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Adolêscência ciclo da vida que começa aos 10 anos e termina aos 18 anos (OMS 1995)

12 aos 18 (ECA)

11 e 19 ou 20 anos. – Papalia Desenvolvimento Humano 20ª ed.

Adolescência – uma transição no desenvolvimento que envolve mudanças físicas, cognitivas,


emocionais e sociais e assume formas variadas em diferentes contextos sociais, culturais, e
econômicos.

Uma mudança física importante é o início da puberdade

Puberdade – processo que leva à maturidade sexual ou fertilidade, a capacidade de reproduzir;

A adolescência é uma construção social. –

conceito não existia nas sociedades pré-industriais;

Crianças eram consideradas adultas quando amadureciam fisicamente ou iniciavam um


aprendizado profissional; - não existia adolescência

Adolescência passa existir como uma fase da vida no século XX no mundo ocidental, hoje todo
mundo já possui essa fase da vida.

Uma época de oportunidades e Riscos

A adolescência oferece oportunidades para o crescimento não só em termos de dimensões


físicas, mas também em competência cognitiva e social, autonomia, autoestima e intimidade.

Os jovens que têm relações de apoio com os pais, a escola e a comunidade tendem a
desenvolver-se de forma positiva e saudável (Youngblade et al., 2007).

Porém, os adolescentes enfrentam hoje riscos ao seu bem-estar físico e mental, que incluem
altas taxas de mortalidade por acidentes, homicídio e suicídio (Eaton et al., 2008).

comportamentos de risco podem refletir imaturidade do cérebro adolescente.

Comportamentos de risco: uso de álcool, tabaco ou maconha, dirigir automóveis sem cinto de
segurança ou aceitar carona de desconhecido sobre efeito do álcool; portar armas; ter relações
sexuais sem preservativo; tentar suicídio;

Levantamento nacional - 14 mil estudantes do ensino médio revelam tendências animadoras.


Desde a década de 1990, os estudantes tornaram-se menos propensos a usar álcool, tabaco
ou maconha; a dirigir automóveis sem usar o cinto de segurança ou a aceitar carona de um
motorista que ingeriu bebida alcoólica; a portar armas; a ter relações sexuais ou a tê-las sem
usar preservativo; ou a tentar o suicídio (CDC, 2006d; Eaton et al., 2008).

- Evitar esses comportamentos de risco aumenta as chances dos jovens de passar pelos anos da
adolescência com boa saúde física e mental.
Desenvolvimento Físico

Puberdade: São alterações físicas dramáticas. Essas mudanças fazem parte de um longo e
complexo processo de maturação que começa antes do nascimento, e suas implicações
psicológicas podem continuar até a vida adulta.

Início: alterações hormonais

Aumento do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) no Hipotálamo leva a uma elevação


em 2 hormônios reprodutivos fundamentais: o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio
estimulador dos folículos (FSH). Nas meninas, os níveis aumentados de FSH levam ao início da
menstruação. Nos meninos, o LH inicia a secreção de testosterona e androstenediona (Buck
Louis et al., 2008).

A puberdade é marcada por dois estágios: (1) a ativação das glândulas adrenais e (2) o
amadurecimento dos órgãos sexuais alguns anos mais tarde.
O primeiro estágio ocorre entre as idades de 6 e 8 anos. Durante este estágio, as glândulas
adrenais localizadas acima dos rins secretam gradualmente níveis cada vez maiores de
androgênios, principalmente dehidroepiandrosterona (DHEA) (Susman e Rogol, 2004). Aos 10
anos de idade, os níveis de DHEA são 10 vezes mais altos do que eram entre as idades de 1 e 4
anos. O DHEA influencia o crescimento de pelos púbicos, axilares e faciais. Ele também
contribui para o crescimento mais rápido do corpo, para a maior oleosidade na pele e para o
desenvolvimento de odores corporais.

O amadurecimento dos órgãos sexuais ativa um segundo surto de produção de DHEA, que
então se eleva aos níveis adultos (Mcclintock e Herdt, 1996). Nesse segundo estágio, os ovários
da menina aumentam sua produção de estrogênio, que estimula o crescimento dos órgãos
genitais femininos e o desenvolvimento dos seios e dos pelos púbicos e axilares. Nos meninos,
os testículos aumentam a produção de androgênios, principalmente a testosterona, que
estimula o crescimento dos órgãos genitais masculinos, da massa muscular e dos pelos do
corpo. Meninos e meninas possuem os dois tipos de hormônio, mas as meninas têm níveis
maiores de estrogênio e os meninos de androgênios.

Nas meninas, a testosterona influencia o crescimento do clitóris bem como dos ossos e dos
pelos púbicos e axilares (Figura 11.1, página 390)

O momento exato em que começa esse fluxo de atividade hormonal parece depender de
alcançar uma quantidade crítica de gordura corporal necessária para o sucesso da reprodução.
Portanto, meninas com uma porcentagem de gordura corporal mais alta na segunda infância e
aquelas que experimentam um ganho de peso incomum entre as idades de 5 e 9 anos tendem
a apresentar um desenvolvimento puberal mais precoce (Davison, Susman e Birch, 2003; Lee et
al., 2007).

Estudos sugerem que um acúmulo de leptina, um hormônio associado à obesidade, pode ser a
ligação entre gordura corporal e puberdade mais precoce (Kaplowitz, 2008). Níveis
aumentados de leptina podem enviar sinais à pituitária e às glândulas sexuais para que
aumentem sua secreção de hormônios (Chehab et al., 1997; Clément et al., 1998; O’Rahilly,
1998; Strobel et al., 1998; Susman e Rogol, 2004). Esta ligação, entretanto, foi demonstrada
com maior frequência em meninas. Poucos estudos demonstraram uma associação entre
gordura corporal e puberdade mais precoce em meninos, indicando que os níveis de leptina
podem desempenhar uma função de permissão, mas não atuam como um sinal primário para
puberdade (Kaplowitz, 2008). Cientistas identificaram um gene (GPR54) no cromossomo 19,
essencial para que ocorra esse desenvolvimento (Seminara et al., 2003).

Algumas pesquisas atribuem intensa emotividade e instabilidade de humor no começo da


adolescência a esses desenvolvimentos hormonais. De fato, emoções negativas como angústia
e hostilidade, bem como sintomas de depressão em meninas, tendem a aumentar à medida
que a puberdade avança (Susman e Rogol, 2004). Entretanto, outras influências, como sexo,
idade, temperamento, e a época da puberdade, podem moderar ou mesmo se sobrepor às
influências hormonais (Buchanan, Eccles e Becker, 1992).

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