Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SEMIÓTICA
aplicada à Linguagem Literária
2J Edição
Editúca
LTPB
tm LUrM Virtual
Ar y
CoA>tH|ht » 2014 - Cwm>
d* Li«nelaluri
Lequl oh Biy,ilwin fhwml
OLeÇOOTODAfí LETRAS
du 2IXM.
tWudu o Dojxdto 10.904. 0* 14 de dsi».-nt™
cnul,-rue * Lei n" CA VFPS
RESERVADOS A E0ITORA
TOCOS OS PREITOS
-d» quVq.nr iiinnw
W-d ou pma*.
pfMftia n iepi«1tçio
E
E A-»W*J*u dn* Orwlw iiMmu 164 dú Câd«iu
Fanil staserie fol pJanejadj para ser um recurso itindanKintal aos alu¬
041 &> qiirJUV* idim aeiAUKlurtdo no ortitp uHM/nt
(Lm n1 B aiCi1998-1 infimkiUrdu nos do tursa de Leuu,. na nLaddidade a distinct^ na busca e
O ícnkrjdú d«tn
pupSoa;»-'
* do InHtift aprofhndamcncQ da» questves teóricas e pridcas ccaminadaa nas
sX, Pmiad Ln Bran! diversas linhas de arudos da jrrndiwçán cm Jet™ {Ponuguês}.
!nrpre«M> no &ia
Por esta í3M0k os textos publicados nesu. série téni a funçjo de vciric^lt-
Vb jar q canhccirrieino, isrn é, de discutir c
CHeçOCllOllAB MTWAt propor abordagens das áreas de
conhecimento do curse em um prau de complexidade maí$ elevado do
LElTE quo a^ilele encontrado nos manuais r módulos de disciplinas da ^udc
Edltomi JAN EOGOH nCCRIGUES
WJACWWNAtJE SCXJSAALCRkSUE curricular de Lcrras. Nesic sentido, o kitor encontrará nas obra» da cole¬
DAW) EERMAWDES ção 7kin jet Leiras um referencial reóríco uúl para avariai cm seus estu-
aftfll*4 Gí**60
iteXSAACftO M. FEBNAHDES
Gipa
d<>5 e que lhe fornecera as ferramentas para a escolha de áreas dc L^pceia-
E^^id tlilrdnjc*
lidadc e attuçúo, sefa na Arca de Linguística, seja na área de Literatura ou
ainda no ensino de Língua Ponugiwsa. Os livros da série furam produzi¬
aihitaimi Carrie*
u dos principal mente, mas não acdusivamenEC, por professores C jicsquisa-
d ui cs vinculadas is áreas dc Linguística e Letras da Universidade Federal
da Paraíba.
Expedite.
F381a Ferraz Júnior 8pf.çad# á ingjagsm UeiA’U J FtpeAta
SwrtúlKa d9 UFpB.
Ja9c Festas £cf6afs
- Editores
Feiraz Júnior.'
2014. as Letras. 22)
JAN EDSON RODRIGUES l-EITE
83p (CalcçBo Todas
Unlvetíddade Federal da Paraíba, João Pessoa
ISBN gTÔ-BS-TJT-OfieTO 3 UngulUtea.
1 Sefntófta. 2- OramátUsa.
ANA CRISTINA DE SOUSA ALDRIGUE
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa
I sin
U™<«r»liin« CMirern
tOlTO^ DA urP* JaJo Pnirttui - re
CEP 58.051-970
Marr» ulpb tir
«ilnsQulpb til
Foae rW)3213T147
I
Sumário
INTRODUÇÃO . 9
G^/ín4i /
FUNDAMENTOS TEÓRICOS 11
l, O qpe cânula iSemiftric* „„„ {I
2_ Aí unl*tn»B.,r 14
3. A ripi-.lrig.Lfc diK l^Qí „„„ „„„„
3,1 Qualjduk, ocwrênclâ» twtnu. . - 21
22
.
32 ScmcUtança, conexão. conraicâo
33 Metric deckirtf. *rgurrwnur..-.^uu
- 2?
29
Capitula H
APUCAÇAO: OS MODOS DE REPKES ENTALO NA LINGUAGEM
LITERÁRIA 35
I. A ínfaic no modo iL reprcKnuçái> simbólica - 35
2. A ênfase na nlodo de rcpresepsaçâo indeuul- r 42
.3. A cníiic na mciJo dc rcprcsentaçio icónica ,54
3-1 luoniciilndr inugftiu ,55
3.2 Içnnicidade íbspramutica 6t
3-3- Iciiniciiiii: mnaínricn ,,.., 69
CONCLUSÃO 75
REFERÊNCIAS 97
l
Introdução
Mjs> aQnaL qual é d seu tido mar: amplo que podemos atribuir ao
coiureim de UffgUdgml Sc, por algum motivo, preciMsremos sutsrltui-lo 9
por um único termo smôntjno, uma boa u Item ativa seitkj^revalido. O
vetbo rçMwnur quer dFre^ entre outftt aoepçócs, tornar presente dgal
ficar, empteg^r uma coisa em lugar de outra; seja uma palavra em lugnr
de uma idda, uma rórmuLa cm lugar de mn rcÍOCÍíUOj uma COI em lugar
de uma tmoffo, um ifercnho cm Eu^ar de um objeto e nssim por diatare.
IdTlFji
Este senrido gemi ú d que prpvjtfece quango rraramos das l^açócs que as
divcrsíiA Formas de comunicação mantém entre si, ou quando descjtw-
mos nussus experiência* Gugnitjvas. mas tainbcm Contribui para i com-
pítensfo dt; manifefmçvcS jCspcrififiis da linguagen^ DOmo aquelas de que
LlH«0fà
I
D
l
à
nos comitntcnnius. Representar tião s£ restringe, entretanto, a urna atitu¬ «i
É.
de passiva ou neutra de reprodução da reaJidjde! em cenas conEmcros, [
5
das ciÉticia-k, a linguagem comimi revel hi aspectos
cOrt» D das artes ep
dcKDfÚlCCidos QU iuciiú.i çvidcntes daquilo que retrata, tivurecendo do I Capítulo I
çobenas ou ptndmindo novsE iniL-rpreciçõcs para m feitàmEnas ubeervà-
doE. Alem disEO, nem undo o qne sc nmreienra ptedsfl slstk de &IO, I
podendo, muitas vents a representação ter uffl CttrãteT hiporéri^O, Rixip- I
nai e n£ mamo absurdo, Nfo estanha, jwruiHQ» que a criação de sijtc-
mas de Ijjigi 1 Age in C fl ehlhnração de fumas sipiiiGciuces tenham ec revp-
hdos desde Winjwià nczasf idades BKodais dú Str hunurto, quer EC rrate I. FUNDAMENTOS TEÓRICOS:
dt li ।ii arttsia 1'upcnEfe Lá do perfadn paitolirico ou de um mumaura du
nohsai século.
r
As filmas de linguagem qne qtiliftainos envoi verb relações bastanw I- 0 que tsfuda a SeMÍatm?
complexa? entte representações vermis (as que sc líMtn attavis de pail’
vns) e não-verbau; ( murid, ruídusj gustos. OptesSÓCS ISSiaçóet perfu-
mes> Cork'?, imagcriS tic.J. mas, sem dúvida udo prime! in tipo constitu¬
ent o dstemi ®iw Citi iKKsa vbda wdaL £ principal nu-iim arravdi da
10 pd;ivW qitc se fixam leis, crenças, valores, vtsneE de jnundii, jelaçõcs de
poder, teorias (as próprias informações cun ridas neste texto dificilmente 1T
k
primeira SÍgJW a cue podemos afirmai que õ
mesmo objeto, Por i'^o- iiau-wdnnl un^ quadm, "Ja‘ uti'i líinçi. "!</ ujn
kr"
filrnf - para viiLuiir a ler g tumidu vEtbnl cm Huúlíd
inierpreíarirr 4 Uma espécie de ítucIv^ desse prinuno1 sgno
1
#mprt envolverá paUãvHS. Quando, por atemplo, obsirvanuis um.i pirt- rtbecer was «per if icidadr-.s mas rantbém pm
investor V eorretações
mra e reconhccvtiit^ fifth a representação de um vaso com girassóis; e imssiveis entre dcs. Aptirada k csludo das fin mas arrísitcis. ís$^ atitude
ainda quando a visto desses objetos nos Ira mmire sensações como angi'ic- deve fnciítrar. pfir eÁmpk^ a ojpki ração dc ítidogits cmre aquilo que
ii[|i e&rítor taz o&tn as paLavras' e ó
úa ou rrisuiza, fcCAJlios rtdizandn uperaçòiM ísriidhanits de fiHffafrâi. Aõ que prodirj- um pincor onriri traCOs e
prmxiiÁi de representação definido peta ttlaçto jrtpir,i-j,?^ wre^ uu um com^Sttor com riimoi, timbres t jm Wias pnis, mais —
cbamm h dc repe/pre la ação oú 0 efeito do signo? e .1 ciéncb ^ral dai do tpre rtiniparar essas Imguagers, a «mlÓEka permite enmini-lv a par¬
a função de Sigam Esse conceito tto amplo condii com a tarefa que 1 cores» fomu^ sons e ações a que im textos se reíèftni k 51ua1jzani de nta
Semiótica se impõe, que c a de descrever os mait variados ptoCBKK de
aígpiâaçfo que cafacteriv^Jn h nossa reiação rum o inundú- Não se tr.ica,
e&ntudo. apenas de reconhecer S ciistíncia de diferences modos de repre-
neirn ntliito ruiida em qomos sciíCmJqi» fiticncici coexistir com o
real esse uuinr mundo, qut Funciona mu™ Vraa como refe» do pii-
rueito, nus qm.- é interranieme feita do pahvras Na pcnpecilva dr uma
mwido
LITRAÍIS]
N
1
senrar, nus pnncipalim'ULF dc explorar a uiceração eiiCK II diversas e^b- abordagem sçttli ótica, erses cfeiiOS deixarr. dc ser considerados apenas C
A
portanto^ uma Camererísrica iúndamemal dos WlnO reações iuhjetivas do ieLtEir e passam 3 ser vni^radm como sctiiirist
U
ejes de lingtUgem- Está &
M
tsrudos StmiótfCM: 0 intcnvE por investigai' Sfi lig^çdes pnteívfiis efltíe CS íaçii> dos '•Lgnofij, isto é, Lomo paiiv do processit de t Ogrução que ujiKte 1
"|;:,:i LiL'Julca,
c outra
úlii' J
Etaguagcm
•
IjIí;N*.11SR[ Mifl. írnufti™ I
Hiil^z. tm. p. ii
Jlnín, ç QrtMc f „ 4t
] si Sln hJi, c 1b-,
íiEBIDTrtA
2. As çote^ârias univetíai» uçiOj do ItiiKh», di iMCtnória. cL concioii idadt, Jj nntne,
ilr. Cutftunicaçla, d.i reprenrnrLçnp, d;i jurniusr t deu sig
1
nnf.
Frimcirickik (jiwASw}, Secund idade 1 ctveii idade
(j/hrdnes)'. eis :i Coium tstranliamente elementar que C^do Sanden A tríade peúdana aKrespande, portàfitô, a uma íòs estagie#
Peirce 6KclbàÁ para nomear an tris insiInciiW r ri) QUC decompôs a apre- dc qualquer pnoresso de Cúgnrçárj, que vai da mas pura pMsividsde per-
enslo de qualquer Feno-menu pela
liiunana. Aprewtmackis COtUÓ
rru-ntf cepcLva, apslrtindo da ckpçrtfjida de nina qualidade puía o indivistue^i
“can^Dríu fundamentais da pefgP mento e da natureza", tSsM MÇfct conhci<neia derfa sensaçar? ramo frnòmcnn egpedficft t dota ;ms atuí
constituem parte «senda! da doutrina de Peircr, puis delas deriva a «- interpManroe qne São ar rcpre.r n t^es. Fm Stnniáikít p Litenistr/i (pu-
rruturj Irládlcaem
^UC sc m^niza todo o seu pensarntnco reóriffl, inclu¬ blksdo em 1974), Déda Fijjnarari MúcUAu a figua^frde uma expcriêii-
sive dflsdficaçífl d&s sifinns.
nia <ãa COtidiana na tenmijva de aclarar d sentido desses prnjKiíi^ics.
A Jcfitii^io dessas carcpori.is tem sido zeprodu/ida e Uusuada pets
principais divulgadores da semiótica pdfuiaiia Ct* língua portugue». a b.imu CiiqibliindD par dc um jj^ajwfe cçjlITO ur-
qcrw *H
exemplo das áuiçõts seg.imtLF. extraída do PjHamms it semiótica^ du 1'1)11'0. vem i{ii£. nenhuns illíla mr ocupe
siCIKC 4c 04x1:1
Winfried Noth; ' plrLiCtilar c nenhutp fltftMkik» cxkrior e|L[ij4p 4 nuiln J
taiçdoí em esudo ibHUi cL pciçcp0Q dfidhbg
Ou ;cp, tin caluda de pnm d,i|dadr. I'm um BÕd^llc;
rrin-iciiirmie c cat^orii dn EntlrilCtHO pretence das, coi- qiMk|uri — um micrd^ ínl rclli tklu mnn «dn> de um cJi-
14 (0, KB IBIlilUITWI rrinçin oam ódem ttilulúcnos ri: Bctú - jntnki jrençío iwli o idcndxi síirií in do ftuijun- 15
inbisdo. Na ilelimçlo ile E'ccree, "iTrisncjiriEji!'- c D tliodb Lu urbina, prmucAtidu-HK dn inJeTKnnuMwk* dl jução per-
.
LlTfHMiAI
de >ci diOtll&> qur í ul niui* e , poddniEiepte c teni idc- Lcprivi dn exrqda urncrji>r, nncnnildo-mf tUl iiqui e j^orjv
ráiLiis a dhtti uuh;i qua^UCl'' (Ci1, S.Jifi). F a QiE^nrn. di Kojudldadtr. Em ieguid.-i, coriMia qnt essa
dotultu^O
Jo íí n rirn*n lq .sem ttfimd, di fitt«t pCMUÍbifallàc, d» li um 'aiiTiihi cêiL dc vidro''. qLicK>i#áe na si$irnu al¬
ttfd&de, 4*» iI'iT-.lI: : r-:-'. da qiulidhk llbdl Mú dlsdngujd± ado pnr Mies Tan Jer Rché, siuy irxM ZQ: qi# Mlcí, par
ediLiHlcytíidinciMCl’. 1-3^303. LJ23. 1.531} * Kb Lidn, n j<Li insta kx du <jint il'.Kitwidvcr at púãdhQids
IHCU14J
lies criHHCiinviS ilfi Sçu c <£o ™drn, CVÍM qsic Pairar, iá hj-
'ircundid-idc começa quando ul» fendlUHW primeiro í rt vin feiro no m ínrniiKi palace mkíc «'«iinJouf fHlK-
hclnriidis cpm uns sepuraJo EcrtAantdO i]^>^hpicr (CP, Irrapk O Palikró de Crinil, dc Londres, cm 1S5L, nt etc.
I 35G-359L £ a çjiepiria da ojmpiriçSó. dltçío, do fítO, Eatt eStiidu dc coniL-ièri^jJt t-urropande 1 temeirídMhi '
ii rralnUde e J» ,-icpf-ric.nc...; nr, tempo c bu ElptfOi "Ha
rica apurere HD &HM lais «"W Q outra, t rolaçiu, «impuJ-
Scjjutntio csh mesma (rilhq, $erá possível ilustrar at wtrgorias uni-
tfo, cieicu. dcprudniLii. HlHkpciul4fKÍM. ncpçin, ocCrf-
rjpda, re.il idade, iczultadú'. versait de Frirte a panir de CEEmpk# relacionados á temaritat^o dessen
de percept pelo trartO litcrànu, onde cert.tmcntt ot ^nComra-
Till Cri I id-" i" :1 CMepHÍS ndaciuna uni ScgjiildvJ LHH
fcjvknLKD wecta OCP; J J57/ís): "Ê a arcaria da raedJ-
rerrwM TTWtSpMWs Jium dafCUBt ccndnisadrr, cndqutddo com a taGwt
' Brôín, Vinnir.l rjuinim, .t. ,r7V.Viti-i. d± F'jtSb 1 Mn® 1 *4. Sm F1 LUi .XnillLIlllllf, MÚ1 p
•o LÚllil^ Clilr p^HKMS ICMH r^jpnhH lln ''.'L-.'.'iiinf if L'^lh^ Fr^rr
^imiuni z: 1 «oOHDfio ?■! 11 irr. iArzLir n: irzn: Ariprul Jú U1UI. I if. reíirtriCHl bUlIÚtpjf1™. ' 1'K'JÍATAÍÍ, 0Hn.Cp.es., P. 2&
de uma ecíiiíj qui talvn venha complementar as iddagp^oes pensamento, u quv o leva a eleger a experiência sensorial como únka
iwãud^ pelo dfscursjj [súrico, forma de caidiccimen to vvniaíkiro.
A pocda Jc Fernando Pessoa e de mus pfitwlpait heicíòninws- par Aaíí iuft Jí rrwírAw.
í) reifànfta r
íum iamcremticns espcciucas, pode pos ajudaj a rumpiii fw tarda, pais, f>r meuf
^'límseitrar
fi TirNs pcfiTomet^ti _^p
mesmo não procedendo de um discurso fiiowfico srriito k-w-m, o rema lLi PfUio r™ t» fttrai e e^/n ei
.irnAi/orS
mediação entre o Sujeito e o mundo, na obra du poem português, não Smrtiu mSúi r os
Kpek uIeI4 analogla win IS mEguriu fundamentais da Semiótica penci- E c»m a ttatii e a
niu. Muito embora situadas rm wincxios drcuidvos eoendalmenie
distintos, amba.. as Apresentam, tWSM CW, Um objeto comum, E toais tmaniro tin iothc d fjfnrflíiíiar
E ^ic- qiu- ss sonhof 4c íj panjj
como buscaremos demoJlStrat OOS COmenr^HCií quí E m jvwMMmw df fofa w j$Xin^Rr.
Em nuiiios versos do herenónimo Alberto Cacito, i apróínsãn da Que <ir atum: jvjdirf rrsiwnJr o qur
/oiwwi Se r
Utilidade csli mancada pela Ênfase na oposição entre dois prncesscut que E não í>a^ medi rvw^Tirru/iv.
í-./
pudemos aproximar das categorias da primeindade r da tcraenidide, Etãs i$tv A k® w rmonuua* abmt nstidtL'J.
nespteti emento; aquela, arcada a um ntadú de pcrcepção ideal que lot exige war ^wpim/n
t'í»ít et^nrn.di^ge>t uv drsiit/muirr. ..
seria adaa setiSaçiSet puhrS; esta li identificada flam o pensamento,
16 ou sep, mm a rncdi^Ó do hjKlttW, CaeírO lítripen lia -se na negação do Sc, palavras de Petbçe, citadas por Lúcia $amaellc; a
(ias
prinwfri- ^7
miadrie das coisas. propondo a primazi# das st nações sobre os dade “exige de nós 'o raro poder de ver o que está diante
dos alhos,
como
pensamentos. -se jsmsrutci, não substituído por
alguma interpretaçãoV para Càciru, w-
ijhenv ljvj jb rw c fecha ai nbw
C.vmcfj * rjú ídArr o nr ia ml
t' .e ^errur ruuilni ratine diletas de M&F,
mo destacou Leyia Pemrne^Moiscj,’ “petoar
é estar
íjA ríj .1 j^rà nw tntidw ^tertdmm Condição que, no plano da c onsdfin da, d
quase .u-mpre represeu
At WWW frgitifluífàe.-
rfffi h'^r tBfittêfUia. tada como uropia ou reminiscência, r da
4í SJii íiím^ «flridi? ^WUVrr.
qual esse poetaí relativamentc o
Sua íí?tii7Í!Jt7 requer pananra, um esforça de dcseonsi hjçíÍíj da lin- SANTAPIia. I íicLl X-u:uya« 4e Hn^wfgt*K r iJwtoffa. 2 i>j
*d. Plllkc CmIT4, [Mti,
l‘EÍmC>'íl-\ttir.,tRS. Irjl). 1'ríín r csrli 0.:,™« (kt.
gu.igtm quit nos pennitrri.i teiwer a imegridade dot cie íjuctlirlcicie Ivda: t'jmipuihb Jm Ltnu, ISSrJ, p. .12: .liti
dh.K !h. NCIVAF1., Ailiuro íurf.).
0 J*.ir. Si. o
* Of Lerw dt Raiimilii fa™
pjysL uks lia naturcz.iq ubsemveidos e, priuripalmentCi falseados pelo firarx tie [rnixdt Eam. 7. cd.
* heu^àiiinm híí» tiiadoí > pn.i de AYALA. 'CC^iwr Avnhff*
Rinde jlxi-fii, Fdlúun^ ? d
qiur mus se aproxima se comparado aos outros heterõnimos e, princi- Paw twdo, Msiw ar rviiai dfififrpor mim Jmtrra.
£ bdfa ar iixZtí/er rfa wirrir/v niMarvpMWf d&ntrp aír mtm...
palmentc. ao onónimo Pessoa. Não c difícil, porém, reconhecer nos ver¬
(Pasiagctli daí Hurar)
sos eirados a convergência com a categoria peirciana "do senti memo pre-
do mw>- Mas, justamente por seu cariter dc arrebatamento,
sente das coisas, sem nenhuma relação com outros fenômenos no sittndtane-
ísmo de Campos as impressões não demoram o tempo de uma
do"? Inteqw
Entre esse primado das sensações «m reflexão, que constatamos na
taçlo, canvertcndo-se num movirnenro contínuo de
mensagens fragmen
tárias e inoondu-ras, cujas traduções, ainda que desejáveis, não são
poesia de Cad to, c o da "autodwo ração da consciência”, que vamos
lú
dixolu-
mesmo, situa-se a poética ramente necessárias.
encontrar nos poemas de Fernando Pessoa ele
—
de Álvaro de Campos O hettrônimo que sc deixa arrebatar pelas sensa¬
ções enérgicas do mundo modemo, de que participa: “as metrópoles,
a
irnfurie afrtyfo cwteia fgritta for tisu..
Pm- isto tfiir? Sr/ f.) a <pr r'... IÇrít.. /’«m/...
multidão, os meios- de transporte mats vdosvs”. Seu ideal ê a apiccnulo
—
1
C.om mm i/gtim rtfmtKiMrntA
(T-i—t r—
alucinada de tudo ao mesmo tempo, do que resultam cm geral represen¬ -> £..j
Q ivítiue difUni ít m/.Hr
tações fragmentárias, Eintetanm, sc a ênfase de Caeiro csrã nas sensações (Ode Marítúria'1
e até
em si treinas, tomadas como meras qualidades, independentes
Os signos não chegam a encontrar o signo que irá traduzidos,
mesmo hostis a qualquer tentativa de representação, o simultHiieísmo de isso se mulriplicarn cm operações sucessiva» que apenas
< por
18 Álvaro dc Campos celebra o impacto das sensações no .sujeito. enfatizam a repre¬
sentação da rensão, do atrito entre a realidade exterior o
e seu intérprete.
Ó iWy, O fflgnHUgTCC r-r-iuf-M rfoWÍ
A impressão resultante desse arranjo é a de um estado dc
.uispcnsão, de
/wrr íZh rn^tnif w ím /n™j semiose potencial, mas ainda incompleta. Sua poética seria,
d/ mim.. .
portanto, a
EmfOrni Jbm r firnim "da comparação, da ação, do fato, da realidade c da experiência no
Nas onomatopêias, anacoluras e repetições, abundantes na poesia
ruídos, movi¬
—
c no espaço" u uma poética da .secund idade.
tempi
MíVfiaun
dc Campos, repercutem imagens c sons da vida moderna:
mento, eletricidade, captados pela peroepÇãõ de um
sujeito que parece racionalidade. Ndc, o predomínio d,Ts sensações puras, que parece
natu¬
escrever compulsivamvnte, “rangendo os dente»’1
entre o fascínio e a fúria dlaiitc desse mundo tecnológico.
—
um sujeito que oscila
O moto-
ral em Alberto Caelro, se converte mim anseio tão i nalcançávui
levará, no célebre poema da “pobre ceifeira”, a invejar a
que o
condição da mu¬ v
lher rude que apenas canta enquanto trabalha, sem carregar, oomo ele,
contínuo dc seus longos poemas, como “Ode 1 riunlai, -Odc marítima'
rgj-ií
o
o peso da razão mediadora.
e “Passagem das Horas" é. em cerco senrido, a profusão de signos que
assediam. .44 «ortX jrnr Wnwí
4
[.'ui a^pCCtO que nio devemos perder de vi na, ao aplicar esses enu-
j AM iniwa jwz cnml-iiiwdk1 ceitírt fateis de liflguSgurn OMieretuí com que lidamos, c a Lonsciência
joe
samento atravís de um
mergulho nas sensações estética
3. A tipnlog io dos ugnt»
Qudl^urr iwrirMz, rfA jmtiquet,
riA>r.r
^ur wr ffrr & Q.mm-do considera os aigjitjs em nus variedades, 4 RmÍ6tÍC3 peirdà-
frta rtuwfrtM jTJif <]Wr
ria eismina todas as circuiuiãncias ptAsívnis dcwmtBS da reiítçfln rtiádi
Qutiquer iHipfít&ri <xbHn'
ca que reproduzimos tu Figura L, neiacionando-as com as caregorias uni-
Quã/^Wr mrirínf - miarei. vçr$;iis. Assim, p-inaí rainenCtj o signo é tomado em si mcsjnn, ainda não 2i
tf nAf, farinim#, rtatyrt...
20 Um cant# qut ir ^pm.. associado Uffl objeto uu trlfrpfLtamc; en1 seguida, dêRne-se à relação
Ite W&> fm oefe,,.
^fmula
LlTERÁAtj
representariva propriamente dita, em qm II Signo é íitilado em relação a
alcançado
no poema, essa espécie de transe a ser um nbjero; ç pw fim. ele í classificado quanto auS tipos di ilUerpretante
Rcssalte-se que, estado de que a relação SLgno-Lthjtro se destina a prndu?.ir, ílisso resultant as tnÈS
mew da pura sensorialidadc musical se apresenta cu-mo um
por invo-
nada vejo”) c como um Impulso principals tricorcuníjs que, combinadas, en^eiidrarila todas S classed de
LIKCU>E
indefinição {"uru sonho cm que
mas não ainda conus previstiw na trona peirciaru (cujo quadro completo não preren-
lunlârm, instintivo Cum canto que sc Jogaria"), instru¬
Ao eleger essa música indefinida como d#m<M eanltiçar).
repretscnraçãa consciente. prunuino
sujeiro Como pi advertiu Santsdh, 1 cliitsificação não se reicre a espé¬
pan atingir 'impossível
a calma" que persegue, o j
mento
sem mflcxSo, da meta cies irredutivnix ou exclndãiiKS <le Ccusaí, m« a aspectos ott Iunções quo
a experiência "tio sentimento
í,
possibilidade, da liberdade, do 1
r
do pensamento fo que cm líz^udo. ALém disso, a tipologin nãu deve ser romaila CDflW PõIlLO dc clre 1
assim ao automatismo P
guida",1’ resistindo fcnntitcnobgia peirdana, da gãda, dcStEnadã a meros exercícios de terminologia, que como uma ú-r-
H
nos tomos da
mim sente \cá pensando")
c,
ÍSJlOrU
famenra qne IlOt ajudará d decompor Leu rica meme a expriSêncta Llin.imi-
terceiddade-
11
I
——
SfflíFÀTlLA, LieiL, .1 !wrj jfr^iíJn: iijpr.r llnjgu^TM rçnifinim 11 cnirtl hW hr^h Cei^ípí
Iml^. jflSX p- Vi
—
bui-h a algum õbfetn como ao dizermos a mui ou d ítveza
cni mui nu pluma teve
em m de
, podemos imaginar situações cm que, sc pudés¬
semiótica.
rua
semos isolar i$ qualidades em meio aos fenómenos, disccmníitmos
attuçío como signo.
22 temei han-
Assim quando, por exemplo, çompflíamos objetes muito
tes, um único aspecto que os distinga (uma tonalidade
de cor ou uma í
'
Fiji 3 '
e passa a futidorur
।
consideramos que duas coisas são semelliaiHes, isto significa que nhccemos e que se (rimou uma regra ou hábito cognitivo
para nós exerce
n
s
compartilham qualissignns. Porta ma não obstante o seu caráter apart ir a função dc legissignnr códigos, crenças,
ideologia, rituais, convicções
h
।
temente abstrato, os qualissignos podem ser conhecidos através dos efei- estéticas ou cientificas etc. Km quaiipivr fenômeno de >
linguagem, por
tos que sim, ou que produzem, mats nova que seja a forma dc
representação empregada, os elementos uv
que new são fatridrarcs, que suscitam os tHwsw. hábitos j
l
iincrprcrarivus, i
d
atuam como legissignos. Diante da figura 4,
por exemplo, reconhecemos t
' Farjs.
'hnpJ|'T™T>^n.p:óritKilLÚiK J “ fetí« ^ífwww^attJWrimU^wrnir. «
I
boca, o
fuiunômiciM (ds OiMos ludros e curtos, 0 sinal adma do canto da anr. Nelas, o efeito estético deslo<JOu-sc da própria obra
para is círcuiM-
variação de
sorriwi c oalhar) cim legissignos. Entrctanco, a repetição ex tãncias que envolvem o momento da recepção, dando origem a
iodo um
cores das gravuras justaposta* constituem intervenções do artista sobre género de obras cfêmerav, sujei tas à improvisação t ao acaso, a
eícmplo
(de slnsig-
esses hábitos, confrontando-os com u caráter de singularidade do óíi/ipmóíf (que, ramo o próprio termo diz, configura 'Sc-
fundamen-
ms) de oda uma das reproduções. ralmemc corno um ato de linguagem ein-uiisraneiali nume determinado)
c
du formas interativas, que se modificam a Cada imei-vençáit de um
ob¬
servador. Os de Marcel Duchamp são sempre lembrados,
nesses casos, tomo abjetos que se tornam, arre não por suas qualidades
próptuu (já que sc trata, cm geral, de anefetus utilitários,
produzidos em
serie), mas devido às circunstâncias iheomuns
em que são apresentados
ao púbirco. Obras como os já citados retratos de Marilyn Monroe,
pur
Andy Warhol, relativlzam ironicamente a distinção entre original c cópia,
Hg.4 - RilniJis da N^iKn Mami ar Aliy Mfirtol na nicdiJa em que a originalidade, neste fuso, se
associa parada xalmentc
de a uni processo- de apropriação c reprodução, de modi)
As funua* artísticas, cm geral, nào são Indiferentes à diversidade que cadi novi re¬
o que plica que sc faça daquelas imagens, nos mah variados formatos mídias,
níveis de apnx nsão implicados nes.w primeira divisão doí signos, c
será ainda uma continuidade do gCSlu primeiro do artista.
pudemos constatara panir do contínuo embate entre tradição e
inovação
Em lileracura, além das próprias numrav linguísticas são exemplos
que caractcriza a história da arte. 11á mumentos em que prevalece
como I
It
—
H
J
momentos, radi- neros literários enfim, tudo o que é previsível, que w pude T
nos vemos muitas vezes rei iiados a privílegjar essa dimensão do fe¬
É
tura
cm ctmtraplHLdn a criação de novas técnicas. Conforme o relevo conferi¬
í
*
nômeno que dcscrcvtnw, agrupando ourares e obras por Ir
sua pcnim’ildi a um repertório de- signos convencionais a que damos — dos de dassifteação c deixando enire parcnticsrs a real heterugenddade
que os ca racrerira.
1
signos nos são apresentados, aquela que considera a relação !tgno-objrtt>, ou seja, oS modos de represen¬
figurada no hmoso conto-ensaio
E o que dizer, então, da experiência tação propriamente ditos, a partir do qm- se distingucrti os
signos em (1)
de Jorge Luís Borges, intitulado Fiem Afinaríi, atfi&r do Quixntrf O
” rconest (2) fadicis c (3) íTwjWiM, de acordi» com os critérios seguintes.
protagonista Menard é apresentado como um escritor francês contempo¬ (1) fcottri são definidos como signos que mantêm semelhança com
literário,
râneo de quem o narrador, por a*xim dizer, à maneira de etílico aquilo que representam?1 A planta e a maquete de um edifido são ícones
declara: do edifído (mesmo que de ainda nem exista): n desenho de um
animal
Quem insinuar que Menard dedicou a íim vida a ucrevrr gravado nas paredes de uma caverna ú um ícone do aniniaJ; a cor azul
um Qlrlxnre am.tonpurlrHjo- crLuiúi a eiia brilhante me¬ na
reprcseritilçÍD do cru numa pintura é um ícone do céu.
mória. Diante de um
।
26
Nía queria corupnr
nut WK Quixote Nin
outro
vale
Quiiore
a pena
—
u que é tíciL
actctcentar qi re nunca
— ícone, experimentamos a |x iccpção de qualidades iden ricas
âs du obje&i
representado. Nesse atributo dc simulacro do ohjeto reside a especial
rticsnju J punibilidadc de uma u.m-.utíçío mccúnKO do
A ndmJrávd atnbl- importância do modo de representação icôtiica tanto para a expressão
।
original; tilo se prupuciha çopiá-Lo. Bua
çúb en ptoduzir umar plgliias qne OMDridiMCin - pala¬ artística quanto para o |Knsanicnro científico.
vra por palavra e linha pw linha
CannKj. M
—
com ar dr Miguel de
gura 1, uma nova classificação é considerada com base nos possiver resul¬ L
LlUGCf#
tados lógicos da ação dos signos. Aqui iem origem a terceira trieolomsa
simbólico é a língua, pois as palavras, no dizer de Saussure, slo signos peirciaira, que define o signo em relação ao seu imerpretante. Nc.tai s ca¬
cunvendonaís c arbitrários. Mas existem também signos simbólicos não- sos, o signo pode:
verbais: a associação que fazemos, por exemplo, entre a luz vermelha e
a
(1) apenas mosrrar algo, coma um tsrado de coisas, sem
convencional, pais nada afir¬ J
mensagem "pare"’, no código de trànxÍLa, ê pura mente mar sobre o obfero. O inierp remite dc
AFLICUt
um sigtio dessa natureza, canse-
não existe, ao quenus parece, qualquer outra explicação, a não ser a exis- qucri temente, ttãu pode cimter qualquer julgamento, senão hjporêtico,
icncia da própria regra, para o lato de empregarmos o
vermelho, e não
sobre, aquilo que o signo representa:
outra cor, com «te sentido.
(2) «insistir numa proposição elementar acerca de mhi objeto,
'|
1
II
admi¬
tindo porian.ro um tnntpretame na forma de um juízo simples, do ripo
zrmiidlcrfw/i/sff sobre <> que o signo declara:
RiÚTlt
| I Ibislmi.
(3) configurai -se como formalização de um raciocínio lógico* vras,Não há dúvida de que, nesses casos,
os gestos de escolha do autor já
sugurnenrativa composto de premissas e conclusão. O interpretanté dr insinuam as intenções argumeiuativas do
texto. Todavia, seus nexos
um signo desse úpo sera porendalmentc uma convicção logicamente cos aráo sulientundidus, ficando a lógi¬
cargo das inferences do leitor, como
fundamentada sobre o que é representado. ocorre nestes versos de Carlos Drummond de
Andrade.31
Na CerminulogLii pcitCMUM, csws tr^ categorias são chamadas respec- Sub
iLvamente d< jwhw, (ou dieentefy e drgTJweímw. O modo mib rtjrndíf
simples de ilustrar essa meoromia ê aplicá-la às unidades discursivas da mrno
owncifjuir
linguagem verbal. Assim, (i ) uma palavra isolada, que não configure uma ijrerjTíír
proposição, será um signo remdriea
cordar do significado da palavra
— não podemos concordar nem dis¬ marghuti
desenvolvido
pOr exemplo. (2) Jã uma oração
dividido
simples, como “a terra / MuT , constitui um dídssigno, através do qual se tdienw
pode apenas afirmar algo sohre um iujetro. mas não explicitar as relações im’unie
verufunade
lógicas cm que w baseia essa afirmação. (3) Somente através de estruturai deítgítdo
linguísticas mais complexas (corno os concetivos c orações de um período ivnht>
composto) seria possível escabcleoer tais relações. iuwr
No campo do não-verbal, uma pintura figurativa, jxrr CVCmploh pode
sugerir ou evidenciar muiras Coisas, mas em d mesma, não pode afirmar Jã o relato de um feto qualquer através de
estruturas narrativas puras,
nada, const Ituindo-se, potranco, Mim signo Mesmo abras como no contexto dc uma ideal
neutralidade, seria um caso típico de
fjwnma, de P^Nki Picasso, cuja mensagem c sabidamente de denunciar diceme. Essa parece ser a situação figurada np signo
de jornal, dc Mamtd Bandeira,^
Awim tirado de uma notúia
repudio às cenas que retrata, cjM Uíerdiidr gurauda o /ws, de Delacrubt, etn que os verbos que
ma noire de vida da personagem descrevem a últi¬
que exalta ck valores da Revolução francesa, não podem senão HfíWWras
simples menu- se sucedem numa rápida
cenas que retratam, e precisam ser traduzidas em Outros sigíWK quando enumeração em ordem itonológica,
sem qualquer marca de linguagem
pretendemos explicitar relações causar; ciUrr os latos ali uprescn radas, ou que explique ou explicite a conotação
trágica, que resulta daquela sequên¬
manifestar nossós próprios |ukõ5 sobre det Não jc ceara de negar aos cia.
signos líào-verbais Sua capacidade de desencadear um discurso persuasivo,
/a»
— de /vim livre e mmwm
/rj
nem di atribuir-lhes neutralidade o que seria com plerani ente absurdo [rw motrv da Babiiãniit mim
A&giwami-tr. mu ftD*
JímiArá, modo simbólico de reprejctuaçâo. A maríria-prima da iiitraiura é com-
InJifirmte dW Jw/ wrtncninr traí ptkMa pfodiuiiiiianremcnTC de urnbidos. ma* O artista Os fltoprep de mu-
AV outa nugw-M um prwr AorÁ*?1 do «pecind. Além da dimensão $emànriçar p?lavr-j possui nutrem airíbu-
Dr^f enfim ros scmionkus: sitas qualidades wjjoras (1 combinação de seus fonemas),
irroj j nfjn de fTpua? Aiftr
fi inrnt, JjuM, f jertdojuM, Dob,
sintáticas (a relação com muras palavras no enunciitdvj c at£ tturtrtiú aid-
Deurrtita farAJ or hNgBdi^JF CuhtórÍBs: (o modo como productmot Esicarnenrc scquincjg dc
joíu)s mi ainda, Uo c ódii^i^ escrito, suas qualidades visuais (lamanhu. tor,
32 No quadro a seguir, enemnram-sc
r-squtiuaiLTadai as tris classifica¬ formato = disposição dos carKtçrea} e ekeiq em certas formas de cktIeu-
rtL Esses cezúLlí pios aspectos significances conferLiu :i lingiiaginiL verbal
ções que vimos descrevendo,
1 ÇSUÉkW t)K
1 CU^IFKLW.AC
U JryiA oa Í1
lLASÍI*
BMCMOt
SiACjgw-
uma pn:unci.;lidu. Ic icpncwmtaliva que vai além do simbóJkoh na medida
cm que os irirerpieranu^ como ntGC4C$ eupresslvús.
Além disso, clesxjmos observar que o àDnuelto de hí^vj, nessa icmia.
(anm pode rch-iij-y; a uma unidade simples quanto .1 um.t estrutura
IíTFUre*]
I iraiyi^J da fenfr- UWn tiúrrtn;u
completa. Ma terminnh^ia actniiMiça. pucJernoj dcnumliur de sig.no, por
LlhCUÍEf
[£X|IU 1 UiBlíkrJ* J
llll.tpmK^
L-ntfú dp*Ô UpU rnrnu «l^.*u
*KinílbM>£* IlúIH
ex/ijiplo: cadu pttlsvia de mn [etm, nu cada jiarrksila menor que uma
[Urmini J a obitiu pit palavra, mas rarnbém um conjunto de frases, ou aré mesmo o resto imec
Rxls^j»-
pií^iiK n^ú por parar
iuiu Ju tlkÍF» ro. se eu consideramos ct»nni unidades. Sendo ^sim, é po$sívcl arranjai e 1
r^-riiJ i--LdTi t^cL
hrtirSn ccmbfoní váríus signos — cumo .ls palavras num icxto — dc modo a
APtrin
n JHEV :-lúl SÍKitwiliJ
litij
r^> «1 .Tin-m-J. '. produzir ram ds um imtifl signo, maior e mais CúniplexO. E a màií
kruj
DnljM.ur»»Mm importante é que esse novo amnjo nAn mi oícesíarcanitme o mesmo
lllh-ipr«jnir Pidalpp 1 <arÍKt tepresentati™ que predomina em caria uma de suas partes. O
I (pau Jiwmíksi- L'™ pwpakt»llmPta u
[iEUÍTlfí
c<DfKÍiu^u-
«rrtcmackil dexlcaÍE 011 icò nicas. Por issir, a abordagem scmfonca Jí UwtlDtra extgp a
tjidicriShmv csUlKlinfní (tlniiiiSjfcSj** iudapaçay dvr. aspecto'- micro e macroeurururaÍE de seu objeru com o
mesmo rigor.
f
«1ril
I
I *
1
-
É nesse sentido quc frequtn temente sc
descreve o processo de crans-
palavra) cm ícone, buscando descrever
Capítulo II
form^So do simbólico (no cAW, aliterária,, mail do que representar (subs¬
os meios pelos quais a linguagem
tituir), prtwnrifica scti$ objetos. Nas etapas seguintes
desta apresentação,
dc aplicação da semiótica ao
em que pretendemos sugerir possibilidades
ao exame da konicidadcj
«indo do texto literário, não nos restringimos semiose e de seus efei¬ II - APLICAÇÕES
dos três modos de
procununiM discutir presença
e de narrativas dê ficção.
tos na interpretação de poemas
0» modos dc representação na linguagem literária
LIREUAGFB
do convencional dos signos utilizados, cm seja, quando as associações
rntrt a forma literária e aquilo que ela representa se fundamentem pnn-
i ipalmcnte nas cuttvrnç&is estabelecidas pelos códigos linguístico e litcrá*
O poema a seguir, de Manuel Bandeira/ pode wr consider ado cum com a vario das “disponiLúl idades scntimcnraisM, com dcMuquc para o
^pfaaf no modo simbóliço, muito embora essa alternativa nãr> Uni- exclua romantismo, Preterido, esse sentido se traduziria em exprmôes como
a ocorrência das outras formas de representação. “segredo de melancolia", “golfão de cismas" e "astro dos Loucos e d(B
enamorados" (versos 9, 10 c II). Em lugar disso, impõe-se a visão do
Saielrtz asem reduzida a uma dimeoriõ racional, fixada num vocabulário de pen¬
f^m tie iardr. dor técnico-científico que aspira à mooossemia e predispõe assim a urna
jVfcAu
maior objetividade. C signo escolhido para essa iraduçâo é a palavra “sa¬
J /nw ijfd
AoiW télite", que da titulo ao poema e sc repare tm dcswque jtn final de cada
Mat fit cumagnifitamftlfr estrofe.
í > contraste filtre essas duas representações — ambos simbólicas -
DenmwforiwliL do mesmo fenôincno í também o recurso empregado no poema para
Drrm/^-Jíír,
IJ&fwr.rdi/ rzynvi?
wife rematizar o pc$o dã$ di-ierm inações sociais sobre um sujeito que, ao final
Min r * grifae tie cimm, de um dia de trabalho, fiitigadu ilc mab-va|ia \ jó pude lançar à paisa¬
O ailre dm ft>KW * dor fmttWt'adw.
gem um olhar çmpobreçido. Ki ritma ixmhewndo todas as virtuais cono¬
Mar tão-síri^mle
$>HêÍílf tações que poderiam cnvnfaer o seu objem, de escolhe traduzi-Jo por um
A
S^tn ifeut para iti dlrparribi iidadfí ^túmewfani miruicas" para captá io como *coisa cm si", numa imagem isenra de me 1
I
I
J|
JS
tlMGUJSa
Mn EhtnrdiW-
— ’
f defirre. Eria d/ «to de nadi tAo. São da Serra. & fírww <o-
prd tríteMunira.. .”
5í j^hAt at dmwiar mr. O funil wife o cdHtfot * WFJiiírfttf.
—— Famigertid# 4- m&Ú, í '‘célebre ” "isúCm^'. ^WMÉre/'. .
"KiHMEOf rSMU* n«Ap rçw zwi <rtru/ur fmitfntf IV Jiãs rnJcnfAv. A^íú iR^ió- 1- EnMh ilártaAi 1
*ni:úí>
m? i* f fMptiúwiP f dt arrenegar? fitnJfHV? jVoiw de p/rrua? "
— Vji.i nr^iAwHnii. «vu^ííji .ivx,rp. -£ís Mzjiznu. df tmtmr ujúí.l O segundo preceito nos diz que, no modo de representação simbóli¬
— "Pfú... e c
rfmtfrw?"
d yw d, erV j^Af de ptrírf, iiugrtn^m dr zw di;i-de- ca, a seminse depende deelrivamtnre de n intérprete
possuir um conhe¬
— &e<ti jh 'rvrywiUflíf’. ynf iwfttfnr ifíiuwr, roprtfd . cimento prévio acerca du uonnas ou hábito* que definem a relação sig-
“Kw? ^rr.ivfr. /K.r jpaz ddí raJw, má# iwj
servação das obras, cm contextos de transmissão orai (prindpahnEute esses casos estão Hísociados otritamenre às circunstâncias em que
rui
são
domínio do verso j. Sabe-se, por fim, que ao definii-sc como um
sistema, veiculadas ai reproduções de uma obra, aos seus suponct materiais, nus
a litcruura acaba criando suas próprias normas: estilos de época, géneros, lião sc referem àquilo que está representado cm seu plano ficcional.
Isso
concepções estéticas. O contínuo exercício de reinvcnção dos códigos porque, cm geral (cxccmando-se. por exemplo, Os casos em que o uso
da
linguístico e literário exige, portanto, do anísta e do leitor a plena cousci' fotografia se integra irreversivelmente ao conjunto de uma obra literária),
o sistema d.i escrita alfabética não depende de índices
ência desse componente convencional que integra ambos osíiswnas. genuínos para re¬
TI3SJ1
sentes.
um evento. Isto é, de algo que ocorre cm circunsrúnctas determinadas.
Na verdade, o tipo de relação indexical que rârilmcnic êncontrarc-
Seu campo de atuação está, portanto, restrito ao da experiência
concreta,
dc fkçAo,
cabe então qtiesr ionarmOí se, e de que modo, a reali¬
õricas e a literatura,
dade pode marerialmir-se ua semiosc de um poema ou de uma narrativa
irHElGtV
Drummonsl dc Andrade, lê-se: m
quanto às relações entre as panes dc um texto pertencem, por
exemplo,
Íjw wm í^wms roo amlmv as rubricas com que uin autor enumera ou intitula os capíudos dc um,
rm jwrçp elcmítriíp smulfi— inatt^atL.. romance, ou os elementos liiignisiicns de coesão que, tio corpo
de uma Á
LltEíUJ
Observe-sc que a delimiuçãu da inicndonolidjide tio discurso, mani¬
I festa no título (hsò para"), acrescida da menção a um nome prriprto. Im¬
Uma das primevas questões que nne desafiam neste tópico é a da vo
tha dicotomia entre ficcional idade c táctualidade das dscumlândas que prime ao poema certo efeito dr árcunstoncixlidade que passa a envolver
lírico, uma ver que o discur¬ litrtto seu o destinatário quanto o Mijeiro enundador,
certain o sujeito que se expressa num poema bem como a sinu L
«
como ç^O de ambos no tempo t no espaço, na medida em que o |niema
so cm primeira: pessoa costuma ser tomado, nesse contexto, ora
Q
figura A
ser endereçado a um iim-iíoLutor individual, conm seria, por exemplo, U
C-
H
I '
caso se tratasse dc uma caria, Cansequentemenrc, eis signos responsáveis I
।
TSruJiin; Mds irudiu firuetic*i<4^ >» «bvii tail
Morun&if .-
j
A faCíJÒ? r*
-
XAiSí ffljtlimw Ai Cf.
„u r*hvi ilr Lmi- C jirol r.v.
S<i| H. WnCllld fíHímuc it MftMw Jr fxifas coordenadas cronológicas e espaciais do discurso podem ser toma¬ J
L
HlItiM
Fút.i-j/^rrr .1 nt Sfcl Puilo: ÀriaZÚJiM, AM.,, p, UM 121. das como referências à ocorrênda de everttos deterutiruidos. Assim, .sem
ra npcwrtxla, cf- -u cumpria* peUUmi? .k^udfe dt
'' SJxc i JúrirKin tnrw íijeKisia objnm JuUdidw
twraúr.V c riirtr Júudúu. km ã mirar jrfjJ Ar npur, Eliuklh Walfliri-Btru#
rjv
ÍEUlÚTt
C pmvndi OU extern ligne^ iSIu 6 sg|in
' ll1
1 II
dedicou ao amigo Jaime Ovalle o poema que remos cm mios, da mesma íWfrríp aJo, in-iMinhie? woMrfí Jr tUc-wwhi™, íflfrrtúurto WJtpfeh^rtCTfnfe'
Jr ."iríatíi-x wumfc vw r rríwicío.
forma que uma expressão como "pensando na vida r nas mulheres que ílíôtu í*r /flev do Jau pwÀu- .
Os exemplos que seguem pretendem ilustrar as gradaçócj que o Esse mesmo gesto será retomado dc modo ainda mnis evidente pd!o
componente indexical pode assumir rui semioae literária. No Poema tie próprio Drummond no poema. WwwnrrgeM, em que o significado ape¬
rift foca, de Drummond, o 10m figuradamente biográfico c acionado não nas sugerido pela expressão "^ihAíAffíífl" se esclarecerá pela coincidência
só pelo ew elíptico do primeiro verso, mas principalmcnte pelo recurso ao ite serem rodos os nomes próprios listados referencias a escritores (poetas,
nome próprio do poeta. romancistas, filósofo) suicidas.
fracasso e qtsc, portanto, irada pode ter de semideus. O senridn alegórico v Averá o
arte-
decorrente dessa alusão acaba, portanto, por enfraquecer o componente SOi'l/fiVj “
UJ
indexical da mensagem.
Já a íatrtu d Sid!iMj>tiida, do mesmo autor, assume plenamente a cir¬ Neste aspecto, os dois últimos poemas citados diferem sutil mas de-
cunstância histórica como rema, cm toda a sua urgência e sÍ3igiilaríiíadé: terminantenicnrc dos anteriores. Naqueles o gesto autoral se ciraetei i?a-
rransfigurando-a apenas pelos recursos retóricos empregados, Não liá rãa mais jujfamente como a apropriação de elementos contextuais para
como abstrair da leitura o lato de que a Varra em questão alude ao e-
5
itixcrevê-los num discurso em qtte prevalece ainda certa in determinação
vemo da resistência dos russos contra a invasão -alemã num momento (ou generalidade) típica do discurso poético. Dc fato, talvez seja possível
histórico crucial pura os desdobramentos da II Grande Guerra. ‘ DRL11MQND DL CukM, w.. p. 420.
dbwrnlr gWI? de inde.ócalidade decorrentes do emprego -ele nomes pni- O wtw nthme e Snrna^.
ndu irutn autiv de pbl.
pritis de lugares ou pessoas, conforme a maior ou menor influência desses
indices no sentido geral de cada texto. Vejam-se, a propósito, 0« efdrm Mas cie logo reconhece que o nome próprio, desgastado pelo uso
di.ciinws desse procedi mento num pwma de AugUSIO dos Anjos, Irequente, perdera essa função, tomanJo-sc incapaz de apoiHw para um
íJujjrrt £ embaru .? áiir 0 rt&nr. referente singidar. kso porque, |Mralda«ictHe: us objetos (indivíduos)
por
Em Engenim Pare d'Arts e muita trine.-, de represemridos rambem são idênticos. O protagonista empreende enrão
Mjs irffmAiir da ivírzrw iiãã c<iite
uma primeira renrariva dc resgatar a especiík idade do referenre
Fftifiv. n^rra rjtit ft &f equipare?. . (que é ele
mesmo) c, em última análise, a
indcsicalidadc do signo, acrescertrando-
e numa de costumes como A/tWraj df WK MrgfHta de milicias,
narrativa Ihe ati ibuto.5 que se vão acumulando numa crescente delimitação
scntàn-
’que explora cerra ambiguidade entre a indefinição cronológica típica tka dos nomes ptóprios de sua história (“... Severino/ da
Maria do Zao-
do conto maravilhoso (*Era no tempo do rei..."} c a minúcia realista do
registro histórico, evidente no mapeíimcmo do espaço da cidade cm cujas
rias,/ lá da Serra da Costela..."')
—
tarefa que se revdará igualmente im¬
produtiva.
ruas se dcsenvokurá a açáo.
Cum? /w muitos Serrnnoi.
Cma das quatro tnfuitiat fomtnm jr ™.jidn (.iutidor e í/Ut r at/itv de tvitMna,
etrtfltidut d/tfíttri eniÀo de fne ehtim<u-
til QuiMMÍ<ff Mmwte. ihamutm te nrtte
U»rfH> "O anilo doi mefri.nbvs ’. E MUI Hv Mifntwi tf de hiari»;
51
nome, porque era ai 6 /mçwt dr rliCtntm JtfiorÍM de- win as tvm bd >nu)tvi Setrriui»
individual dew ííenr (que gOiOlt íWrfí de nwii tam miiet ih/i mudai , fiaria, J
Jl
cvmà&mpbd /itjwei tender o da Maria 1
R
dafirnuií ZdOtriru. í
I Mas mo ainda diz /muffi;
1
L
dade COstuma SCt explorada cm retros literários, considere-se a trajetória f or casna dr um coronel K
F
I que perfazem 0 sigjlO “severino" e suas variações 110 poema dramático que ff chamtru Zarjiriai â
e que^J o maii anfíjfo A
A/flrrí e rrxí/ uvctinu, de João Cabral de Melo Neco. '" Toda a primeira senhrf deita eetntarM,
U
G
H
parte do poema consiste muna auto-apresentação du protagonista, anun- Carni ntàa diaer tfwm fail I
L
ctada pela rubrica "□ retirante explica ao LeitOi quein óc J que vai’. Co¬ ora a Ifantí SeuboriM.ê À
I I'rfams: ê o idfftino
SPLltJU
mo era dc se esperar, o primeiro artifício a que o pctsorwgcm recorre para da Maria do Zacarias,
I Li da serra da Comia,
isso ê o emprego de um índice qu-. a ele sç associe imediaramenre, como
I Htnitrs da í^ertiba.
uma marca que o assinale.
I
Mat im ainda dts poura:
t
I
1
ALMEIDA, Minizrl AntArtfo dr. Mr.v.riM de uor .JyWJ .te Militai 25
MU.O NErO, Join CihrJ de. ftfiw wvpiftri IMIMÍWi Ri» JwihrK
Motile, 1M&-P 2MJM.
510 PaukF A>>X», I5%-
N»nul Una il±
te ao vwiMir mair áneo liati»
iiint wíjiw de Seiarmo
/d/w de lania-, Muruti 5EUIÓTO
I 'll
L
ih.'iiJwit. fir wins sanm. índice ao leitor (espectador), convídando-o a acompanhá-lo no itirso de
/j jÍHináu. 2jAwto,
i rtzuais ma rmrinfjj mra
sua viagem.
e Muds W per nt rf ms
Mtr, w iTw/sífJíh'
rrtethor Vonaf Senboriar
Conrrariamcrne s sua tentativa de individual izar-sc, os nume» pró¬ e meihçr ptnimm seguir
des- a hiciária de minha rida,
prios, que deveriam aruar como índices, vão sofrendo um gradativo
^ano v jrr í Seremo
|iK.::tntenm cm direção mu domínio dos símbolos, à medida que são em¬ que et» MM presença ftnigra.
Zacarias",
pregados no plural; ILSeverinos*, “Marias", *oucros cantoi-
A de índices genuínos e subindkadores, será Instrutivo
projHjsrto
passando assim a designar grupos e a conotar generalidade cm vez de
Confrontar o procedimento que acabamos de dcJCttver, que consiste no
singularidade. A part it dai a condição social é identificada como o de¬
também emprego de um mecanisrtto de referenda linguística, com aquele que
mento fra nsfigu radar, que age não apenas sohreos sujeitos, mas
viria a empregar o cineaaw Steven Spielberg em seu
sobre a própria linguagem, dviemiinando igualmentc os seres eos signos premiado filme A
tina tie Schindler (1995), na célebre passagem em que a lãmera
que os representam. O auge dessa distorção está nu iransmuração do
no¬
1
mesma HfcHtf j/umra;
visuais do cinema propiciam nesse caso o emprego de um índice genuíno. ?
1
que i a muilfr de ymc se mtí/rvf J
ti: I'dimT amw dos trinta. Esta é ao menos a interpretação que se deve Inzer na medida cm que o 1
1
1
de mhortfUiA ,iHtei dos tVnrr signa lva colocando etn destaque um elemento no conjunto das tniagcn.y, s
M .MH? ywr dia j
»
t gff gente nfo ruOfida/.
T
- i
v
0
1
n
™n« IC41S <ti 'uliKlMSIO. NcMc uhiinn <42,,. u. cuvn tftiiieIKo iki ún£j
Sprwn m MÈIEvI- N
..
Imu, .-'Vlfdu >u jinvmr (OltUi
moni Utftu im de llgUllLi
mldiio m lUeAú i!:l> r.rni hlSZúliu» jli rerm^dú-- un
I
XL ItOniddade irnngétifH
1
*
mats um exemplo colhido da obra dc João Cabral de Melo Neto/1
que ípreendeiitcM no contexto dinâmico d.ts litogUíigcns que nos ccrcam
1
â
l
MM m/n'a da f^rra T
J
L
IcAnicDs outros traços indexicais c simbólicos), nos quais entretanto di> /vj/rd ms ifuv v' rtHUtarr
JU
Ú
dt riUMn^r ir dfirrrí n ^sraiiJÔ 1
ou rignw
com os objetos. A rigor, esses signos são denominados
U
rfMln mjUW n Ç
c
r rara qwr jwj,
Todavia, para os propósitos da nossa discussão, tomaremos conto rir wri'aii^ il naral/tji, Mui,
1
ft
0 r/ríe if f^Uf. L
H
conceito, Em
Eis um extraurdinãrio exemplo da interação di' recursos semàmicM e 1
E
H
o dxssjfiquernas como um ícone? Peirce respondeu
a esse 1
Mkl D NEFO. R*I C
E
dt Ç)p. Cl, , p 3£ í
simbólicas, empreendem sugestões oncnéskas, baseadas em supostas correspondências pré-
símiles c metáforas, nu nível das representações existentes. Consistem, ao conirário, em efeitos de sensorialidade, não
canavial, cigarra, jornal c navalha, no
a aproximação «lire os conceitos apenas sonora, mas também tátil, na medida em que surgem da
eixos atltetarivos na sugestão
estrato sonoro do remo se entrelaçam tris articulação dos fonemas no ato de leitura, num verdadeiro envolvimento
as tolhas da CUUL São
das várias impressões produzidas pelo vento entre corporal do leitor com o processo de representação.
saliva, rigarra. sreo, se, amarra, re, Fato c que os ícones de que tratamos surgirão apenas da relação
sons que vlo desde o silvo (voz, reto,
airim, nw. folhar, roa, rc,
esfola) ao sopro inais intenso La-wt, saliva, entre a articulação dos fonemas destacados e o objeto que das
cs/òla), passando pela representam (a waz. do canavial, o ruído da* cigarras, o lamber da luz ou
canaviaL tento, filhas, navalha, nento, folheia, do amante), o que equivale a dizer que a icomcidadc imagprica não
as follus cortantes (cí^rva,
sugestão de aspervra e secura nu atrito com reside, nesses casos, nos registros escritos dos poemas, mas na
dol>r4. jornal, por). performance que esses registros pressupõem, difereiuementu do que
na leitura de um
Esse tipo de repetição não deve ser negligenciada ocorre em nosso próximo exemplo, um poema intitulado “Ao pé da
de um poema, em que o apelo à
texto literário, sobretudo quando se irara letra", de José Paulo Pae*; 4*
todos cw
condensação rende a recobrir de significados praricamrnic
analogamente, nesre outro •lho por *lho
recursos utilizados. Não i por acaso que,
que elas de te por de lo
exemplo, de Sérgio tie Castro Finio, aflrma-sc das cigarras O poeta recorre aqui a intervenções muito simples sobre a forma
escrita do provérbio que enuncia a chamada “lei de talião". As alterações
tjfljyotiiin 57
56 vidros consistem na substituição de urna das letras o |Ku um círculo ebrio, na
moídos. palavra ot/w, c na supressão da letra n da palavra dente. A escolha das
J
X
I
O crirral dor wrâa. letras-ícones leva em conta sua. feição tipográfica original, cm que se A
R
E
insinua certa scmdhança com as forma* dos objetos representados, No F
Lambe. voAquunsa. u-í KHS cnnmmui.., entre a letra h e o contorno aproximado de um dente, embora a sua I
L
P
ausência rui palavra seja o recurso mais significativo nesse caso. Dois con¬
em casos como esses, os ícones que se
JI
" 1'AHS.Jno' rude /Svju i^h^Atj. £ú> Ccmpudi.* l'm Lrau, SÍWk
5írflÚTH[l
11
IAS L RO AC VFN, A F if.
nessa simetria cU mutíLuçôcs A 9U daçãorifiiol dos gLudtadctta ao imperador romano antes de
da provérbio cirad<b não é diííal apreender urna baralha mortal CSalvt César, os que vão morrer te saúdam") c a
O teor de ironia que aqui se projeta
sobre a sua lógica da retaliação, Note-
it íeirwa arravés dos aspeoirt so- primer» c mais evidente niitidi de que parte o pôemo, Essa alusão taiu-
se que essa dcsconsrruçào nãosc impõe
reproduzem o conhecido bém c o que nos conduz à ocpeeiariva de mu dkucurNO de rcitrêndia dui-
noros e KíiiinnctM do ptHzma (que afinal apenas gido ao seu iiirtrlncuror. hipótese pprém dçscjftadí 1*^0 que a ãpórtri ifêr
dc sua composição gráfi-
adiiflio); t in emerge de um ícone forjado a punir em vez de César; invoque Cerro "céu de mentira", não apenas sc desvian¬
o dogmatismo- que a palavra
ta, cujo efeien humorisrico vem subvertei
do da fiwma original, mu também converte ndo o cumpriuRino ent pp-
suromarizada tenderia a perpetuar. vocaçâo ou oscámlú, sem ton tudo deixar de remerer-noa, ainda que iro-
itnagéika, cr efei¬
Em nosso terceiro e úklmo exemplo de icunicidade
to d* similaridade entre signo t
objeto também resultará do acréscimo dc iã<an en ru. á figura df Uffl juiv Implacável, Mw:no invertida ou parodia¬
não se trata do iipmvi iia- da, u«í juim.ii a matriz é O qnc Inirodu* HO poema o Tenia da nsprír Aw
informações visuais ao texto, mas nesse Caso
mento da tiípcigrafia do* caracteres, e
sim de dementos pttrcncentes ao tombai^ que e uma de suo chavK de Leitura. Só na$ últimas linhar 10
ribuiçã» do texto no espaço
leiaute da composição, «imo as coirs c a díst nus djtparannoS com a expressão "porta monturo", ê que iws siniamos
num raligrama, ao contorno
da página, cuja Arca impressa obedece, como ilinjite dessa lula tcniitrLíada. que então percebemos set mctufórica, pois
Estamos falando do
definido de uma figura (a princípio enigmática),
poema “Monturo”, de Augusro de Campos, que
reproduzimos na Figura ic rtaliu na sutíia tetEtíca da própria hreranrra
em vest do gladiador,
—
em ljuc luto o pocra,
1(3.
Tsbíz pi>r h trataf tie urn Com bate, D e-spaço do pnenu tatá pnJuri- 59
rado enrre domínios Km^ndcos itUMndl^fvcIs a m<tadc superior é ofu- I
¥
pada pelo 41céu de munrira1', Evnbém quaEiflcadn pelo tHrimom "prerertoe r
&lkp
—
t
t
D&| liei do passado" um tempc/espaço sempn tj’iinJ u si mesmo ç qiK « por a
muni 'fu
]
pr^Snn Isst? dcideiibarfo pebt su^ito-lírico em seu gesto irônictu fl outra nictaile 1
th* p^kSSn d ।i
se reserva au “céu dõ futuro que não tugar derejive], de onde o
d ii isti a «In
tilais
íjE' ।
ii A"
inti n i n-
0 puts t 'I
mnri l uri*
pMTA, .lind.i imnju!i"j, j í St antetipa num paradoxal cumprimentei pau
mwsem auí seus cnnn;m|Wtáneo*, Se pudermos tumor o rigno rnt nesre
caso, tomo repre^ntação du
cs-ncra o poeta,
glória prtílurnft tfiisa úu dutadaurti) Que
a mensagem aqui anunciada é a do Itiunfo do pocH-
r
Momhi
[ti gladiador sobre os valorei estéticos d<i seu tempr?, um triunfo q-Ue RÓ JK)-
defá advir da Conquista da verdadeira posteridade, como 5± numa ^aría
+'
Fq. 10 - 'UiLTtJio' - Aujwh h Cnrapw çíil mMfetna dã tópica horaeiarja do exe^i mfltihnjffilttm, originada dos
41
hi: AOdhlAR, tiumÍRJà. í-irjrj r fepr-iiTrawH! dp-fj zmuíc Hsini-~nf mm pri^Ffiçii C5I JKHFl
Edapi
tiuç s
I
a
nem o roer d.i ihuva netn
csrela sobre o túmulo do poeta francês Stépbanc Mallarmé, que podemos
dr Àquilo 0 tocatàú, xunpnucO O tempi
ver reproduzida na fotografia afaixo (Eig- 6), t odavia, só através de al¬
ou 4 sírk Jos anos. imoitsl
em gjandc parte, a nwne só tie um panou gumas conexões intencxiuais é que se enconrram argumenros para res¬
de mini se apwara. Que cu scmprcnova, paldar essa correspondência. Djueminadu pelo texto (e também por
xaesciilo em lúuvnr, hei de dtawr...
tuda a obra crítico-criativa do autor) encontram-se marcas do diálogo
0 ícone vliual dc "Moriruro" mantém
uma complexa interação cum sempre revisitado dc Augusto dc Campos com a figura liTcnvia do poeta
verbal, a começar por sua feição fraiK^s; MU mjgativida.de associada ao fazer literário, a imagem do poeta
esse aspecto alusivo do seu componente
ambiguidade discursiva do texto, espe-
um tanto obscura, coerente com a cm lura contra os valores estéticos do presente, além do tema da saudação
sujeito da última omçãcn “o ywf-
ctalmcnrc a que envolve a identidade do (co¬
irónica. Somado a isso, o aspecto fúnebre da composição (letras amarelas
——
MtfríÉwnA..’’)
saúda'*). A quem se refere, afinal, a figura lO-eplráfio dedicado a Edgar Poe, em que o poeta mono, tendo cnfrcim-
'*< . outro personagem f‘[ele.„] re 1
céu do futuro?
morro (c sempre vivo) que nos saúda do
1
desse poeta do a hostil idade do seu tempo como uni “anjo que urgia f um sentido 1
R
A
mais puro Is pdítvras da tribo °, Sc cu n Funde agora com a própria Eterni¬ i
E
T
dade, permanecendo, entrei ama, o Sfu túmulo como “eterno dique i aos 1
Ç
A
u
3
H
X
n
Um íúiigmj/M ê um ícone que uá<i pmsui .stmulhAnça Imediata com *
í
L
P
jeto, Eríquanto uma pode evocar ura objeto pelo simples reco- I
C
r
k-ig.I1 - ’ Õ
I
.M
r
Ulífin
Vejamua alguns desses dade pofnea? "IrT^ ^t., j^r.^ío iirtsficro de um dizer qne
se proclama estdo? Afeite sf entda que df-^bem
Mvmtíogii dc TttquirdM Batista, de Aníbal Machado: cadeiriis em-
bora >rja preferirei que te limitem J flór, j tauwivv. ,7 ir j-
jd dtST-C <JUf MiM baixu. Dcs.rbe, sim. quem wna cadeira : r ifflAw. jj» nvii?
"A'<w jTTH Z#™1 W rb IMP lW »11
sentado emi, w<fi
rífi Ãj Retij que ssãa qarin me perder e cd no m
WiSTnj.
iftár
tsdfútbia rn h>« T*^uí>«éw &tíúSn T.A.U. nw#KttNffi
iwí
T R Quando afirn-mnios haver, irsscs dois últimas casos, ícem&s diagra-
jMrír rJí ijfTJjr agradecida T. mt u?
/■WK# du Árvw iw aMfWnrvna porta da igfeu MM ir/- ináticus, teFerimodics ao aproveiun-ieiito expressivo. p£M ambos os auto¬
çjr minbir ge/ttf ficar longe dai tetras dc Mfn wmr n/Jp
A6nualtaAiT ir.il me tmtet ttwr erlon qtrase naitv óts r mJo
. res, da seria.l idade que caraereriía. a linguagem
os fonema^, |ulavras e teases (c suas
verbal
—
isio c, 0 fato de y
—
Jon ji+^i iranj Inw™ iwW vinda fd apareceu
na bola de tristai .r ncias na escrita) sc de-
CHfflWMHVr
Ciirí (rabie
diitf que par enquanto cír aparece ré pm fia todo
daurada msdarido num Jifluõ .mr/ .-
truts ttt
tÁtjorr fln jDffl^fíWe
olhara de pira peia
quena
r^:
prdnfa r
que
a
ele pawesse
rwperff dt
irem r/ír-V
é pufeádo m-m
cvm aquele spur
Asw-ffom
cada
de me
sedatemes e dr
renvohrerem cm sequência no discurso bem como do principal
to dela decorrente, que é o tempo empírico
-iirisqni sq*d Opmrjaj nd n M:uade 'opdoEna jud ‘fcuurtUuj sç -KJ J^rF-rkT^m^í^^fõigN 0T3H :ul „
±
i
C^uq CT 1U1IESV 'UfhpUU? EJJT1Q a EUift unmSrtip mb S?pOTddK> FT 4ÓU3
Sr/iiWfjj iraejipwi ktu úfSOu 'EJinpiLBin ® wii|;ujHi3^ip sdcoj q
J
trjii^trrrrr Mf VJ Jtfi
ronuT
*
1
1
-jopurtrtp it* op oçSiXJuad Eli ajiEnyertiirium
jE^lf ?p JBM XUJ S {^awaij Hjuy TCURCfuairJ spunjocp st
jsapauicjaw ap ?rújdsa cuinu sbAloj St sw|urf çlumjqauí wtAtvp $ otiViU
-m uiua jptpfpnp y F(^e&ujK) h im iptfiuni WJcjncMit ma cjo
mbef^oif
'rjyj^r
ftrusut'
f
^Ot O^nptt^
jBuiisrr <rv ufixtf It lUiftt
at<i r^rjotri
tiil uVL'IUOM
^i!**J i< ff I
rirj
1»,-^/
htmi> Afi
h ‘(u-ETlH!p Ep CSJlip flé tpfipiSj UH eju ÉpjqOpHp 'Till5 aLII
» omvli f ruuvs A M<(
n
v tiSlSUí» iLiaÍTUOEJOtl çp' K]n| turn oluod “çi® no 'upuuiiLrop j® juiap nnb
o
a
a
cujnc
* nJnuop anb aas mn aim? cresuaj otudíi eprxníip a py^yinapQj uh vfnAsrr iid'ti'z*
fUi^rii) Lizrnp iaauniTn.iutJi fqidpid sn^ w anb t «QU qad epE43] SECT MMHtA O.X1HA u ipif j
H pritts vfXjsttp r rfvi
i
1
1
-adE rprujs nu r5inp p znpLHKj wsnb rurjEúucp E JtorttUjj aspdujf r-iwj? pkt fu tirir zyj
M
1
ere oditn n® sp rprucprpuDa okíe>i 9 maSrnoaad sns ap
aprxiqipp
1 vvfy j* wd iwfiritv f r ft
1
OLMUirjwjuj j pnb ii min — ounp op Svuatuçuaj snp oçi jh^ H ^ítfmAn} 1
tS —tuptimp
e
O^tuyspui up
MoqSi^u
wimp X rjand 0 'Ecutod up quip n uapj ar anb f^ÀiAís^ r W
r.kiry
cp h íenuaiuiAjiJU] su íSAftlJSap ma ppEtpwdufj
n.vypjnsrif rj jtj?J it^rtui^ nw
lurj^w * a Muir sr f iyj op(^ ap [“*10 °PJf ç
up aurd rpunâjs e ‘ostj aisad ‘OL^ '1*w
P rt^i ujtsj
OTUaiH»! "ECMOíf U1S TÍUtláfip Op EpU^lM» t HHUJEAJasqD TJT^
viuscfUij^
friftteJiuf s CíviiE.uru tuinu ^p
-eppimKH rp uâaidiuí <1 nyinnf ^nb it ^AEpiH sEp^mSy f]E fljnS sub
'fíUfwi jr Aum fir inn j>i(> j
vtitrnflfi ,iub sirvJriAjrsr f jEaOAOld luimc urerp soaiTiiTiiSu 1 [ epmujOI 9 BussaíSip be TCU3$?p huso
uHCdAtr
tonrinuamente para si a atenção do leitor, fazendo
prevalecer sempre » os bend idos que 0
IBO do produto irara i pele de sua consumidora;
ou quando unia campa
gesto dc narrar sobre aquilo que é narrado. iiha ecológica urijpa a figura de um íorverc azul, semelhante
não se li¬
Ao reproduvir esws dcnaentOí, o Hlrne A/e.mfrwM ao globo
buscou efeitos e- kn^ire, derretendo-se, para alertar solve o
mitou a apoiar-se na futça da tcxio machadrano, mas aquecimento global: ou ainda a
—
lindo-Lios do simples olhar ao manuseio, numa, estratégia de sedução típi¬
ca do universo do consumo o que póv em relevo, num primeiro mo-
menro, a condição de mercadoria que recai sobre o objeto livro, desuna-
Em ‘'Antiaéu*, publicado em 1?5M, o poeta paulista nos dá mab um
exemplo do aproveitamento dc ícones metafóricos num texto literário.
Em seu componente verbal, o poema diz:
[TfiOtAj
wnsttvw assim a parrir da metáfora jig-
*
mis/estr^lasi qut R^nha niihLz m segunda mccúdc do puema. Os signos
hiailc adquirem aí um duplo sigiiiticado. representam a pi rekuda mu-
dança de perccpçãu exigida du leimr, mas, dn sua csirutura de puncus
imprcsíos em relevo, ccun desenhos varhdos. Figuram, ao nicirrn? leinpo,
constelações dispeizas sobit o cslrild^vlii bmille")- A amhivu-
pàpel (“ot
lèiicta semiódea dessas palHívru^cucstdaçflts^ o que insiauru na poema o
paralel ^mo que define o s^gno leónlca mecafàric».
HSo ó mH) eiKDmnnncSh r»0 terreno da critica lirerária, certa Uniu
HfrcMei»
A
i
q
a
í
1
p
_ Condwõo
Do tSqucm* teórico que resumi 1 1 ios, bcm ttrnuj dos diversos tsem-
plm omtncadoi, apcramos qut tenham cumprido urn dupio objetivo,
que ctfuiimos anvioEinenie cuinu unu visão Inmoduuirbi e inittmtnen-
ul da Teoria Gera! dos Siyims. No«o prim tiro nbjcdvo coiuisilu tm
oferecer ao kitor um contato inicial com algum dos comei um provenien¬
tes da stmióciea peitejam — fl que acTrditamos ttfr feito numa linguagem
rru-vitavrlmentc t0aiicat inas nao hermit ica n suficiente para consrituir-se
tin flbstJcuki. 0
St^undo objrtivo aMuisdn cm apresenrar cshs conceitos
como ferijnientas tomprnvadjineiJte aplicáveis » uma ibcrdlgem Crilko-
analítica tio texto íkeraiio, nin apenas piua cjcinfimm raE aplicabilidade,
mas principal triune para descrever como o instrumental teórico da semi¬
ótica pode auxiliat-nos na compreensão desse género tie textos.
Comesse propósito, destacamos apufKtt um dm rraçM dcllnidafâs da 75
nnc liitfíriAj que e a sua função representativa (as rduçiies possíveis entre ]
nm> para o que nos valemos da rJlCOWniia dflf fcpsw, iitdiees e u'vMtJ. A
E
i&UfiJceaduí ^cpii não cumu dgnns discretos, tnss conto tnodús de repre* E
T
I
LIUC-GE
.il|fiuiias observações acerca da teoria qu* nos jktvíu lEc suporte — ns
L|'aq!x, ao cciodt? de Cúrtclusãoh passamo# a sintetizar.
1. A semiótica pcErdaiia ruiu é uma dância urrltanoeníe dedicada á
llqgUãgetn verbal; nt.is rampcnfcv se içjtringe au unucio das linguagens
À
nau- verbais. Não existe, pu tranco, uma íromeira demarcada entre ri seu t
í
llp.i I Jçsse modo, wm igtrotar as pcL uJiarid.idcs de cada fnrma de tiiLgua- H
Kftii, da as sima tód» num amplo painel nio-h iitArqulsado, em que o
E
í
verbal interessa ranm como um código específico quanro nus relações que uma fusão entre dgnos verbais e não-verbais, gerando u
que Décio Pigna-
mantém com outros sistemas e códigos, pois. Coma ifirmOLi Llécio Pig- rari,* tranjpnudo u-m rermos semióticos a função poética de Jakobson,
natari, “semiótica í sempre inteaeniiónej”,50 definiu «mo a presença dc um código
Icônico "infra, in tra e super im-
2- Sobre uma possível conceimação do fenômeno literário com base posro" ao verbal. Se não podemos,
portamo, definira linguagem
na Teoria Geral dos Signos, esperamos ter dicgadu a uma fecunda inde¬ por essa via, reduzindo-a Literária
a esses procedimentos, podemos ao
ciá-la à construção dc um sistema semiótico menos asso¬
finição; h comtaraçfo de ipie a$ categorias aqui aplicadas apontam cami¬
aberro caracrerizado pela
nhos, mas não nos fornecem formulas para descrevermos a literariedade. ambivalência de suas funções sígnicas.
Isto quer dizer que não nos parece produtivo atrelar tterririvamenre o
«meeifu de linguagem literária a qualquer dos três modos de representa¬
ção aqui dcscriíos, uma vez que analisamos poemas r fragjncEtlus dc nar¬
rativas centrados, alternadamente, em semiose-s do cipo simbólico, inde-
xlol c kâniw, for essa razia é que preferimos tratar da ênfase circuns¬
tancial em cada uma dessas formas, observando que cada uma delas JUKI-
rará efeitos de leitura distintos.
3- Pudemos observar, cnrreiamo, que os textos comentados empre¬
gam dc maneira bastante peculiar cada um desses modus dc representa¬
ção. É nessa peculiaridade que identificamos j trilha mats segura para
uma apmxijnaçín do que definiria scmioticanienie a linguagem literária.
Não a parrir da presença ou ausência Jr possíveis traços dwinuvas cm 77
relação ao nio literário, pois não podemos afirmar que a linguagem lire-
LITEUtlAJ
tátia apresente (cones, índices, ou símbolos em quantidade maior ou me¬
nor do que qualquer outro sistema, mas na forma corno 3 literal ura wn-
siona e educa cm evhlíncía os próprios fundamentos dessas rcpresenra-
çôes, fazendo-nos refletir sobre eles. E como ocorre isto? An m&tÍMT o
LtHílriCE
modo simbólico, u texto Literário frequenttmentc submeti CS símbolos a
processos variados dc dcsau-tomati/JçAth «.onttjiiando a essência da repre-
KQtaçlá simbólica, que é o hábito ou a nonna de uso dos signos. Au
investir no modo indcxkul, a Literatura ura se apójà cio íodiçes dc auto-
rderétreia, tematriando 04 próprios atos enunciativos, ora constrói unia <
APLICDA
reierencialiciade precária, que hesita entre o mundo real e u mundo fic¬
cional, numa correspondência entre objeto imediaro e objeto dinâmico
mais vaga Jo qiuí aqudã que ocorre fora do contexto literário. Quando
enfatiza o modo icónico, ora recorre ao aproveitamento das qualidades *
sensíveis presentes nus símbolos que lhe servem d< hice, ora promovi
>
uma mcráiDri.'' 1
1
*
B
hj uma csmitura predicativa, mis cptr. sentido rompa taúvm L
T
I
Ifó I Car n„ |\ i,t ui»d ihí Inkfiii. .'i' niropLu,. In: CULAPJk t Kl], V M ; (>b
J
L
SIICWSKY. T. In& 1. fnr.tf <f rigm "Itwry, apfl rwioid and Majj.i'nni Berilm Ne» Yuik. f
de Rhivio, 1543. p. *
nHEÍk' tt. ín rb drjfiM ::'Arr -Ac vira i^p:m'r^ or j mrrw4rvv^r e^i^w ET^JMf^mirTvarf.
' I íilwt rr.JDui 4 |Sj4 l^KMitfr (...) (f •W-lfifa* (r Wtr* filíM^ Ir fnom uStj^t^ieh ÚTIZ.4
-r
^■'1
rAvi /Arj[jçn tf vrtcxMiv*
tf t("ií ne*tr.. í Ct íifin. f —
r napierní
mtiríiy
tf tiu :^.
v.'riay).', n^Lmr m^L.; <w
rj
Mk riu «HH e d
llitrui, p l^l 5EMI
|
c) uma coniparação de caráter muito amplo e abstrato: entre uma concepção esfritameme linguística e mórico-dksinsiv.i
dc
metáfora, e uma concepção propriamente semiótica.
. crus Cuvier eslava cie rnesnw íjKnw iisaikiu uma
SC Apesar disso, não são raras íjinterpretações em que todas essas pas-
metiEoia. c queria rcfcrit-x .I unu ampla ínmpajjH,kr tw- sagens se equiparam, permitindo ao leitor cransiru por cias tem cogitar
cm caracteres de um tipo K>m»l c iltaiiventc imtu-
de qualquer variação dc contexto, ou mesmo recorrendo às
Li», —emiti, dc íiw, a Meiafnioi «dbniJe ser mcrifo«a.H
para expUcâr a última, na sugcsráo de que, cm todas das. o
primeiras
que é desig¬
Iodas <5535 accpçAcs pressupõem ou reproduzem romtiras dt me¬ nado como metáfora corresponde cm género c espétk ao mesmo rênô-
táfora qm- nos iegmsim os tstudow rcróricos, de Arisróteks c Quintillann meno. Reforça csy orienração de leitura a constataçáo de que "Peirce não
a
Vlco (semelhança c desigUàçio, comparação abreviaria, lonni originária possuía uma teoria da metáfora", diada à convicção dc que o
signu icõ-
ile linguagem}. Não parece haver dúvida, porreira, quanto à natureza nicu puirdano nada mats é do que uma nova roupagem para o
que já
linguistk;i das rept&wnrações que estio aí definidas, seja peio coiurúdti esrava formulado na tradição aristinélica."'
da$ próprias definições, sepa pdo contexto em que foram evocadas — a Ao qw tudo indica, os escriíos peiicuinos não permitem
afirmar,
propósiio de reflexões sohre simhohts e sísutiiíu simbólkwS. Fun
assim senáo sob a forma de hipitese, que a leitura hoje dominante constitua
evidente que, em nenhuma dcsííis ocorri nó;n cone rim de metáfora . c um equfooco. O
que c certo é que os dcsdubramenws práticos dc uma
objere de unia redefinição, c que o autor « limitou, nesses casoí, adotar
a estrita equivalência entre metáfora linguística c signo icànico merafoi
kn
concepções já fixadas. rem-sc ca racier izado por «ftas estranhezas teóricas; seja a umpks clisio
riu teredro tipo de hipoíonnc do esquema prínciano como ocorre,
í, O tígno MÔniiQ mctoiorico exemplo, em Jalcobson^ e em alguns leitores que u seguiram nu escude
pur —
diferente í a quç vemos n«ra quarta lormulação, em
Si; unção bem
da iconieidadc linguística; sejam os estudos sobre metáfora cujos autares,
irónicos rendo pitsjivelrrrenrc se deparado tom pnoHonas dc aplicação,
que Peirce clâssrHua como metáforas os hjpafcxmeS ou signos sentiram a
necessidade dc construir ^us próprios modelos teóricos; ou ainda os quç
“que representam o caráter representativo de um RepresemJmen através
da representação de um paralelisitio com alguma nutra wisa"-"1 E uvidin-
rc a pecu Iiandadí dessa úllini^ proposição em relação ib
HO que se refere -ao contes to —
anteriores, tanto
trata-se da única paisagem conhecida nu
simplcxinenic contestiram n estatuto dc signo iconic. o suposta mçnre atri¬
buída por Peirce ú metáfora verbal — caso de Paul 1 lcnle,w que afirtna-
va;
ITÍRJ I
obra de Peirce em qini o? conceitos dc metáfora c de iconicidade se cn-
conrram expltr itamtrue relacionados- como no aspecto da amplitude
conceituai, já que nenhuma das três primeiras noçôc-j admire aplicação .1
um sistema de represenTação que iiáo seja 0 linguístico. 1'..
no entanto, ai»
_. u£ne um clemente Jclmiíld na metáfora Lverhah, ad
se
i^iulmmic diro que o kiinf na?í jymacntaibi, imas tnc- LFHÇDIGLÍ
1
i I,
ri<»,mí.p. I3<.
dc_ p
CiLMFFx, I .
L05.
A nún-Ará>wllin |cnnxikr UlooniiiiKiiin: Zndlini. L’,„<rá
XPLICAÚ
lAIMIUiCirt. RnnwiL tA^Mfnrr CMvmtfaqptV. |S ti Si. Pmla rJtni, IMMS.
PT íir (>■ •
“■ , .Arf J^C nrár H J< fn>y HMflAT rraur^C Jlrf imn^ míllpàir .r Aftra *?Mn^MT^MU
íf hvt^A,, .fj .1.
‘ IIJWLE^ L’uJ. M,npti.1t. tfl: fell. LtHjfUflT. mJ cr.irr.rr, Att Artur: Vnlraillv úf
(rajftrautar.dA^^ittar.inJJh:^ — .''vh, injími atlJ/i-r-i-
PSJWt.D. C S VimíAím í X-iM Xj„ L'*uJn! Culriii , 197'. J. <4
s[vescntiJi> c uma lúimul;
na) para explicaçáo da metáfora verbal (a que chamou de mctafcow),
nuticnre descrito L,„J o tpsc c
dt ifOIW. aplicando-O com excelentes resultados ao estudo da linguagem poética,
JHira a «.OtiMnuçÚD
O conjunto dessas dificuldades du apiícaçfo, contestações c rctiA-
Entre os casos que ilustram o segundo
grupo está 0 de Hausman,
sabre a çaçócs vem imprimindo ao conceito peirciano de metáfora cerra marca dc
em seu estudo
que, tendo invocado a semiótica, pcirdan»
iritsmo insuficiência ou de inadequação, que parece estar relacionada à divergên¬
no hípo&onc metafórico
metáfora, nas artes.-1 parece não ter reconhecido cia enirt o caráter geral da teoria semiótica e o caráter restritivo d^ pers-
contento de que cratava, Partindo
uma categoria de análise extensiva ao pcctiva ern que 0 conceito em qucsráo tem sido interpretado.. Diante de
tipicamente linguístico, Haus¬
da concepção da metáfora como andàto inqutctaçórs como essas, romo-se nmoável indagar sc o signo icónico me-
toda uma adaptação desse conceito ao
man se viu obrigado a empreender Hdi- ufórien deve scr lido dc Euo como st referindo estriramenre ao código
seu objeto, enfrentando Inevitáveis
contesto semiótico penirtente ao
ficuJdades de se aplicar a metáfora verbal
a contextos não-vtrbats”;
linguistic» — pois taivez rodos esses qtH.stion.uncntos apontem itisia-
mente para o caráter náo-vsbal do fenómeno de linguagem que Peirce
Mir ff rwwrií Entre os aurores que afirmaram a inexistência de uma teoria da me¬ L
rvfrmKx in ÚK wM íml
í
HAUSMAN. 4’. H- Ww^urztJfli. Aírt^iLr simples quanrn convincente, pois se baseia mima cm) textual izaçáo da 1
ilritr iivM f£at ror AXfnirtá: «r irmw ... afirniàçin- Ide Pdt« rabre u hípcrionie inetaâiriMl
a D
iv Jrufrd. Avr, ir |
U
não deveria w tomada anno Slnia definição glohaí. nem E
irá^J^rrur Pa», IWl p i- Bicwao como unsx defmiçfo ptriítraiu romplrta de meti-
4
descrição do
cntáo circo iistídda cm que ocont a Embora winvencii fos dn coerência dos argumeiktas de Haky, que-
Ek odarvoe para isso uma analo¬
metafórico no texto prirciano, evocando remos explorâ-loan sentido djvtjrso do qtte fax o autor, pois ãcredrtainoc
hipoicuiK afirmar-se, num contexto
evidente a disdlição que há entre que sua acurada leitura poderá nr^ conduzir a covas hrpóiescs sobre o
gia que toma
metáfora r ãta.
se, cm sentido geral, 87
cspedfkco, im é metáfora,, c definir uso do cermo iMetdfvru no- texto pdrcíano. Mesmo dcintinstramlrr qut
ills cmdt cn.í w»nictm não há uma definição geral de metáfora no texto peirnanq. Haley acredi- [
Aquckt dc marram
1
partir deMil premissa qtie ele desenvolverá seu próprio miídelu teórico
chipcils brancos são marinheiros. «diridos dc Infanta¬
1
—
marnghi
polidas sào
çãqui COIP botai de cDuru serdes com rifles <k
para explicar a semjusr da metáfora pocri<a nm mnddij bastante apli-
ria, Amicks <lc mitfonuci
camuflados
aqbn os ombrOS sãa Fullleiros
IM-
contando pcndiiTidos definição complete do qm-
jil." hntio, eiscí me deu uma
‘ .Yf^wr UT P r,4 rnípa ra.Mti K-trr -hy ,jyí rrfvwí S‘1 UÍM J Any
1
af í S. ;tn.v-
.iríArinnj FÁV í.iy,Çnn M mr Tljír ,írr . J Sff j U' , Atw nulíiiw.. utM' ità kAlr ArA iw ilr.'Ai
*é um fuzileiro tiavj? £ claro que nfo. VocA distinguiu i» '«u in
Ífolí nu AvkU
dc lidanturií e «km msri- i-f-oii A -A fon£rr fo-'i .m iff.Çi.iriy wrti TAix cjUKrveív^í rt Afi ccnuv.uvAl r
lii/deiriís apenn dot loldldos V^I Álnr J'*r ri:" j/‘ rcr mn-iur/. ' ,', <u
^ .‘. r | iu yr.' rs ,t tfMhfttf Jçfínr.T 11' Al-Ají .t «Jirffr u? Of
naquela sala,. alo dc iodas as peuom
nhciriis que csiattma
ou funções, c
sV
to ^*r huaçAw.
J* r /
Aimr mr. Hw l-n t didinj^ort^J ,tr xuMlln oulV Mjhi dr ju.írnlZjcvww 4*:/ :.ir.‘m in Ar num. kox '. ..i .ii'.
/, •■ . Hi Ar «ii JJUt j.'u Aur íàsn- m Artlf nr?/' r^jfnd ip itvff Mr/órm) MJ rjaifo/mr. ai .■"'□> T- ,t. irr J^ftK
,■■
and ^M'v.av.io >;lTa >aat ‘vderrl furnt^ yau^fh, im^-ntrfff .1 M
JiforAr, AirrrJ:
wnr.iv', AurA Jin v.ríWw 'wjií™"'.
* zjAr.iel’ -aT. CviW
t]iqv]$|
jumo? Au JVfrir rartqj ’. Hn,
-
Km1ír l Vuvãf Arty lit
vai
Arú rr^Únr^rt^uVtr
iAt kMt-: idmtrtr u/nirAÇ-Á” /rprA, rAi r nA rifl'd M rf rir ir^M;(íl*Wi, íiwnAlrv It^im Twas hwJ íA-.r My w.iryffjr .rST <« n.; HrJ Mr r.ítih? .
r4rv^Kdh^w«/nt|UqAlr wr Ar i"i>,W m arveisiMinnJ ia
/
Aánr Mil U: cqo u inA < I- nvMrçr i.T jwafatpv; Aimrtwr y* rAnrjf f,u uAá nr,ijn jhJ*i,-(k, m ' Aur i^.wjJ íAr *SqMSmcn*rr .■fo.jLrtr'y
RfJn nih a'^T'Jinm luiV rtfcue uvAiíVíP'
r-iMy iriJ aiuGivntf Marumi, rs Ir
a ,1 Mm, I Mntc A- 4U liíu ríffl Mr 4«w.A y.viMiCiran, u .vA /j far. .’ r níriVilndl
.Mw* in^ivrzvt airw^O /meá M ÍUU' Uyi
uArr / imtit A w /rmníal’
mn1 í~l I r ite/lW 4tfar
"U*^Ar. IhideiH.
Aww Mr-yurrqpr .mií íó.-w .^J^^■/r.1pl.-T,,.rl, :-™iiiriv yziyzz. íji «n.,-1
f^UuSM ™hmwJj. ínranuWr nrtJÍ-.'irJi.-.-i‘.'A,'
imJ^/íyrM Ar.nr Ay ?Vmv^ .1 iWjOz rss„ p, 1^33.
r mijA in C >p.
t.rí íraRÚi^ /U iftr ipteHw. n
ícones,pote descreve o i-SSu não se deve apenas à expansão du* meins tecnológicos de
cável e coerenre, que involve índices, símbolos e produção
de mctáícuas, Puniremos da Je linguagem nas últimas décadas, quando a
piore™ conipiero da upieensáo desse género manipulação de códigos
discussão, Peirce não deti- simultâneos multiplicou po&ibitidides de criação de mensagens imer-
morna constatação: a de que, ira passagem cm
is
teórico
porAncas, encontraremos na publicidade um campo talvez
fértil para o cultivo de metáforas nao-verbois. Vejamos alguns
ainda mate
exemplos. í,Pl!t*D>
a
Não se trata apenas de uma evidencia lógica nu contexto £
|
constatação empírica; T
ao çódigi> verbal. I V
í
1
ii
I I I!
da percia irreversível , representados na imagem,
«■— do piancrafion'ere que se
11
1
imçSúfo pot «-tod»
cujo (rnu ti ú aqueci mintu globali
* derrete.
[mjisní
central; «tra fonte de luz que h costumeira figura feminina
primeiro; a escuridão ao redor da imagem dos anúncios dc cosmcticrts e.stá representa¬
iluiuantc, solto no es¬ da metaforicamente.
inddt sobre um de seus lados; a figura do sorvete
paço; a improvável cor. cm que o azul marinho predomina
que, não pertencendo aos sorvetes comuns
atributos
da nossa infinda, sá podem
—
pertencer -a um segundo objeto, meiatbrko.
ldeiuifici-lo não será rarcb
difldl, diante da forma ariednndiida sobro o cone,
—
marram c branco que se metdiun em menor porção
e das cores verde,
sobre o azul. Fei
da mensagem, ocn
— ajgínDu
ca essa identificação, decifra-se o teor atgumentativo
j
jn descritos. Tra
irado riu paraldisnw construído entre os dois contextos
ra-se de transportar para o contexto ecológico
do anúncio os atribuí F.g 15 - tMtarnI n mr^ ptb'ailo
^ - «jnp o n j
ção de signo icóníw. O que. se percebe é que, índices c ícones. Para ren» da metdfota, a cmitequêncij lógica «traída A
t
imagem que Pelnx afirmou existir como resultado dos processos dc rç- It
nto- diferença la
tar, Evidentemente, a denUMUtiaçáo da exisfencia de paralelismos entre lima imagem sensorial e uma imagem dcscrira com c
palavras é ape¬
verbaia e sua adequação ao conceito de signo icônitu metafórico
I
não c
nas dc grau, c não de essência. E?. se àssim for, podemos então subsrrL’ver 1
P
nutria teoria semiótica de cjiãrer geral-
(não-verbais
A
n
m
E
Kntcc p. iitiíj. I
[
r
verchdc,
rio «lihi ima^óiui. #st1Io Açuraitj ATinótcirS, C Lilvez na raiz, desse impasse teórico se cjiconnt um problema de
não dc ninhirm mcda a pâljvra djfmr, no Miuido
dc Cluidtí Samlers Ftirce faLunm do u- terminologia, que acaba pnr st tomar um problema contei tuaJ. Numa
i panir
ctn qiue,
jwwo Luuí-m da medfonL. M» idéú dc qiK
a mciàlulfl paragem de seu PizntmiHKr semiAti&i, Winfried Noth'3 (200.3) levan¬
do
* já ati J£
dr><«vç o abata» snh as napM cortClCtO tou a questão da dupla conotação do termo
xtjfro na teoria.
Corno ArbiótuL-i rirKi^a cut poder de pói sob <m aLbui'
'
r
triádica, constituída por um Represeniim<ij (a parte t
perceprtvel do sig
só pode pressupor uru contrasrc entre os modo? tcAiúcn, simbólico in-
e í
cias esse preociio (expressões verbais são srgitos re nesses casos é que estabdecemos um^ relação convent ional enrre
sjnmíRi
esse
que invocam imagens manais), tiàn haverá mio, a não ser a prescrição RcpresenuVrncn c o Objeto, cujo Inrcjpicianre crm.ustira
numa “ n" imanei
retórica, para se empregar uma iiict.ifora cm lugar dc uma descrição ou qtw “é paire do simbulo' (Peirccj. Mas quando traiumo* espcclftcamcjur
mesmo dc um simples adjetivo para Sé chegar às qualidades do objeto
representado. Afinal. consíderando-se o intcrprrtanic do signo. uma pa¬
de signos iedoiços
f
lavra como axttl resultaria míús purameiite qualiuriva do que uma sen¬ pressupõe -se que estamos crnpregandt* o termo dgtiti na ourra
4
v
cIisslIiqjituis acepção,
tença como "esce homem ç uma raposa" (mas nem por isso Correspondendo rííi-Somertic no RqsreSfrntãnicn . J; nesse <aso não t
pu*-
os adjetivos como signos icônicoí). s(vd c-onfitnJir representações
simbólicas e represefltaçõe* kóni-cas, puis o
6. Um problema terminológico?
atributo da semelhança entre o® dois correíatw do iigno é o que as dis- Referential
«inguc.
É provável que essa arrbiguidade terminológica «reja tambóni na
L Bibliografia consultada (teoria);
Lkw de muitos Jcm obstáculi^ que irão se impor i compreensão do signo
icAnico metafórico de J’eirce. Afinal, a mesma flutuação entre duas con¬
cepções de Jgno interfere na compreensão do signo icónku metafórico:
ACGHAR, Francisco D.» c à^w^ivMNni: alguns rema* de Hor.ktoc nu
presença em
portu^ulx. Sío PiiukiK Edusp, 1994.
dc um iadn está o ci mniur dc koiiicidade baseado na semelhança tntre
ANTUNES, Arnaldo. 4G eirrwí< Sin Fãnta Ilumlntiru, 2W0,
Signo c Objeto (ou seja, partindo de uma concepção parcial do termo
a CAMPOS. Auyjsroi CAMPOS, Harnldn; PlGNATAHI, Uccio. Afofam/ .1 ed. São
signo, que equivale i icste caso ao Representirnen c designa não-somente PiuId: Perspetiva, 1991 .
o
parte perceptm’1 do signo); edo outro lado estão as leituras que tomam COlAPlfl HO, Vincent M , OLSHE WSiKY, Thnuius M. (cd.), i'mve't ti»i irnw
termo metnifnra como sinónimo de meidfira Lvrbat apoiando-s*
e, numa
j^nrr tlienej.', ^jicadons and cunnccrinns. Berlin: New
:>f
York MiHiicin । li- Grum,
perspccciva iiêidirado signo, associam a semelhança mciafóriw ao Inter- 1995.
uma relação
pretanie, irto t, à imàgcm obtida como produm finai dt GUMFEL, [.iscioiW’. tmJWw/: A non-ArrSlulclian p<i >pffiivç. Bloaming-
UHli Indiana l.niwsity Fren, 1984.
simbólica.
HALEY, Micharl Cabot. The iemricrsief poetic rfittáphtrr. BLiprnIrigrori: Indiana Lúd-
rerrity Press, 1988.
%
HAUSMAK!. Carl K. Merspbtf ATtJATt-. imrractirinnm and ntRruricc tn rhe TírtaJ jncl
ItílmierlMl MtS. Cambridge Gillibrids6 1 1‘iveraity- 1 'ress, 1989. |
1,
1
HENl.E. Píu Metaphor. In; HENi.H, Paul (cd.), joA Cuftun. Ann
1
A
Arbor. Univcnity al Michigan Preet, 1965. R
t
T
JAKOHSON, RnnLtn. /JjqgtiAtiof fOwiwriapw. 15 cd, Sáu Paula: Gulirh, 1995. 1
1
ILNCUAtf
NOVAFJ, Ariaujcn (orgj.
Ouffiar. Sio Paulo: tximpaiihia du Leiran. 1999.
NÕ 1H. Winirttd. Aaunwirri cis stmiÁíh'4: dr Platáo n feirer. > cd.
Sic Paulo: Aiinab-
lume, 2003.
PEIRCE, Cli»rl« Sdjwiert. Coliraed Paper!, '.--I 6, HsHfliorne-. Weiss (tds.)i v. 7-8,
Burk* 1
(cd.J. Cambridge, Mask: Harwd University Press, 193 J
1958.
_ . Semioririi t Filorefa (mJ ç sirp. dc
Gcr^nn/Stlraru da Maa c Lcnnidw 1 le-
genbers). haaPniilo; Cuknx, Editora di Uruvcrudafc de Sao PajuBuc 1?75, L
ICAJH
1'
3£il;uXtr
E'IGNATAR.1. Snniócá.i e /jfrmtrcnr. icnpko c serbiL lli f ÍXJdmr:'. ? td.
Siu Paulo: C&nez & Moraes, 1979.
lUCQEUh, Paul A
nersfir^ rr:w. Sfin Panin; 20dU.
I
ELI A, Luchu X WU rjjçirai: tomo at lijiguigciu <ipiJlLun Ai cuisu. MACHADO» AnihuJ. X mane di fMmr-^ríiTtfiftrte e Vitii, 4 e dtrtrm /wt/nnt. 11
Siu Paulo: Outage Learning. 2WJ0 rd. Rio de Janeiro: Jci<é Olympii:!. 1982,
»j1 iiii iWMS,1 Pdrce Ci ihsarun. Ria de Janeiro: [maço, 1992. MELO NETO, Joio Cabral de.
Nacimtal; Cara da Moeda, IW6.
AwrúcoM^fAn 1940- 19ÍW. Ric de Janeiro: itnprrn.»
, Afrinras SÍJ JtrfitffiW r pewiiuiw. mmio<u, riiual, retbal; aplicações na hipw-
midiu. Sâo Faulõ: lluúúnutdí. 2001. PAES, Jrwi Paula. PMid Siu I'aulu: Companhia das U'tla*, 2008.
. Omiltá^atítiídrUiiatit dt C. 5. PflflY SJo fàlllo. Ed. Unrsp, 2004. ROSA, Join Guimsrieb.- /'li-jJi? i v,2. Riodr JanciriK NmaA|aular, 199$.
. PrwÍHfrãv de r 2 nI Slo Fauln:Irifiex, l?9i, 5 ARAMAGO, Jwi. Of^en São Paulo: Cnrnpanhã dar leiras, 2004,
. SrnviirnW rtpfaítdri Sift Pintor Plowln Thomson t taming, 2«M.
SANTAE1.LA, IjKm; NÒTH- Wml'iccd «gnJçio, sçmiãtica, mídia. 2. ed- Siu 3. Filmei
I'auio: llumiuuras. 1997.
WAL I HER-BENSE, FlisabcLk. d frond jjera/ ri-.'r Siri Pailk* Feii^rivi, 24XXJ. X tí>ra dfStbindier (F-UA). Direçàoc Sceven SpictlMog, 1W3,
197 ihin. Titulo nnginal.
Sctrindirv'/ írit.
AI MEtDA. Maiiuçi A'lrinio -As. MfHtmT.u de um urgenra de mrifdai. 25 ed., Sift Pan*
lo; Átko. 19W.
98
ANDRADE, MitLo. Ctwwpf Afam l?1^ Belo Horhnnte: [caci.iu, 1999. 9U
ANfO-S. AugUilO duA Oi^iJ RJo dr Janeiro: Now Af?iil*rr 17'74.
AYAI A, Wub-I I <Wfi.) 4n/d^.- J /iM.1Xr /YrajrçJi? ZImhw. 7, ed. Rio de Janeiro, Edi-
oum. ul.
CASTRO ALVES, A. F. de, OA .I • •'» w'l W 3 id. Rio de Jiptira: Nava Aguilar, L97A
CASTRO PENTO. Sírgift de. irrt*r.' poemat wwJliidns. Siu Paulo: Eacii-
turu, 20Ú7.
.lilllHH iji
1 hijíiljyjósi. hil
h l|l'UI i
h I. 1 pjr.1 u i uHdi ivluishi IliiiiLiiehilidi
11' I I’M JS. ILI IÍHmLiJÍlLlIl' .1 disLilh i.l. J 1. 1
i|iri»hiiiddiiuniii»das ip^^^ inuk-h c pi íikja
rS-illiiifi.hLr Ii_i% LÍthCLs-is liuL.ls <k' vsl mb is tL ^r.ldllJLjn l lib I .L'l rjs
MAUL ns IvWm piihlh .idus 111-^1.1 uMi' LtlH .1
dFPBc W.uM