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Aquisição, Retenção e Transferência de Habilidade

AQUISIÇÃO DA HABILIDADE

o importante fator que leva à aquisição de habilidades motoras é a prática. No entanto,


“prática” é também um dos termos mais mal compreendidos e mal usados quando é aplicado
ao conceito de aprendizagem. iremos descrever alguns princípios da prática, como eles afetam
a aprendizagem e o que ocorre como resultado da prática.

Princípios básicos da prática


a variável mais importante para a aprendizagem é a prática em si. Não há uma maneira fácil
relativa a ela, e como regra geral, mais prática produz mais aprendizagem. Mas a quantidade
de tempo de prática não é a única preocupação, e nem todos os métodos de prática são iguais
em seus impactos sobre a aprendizagem. Neste tópico descrevem-se os princípios básicos de
práticas eficazes, e que poderiam (ou não poderiam) levar à aquisição eficaz e eficiente de
habilidades.

EXEMPLO: .1 consistência

.2 foco na fundação

. 3 feedback

. 4 persistência

.5 ajuste e adaptação.

A prática é mais do que apenas repetição


para o termo prática é “repetição”, e muitos instrutores e treinadores bem intencionados
confundem os dois conceitos. o termo “repetição” invoca a ideia de repetir um movimento, de
novo, e de novo, e assim por diante. O conceito traz à mente a ideia de que movimentos
repetitivos de alguma maneira “carimbam” a memória, com mais repetições levando a um
sulco mais profundo ou um carimbo mais durável na memória. A metáfora gera uma reflexão
da aprendizagem como um conceito semelhante à hipertrofia muscular, que resulta do
exercício repetitivo.

Especificidade da prática
É consistente na literatura que a aprendizagem motora é bastante específica. Em geral, a
especificação de aprendizagem sugere que o que se aprende depende em grande medida do
que se pratica. Efeitos de especificidade são amplos. Este exemplo pode esclarecer melhor a
ideia: se você quer que seu time de futebol tenha um bom desempenho no escuro, na chuva e
na frente de muitos torcedores barulhentos, então, você deve praticar no escuro, na chuva, e
na frente dos torcedores. Praticar em um ambiente ou espaço de trabalho em particular com
frequência leva a uma performance melhor, principalmente nesse espaço de trabalho, em
comparação com um espaço de trabalho diferente ou alterado. Vale lembrar que é também
importante o feedback sensorial (p. ex., visual, auditivo e etc) obtendo resultados da
performance durante as práticas torna-se parte da representação aprendida para a habilidade.

Benefícios da prática
Obviamente, um dos principais objetivos da prática é a performance eficaz, que pode ser
imaginada como o desenvolvimento da capacidade de executar alguma habilidade na demanda
futura. No entanto, existem vários outros benefícios da prática que deixam o aprendiz com
capacidades não tão diretamente relacionadas com a proficiência da tarefa real.

A prática do futsal traz diversos benefícios, tais como:


1. Melhora da aptidão física: Contribui para o desenvolvimento da resistência,
agilidade e motora.
2. Desenvolvimento das habilidades técnicas: Aprimorar o controle da bola, dribles e
passes.
3. Trabalho em equipe: Favorece a comunicação e cooperação entre os jogadores.
4. Rápida tomada de decisões: Ajuda a melhorar a agilidade mental e a capacidade de
reagir rapidamente durante o jogo.
5. Diversão e socialização: Promove interação social e diversão enquanto se pratica
esporte.
Habilidades perceptuais
Em um jogo de xadrez parcialmente reproduzido em um tabuleiro que tinha um número
semelhante de peças colocadas aleatoriamente. Depois de visualizar o tabuleiro por apenas
cerca de 5 s, pedia-se aos indivíduos que recriassem a cena que tinham acabado de ver
colocando as peças em outro tabuleiro. Como esperado, os especialistas eram bem melhores
do que os não especialistas em recriar o tabuleiro que tinha uma “estrutura de jogo”. Esse
estudo forneceu evidências importantes de que a capacidade de lembrar informação
apresentada brevemente é específica para as habilidades do observador.
Programas motores
Um tema de destaque na literatura sobre aprendizagem motora sugere que muitas habilidades
motoras são aprendidas por meio do desenvolvimento de programas motores. Quando se
aprende pela primeira vez a mudar as marchas de um carro de transmissão padrão, o motorista
iniciante passa por cada um dos sete passos ilustrados, tendo em vista que o movimento para
cada uma dessas etapas é controlado por programas motores separados.

FIGURA 9.3 A analogia da caixa de marchas, usando o exemplo de mudar da segunda para a terceira marcha de um
carro de transmissão padrão. A prática resulta na reorganização de sete programas motores individuais em um
programa

Detecção de erro
A capacidade de detecção de erros representa outra meta da prática. Por exemplo, quando
um estudante está aprendendo as habilidades da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), o
instrutor geralmente está presente durante a prática. Portanto, a observação dos erros não é
fundamental porque o instrutor está lá para apontá-los e sugerir correções. No entanto,
quando o aprendiz tenta executar esta habilidade em uma emergência real, o instrutor não
estará disponível para fornecer a informação corretiva. O aprendiz que é capaz de detectar e
analisar os seus erros de maneira independente, e, assim, fazer as correções “no momento”,
será um prestador de RCP muito mais qualificado.
Estágios de aprendizagem
É útil considerar a aprendizagem como uma série de estágios (ou fases) relativamente distintos
que podem ser identificados no processo de aquisição de habilidades. Eles são descritores dos
diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades. Duas contribuições importantes dos
estágios de aprendizagem foram feitas, uma por Fitts e outra por Bernstein, cada uma de uma
perspectiva muito diferente.

Estágios de Fitts
Os estágios sugeridos por Fitts foram especificamente projetados para considerar a
aprendizagem perceptual-motora, com ênfase tanto nos componentes perceptuais como
motores envolvendo a aquisição de habilidade. Essa perspectiva coloca forte ênfase na maneira
como os processos cognitivos aplicados na performance motora mudam como função da
prática.

Estágio 1 de Fitts: estágio cognitivo, o primeiro problema do aprendiz é cognitivo, em grande


parte verbal; as perguntas dominantes dizem respeito a identificação do objetivo, avaliação da
performance, o que fazer (o que não fazer), quando fazer, como fazê-lo e uma série de outras
coisas. Como resultado, as habilidades verbais e cognitivas dominam neste estágio.

Estágio 2 de Fitts: estágio de fixação, O executante em seguida entra no estágio de fixação. A


maior parte dos problemas cognitivos que lidam com os estímulos ambientais que precisam ser
atendidos e as ações que precisam ser realizadas foi resolvida. Assim, agora o foco do aprendiz
muda para a organização de padrões de movimento mais eficazes para produzir a ação. Em
habilidades que exigem movimentos rápidos, como a tacada do tênis, o aprendiz começa a
“construir” um programa motor para realizar as exigências do movimento. Em movimentos
mais lentos, como o equilíbrio na ginástica, o aprendiz constrói maneiras de usar feedback
produzido pelo movimento.

Estágio 3 de Fitts: estágio autônomo, Depois da prática considerável, o aprendiz gradualmente


entra no estágio autônomo. Esse é um estágio em geral associado ao atingimento de
performance especialista, a previsão perceptual é alta, o que acelera o processamento da
informação ambiental. O sistema geralmente programa sequências mais longas de movimento;
isto significa que menos programas precisam ser organizados e iniciados durante um
determinado intervalo de tempo, o que diminui a carga sobre os processos de iniciação do
movimento que demanda atenção.

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