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8. Progressão na complexidade do movimento

É claro a essa altura tudo pode parecer muito simples.

Mas quero te fazer uma provocação: Como progredir biomecanicamente


numa periodização de treinamento?

Bom, claro que vai depender dos objetivos do seu cliente, mas podemos
pensar em algumas linhas:

1 – Cliente com dor

Para esse tipo de cliente, devemos lembrar sempre da máxima dor é


excesso de energia e procurar sempre aplicar os movimentos ou em direções
contrárias, ou em baixa amplitude, ou em baixa velocidade, ou com baixa
carga externa, ou com baixa carga interna.
Parte-se desse cenário para o aumento de amplitude, velocidade, carga
externa, carga interna e retomada dos movimentos afetados.

2 – Cliente com pouco equilíbrio

Equilíbrio está relacionado com falta de força para manter uma postura ou
forças que te puxam o corpo mais para um lado do que para o outro.
Nesses casos, é ideal fazer um trabalho dinâmico de mobilidade, colocando
tarefas e desafios para a pessoa em base estável, chão duro, a fim de
desenvolver a máxima taxa de produção de força com a maior amplitude de
movimento possível.
Também pode ser interessante aplicar desafios de complexidade motora
progressiva, como andar, andar recebendo empurrões leves, andar recebendo
empurrões mais fortes, andar carregando peso só de um lado do corpo, andar
sobre uma linha marcada no chão etc.

Nota: Não sou contra o uso de bases instáveis em processos de


reabilitação. Mas se esse não for o caso, fica difícil de me convencer a colocar
uma plataforma instável no meio de um treino de força.

3 – Cliente que quer aumentar a performance esportiva

Aqui estamos supondo que a pessoa está em um quadro plenamente


saudável, livre de dores e de quaisquer restrições de movimento.
Eu particularmente parto de movimento com os pés fixos no chão para
movimentos que pedem que se faça um passo ida e volta, um deslocamento
em alguma direção.
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Esse deslocamento eu posso optar por fazer do chão para cima de um
degrau, do chão para o mesmo nível (o próprio chão), ou de um degrau mais
alto para aterrissar no chão.
Conforme o momento e o tipo de curva de aceleração que meu cliente
precisa, vou escolher um tipo de deslocamento para ele executar (mesmo nível,
de cima para baixo, ou de baixo para cima).
Aumento máximo da amplitude de deslocamento  Aumento da velocidade
de deslocamento  Aumento da carga de deslocamento Aumento do volume
total da carga deslocada.
Basicamente é a mesma sequência lógica de progressão que eu uso para
esportes com arremessos, socos, chutes e saltos.
Mas lá no fundo, nos bastidores, meu cérebro está só me dizendo: da
situação de menor energia para a situação de maior energia, não importa
qual o cenário.

Em suma, o Método Kinetyka se resume a isso:


1 – Observar.

A princípio, apenas observo os seis movimentos que apresentei brevemente


para você em diagramas nos três planos de movimento (Sagital, Frontal e
Transverso).
Dou o mínimo possível de orientação, para evitar interferências excessivas.

Fazendo isso, já consigo ver se a pessoa é mais visual, auditiva ou


cinestésica.
Também consigo avaliar se a minha comunicação está sendo simples e
eficiente para a pessoa que estou observando.
2 – Dar notas.
Utilizo uma escala que vai de 0 a 4 pontos e aplico assim:
Primeiro, dou notas de 0 a 4 para a qualidade do movimento.
Depois, dou notas de 0 a 4 para o controle (equilíbrio) do movimento.

Por fim, dou notas de 0 a 4 para os níveis de dor que a pessoa reportou,
quando há dor para ser reportada.
Sei que é subjetivo, mas basta você ser consistente com seus próprios
parâmetros, e os resultados serão igualmente consistentes.
Não dá para eliminar a subjetividade, o fator humano. A não ser com
equipamentos caríssimos.

Mas aí acabou a praticidade, o custo baixo, a implantação imediata,


acabou tudo.
Então, vamos ao passo final.
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3 – Ordenar.

Nós vamos somar as notas que foram dadas para a qualidade ou forma do
movimento, junto com as notas do controle ou equilíbrio do movimento.

Colocamos as cadeias de movimento daquela que teve a maior nota para


aquela que teve a menor nota.
Em seguida, somamos os valores das notas referentes à dor.

Se não houve dor, foi tudo nota zero, você já tem uma sequência de quais
planos deve focar os trabalhos iniciais.
Se houve alguma dor, quanto maior a dor, mais para o fim da fila vai a
cadeia com essa nota de dor. E não importa se ela tirou nota máxima na forma
e controle. Tem dor, vai para o fim da fila. Mais dor, mais para o fim ainda.
Pronto. Esse é o “grande segredo”.

Começar com o que está bom, sem dor, e partir para o que está não tão
bom e talvez com dor.
Os movimentos mais amplos vão eliminar a tensão, a rigidez, a baixa
amplitude observada em outros movimentos.
Os gestos executados sem dor deixam de infligir estímulos inflamatórios
nas cadeias que apresentam dor.
Literalmente, o Kinetyka te abre os olhos para que você possa orientar seu
cliente a parar de cutucar a ferida.

Se você não parar de estressar o que já está estressado demais, ele nunca
fica bom.
Deixa o corpo se curar sozinho! Pára de cutucar!
Você vai ver como nosso sistema imunitário é bom para resolver os
problemas do nosso corpo, e como a mobilidade pode ser trabalhada sem ficar
numa estica e puxa eterno.
Bom, é isso. Meu dia a dia hoje é isso.
Eu recebo pessoas, avalio qual o estado de energia em que elas se
encontram hoje, e tento levá-las por um caminho biomecanicamente lógico até
um estado de maior energia.
E é muito louco, mas existe uma teoria que diz exatamente isso, que o
estado da matéria, e mesmo do universo, tende sempre a um aumento de
energia. Se você quiser estudar, o nome desse conceito é Entropia.

Resumindo, sua vida de personal vai ficar muito mais fácil se você
estabelecer uma rotina de avaliação e prescrição de treinos com começo-meio-
fim para todos os seus clientes.

Nada de ficar aplicando protocolo pronto. Tudo abraçado com a


individualidade biológica, os princípios do treinamento, a fisiologia do
exercício, tudo.
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Pensar biomecanicamente, avaliar e prescrever treinos biomecanicamente,
pode trazer muito mais resultado para você e seus clientes. Não importa se
você trabalha com treinamento funcional, musculação, artes marciais, jogos
de quadra, triathlon ou dança.

Respeite algumas leis básicas da física, e ela vai te ajudar sempre, todos os
dias.
E isso é sim, com toda a certeza e simplicidade, um caminho definitivo e
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Espero que você tenha aproveitado a leitura, e que algumas luzes tenham
vindo à sua mente.
Claro, também espero ter despertado muito da sua curiosidade.
E sim, esse assunto vai longe, e eu vou produzir mais materiais para
sempre te ajudar a ser um Personal Trainer Diferenciado.
Aqui é ombro a ombro. Pode vir comigo, que estarei ao seu lado, à sua
disposição.
Um forte abraço.
Te vejo nas certificações do Kinetyka.

Prof Ms Claudio Novelli; CREF 35.946-G/SP


Instagram: @novellipersonal E-mail: novelli.claudio@gmail.com
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São Paulo, Outubro de 2022.

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