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TODAS

SEMIÓTICA
aplicada à Linguagem Literária

2J Edição

Expedito Ferraz Júnior

Editúca
LTPB
tm LUrM Virtual
Ar y
CoA>tH|ht » 2014 - Cwm>
d* Li«nelaluri
Lequl oh Biy,ilwin fhwml
OLeÇOOTODAfí LETRAS
du 2IXM.
tWudu o Dojxdto 10.904. 0* 14 de dsi».-nt™
cnul,-rue * Lei n" CA VFPS
RESERVADOS A E0ITORA
TOCOS OS PREITOS
-d» quVq.nr iiinnw
W-d ou pma*.
pfMftia n iepi«1tçio

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E A-»W*J*u dn* Orwlw iiMmu 164 dú Câd«iu
Fanil staserie fol pJanejadj para ser um recurso itindanKintal aos alu¬
041 &> qiirJUV* idim aeiAUKlurtdo no ortitp uHM/nt
(Lm n1 B aiCi1998-1 infimkiUrdu nos do tursa de Leuu,. na nLaddidade a distinct^ na busca e
O ícnkrjdú d«tn
pupSoa;»-'
* do InHtift aprofhndamcncQ da» questves teóricas e pridcas ccaminadaa nas
sX, Pmiad Ln Bran! diversas linhas de arudos da jrrndiwçán cm Jet™ {Ponuguês}.
!nrpre«M> no &ia
Por esta í3M0k os textos publicados nesu. série téni a funçjo de vciric^lt-
Vb jar q canhccirrieino, isrn é, de discutir c
CHeçOCllOllAB MTWAt propor abordagens das áreas de
conhecimento do curse em um prau de complexidade maí$ elevado do
LElTE quo a^ilele encontrado nos manuais r módulos de disciplinas da ^udc
Edltomi JAN EOGOH nCCRIGUES
WJACWWNAtJE SCXJSAALCRkSUE curricular de Lcrras. Nesic sentido, o kitor encontrará nas obra» da cole¬
DAW) EERMAWDES ção 7kin jet Leiras um referencial reóríco uúl para avariai cm seus estu-
aftfll*4 Gí**60
iteXSAACftO M. FEBNAHDES
Gipa
d<>5 e que lhe fornecera as ferramentas para a escolha de áreas dc L^pceia-
E^^id tlilrdnjc*
lidadc e attuçúo, sefa na Arca de Linguística, seja na área de Literatura ou
ainda no ensino de Língua Ponugiwsa. Os livros da série furam produzi¬
aihitaimi Carrie*
u dos principal mente, mas não acdusivamenEC, por professores C jicsquisa-
d ui cs vinculadas is áreas dc Linguística e Letras da Universidade Federal
da Paraíba.
Expedite.
F381a Ferraz Júnior 8pf.çad# á ingjagsm UeiA’U J FtpeAta
SwrtúlKa d9 UFpB.
Ja9c Festas £cf6afs
- Editores
Feiraz Júnior.'
2014. as Letras. 22)
JAN EDSON RODRIGUES l-EITE
83p (CalcçBo Todas
Unlvetíddade Federal da Paraíba, João Pessoa
ISBN gTÔ-BS-TJT-OfieTO 3 UngulUtea.
1 Sefntófta. 2- OramátUsa.
ANA CRISTINA DE SOUSA ALDRIGUE
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa

I sin
U™<«r»liin« CMirern
tOlTO^ DA urP* JaJo Pnirttui - re
CEP 58.051-970
Marr» ulpb tir
«ilnsQulpb til
Foae rW)3213T147
I

Sumário

INTRODUÇÃO . 9

G^/ín4i /
FUNDAMENTOS TEÓRICOS 11
l, O qpe cânula iSemiftric* „„„ {I
2_ Aí unl*tn»B.,r 14
3. A ripi-.lrig.Lfc diK l^Qí „„„ „„„„
3,1 Qualjduk, ocwrênclâ» twtnu. . - 21
22

.
32 ScmcUtança, conexão. conraicâo
33 Metric deckirtf. *rgurrwnur..-.^uu
- 2?
29

Capitula H
APUCAÇAO: OS MODOS DE REPKES ENTALO NA LINGUAGEM
LITERÁRIA 35
I. A ínfaic no modo iL reprcKnuçái> simbólica - 35
2. A ênfase na nlodo de rcpresepsaçâo indeuul- r 42
.3. A cníiic na mciJo dc rcprcsentaçio icónica ,54
3-1 luoniciilndr inugftiu ,55
3.2 Içnnicidade íbspramutica 6t
3-3- Iciiniciiiii: mnaínricn ,,.., 69

CONCLUSÃO 75

APÊNDICE: riííLiuí íuhct ii Luiiccjtn de nieu-ficua ha tenrin geral dijs rigpw»-..

REFERÊNCIAS 97

l
Introdução

O proHssiariaL de letrai, por definição. dtvc sor alguém irtcercTifadu


na compreensão dos fenómenos reJjcionadui â linguagem, considerada
cm seu sentido mais amplo possível; alguém que não se limita a cunsumir
as mensagens que [he são apresentadas, aceitando ou rejeitando «muni-
dus, mas quer investigír, sob a kme Ut tronas drspujifveis, o modo ou-
rriovssHi mensagerM couitnaidas e romo prodiiwm os efeitos que lhes
airibufcrw, Desvendando as engrenagens da lingu^m, &ms mecanismoí
e segredos. tomamonos spw# a perceber Aias vircuaiklpdef en&icas e
cambém a desvelar £>S usos e finalidades tme da adquire nos divcrsiis ton
textos e pidtãcas sodais.

Mjs> aQnaL qual é d seu tido mar: amplo que podemos atribuir ao
coiureim de UffgUdgml Sc, por algum motivo, preciMsremos sutsrltui-lo 9
por um único termo smôntjno, uma boa u Item ativa seitkj^revalido. O
vetbo rçMwnur quer dFre^ entre outftt aoepçócs, tornar presente dgal
ficar, empteg^r uma coisa em lugar de outra; seja uma palavra em lugnr
de uma idda, uma rórmuLa cm lugar de mn rcÍOCÍíUOj uma COI em lugar
de uma tmoffo, um ifercnho cm Eu^ar de um objeto e nssim por diatare.
IdTlFji
Este senrido gemi ú d que prpvjtfece quango rraramos das l^açócs que as
divcrsíiA Formas de comunicação mantém entre si, ou quando descjtw-
mos nussus experiência* Gugnitjvas. mas tainbcm Contribui para i com-
pítensfo dt; manifefmçvcS jCspcrififiis da linguagen^ DOmo aquelas de que
LlH«0fà
I
D
l

mail ftrquirniemenrex rx upatn os estudos liiiguhifcos c líicrí^itn. A


C
I

Em aInicKk podamos direi que há njpwscncaçócs wn todas as otperí- L


F
J
éncias. sensoriais olí absrrjras, que vivz'ncianiiks; qo iuckIci onmn stnri-
[
*
m£H3 percebemus ou apreendemos o mundo; no mirdo como pensamos e 1
J

à
nos comitntcnnius. Representar tião s£ restringe, entretanto, a urna atitu¬ «i
É.
de passiva ou neutra de reprodução da reaJidjde! em cenas conEmcros, [
5
das ciÉticia-k, a linguagem comimi revel hi aspectos
cOrt» D das artes ep
dcKDfÚlCCidos QU iuciiú.i çvidcntes daquilo que retrata, tivurecendo do I Capítulo I
çobenas ou ptndmindo novsE iniL-rpreciçõcs para m feitàmEnas ubeervà-
doE. Alem disEO, nem undo o qne sc nmreienra ptedsfl slstk de &IO, I
podendo, muitas vents a representação ter uffl CttrãteT hiporéri^O, Rixip- I
nai e n£ mamo absurdo, Nfo estanha, jwruiHQ» que a criação de sijtc-
mas de Ijjigi 1 Age in C fl ehlhnração de fumas sipiiiGciuces tenham ec revp-
hdos desde Winjwià nczasf idades BKodais dú Str hunurto, quer EC rrate I. FUNDAMENTOS TEÓRICOS:
dt li ।ii arttsia 1'upcnEfe Lá do perfadn paitolirico ou de um mumaura du
nohsai século.
r
As filmas de linguagem qne qtiliftainos envoi verb relações bastanw I- 0 que tsfuda a SeMÍatm?
complexa? entte representações vermis (as que sc líMtn attavis de pail’
vns) e não-verbau; ( murid, ruídusj gustos. OptesSÓCS ISSiaçóet perfu-
mes> Cork'?, imagcriS tic.J. mas, sem dúvida udo prime! in tipo constitu¬
ent o dstemi ®iw Citi iKKsa vbda wdaL £ principal nu-iim arravdi da
10 pd;ivW qitc se fixam leis, crenças, valores, vtsneE de jnundii, jelaçõcs de
poder, teorias (as próprias informações cun ridas neste texto dificilmente 1T

poderiam KW transmitidas senão arrives do código vtrbaljí t é também


da jpropriaçio desse sistema por um arrism-inventar, de Ml mnsfigurH
ção e de suas cctriibini^ÕLS ui-irivn com ouLrtM slKímaí, turn Gnalidai I:-
de DqKÉssàO estética, que uasce o iLinõiilcjiu da liirramTtt. mbit
fij. t- Ommswinsi íaMti»n-
fonius de rcpr^eiuiiT nM deteninot âdlante Nosno prupôíúo t otereccr
/ÍJ içiP, (0) WJ wrwímrfs.
aa k itut, numa visán iiurodiuóri.i e instftuneiiraE. alguttE uonceiLOE extra-
[do$ (U Teoria Gtptl Sigpw ou SitiiióntiF PeiríiánAi assim ehaiusxla De acorda com a orientaçãa teórica
que cstatnns adotando, chama¬
por se desenvolver a parrir do AlAwlb norte-americano {Juries Sanders remos de rigw tudo aquilo que utilizamos
pira representar algo,
cijquan
Peirce (J039--1914}. Esses conceicos serão tomados aqui como fertamen-' Ur o termo rif'/rM sera tijado
purj designar aquilo a que os signos
se rete-
tas auxiliares A cOmprceiisdo da linguagem Uterflià num de seus apeclOS rem. Qltaudo assoeiamos logicamente
ttm determinado tigiw a
um oifjeia
(por exemplo, quando lemos ou
más c-araeteTHricos. que i - fiia hiH^ãi* rCpn .-crCjlivii.
ela reprotenta a coisa Uvro, como
ouvimos a palavra livro e sabemos
que
sugere o esquetna da Figura i, criamos
menulmente um novo signo, que denotninamus
mJTipfVteflto () inter -
pretaute marrtém conm objeto
uma relação equivalente àquela
que une o

k
primeira SÍgJW a cue podemos afirmai que õ
mesmo objeto, Por i'^o- iiau-wdnnl un^ quadm, "Ja‘ uti'i líinçi. "!</ ujn
kr"
filrnf - para viiLuiir a ler g tumidu vEtbnl cm Huúlíd
inierpreíarirr 4 Uma espécie de ítucIv^ desse prinuno1 sgno
1

cnm Ci mundo Maior» oa n&Ovcrlnl.*


Nu iixem pio citado, crau sir de ini^tnir ou substituir à pallVDl iiirfl
pch iddú de li™ Mas, HiHunimenre, esse prnctsM dc Cw&fifo nem Apremiemos a dijiiaiguir n^Enesentação pum melhor cn-
ur tipos

#mprt envolverá paUãvHS. Quando, por atemplo, obsirvanuis um.i pirt- rtbecer was «per if icidadr-.s mas rantbém pm
investor V eorretações
mra e reconhccvtiit^ fifth a representação de um vaso com girassóis; e imssiveis entre dcs. Aptirada k csludo das fin mas arrísitcis. ís$^ atitude
ainda quando a visto desses objetos nos Ira mmire sensações como angi'ic- deve fnciítrar. pfir eÁmpk^ a ojpki ração dc ítidogits cmre aquilo que
ii[|i e&rítor taz o&tn as paLavras' e ó
úa ou rrisuiza, fcCAJlios rtdizandn uperaçòiM ísriidhanits de fiHffafrâi. Aõ que prodirj- um pincor onriri traCOs e
prmxiiÁi de representação definido peta ttlaçto jrtpir,i-j,?^ wre^ uu um com^Sttor com riimoi, timbres t jm Wias pnis, mais —
cbamm h dc repe/pre la ação oú 0 efeito do signo? e .1 ciéncb ^ral dai do tpre rtiniparar essas Imguagers, a «mlÓEka permite enmini-lv a par¬

signes, que descreve ar ioTinas pC£$fveii de semiose, dá-se O nome de &-


tir dc pma base conctintul comum, lao wm filar em sua apli&Hlídadt
fltitftírw, ao estudo de sisremas semlátiOM cwnpIcttoA, Cuja csféncíl é a
propria
Uitcreniemente do ipif aconrecc no campo dirt u«ltdfls unpjLstinas, eomplemcnisridade turre códigos, como í o caso dn rearro. do cmtma e
CUjN i mpri nanres dtscoberos K conccntr,un. dc modo específico, nos de iodo o universo tin expanda dar mídias derrônícRi No w} t^pecítv
mecanismos da comutiLCaçto verbal, a pcnpCCtlVtt que adoramos conuidc- Chi di inerarura, a semdddf9 pode mdusivt o|udQ-tKM explitar certas
12 h que qualquer CC.isa qiIC R posa intctpRCU — íC- LonterLo, sçãn, pto- impreSGÕes pfisricaiT ou 'mwiçais" que exptrimcir.Uimus dranrc th; um I
ScnMçãm imagem, jM&vra, pen.umenin erc. — pode emruei
cesso, gesto, jioetin, de um texto drajnátiói <nj de uma nacrarivi de ficção, qyandit as

a função de Sigam Esse conceito tto amplo condii com a tarefa que 1 cores» fomu^ sons e ações a que im textos se reíèftni k 51ua1jzani de nta
Semiótica se impõe, que c a de descrever os mait variados ptoCBKK de
aígpiâaçfo que cafacteriv^Jn h nossa reiação rum o inundú- Não se tr.ica,
e&ntudo. apenas de reconhecer S ciistíncia de diferences modos de repre-
neirn ntliito ruiida em qomos sciíCmJqi» fiticncici coexistir com o
real esse uuinr mundo, qut Funciona mu™ Vraa como refe» do pii-
rueito, nus qm.- é interranieme feita do pahvras Na pcnpecilva dr uma
mwido
LITRAÍIS]
N
1

senrar, nus pnncipalim'ULF dc explorar a uiceração eiiCK II diversas e^b- abordagem sçttli ótica, erses cfeiiOS deixarr. dc ser considerados apenas C
A

portanto^ uma Camererísrica iúndamemal dos WlnO reações iuhjetivas do ieLtEir e passam 3 ser vni^radm como sctiiirist
U
ejes de lingtUgem- Está &
M

tsrudos StmiótfCM: 0 intcnvE por investigai' Sfi lig^çdes pnteívfiis efltíe CS íaçii> dos '•Lgnofij, isto é, Lomo paiiv do processit de t Ogrução que ujiKte 1

sisiemas tie idgJKH existentes, COmo mn es plica Dício Pignarar., um dos


n/j o fenómeno tirçririo. ,É jusmhcnR para reílurir lobrc esse pnocx'xsU 1

piontitCM ni divulgação desses estudos tiltEC n^s:

Mas síIlmí, pin quí kre a Suvrtica? Serre pant cR«b&


kcur limões «ure um códtgn t Cwttu câdiRO aim wmR
que precmmaq Iw Familtarriar roru maí$ dgiuia eonahos da teoria cm
escudo.
IfUtíM
1
Niu L^nllllldlr 11
Ijnguj^cvs

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IjIí;N*.11SR[ Mifl. írnufti™ I
Hiil^z. tm. p. ii
Jlnín, ç QrtMc f „ 4t
] si Sln hJi, c 1b-,

íiEBIDTrtA
2. As çote^ârias univetíai» uçiOj do ItiiKh», di iMCtnória. cL concioii idadt, Jj nntne,
ilr. Cutftunicaçla, d.i reprenrnrLçnp, d;i jurniusr t deu sig
1
nnf.
Frimcirickik (jiwASw}, Secund idade 1 ctveii idade
(j/hrdnes)'. eis :i Coium tstranliamente elementar que C^do Sanden A tríade peúdana aKrespande, portàfitô, a uma íòs estagie#
Peirce 6KclbàÁ para nomear an tris insiInciiW r ri) QUC decompôs a apre- dc qualquer pnoresso de Cúgnrçárj, que vai da mas pura pMsividsde per-
enslo de qualquer Feno-menu pela
liiunana. Aprewtmackis COtUÓ
rru-ntf cepcLva, apslrtindo da ckpçrtfjida de nina qualidade puía o indivistue^i
“can^Dríu fundamentais da pefgP mento e da natureza", tSsM MÇfct conhci<neia derfa sensaçar? ramo frnòmcnn egpedficft t dota ;ms atuí
constituem parte «senda! da doutrina de Peircr, puis delas deriva a «- interpManroe qne São ar rcpre.r n t^es. Fm Stnniáikít p Litenistr/i (pu-
rruturj Irládlcaem
^UC sc m^niza todo o seu pensarntnco reóriffl, inclu¬ blksdo em 1974), Déda Fijjnarari MúcUAu a figua^frde uma expcriêii-
sive dflsdficaçífl d&s sifinns.
nia <ãa COtidiana na tenmijva de aclarar d sentido desses prnjKiíi^ics.
A Jcfitii^io dessas carcpori.is tem sido zeprodu/ida e Uusuada pets
principais divulgadores da semiótica pdfuiaiia Ct* língua portugue». a b.imu CiiqibliindD par dc um jj^ajwfe cçjlITO ur-
qcrw *H
exemplo das áuiçõts seg.imtLF. extraída do PjHamms it semiótica^ du 1'1)11'0. vem i{ii£. nenhuns illíla mr ocupe
siCIKC 4c 04x1:1
Winfried Noth; ' plrLiCtilar c nenhutp fltftMkik» cxkrior e|L[ij4p 4 nuiln J
taiçdoí em esudo ibHUi cL pciçcp0Q dfidhbg
Ou ;cp, tin caluda de pnm d,i|dadr. I'm um BÕd^llc;
rrin-iciiirmie c cat^orii dn EntlrilCtHO pretence das, coi- qiMk|uri — um micrd^ ínl rclli tklu mnn «dn> de um cJi-
14 (0, KB IBIlilUITWI rrinçin oam ódem ttilulúcnos ri: Bctú - jntnki jrençío iwli o idcndxi síirií in do ftuijun- 15
inbisdo. Na ilelimçlo ile E'ccree, "iTrisncjiriEji!'- c D tliodb Lu urbina, prmucAtidu-HK dn inJeTKnnuMwk* dl jução per-
.

LlTfHMiAI
de >ci diOtll&> qur í ul niui* e , poddniEiepte c teni idc- Lcprivi dn exrqda urncrji>r, nncnnildo-mf tUl iiqui e j^orjv
ráiLiis a dhtti uuh;i qua^UCl'' (Ci1, S.Jifi). F a QiE^nrn. di Kojudldadtr. Em ieguid.-i, coriMia qnt essa
dotultu^O
Jo íí n rirn*n lq .sem ttfimd, di fitt«t pCMUÍbifallàc, d» li um 'aiiTiihi cêiL dc vidro''. qLicK>i#áe na si$irnu al¬
ttfd&de, 4*» iI'iT-.lI: : r-:-'. da qiulidhk llbdl Mú dlsdngujd± ado pnr Mies Tan Jer Rché, siuy irxM ZQ: qi# Mlcí, par
ediLiHlcytíidinciMCl’. 1-3^303. LJ23. 1.531} * Kb Lidn, n j<Li insta kx du <jint il'.Kitwidvcr at púãdhQids

IHCU14J
lies criHHCiinviS ilfi Sçu c <£o ™drn, CVÍM qsic Pairar, iá hj-
'ircundid-idc começa quando ul» fendlUHW primeiro í rt vin feiro no m ínrniiKi palace mkíc «'«iinJouf fHlK-
hclnriidis cpm uns sepuraJo EcrtAantdO i]^>^hpicr (CP, Irrapk O Palikró de Crinil, dc Londres, cm 1S5L, nt etc.
I 35G-359L £ a çjiepiria da ojmpiriçSó. dltçío, do fítO, Eatt eStiidu dc coniL-ièri^jJt t-urropande 1 temeirídMhi '
ii rralnUde e J» ,-icpf-ric.nc...; nr, tempo c bu ElptfOi "Ha
rica apurere HD &HM lais «"W Q outra, t rolaçiu, «impuJ-
Scjjutntio csh mesma (rilhq, $erá possível ilustrar at wtrgorias uni-
tfo, cieicu. dcprudniLii. HlHkpciul4fKÍM. ncpçin, ocCrf-
rjpda, re.il idade, iczultadú'. versait de Frirte a panir de CEEmpk# relacionados á temaritat^o dessen
de percept pelo trartO litcrànu, onde cert.tmcntt ot ^nComra-
Till Cri I id-" i" :1 CMepHÍS ndaciuna uni ScgjiildvJ LHH
fcjvknLKD wecta OCP; J J57/ís): "Ê a arcaria da raedJ-
rerrwM TTWtSpMWs Jium dafCUBt ccndnisadrr, cndqutddo com a taGwt

' Brôín, Vinnir.l rjuinim, .t. ,r7V.Viti-i. d± F'jtSb 1 Mn® 1 *4. Sm F1 LUi .XnillLIlllllf, MÚ1 p
•o LÚllil^ Clilr p^HKMS ICMH r^jpnhH lln ''.'L-.'.'iiinf if L'^lh^ Fr^rr
^imiuni z: 1 «oOHDfio ?■! 11 irr. iArzLir n: irzn: Ariprul Jú U1UI. I if. reíirtriCHl bUlIÚtpjf1™. ' 1'K'JÍATAÍÍ, 0Hn.Cp.es., P. 2&
de uma ecíiiíj qui talvn venha complementar as iddagp^oes pensamento, u quv o leva a eleger a experiência sensorial como únka
iwãud^ pelo dfscursjj [súrico, forma de caidiccimen to vvniaíkiro.
A pocda Jc Fernando Pessoa e de mus pfitwlpait heicíòninws- par Aaíí iuft Jí rrwírAw.
í) reifànfta r
íum iamcremticns espcciucas, pode pos ajudaj a rumpiii fw tarda, pais, f>r meuf
^'límseitrar
fi TirNs pcfiTomet^ti _^p
mesmo não procedendo de um discurso fiiowfico srriito k-w-m, o rema lLi PfUio r™ t» fttrai e e^/n ei
.irnAi/orS

mediação entre o Sujeito e o mundo, na obra du poem português, não Smrtiu mSúi r os
Kpek uIeI4 analogla win IS mEguriu fundamentais da Semiótica penci- E c»m a ttatii e a
niu. Muito embora situadas rm wincxios drcuidvos eoendalmenie

distintos, amba.. as Apresentam, tWSM CW, Um objeto comum, E toais tmaniro tin iothc d fjfnrflíiíiar
E ^ic- qiu- ss sonhof 4c íj panjj
como buscaremos demoJlStrat OOS COmenr^HCií quí E m jvwMMmw df fofa w j$Xin^Rr.
Em nuiiios versos do herenónimo Alberto Cacito, i apróínsãn da Que <ir atum: jvjdirf rrsiwnJr o qur
/oiwwi Se r
Utilidade csli mancada pela Ênfase na oposição entre dois prncesscut que E não í>a^ medi rvw^Tirru/iv.
í-./
pudemos aproximar das categorias da primeindade r da tcraenidide, Etãs i$tv A k® w rmonuua* abmt nstidtL'J.
nespteti emento; aquela, arcada a um ntadú de pcrcepção ideal que lot exige war ^wpim/n
t'í»ít et^nrn.di^ge>t uv drsiit/muirr. ..
seria adaa setiSaçiSet puhrS; esta li identificada flam o pensamento,
16 ou sep, mm a rncdi^Ó do hjKlttW, CaeírO lítripen lia -se na negação do Sc, palavras de Petbçe, citadas por Lúcia $amaellc; a
(ias
prinwfri- ^7
miadrie das coisas. propondo a primazi# das st nações sobre os dade “exige de nós 'o raro poder de ver o que está diante
dos alhos,
como
pensamentos. -se jsmsrutci, não substituído por
alguma interpretaçãoV para Càciru, w-
ijhenv ljvj jb rw c fecha ai nbw
C.vmcfj * rjú ídArr o nr ia ml
t' .e ^errur ruuilni ratine diletas de M&F,
mo destacou Leyia Pemrne^Moiscj,’ “petoar
é estar

O tfrewúJ i enter wr.


doente dos olhos”,
LPTtlid)
ÂJle ir.órr ai M-mí u/í
E pi padf p^frntl JifAw íw Sr* ssnv ,7
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P^ffJUf fl hn A mJ MtCj^ tH ttKr^Hffití>t S«bre tw* ^Wju^o W vê, J

Af wl™ W jiiifújei r Á M m» E nem peititiT k IfC


Nera ver tfwndn ír 1 LJ
ÍJ

íjA ríj .1 j^rà nw tntidw ^tertdmm Condição que, no plano da c onsdfin da, d
quase .u-mpre represeu
At WWW frgitifluífàe.-
rfffi h'^r tBfittêfUia. tada como uropia ou reminiscência, r da
4í SJii íiím^ «flridi? ^WUVrr.
qual esse poetaí relativamentc o

Sua íí?tii7Í!Jt7 requer pananra, um esforça de dcseonsi hjçíÍíj da lin- SANTAPIia. I íicLl X-u:uya« 4e Hn^wfgt*K r iJwtoffa. 2 i>j
*d. Plllkc CmIT4, [Mti,
l‘EÍmC>'íl-\ttir.,tRS. Irjl). 1'ríín r csrli 0.:,™« (kt.
gu.igtm quit nos pennitrri.i teiwer a imegridade dot cie íjuctlirlcicie Ivda: t'jmipuihb Jm Ltnu, ISSrJ, p. .12: .liti
dh.K !h. NCIVAF1., Ailiuro íurf.).
0 J*.ir. Si. o
* Of Lerw dt Raiimilii fa™
pjysL uks lia naturcz.iq ubsemveidos e, priuripalmentCi falseados pelo firarx tie [rnixdt Eam. 7. cd.
* heu^àiiinm híí» tiiadoí > pn.i de AYALA. 'CC^iwr Avnhff*
Rinde jlxi-fii, Fdlúun^ ? d
qiur mus se aproxima se comparado aos outros heterõnimos e, princi- Paw twdo, Msiw ar rviiai dfififrpor mim Jmtrra.
£ bdfa ar iixZtí/er rfa wirrir/v niMarvpMWf d&ntrp aír mtm...
palmentc. ao onónimo Pessoa. Não c difícil, porém, reconhecer nos ver¬
(Pasiagctli daí Hurar)
sos eirados a convergência com a categoria peirciana "do senti memo pre-
do mw>- Mas, justamente por seu cariter dc arrebatamento,
sente das coisas, sem nenhuma relação com outros fenômenos no sittndtane-
ísmo de Campos as impressões não demoram o tempo de uma
do"? Inteqw
Entre esse primado das sensações «m reflexão, que constatamos na
taçlo, canvertcndo-se num movirnenro contínuo de
mensagens fragmen
tárias e inoondu-ras, cujas traduções, ainda que desejáveis, não são
poesia de Cad to, c o da "autodwo ração da consciência”, que vamos

dixolu-
mesmo, situa-se a poética ramente necessárias.
encontrar nos poemas de Fernando Pessoa ele


de Álvaro de Campos O hettrônimo que sc deixa arrebatar pelas sensa¬
ções enérgicas do mundo modemo, de que participa: “as metrópoles,
a
irnfurie afrtyfo cwteia fgritta for tisu..
Pm- isto tfiir? Sr/ f.) a <pr r'... IÇrít.. /’«m/...
multidão, os meios- de transporte mats vdosvs”. Seu ideal ê a apiccnulo

1
C.om mm i/gtim rtfmtKiMrntA
(T-i—t r—
alucinada de tudo ao mesmo tempo, do que resultam cm geral represen¬ -> £..j
Q ivítiue difUni ít m/.Hr
tações fragmentárias, Eintetanm, sc a ênfase de Caeiro csrã nas sensações (Ode Marítúria'1
e até
em si treinas, tomadas como meras qualidades, independentes
Os signos não chegam a encontrar o signo que irá traduzidos,
mesmo hostis a qualquer tentativa de representação, o simultHiieísmo de isso se mulriplicarn cm operações sucessiva» que apenas
< por
18 Álvaro dc Campos celebra o impacto das sensações no .sujeito. enfatizam a repre¬
sentação da rensão, do atrito entre a realidade exterior o
e seu intérprete.
Ó iWy, O fflgnHUgTCC r-r-iuf-M rfoWÍ
A impressão resultante desse arranjo é a de um estado dc
.uispcnsão, de
/wrr íZh rn^tnif w ím /n™j semiose potencial, mas ainda incompleta. Sua poética seria,
d/ mim.. .
portanto, a
EmfOrni Jbm r firnim "da comparação, da ação, do fato, da realidade c da experiência no
Nas onomatopêias, anacoluras e repetições, abundantes na poesia
ruídos, movi¬

c no espaço" u uma poética da .secund idade.
tempi

Já Fernando Pessoa, ele mesmo, sc declara prisioneiro da própria


II

MíVfiaun
dc Campos, repercutem imagens c sons da vida moderna:
mento, eletricidade, captados pela peroepÇãõ de um
sujeito que parece racionalidade. Ndc, o predomínio d,Ts sensações puras, que parece
natu¬
escrever compulsivamvnte, “rangendo os dente»’1
entre o fascínio e a fúria dlaiitc desse mundo tecnológico.

um sujeito que oscila
O moto-
ral em Alberto Caelro, se converte mim anseio tão i nalcançávui
levará, no célebre poema da “pobre ceifeira”, a invejar a
que o
condição da mu¬ v
lher rude que apenas canta enquanto trabalha, sem carregar, oomo ele,
contínuo dc seus longos poemas, como “Ode 1 riunlai, -Odc marítima'
rgj-ií
o
o peso da razão mediadora.
e “Passagem das Horas" é. em cerco senrido, a profusão de signos que
assediam. .44 «ortX jrnr Wnwí

O tjur cw w/w rmtf ‘ftd ffítt/lwta.


r^rrjntíl na JnVrr
ctrr^ãa
♦NtS^UfLLlU^Úl
A «pirjrti è dnpitçili pa Uyh Pt™™ Mnirit op, .u p, 329
1
Td^rv p MO Ntiih. 4,. cí,

4
[.'ui a^pCCtO que nio devemos perder de vi na, ao aplicar esses enu-
j AM iniwa jwz cnml-iiiwdk1 ceitírt fateis de liflguSgurn OMieretuí com que lidamos, c a Lonsciência
joe

rn, sudfo ru!


de que, seja on nossa própria experiência rdatíva h mensagens que te¬
Ji, /wi'er jfr

ru,r #£pr rJiev>rjr.ir.nr *4-


mos diante de nós (úú cAso em destaque, poemas impressos), seja nas
fa! i'iJiuh «“stm dinvfó it'll.1
Lircimbrãncins que cias descrevem, tíTO-st, na ver Jade, impossível isolar
Ç rdiflpf.1Q earffm.'A
ci/rKia enipiricarruiJi.tr qualquer dessas careen rias. Qtundn assndsmM mui del&
a cerin pís^gem de um texto, fica, puna mo, subentendida a reasaJva de
farm W7Jft'íj rfjid t W ÍMfWÍ. que essa associação k Já sempre num adunex» já mediado (terevrro), qut
sentimento são as vasos
Jf "Qual¬ £ o da representação linguistic?, e q que csi^mos dç$rK4ndo ií [40n
Igudmenre expressivos desse libertação do pen¬ someiitc a temãtfalrU, num uu noutro ustigio drssr processo di-
, em quex manifesra
o desejo utópico de
quer música" imediatast
nãmjoo.

samento atravís de um
mergulho nas sensações estética
3. A tipnlog io dos ugnt»
Qudl^urr iwrirMz, rfA jmtiquet,
riA>r.r
^ur wr ffrr & Q.mm-do considera os aigjitjs em nus variedades, 4 RmÍ6tÍC3 peirdà-
frta rtuwfrtM jTJif <]Wr
ria eismina todas as circuiuiãncias ptAsívnis dcwmtBS da reiítçfln rtiádi
Qutiquer iHipfít&ri <xbHn'
ca que reproduzimos tu Figura L, neiacionando-as com as caregorias uni-
Quã/^Wr mrirínf - miarei. vçr$;iis. Assim, p-inaí rainenCtj o signo é tomado em si mcsjnn, ainda não 2i
tf nAf, farinim#, rtatyrt...
20 Um cant# qut ir ^pm.. associado Uffl objeto uu trlfrpfLtamc; en1 seguida, dêRne-se à relação
Ite W&> fm oefe,,.
^fmula
LlTERÁAtj
representariva propriamente dita, em qm II Signo é íitilado em relação a
alcançado
no poema, essa espécie de transe a ser um nbjero; ç pw fim. ele í classificado quanto auS tipos di ilUerpretante
Rcssalte-se que, estado de que a relação SLgno-Lthjtro se destina a prndu?.ir, ílisso resultant as tnÈS
mew da pura sensorialidadc musical se apresenta cu-mo um
por invo-
nada vejo”) c como um Impulso principals tricorcuníjs que, combinadas, en^eiidrarila todas S classed de

LIKCU>E
indefinição {"uru sonho cm que
mas não ainda conus previstiw na trona peirciaru (cujo quadro completo não preren-
lunlârm, instintivo Cum canto que sc Jogaria"), instru¬
Ao eleger essa música indefinida como d#m<M eanltiçar).
repretscnraçãa consciente. prunuino
sujeiro Como pi advertiu Santsdh, 1 cliitsificação não se reicre a espé¬
pan atingir 'impossível
a calma" que persegue, o j

mento
sem mflcxSo, da meta cies irredutivnix ou exclndãiiKS <le Ccusaí, m« a aspectos ott Iunções quo
a experiência "tio sentimento
í,

patece buscar nela dúiin-


imediato, da qualidade ainda nio podem set dtsrmpcnhados ccmíbrme n cnni^xtó em que um s|gho £ UE1* 1

possibilidade, da liberdade, do 1
r

do pensamento fo que cm líz^udo. ALém disso, a tipologin nãu deve ser romaila CDflW PõIlLO dc clre 1

assim ao automatismo P

guida",1’ resistindo fcnntitcnobgia peirdana, da gãda, dcStEnadã a meros exercícios de terminologia, que como uma ú-r-
H

nos tomos da
mim sente \cá pensando")
c,

ÍSJlOrU
famenra qne IlOt ajudará d decompor Leu rica meme a expriSêncta Llin.imi-
terceiddade-
11
I
——
SfflíFÀTlLA, LieiL, .1 !wrj jfr^iíJn: iijpr.r llnjgu^TM rçnifinim 11 cnirtl hW hr^h Cei^ípí
Iml^. jflSX p- Vi

I *KWHJ. WMici. Ct- Ur . p. M.


ca da stmiose Nos parágrafos Seguintes procuramos apresentar
as ideias (2) A segunda caregprta corresponde, não a
qualidades consideradas
em abstrato, mas a coL^s ou pros twos que atuam
gerais cm que se Fundamentam rasas três prirteipais classificações. semiancamenie através
de sua cxisfencia singular no tempo e no espaço, sendo, por isso,
chaina-
XI. Qualidade, awrrêndo e rwnin dosde síMj^wn A expreasio w refere, portanto, a mia utna das
ocorrên¬
cias de um fenômeno, pois neste caso o próprio
(l) evento que w atualiza
Cotuiderado quanta à própria ruuurcza e feição, um signo será: diante de nós ê o signo a ser j merp rcrado. Quando teuemunhajrios,
individual, ou (3) algo que o- pai
unia qualidade pura, ou (2} um rxbrcnre exemplo, a descarga dç um raio riscando o céu, nossa atenção é atraída,
com rcgulann L- me c se generaliza, Os termos empregados para designar num primeiro insiame, para a -ungi i Li rdade
daquele faiu, r não para a
r /cgifíignp, Vt-
cms categorias são, nwpectivHmeriiej qua/iifig>io, ideia geral do que seja um raio. lá os povos primitivos, que
atribuíam os
jamos, em sintese, em que -consistem. ralos a immsagcnx de suas divindades, ou os
cientistas que explicara n as
(I) Embora sabendo que as qualidades não t^m existência
fora das
leis naturais que motivam rase fertórnenu, esses o
sem wi- consideraram no âmbi¬
coisas, e que só àbMWtanwjue podemos falar de urna qualidade to de uma icrteira catcgfjria


bui-h a algum õbfetn como ao dizermos a mui ou d ítveza
cni mui nu pluma teve
em m de
, podemos imaginar situações cm que, sc pudés¬
semiótica.

rua
semos isolar i$ qualidades em meio aos fenómenos, disccmníitmos
attuçío como signo.
22 temei han-
Assim quando, por exemplo, çompflíamos objetes muito
tes, um único aspecto que os distinga (uma tonalidade
de cor ou uma í
'

Fiji 3 '
e passa a futidorur

textura, por exemplo) destaca-se em nossa pcrccpção


J
(3) Quando cottEidvraEriDS os aspect os r
contém, ao passo que a que cim sticueim a regular idade s
como signo identificador em relação à coisa que n dos fcnótnmtM de uma mesma espécie, associando esses í
i
aspectos a um
falta desse mesmo atributo idenrifkatà, por opoaiç&o, oí demais demen- Cúnorito geral, awnios diante de uma terceira categoria, a
n
2). Da mesma forma, quando dn« n
tqs d aquele conjunto {oomu na. Figura qiK se fw$çia na rmrnia dc uso dc um intérprete.
j

elas Tudo aquilo que já co 3

consideramos que duas coisas são semelliaiHes, isto significa que nhccemos e que se (rimou uma regra ou hábito cognitivo
para nós exerce
n
s
compartilham qualissignns. Porta ma não obstante o seu caráter apart ir a função dc legissignnr códigos, crenças,
ideologia, rituais, convicções
h

temente abstrato, os qualissignos podem ser conhecidos através dos efei- estéticas ou cientificas etc. Km quaiipivr fenômeno de >
linguagem, por
tos que sim, ou que produzem, mats nova que seja a forma dc
representação empregada, os elementos uv
que new são fatridrarcs, que suscitam os tHwsw. hábitos j
l

iincrprcrarivus, i
d
atuam como legissignos. Diante da figura 4,
por exemplo, reconhecemos t

.1 imagem da atriz retratada


na medida em que empregamos seus traças
Pí 1IS

' Farjs.
'hnpJ|'T™T>^n.p:óritKilLÚiK J “ fetí« ^ífwww^attJWrimU^wrnir. «
I

boca, o
fuiunômiciM (ds OiMos ludros e curtos, 0 sinal adma do canto da anr. Nelas, o efeito estético deslo<JOu-sc da própria obra
para is círcuiM-
variação de
sorriwi c oalhar) cim legissignos. Entrctanco, a repetição ex tãncias que envolvem o momento da recepção, dando origem a
iodo um
cores das gravuras justaposta* constituem intervenções do artista sobre género de obras cfêmerav, sujei tas à improvisação t ao acaso, a
eícmplo
(de slnsig-
esses hábitos, confrontando-os com u caráter de singularidade do óíi/ipmóíf (que, ramo o próprio termo diz, configura 'Sc-
fundamen-
ms) de oda uma das reproduções. ralmemc corno um ato de linguagem ein-uiisraneiali nume determinado)
c
du formas interativas, que se modificam a Cada imei-vençáit de um
ob¬
servador. Os de Marcel Duchamp são sempre lembrados,
nesses casos, tomo abjetos que se tornam, arre não por suas qualidades
próptuu (já que sc trata, cm geral, de anefetus utilitários,
produzidos em
serie), mas devido às circunstâncias iheomuns
em que são apresentados
ao púbirco. Obras como os já citados retratos de Marilyn Monroe,
pur
Andy Warhol, relativlzam ironicamente a distinção entre original c cópia,
Hg.4 - RilniJis da N^iKn Mami ar Aliy Mfirtol na nicdiJa em que a originalidade, neste fuso, se
associa parada xalmentc
de a uni processo- de apropriação c reprodução, de modi)
As funua* artísticas, cm geral, nào são Indiferentes à diversidade que cadi novi re¬
o que plica que sc faça daquelas imagens, nos mah variados formatos mídias,
níveis de apnx nsão implicados nes.w primeira divisão doí signos, c
será ainda uma continuidade do gCSlu primeiro do artista.
pudemos constatara panir do contínuo embate entre tradição e
inovação
Em lileracura, além das próprias numrav linguísticas são exemplos
que caractcriza a história da arte. 11á mumentos em que prevalece
como I

de de legissígnus as formas fixas, os traços de estilo de época ou de A


valor estético a repetição de formas e procedimentos já consagrados, estilos |

It

do individuais já consagrados, o* temas t procedimentos recorrentes, os gf-


vendo o gesto criativo identificar-se priucipalmentc com a habilidade
j


H
J

momentos, radi- neros literários enfim, tudo o que é previsível, que w pude T

artista no manejo desses signos codificados. Em nutras sistematizar I

OU generalizar na linguagem litcfdria. Njo por acaso,


caji?4-M.‘ a rejeição ao que já foi estabelecido como regra, valorizando-se no ensino da litera¬ V

nos vemos muitas vezes rei iiados a privílegjar essa dimensão do fe¬
É

tura
cm ctmtraplHLdn a criação de novas técnicas. Conforme o relevo conferi¬
í
*
nômeno que dcscrcvtnw, agrupando ourares e obras por Ir

do a uma mi a apreciação de uma obr» enfatizará ora a


outra tendência, critérios varia¬ G
N

sua pcnim’ildi a um repertório de- signos convencionais a que damos — dos de dassifteação c deixando enire parcnticsrs a real heterugenddade
que os ca racrerira.
1

o nome de nadição ora a experiência singular dos faros de linguagem


preten res.
Algumas man ifest&çóes da arre nunfema se mostraram especial mente
do
Uni conrexto em que vlvenctamns de mudo claro as tensões
cuttv
singularidade e hábito (vale diver; tmrc xinságnos c legissignos) c o das
varias íórmas possíveis de inrefrextualidadv; citações,
IOS*
sensJvtL! ao significado desci pyesmíidaete da ação dos sÉgjnns, a partir apropriações, estíli-
de zaçóes, paródias, 1’oemas ramo os que Oswald de Andrade
que ampliara in {ou pelo menos prablcmatizaram) o «intrico de obra reuniu cm
Pau sub o título Prrtt Vai di CamirihiJ, ao mesme tempo em
que
nos trajam a memória fragmentos dos textos originais dç que se
: Fsmn hli.pjTwwir.pnizriliX.lt tzicQjni-
am (no caso, de documentos da literatura do Quinhemismo hwo-
í vmi o contraste das «stilus O «rija arciizime de Mcnnrd
— rstrangri
brasileiro), também evidenciam o processo de rrssignificaçáo a quc o
ra rncmn,
pr<KUJSc>r,
—quesofre dc uroa cerra .tlctaçãix Kío MKcdeo metrnu tvim o do
maneja com deçeUvnlcura o
o^aubnl corrente d.i r.ia fp&-
autor modernista os .submete, no simples gesto de reproduzidos <
m novo ca. *
caso, que o
contexto (histórico c literário), Podc-sc então afirmar, nesse
X2. Scmelhoma, conexão e convenção
conjunto de hábitos segundo os quais reconhecemos exemplares da i itera'
lura do passada concorrem com m circunstâncias atuais
cm que esses A conhecida das classificações criadas pda semiótica peircrana é
ni ais

signos nos são apresentados, aquela que considera a relação !tgno-objrtt>, ou seja, oS modos de represen¬
figurada no hmoso conto-ensaio
E o que dizer, então, da experiência tação propriamente ditos, a partir do qm- se distingucrti os
signos em (1)
de Jorge Luís Borges, intitulado Fiem Afinaríi, atfi&r do Quixntrf O
” rconest (2) fadicis c (3) íTwjWiM, de acordi» com os critérios seguintes.
protagonista Menard é apresentado como um escritor francês contempo¬ (1) fcottri são definidos como signos que mantêm semelhança com
literário,
râneo de quem o narrador, por a*xim dizer, à maneira de etílico aquilo que representam?1 A planta e a maquete de um edifido são ícones
declara: do edifído (mesmo que de ainda nem exista): n desenho de um
animal
Quem insinuar que Menard dedicou a íim vida a ucrevrr gravado nas paredes de uma caverna ú um ícone do aniniaJ; a cor azul
um Qlrlxnre am.tonpurlrHjo- crLuiúi a eiia brilhante me¬ na
reprcseritilçÍD do cru numa pintura é um ícone do céu.
mória. Diante de um


26
Nía queria corupnr
nut WK Quixote Nin
outro
vale
Quiiore
a pena

u que é tíciL
actctcentar qi re nunca
— ícone, experimentamos a |x iccpção de qualidades iden ricas
âs du obje&i
representado. Nesse atributo dc simulacro do ohjeto reside a especial
rticsnju J punibilidadc de uma u.m-.utíçío mccúnKO do
A ndmJrávd atnbl- importância do modo de representação icôtiica tanto para a expressão

original; tilo se prupuciha çopiá-Lo. Bua
çúb en ptoduzir umar plgliias qne OMDridiMCin - pala¬ artística quanto para o |Knsanicnro científico.
vra por palavra e linha pw linha
CannKj. M

com ar dr Miguel de

Uma wz ttndo Menard desistido do primeiro método de trabalho


de c)*sc cogitara para mlizar sua proeza —
o qual consistiu efetiva-
meme “ser Cervantes", ou Sip, reproduzir todas as condições históricas
que dcwnaniuram a leitura do D™ Qa&We original , decidindo, an
contrário, "continuar a ser Pierre Menard c chegar ao Quixote, através
das experiências de Pierre Mcnaid « seu intérprete passa então a com¬
— F.rj S-atKQiiidi «ihill »n ^itíiuo lupwhr r
(2) ÓMÓrty sáu signos que mantém conexão real com a
existência de
um objcTi? particular. Indicar Ó apontar, chamar atenção para algo esped-
idênticos), para
parar um trecho dm dois livros (que tin absolutiuuciitc Iko. Indiciar é fornecer sinais (indícios) da ocorrência de algo A presença
j concluir, entre outras observações, que
' Ihkkni.
Qi piii|iiujr£V ík-JJ ilú££i?uidffronWd liúuaimrr-^ j dbdffp^n coiK?lideí nnrr n faNSí o
pitfMilfnnie tinta* kúni^nf 4cf. O iiiQntiih "Atllfiue Ilú mmiii dí KprbcnU^n kánkt/L JUr-4U
11 PQHl.HS, |. L.rkrw Mniml, âuiúr do Qunmr Jiu Si-j J‘4ut: CnafdiAuduUinl 21107. illiK-nir, ms dudlhui wra> aipi d^naduc de iuifln
liHlir.- fcnp^CTrniWtai.wikiiTcd^
de certas planeai e p.issarus ao redor de uma embarcação, por exemplo,
pode fundonur «imo índica: para um navegante, sinalizando sua pruxL
©V®®®®®
Ltiidaiie do continente. Nuvens cattegados são indites de tempesraíie imi¬
naqude
!® ® ® ® ® © ©
nente, Fumaça numa ilha potk Jtr indite da presença humana
lugar. A pegada ou o rastn* de nm animal indicam que ele passou por ali. ® ©® @0® ®
Obscrvc-se que em todos esses exemplos os signos são interpretadas
objetos.
co¬
:© ® ® ® @ ® ©
rno derivações ou decorrêncins diretas da exLttêncii dir- seus 7-ilpiHiAmnriinqH

Fxistcin, ptmanto, segundo essa classificação, três formas possíveis


de associação entre um signo c u seu objeto, ou, simplesmente, três mo-
dos de representar. No modo .simbólico, a signa não se assemelha à coisa
represenrada, nem possui qualquer ligação fãctuid com eia; nós o iciQCb
amos ao objeto apenas porque aprendemos previamen rç regras
que
determinam essa correlação. No mudo indexkal, percebemos o signo
como uma marta ou indício da ocorrência singular de um evento, que e
o sen objeto. E no modo ieónko, o signo é considerado como
reprodu¬
_
Fi| 4 PWjni« ó* Hn^unrar [SmwíÍJ
ção OU imitação das qualidade da cfiisa represenracL.
29
]

3.3. Mostrar, dedarar e ar junrçntor 1

(3) STwAeiir, nesta terminologia, são signos que associamos a um ob¬


1

jeto apenas por fbiçi de uma notma ou convenção. S«> conhecemos


o R

No vórtice Superior ilv esquema triangular que reproduzimos na Fi¬ F


t

significada de um símbolo se aprendermos previamcillC as regras do seu


I

gura 1, uma nova classificação é considerada com base nos possiver resul¬ L

emprego. O exemplo mais comum dc um sisuma predomirtaiucineme

LlUGCf#
tados lógicos da ação dos signos. Aqui iem origem a terceira trieolomsa
simbólico é a língua, pois as palavras, no dizer de Saussure, slo signos peirciaira, que define o signo em relação ao seu imerpretante. Nc.tai s ca¬
cunvendonaís c arbitrários. Mas existem também signos simbólicos não- sos, o signo pode:
verbais: a associação que fazemos, por exemplo, entre a luz vermelha e
a
(1) apenas mosrrar algo, coma um tsrado de coisas, sem
convencional, pais nada afir¬ J

mensagem "pare"’, no código de trànxÍLa, ê pura mente mar sobre o obfero. O inierp remite dc

AFLICUt
um sigtio dessa natureza, canse-
não existe, ao quenus parece, qualquer outra explicação, a não ser a exis- qucri temente, ttãu pode cimter qualquer julgamento, senão hjporêtico,
icncia da própria regra, para o lato de empregarmos o
vermelho, e não
sobre, aquilo que o signo representa:
outra cor, com «te sentido.
(2) «insistir numa proposição elementar acerca de mhi objeto,
'|
1
II
admi¬
tindo porian.ro um tnntpretame na forma de um juízo simples, do ripo
zrmiidlcrfw/i/sff sobre <> que o signo declara:
RiÚTlt
| I Ibislmi.
(3) configurai -se como formalização de um raciocínio lógico* vras,Não há dúvida de que, nesses casos,
os gestos de escolha do autor já
sugurnenrativa composto de premissas e conclusão. O interpretanté dr insinuam as intenções argumeiuativas do
texto. Todavia, seus nexos
um signo desse úpo sera porendalmentc uma convicção logicamente cos aráo sulientundidus, ficando a lógi¬
cargo das inferences do leitor, como
fundamentada sobre o que é representado. ocorre nestes versos de Carlos Drummond de
Andrade.31
Na CerminulogLii pcitCMUM, csws tr^ categorias são chamadas respec- Sub
iLvamente d< jwhw, (ou dieentefy e drgTJweímw. O modo mib rtjrndíf
simples de ilustrar essa meoromia ê aplicá-la às unidades discursivas da mrno
owncifjuir
linguagem verbal. Assim, (i ) uma palavra isolada, que não configure uma ijrerjTíír
proposição, será um signo remdriea
cordar do significado da palavra
— não podemos concordar nem dis¬ marghuti
desenvolvido
pOr exemplo. (2) Jã uma oração
dividido
simples, como “a terra / MuT , constitui um dídssigno, através do qual se tdienw
pode apenas afirmar algo sohre um iujetro. mas não explicitar as relações im’unie
verufunade
lógicas cm que w baseia essa afirmação. (3) Somente através de estruturai deítgítdo
linguísticas mais complexas (corno os concetivos c orações de um período ivnht>
composto) seria possível escabcleoer tais relações. iuwr
No campo do não-verbal, uma pintura figurativa, jxrr CVCmploh pode
sugerir ou evidenciar muiras Coisas, mas em d mesma, não pode afirmar Jã o relato de um feto qualquer através de
estruturas narrativas puras,
nada, const Ituindo-se, potranco, Mim signo Mesmo abras como no contexto dc uma ideal
neutralidade, seria um caso típico de
fjwnma, de P^Nki Picasso, cuja mensagem c sabidamente de denunciar diceme. Essa parece ser a situação figurada np signo
de jornal, dc Mamtd Bandeira,^
Awim tirado de uma notúia
repudio às cenas que retrata, cjM Uíerdiidr gurauda o /ws, de Delacrubt, etn que os verbos que
ma noire de vida da personagem descrevem a últi¬
que exalta ck valores da Revolução francesa, não podem senão HfíWWras
simples menu- se sucedem numa rápida
cenas que retratam, e precisam ser traduzidas em Outros sigíWK quando enumeração em ordem itonológica,
sem qualquer marca de linguagem
pretendemos explicitar relações causar; ciUrr os latos ali uprescn radas, ou que explique ou explicite a conotação
trágica, que resulta daquela sequên¬
manifestar nossós próprios |ukõ5 sobre det Não jc ceara de negar aos cia.
signos líào-verbais Sua capacidade de desencadear um discurso persuasivo,
/a»
— de /vim livre e mmwm
/rj

nem di atribuir-lhes neutralidade o que seria com plerani ente absurdo [rw motrv da Babiiãniit mim

— , mas dc reconhecer como atributo específica do signo verbal a Capacr

dade dc descrever objeuvamenre essas relações lógicu-argunKtnuiw.


Uma »mte ek e/vgott na ÁJr Vime eíe
Hebett
Caruru
bavraíãír iem niimerv.

Na literatura., o paradigma de um texto rerniilico seriam aquelas es¬


truturas paratáticas cu in postas à partir da simples justaposição de pala¬
1
li> DttVMMONO 0E ANOKADE. Cirlni. ?V«w
,W6. r^wu. tG, A, Uurir^ Num ^uihr. |'JK8. p
In; BANDLIRA.
Mthutl. Avrí,r<M,^w//iww.
Jurim Hm lUSXp. 214.
j/c Fftiiaj r wnmw fifyn- Petas definições que reproduzimos, podemo* dedtuit po< qtHls pa-
ÍÀymr. jr jTJírvu nrf ZJSforf
lavrjs, Consideradas isolnddnienrc, atuam priiibi pitmen u- camo legissig-
Ja.
nas simhólkAjs. A vuJikncij dr sons (úu letras) que fornia m Ipatavra
organizado em premissi(s) e /íjqw, tin curmpJo já tiTitiyado, náocvnca qualquei semelhança QU cutie-
E. finaimente, urn tcxtu nitldamenre completo,
utn íaciocfofo lógJCO Jtiio de Huo coin a i । Lila que temos du que seja um livro: somenw: alguém
concLmão, anicu'.andii assim as efajm du
corny vemós nos terce¬ que OMihcça previamernu o jtyniífcado dtííi pàlim ú* código da Utkgiia
pad< ilustrar a categoria du* sipjos argumentais, portuguesa c que pode interpretá-la ccHTcTamenic, tnuhwjndc wnsc/ou
to* abater. de um sonao
de Augusto dos Anjos, cm que premissa
de magpai-ie”) letras em ccmetin.
(“Deus.,, c bum. é justo”} e condusía (“Deus não havia Mus, arejiçin: embora a liKHtum seja uma arte pimlutitld com pda-
tsrao expostas num claro esquema
dedutivo. vnu. naO Se pode d&duzir dai que a linguagem literária se restringe ao

A&giwami-tr. mu ftD*
JímiArá, modo simbólico de reprejctuaçâo. A maríria-prima da iiitraiura é com-
InJifirmte dW Jw/ wrtncninr traí ptkMa pfodiuiiiiianremcnTC de urnbidos. ma* O artista Os fltoprep de mu-
AV outa nugw-M um prwr AorÁ*?1 do «pecind. Além da dimensão $emànriçar p?lavr-j possui nutrem airíbu-
Dr^f enfim ros scmionkus: sitas qualidades wjjoras (1 combinação de seus fonemas),
irroj j nfjn de fTpua? Aiftr
fi inrnt, JjuM, f jertdojuM, Dob,
sintáticas (a relação com muras palavras no enunciitdvj c at£ tturtrtiú aid-
Deurrtita farAJ or hNgBdi^JF CuhtórÍBs: (o modo como productmot Esicarnenrc scquincjg dc
joíu)s mi ainda, Uo c ódii^i^ escrito, suas qualidades visuais (lamanhu. tor,
32 No quadro a seguir, enemnram-sc
r-squtiuaiLTadai as tris classifica¬ formato = disposição dos carKtçrea} e ekeiq em certas formas de cktIeu-
rtL Esses cezúLlí pios aspectos significances conferLiu :i lingiiaginiL verbal
ções que vimos descrevendo,

1 ÇSUÉkW t)K
1 CU^IFKLW.AC
U JryiA oa Í1
lLASÍI*
BMCMOt

SiACjgw-
uma pn:unci.;lidu. Ic icpncwmtaliva que vai além do simbóJkoh na medida
cm que os irirerpieranu^ como ntGC4C$ eupresslvús.
Além disso, clesxjmos observar que o àDnuelto de hí^vj, nessa icmia.
(anm pode rch-iij-y; a uma unidade simples quanto .1 um.t estrutura
IíTFUre*]
I iraiyi^J da fenfr- UWn tiúrrtn;u
completa. Ma terminnh^ia actniiMiça. pucJernoj dcnumliur de sig.no, por

LlhCUÍEf
[£X|IU 1 UiBlíkrJ* J
llll.tpmK^
L-ntfú dp*Ô UpU rnrnu «l^.*u
*KinílbM>£* IlúIH
ex/ijiplo: cadu pttlsvia de mn [etm, nu cada jiarrksila menor que uma
[Urmini J a obitiu pit palavra, mas rarnbém um conjunto de frases, ou aré mesmo o resto imec
Rxls^j»-
pií^iiK n^ú por parar
iuiu Ju tlkÍF» ro. se eu consideramos ct»nni unidades. Sendo ^sim, é po$sívcl arranjai e 1
r^-riiJ i--LdTi t^cL
hrtirSn ccmbfoní váríus signos — cumo .ls palavras num icxto — dc modo a

APtrin
n JHEV :-lúl SÍKitwiliJ
litij
r^> «1 .Tin-m-J. '. produzir ram ds um imtifl signo, maior e mais CúniplexO. E a màií
kruj
DnljM.ur»»Mm importante é que esse novo amnjo nAn mi oícesíarcanitme o mesmo
lllh-ipr«jnir Pidalpp 1 <arÍKt tepresentati™ que predomina em caria uma de suas partes. O
I (pau Jiwmíksi- L'™ pwpakt»llmPta u

1 dj ^>T=ie todo de um signo couipntjcn de ífffibofos pôde desempenhar fouções ln-

[iEUÍTlfí
c<DfKÍiu^u-
«rrtcmackil dexlcaÍE 011 icò nicas. Por issir, a abordagem scmfonca Jí UwtlDtra extgp a
tjidicriShmv csUlKlinfní (tlniiiiSjfcSj** iudapaçay dvr. aspecto'- micro e macroeurururaÍE de seu objeru com o
mesmo rigor.
f
«1ril
I

I *
1
-
É nesse sentido quc frequtn temente sc
descreve o processo de crans-
palavra) cm ícone, buscando descrever
Capítulo II
form^So do simbólico (no cAW, aliterária,, mail do que representar (subs¬
os meios pelos quais a linguagem
tituir), prtwnrifica scti$ objetos. Nas etapas seguintes
desta apresentação,
dc aplicação da semiótica ao
em que pretendemos sugerir possibilidades
ao exame da konicidadcj
«indo do texto literário, não nos restringimos semiose e de seus efei¬ II - APLICAÇÕES
dos três modos de
procununiM discutir presença
e de narrativas dê ficção.
tos na interpretação de poemas
0» modos dc representação na linguagem literária

As situações práticas dc comunicação envolvem, em geral, a atuação


simultânea dc símbolos, índices c fames. A sem lose de um texto lirerário
não é diferente, o que lorna tmptMStvel isolarmos um texto puramertte
simbólico, index real ou icâmco. Todavia, podemos identificar contextos
an que um desses modos dc representar sobressai aos demais, rommd;i-
sc determinante para a compreensão dos efeitos expressivos que o texto
Ivusca ressaltar. 35
1

I. A ênfase na modo de representarão simbólica I


x
R
X
r
A leitura dc um textoliterário enfenxará o n iodo simbólico de repre- E
r
í

sentação quando o seu significado for evocado principalmente pelo senti¬ L

LIREUAGFB
do convencional dos signos utilizados, cm seja, quando as associações
rntrt a forma literária e aquilo que ela representa se fundamentem pnn-
i ipalmcnte nas cuttvrnç&is estabelecidas pelos códigos linguístico e litcrá*

rio. \i>'cs casos, deve predominar, no aio de feitura, a conformação dos


signos a regras ou hábitos dc linguagem, tais conto os que araeterizam o
1'inpncgo das palavras numa determinada língua, os gêneros, xs marcas
dos estilos dc época, as fornias pré-fixadas dc composição. Esse tipo dc
icpresenração ocorre obvlamenre em todos os textos verbais, mas tiem
«•mpre exerci: o papel mais importante na con.vtnição do efeito estético
qtte apreendemos numa obra literária.
I

O poema a seguir, de Manuel Bandeira/ pode wr consider ado cum com a vario das “disponiLúl idades scntimcnraisM, com dcMuquc para o
^pfaaf no modo simbóliço, muito embora essa alternativa nãr> Uni- exclua romantismo, Preterido, esse sentido se traduziria em exprmôes como
a ocorrência das outras formas de representação. “segredo de melancolia", “golfão de cismas" e "astro dos Loucos e d(B
enamorados" (versos 9, 10 c II). Em lugar disso, impõe-se a visão do
Saielrtz asem reduzida a uma dimeoriõ racional, fixada num vocabulário de pen¬
f^m tie iardr. dor técnico-científico que aspira à mooossemia e predispõe assim a urna
jVfcAu
maior objetividade. C signo escolhido para essa iraduçâo é a palavra “sa¬
J /nw ijfd
AoiW télite", que da titulo ao poema e sc repare tm dcswque jtn final de cada
Mat fit cumagnifitamftlfr estrofe.
í > contraste filtre essas duas representações — ambos simbólicas -
DenmwforiwliL do mesmo fenôincno í também o recurso empregado no poema para
Drrm/^-Jíír,
IJ&fwr.rdi/ rzynvi?
wife rematizar o pc$o dã$ di-ierm inações sociais sobre um sujeito que, ao final
Min r * grifae tie cimm, de um dia de trabalho, fiitigadu ilc mab-va|ia \ jó pude lançar à paisa¬
O ailre dm ft>KW * dor fmttWt'adw.
gem um olhar çmpobreçido. Ki ritma ixmhewndo todas as virtuais cono¬
Mar tão-síri^mle
$>HêÍílf tações que poderiam cnvnfaer o seu objem, de escolhe traduzi-Jo por um

36 signo que o represente "cnsmngraficunenu" (vale di«n segundo um 37


Hi £.nu dateJim de t^rde,
DftttimoHAiit tit gtrii»tifãer rornitnnf^. vocabulário técnico), despindo-o assim de rodas aquelas "atribuiçõe* ro |

A
S^tn ifeut para iti dlrparribi iidadfí ^túmewfani miruicas" para captá io como *coisa cm si", numa imagem isenra de me 1
I

CiSforas c nitros. Nessa ehboraçãu, píuduto de um lirismo crítico muito S*


fetn^tfiv de ™ir-rjfl*l.
úiMW dr ti artim:
Coini m n,
caracterfsrien da modcrnídadE, st a representação literária surge como
rrabalho do pnera, a liíigtMgtiU metafórica (generosa em poiissemia) se
l Tf
IV
identifica com o excesso — a materialrzação da "mats-valia" de que ele se

Além de coracterizar o proccsSú semiótico dominante no texto, o


declara "Fatigado". Li a recusa desse excesso que sc projeta, por stta vez, na
ptópria paisagem do “ocu plúmbeo", em que a "lua baça" é "demiíxiniia
HSUlÚ
II
emprego de símbolos é também 0 tema que nck se desenvolve. O sentido
ria de Hrribuiçõei românticas". Num gesto conjunto de negação, poeta e
geral do poema se apóia basicamente em conotações que aliibuimcw (por
luar dtfjiiiain aftim a sua greve dt linguagem, reja contra o cmbelcza-
hábito ou norma cultural} a diferentes representações do abjeto ^ua".
menra da paisagem ou conttà is exígendai dos arquétipos literários.
Contrapõem-se aqui duas convenções: de um Lado, os wnridus cOiiOiati-
Ao enrariz.tr a procura de um signo ainda Imune aos hábitos de lín-
vos que se foram acumulando na tradição literária, eqKi-i.ilmenti naque¬
guagem que gostaria de ikscanar, o poema de M^nud Bandeira traz ao
las correntes estéticas qt*C investem na identificaçáo da paisagi m noturna
primeiro plano um componente essencial da linguagem stmbôliea, que é
a regra de uso estabelecida para sua in rerpreração. É sobre ela que atua
:
lit ÇANDlrJHA. Op w-, r- 3 16.
criticamente o artista, mim processo retórico de amalização c ajuste
do Mais do que dominar o significado linguístico de uma palavra (o
“caroço”! o "vtrivérbio”, na expr^são do narrador) Damázio quer CO’
código, «11 busca dos signos mais adequados para traduzir a figurada ।

experiência da apreensáo do seu objeto, qua mio as formas ditadas pela


nhtxrr & uso c as implicações morais qmj da carregaa a fim de avaliar se o
adjrlfeo que recebera não teria sido mn insulto. Nos termos
norma jj não cumprem plenamcntc sua função txpre-sova. da teoria
Kmióiíca, dizemos que a indagação de Damázio
Outro exemplo de grande efeito obtido a partir da ênfase rtCs simbó¬ diz respeito cspecífica-
— de
gerado", Joio

lico desta vez no campo da narrativa encontra-se no conto “Fami-
Guimarães Rosa/1, que relata uma "insoRtissima" visita
menre ao fundamento do símbolo, ou seja, á regra qm? lhe dá a condição
de signo. Ftirtiigeriulft ilustra assim alguns pressupostos da teoria qu< cs
feita ao narrador por lull jagunço chamado Lhmáuo, referido como “o considerando, na medida cm que o encontro entre u narrador le¬
tames
morres, homem trado e o jagunço rude é motivado expressam^ritc por um problema de
feroz de estórias de léguas, com dezenas de carregadas
perigosíssimo’". O motivo da incómoda presença era, nú encanto, apenas natureza semiótica.

certa dúvida, transformada cm quest&o dc honra pelo


jagunço, acerca do O primejfo principio semiótico ilustrado pelo conto c o que afirma
que a interpretação de um SÍgtK? se dá necessariamenre através de nutras
significado de um adjetivo que lhe fora atribuído por um muço do go¬
verno, e em toniO do qual se desenrola cSte curioso diálogo:
signas, que exigem, por sua vet, novas interpretações, e assim suçosivj-
mence. consistindo a semiose num processo potencial im n te infinito de
— wz A^pi tf aim jpifrrf w enan/tr " f Mr^utnr traduçóa que a recria chama de
tjnf i. faimiijprrMfi . .. ^ãímlÍ(w-gírWo..--'1"
3R L-J
— Femigcrtide?

— 'Sm unhar..." r. JJÍfs. reprtÍH, jvzí-, a termn. enfim irrt trrutelhiti
-
I

I
J|

da nfhn, j«u iwz fortt Jtjiea. E jd W tsl^iw. íSHlprAJjJi jurMirnanu


I

JS

7'rjrAa tw fjur derrohrir tf iwm. Fdlnt^raabf Hihitei pre- C


E

Ambuia. Rem yw m w ivmvir nowfrii iwm>T, em iitdúfiai CunW pur


u>- T
I

ivm, eipier r. rxõ BHtmr. /nf teus


cauitmi, intuídas dfjewàe. mre.nnfMMdos. L

tlMGUJSa
Mn EhtnrdiW-
— ’
f defirre. Eria d/ «to de nadi tAo. São da Serra. & fírww <o-
prd tríteMunira.. .”
5í j^hAt at dmwiar mr. O funil wife o cdHtfot * WFJiiírfttf.
—— Famigertid# 4- m&Ú, í '‘célebre ” "isúCm^'. ^WMÉre/'. .

"KiHMEOf rSMU* n«Ap rçw zwi <rtru/ur fmitfntf IV Jiãs rnJcnfAv. A^íú iR^ió- 1- EnMh ilártaAi 1

*ni:úí>
m? i* f fMptiúwiP f dt arrenegar? fitnJfHV? jVoiw de p/rrua? "
— Vji.i nr^iAwHnii. «vu^ííji .ivx,rp. -£ís Mzjiznu. df tmtmr ujúí.l O segundo preceito nos diz que, no modo de representação simbóli¬
— "Pfú... e c
rfmtfrw?"
d yw d, erV j^Af de ptrírf, iiugrtn^m dr zw di;i-de- ca, a seminse depende deelrivamtnre de n intérprete
possuir um conhe¬
— &e<ti jh 'rvrywiUflíf’. ynf iwfttfnr ifíiuwr, roprtfd . cimento prévio acerca du uonnas ou hábito* que definem a relação sig-
“Kw? ^rr.ivfr. /K.r jpaz ddí raJw, má# iwj

ÇEÍJSA. JtfU, &tairtn jiíhftftr. T.l.'RfcizTtactifcNim.AtJliri 1’J3 .'Jli.


no-objeto. Faro é que, de posse do simbulo c sabendo ser ele mesmo o
objeta tepmenudu, o que falta Ao jagunço é a norma, a
convcnçki (so-
SEMiant*
bretudo moral I que estabelece o vínculo entre esses dois componentes da
represen tição simbólica. A propósito disto, veja-se o caso do narrador Is Pelos exemplos até aqui evocados, percebe-se que, ao se servir dos
voltas com a rentariva de traduzir o signo em questão, cm prega nd* sem símbolos, a arte literária não se limita a aceitar
passivamente as leis esta¬
sucesso expressões igualmcnre desconhecidas do jagunço: "célebre", “no- belecidas para o seu uso, mas questiona-as, transgride-as, transfoi mando-
, tório", 'notável"
— ou, quem sabe, protelando astudosunentr o seu
esclareci memo, na tentativa dc respondes sem responder à pergunta do
as em objeco de reflexão. Na criação poética, a essência do fundonameji-
to dos símbolos, que é a dc um hábito fixado, está sempre .sob tensão.
A
visitante, justamente por temer a incerta reação de Damxzio ante uma primeira norma a ser desafiada é aquela que impõe, na linguagem coridj-
implícita alusão à sua fama de matador. ana, o Ideal da monowinia como parâmetro de eficácia
comunicativa.
Na lircrímra, recursos como a metáfora, a ambiguidade, os paralelismos
Esses pressupostos se evidenciam principalmente nas estratégias de
lógicos c formais dcsconsrroem sistEmaricameme os sentidos újulcos, res-
linguagem que ambas as perWJiagens parecem dominar muito bem em
irtrivas, que adem lugar á polissemia e à
sua prárica comunicativa, a despeito da diversidade linguística que as cnnseqóente interação entre
texto e leitor para a construção de novos sentidos. Então, ao
caracceriza. Assim st explica, de um Lido, a humildade retórica no pedido aspecto da
precisão dcnotarlva sobrepõem-se outros valores, como expressividade,
de Damázio para que o narrador se expresse “em laia de pobre, lingua¬
gem de em dla-de-sçmana*t e de outro lado, a astúcia, do narrador, que,
originalidade c poder de sugestão, reorimtando as escolhas que Jazemos
em nossas representações, como bem ilustra este poema-parábola de Ma¬
para tranquilizar (ou despistar) seu interlocutor, decide evitar novas dú-
vidas motivadas pelo perigoso manejo dos símbolos, recottcndo pragma- noel de Barros.
41
ckmncnre ã ilustração dc uma circunstância dc uso do jdjerivo. Ao decla¬
O na ijueftiiM mr volta airdi de maw mm
rar o desejo dc merecer a mesma qualidade imputada a Danúbio, o nar m ft inwrjr^M de nm mdro mole >]ue farin uniu
rador se desincumbe dc explorar rodos os sentidos e equivalências possí¬ rolea atrjf de íom.
iw ZwfflfW depj/jí e dif/e tfjrf rvir/a
veis da palavra, informando ao jagunço tão-someme o que dc fato lhe
^■.vr ft rvn pnr mír de ina Mtri se e/nitna
bastava saber: a regra que determina o seu emprego c suas implicações no eweMLl.
código dc honra da valentia. ?Vrfft rr,e m/tie d de evbra de tidev
rfue/uJit »mít tv/UJeeá.
Í7rt »r»^ ffiie.w'j.
— Olhe: eu. cíw í rr. w w, mw iwjr/ftgvttf, Awtfl,
ft eu ^urró giw foij
zkAii p iwimi* iwpthrei-eto rf taqgm
deitai era ter — hem faKÍgerjdo, 6 ml,rA f/w
"Ab, bend. ei.idt.nj te...
1 Não se quer dizer com isso que o hábito e a regularidade exercem
Assim é que, transfigurado literurlanuenie, O poder daqude que de¬ função de menor impnii Sucia tta semicuc literária, afinal, só
tém cotdreó mento sobre as normas culturais que regem os símbolos ad¬
podo existir a
perccpçáo de uma transgressão, ou de um desvio retórico, onde antes
quire, na criação rosiana, o caráter dramático dc uma sjruação-limite, existiu a expectat iva de confirmação de uma regru. Além disso,
convertendo-se em poder dc vida ou morte, ao mode do que exerciam os
sabe-se
amuletos e poções luágk as das antigas histórias de cavalaria.
BAJUKIS, .M.m.vd dr. /jpunÇor, Rk> ór Jji'm'i: IpíU
que certos padrões dc composição desempenham papel decisivo na con¬ ção rupestre, ou de um temo veiculado cm mídia eletrónica. Entretanto,

servação das obras, cm contextos de transmissão orai (prindpahnEute esses casos estão Hísociados otritamenre às circunstâncias em que
rui
são
domínio do verso j. Sabe-se, por fim, que ao definii-sc como um
sistema, veiculadas ai reproduções de uma obra, aos seus suponct materiais, nus
a litcruura acaba criando suas próprias normas: estilos de época, géneros, lião sc referem àquilo que está representado cm seu plano ficcional.
Isso
concepções estéticas. O contínuo exercício de reinvcnção dos códigos porque, cm geral (cxccmando-se. por exemplo, Os casos em que o uso
da
linguístico e literário exige, portanto, do anísta e do leitor a plena cousci' fotografia se integra irreversivelmente ao conjunto de uma obra literária),
o sistema d.i escrita alfabética não depende de índices
ência desse componente convencional que integra ambos osíiswnas. genuínos para re¬

Z A êtHnse no modo de representação indexical


presentar os objetos de sua criação

uu que reside, aliás, muito do po¬
der que atribuímos a essa ferramenta. Ainda que um texto
laça alusão a
acontecimentos históricas ou a situações vivendidas de fato por mu au¬
indldal, se ca-
hí vimos que a modo dc represent,^ to ind*rica1, ou tor, as quais, por hipótese, teriam motivado o
processo criativo, o signo
raeteriza pela CKWtênda de uma ctmraáo dinâmica (real) entre signo e
objeto. Isto quer dizer que o Índice representa algo em raian de ser dire- sagens simbólicas impressaí
——
que o Icítqi terá cm mios na maioria das veres um conjunto de men¬
não pode conter qualquer rnarca direta
tamentr afetado pela ucarrfincia desse objeto, 1’ara atuar com signo,
<!e
daquilo a que essas mensagens se referem, na fôrma Como, por exemplo ,
deve, portamo, ser uma marca (ou indício) dessa ocorrência. Estas são. de cada pincelaria de uma pintura origina] surra um índice do gesn» singular
modo geral, as definições de indict puro ou genuíno na Teoria Geral dos rçaJiiado pdn artista. Na cópia impressa de um romance,
nem esse gesto 43
Signos, Obscrvr-se que, dos três tipos de signos qur destacamos, 0
Índice
autoral nem is circuiixtândas que o motivaram estarão fisicamente
a de pre¬
é o único que pressupõe uni objeto cuja natureza è necessariamente

TI3SJ1
sentes.
um evento. Isto é, de algo que ocorre cm circunsrúnctas determinadas.
Na verdade, o tipo de relação indexical que rârilmcnic êncontrarc-
Seu campo de atuação está, portanto, restrito ao da experiência
concreta,

ou do real, Na relação que buscamos estabelecei entre as categorias semi-


ntft) num texto
literário não k basda nesse conceito de indezicatidade
genuína, mas naquilo que Peltcr chamou de indico degenerados (tam¬

dc fkçAo,
cabe então qtiesr ionarmOí se, e de que modo, a reali¬
õricas e a literatura,
dade pode marerialmir-se ua semiosc de um poema ou de uma narrativa

Examinando as formas de codificação c de iram missão dns textos li-


bém designados de hipossemes ou subindicadores) w

espécie de en¬
volvimento de uma representação indebted por uma forma simbólica,
cujo caso típico é o daquelas palavras que rém como função
principal n
xigunjHJt
teráTios, cais como nós as conhecemos 31 uai mente, pode-se emisratar que
chamar atenção para situações específicas pertencentes ao contexio co¬
esses processos envohtm certas relações imlexicaN, quando constdriam&J
a material idade das obras a que remos acesso, Um livro Impresso é um
índice do processo rectwlógico que lhe deu origem, e esse processo, por
municativo, O aspccro que melhor caracterúa esse tipo
é a natureza do mu objeto, Enquanto um símbolo
dc represem ração
puro, par assim dizer,
designa um conceito geral, um símbolo com função indrxica! só pode ser
vhíHt
$ua vez. é Índice de um determinado momento
histórico, na medida em

que o distinguimos,, por exemplo, de um pcrgaminhi >, ou de uma


inscri¬ Cã PEOU I , C.S., Ampeivi
120-136
Sin PíuJú; Qijiiii: Kdiiora Jj tóiiirrHíiãe' ik Sii, ISdn< 19*' p
mjfiúwí
Interpretado em conjunção com um referente individual, A palavra —
pelo duplo acaso linguístico o pafindromo e a forma simétrica do V,
por exemplo, não se rcporra a nt-rbhitm abjeto específico, mis a uma clas¬ —
que ocorre exatamoite no meio da palavra , provoca um efeito dc espe-
I ha men to ou duplicação das formas gráficas, o que se reforça ainda
se geral de coisas. Mas se dizemos maçã está madura", para que a uma
vez com a reimpressão do poema na página seguinn, Assim, cada vez
comunicação st realize de modo eficaz precisamos indicar de alguma que
o poema í relido, em cada novo movtmcnio de leirura que ele solicita (da
fonna o abjeto que remos em mente nessa situação específica, íxmhcce-
esquerda para a direita, em seu rido contrário e no verso da folha), o seu
mos o emprego do demonstrativo e do substantivo pdas normas do códl
símbolos}, mas sua função objeto, que é o próprio aio de xw nvivimenle, se prãendfica.
gO linguístico (o que t» caractetizaria como
representativa só pode efçriiar-se vinculada às drcunstànúías individuais Observe-se que a funçtio indcxlcaJ implica aqui algumas caihequèn-
de rempa e espaço que envolvem íi existéticia do seu ubjrKj, impregiian-
ctas dc natureza estética: ao representar o
r&mpo real da leitura, o poema
do-sc de indexicalidade.
Os exemplos eirados na teoria co$tumatn envolver noents próprios,
como que .w apropria do ato dc percepção do leitor
— inclusive de sua
dimensão gestual, que envolve desde o correr dos olhos pela palavra até o
pronomes pessoais e dem<uistrativus. Estendendo, porém, o ooncritO
esTrucuras maiores, como a frase ou mesmo o lenro
a
inteiro, podemos eti-
movimenta de virar a página
— para incorporá-la ao sen rido da obra,
colocando em evidência a sensorialídadc.: que cqraclcriza a recepção do
as mensagens
contrar traças de indextcalãdadé, por «ocmpk>t em todas toro literário, ejpcciaknenie a do texto poético. Com isso, invoca um
autonzfercndais, cujos significados se atualizam a cada ocorrência do diálogo com as já mencionadas formas de expressão contemporâneas cen-
tk, Ilustrações
evento leitura, an mesmo tempo era que se «feriem a tradas nos processos de recepção, como a /er/orweruce e O i^fvtsin^.
procedimento encontram-Se tanto na poesia como fia narrativa de ficção t|ZJ
ou na literatura dramática. No conto "Vestida de Preto", de Mário de Na linguagem verbal escrita, e acauequenrentienK na lireiarura, esse
A
segundo grau de indexiedidade coincidirá com a noção ampla dc
Andrade, o narrador comenta, a certa altura "pela terceira vi-z fiquei rS> re/eretr- E
r
*
cm, que se observa tanto nas conexões internas dc um
rarrecido neste canto"; " já nos versos iniciais de "Fragilidade", de Carlos texto como em LI
suas prajeçóes cxtrarrxtuais. Ao conjunto do* índices que nos orienta

irHElGtV
Drummonsl dc Andrade, lê-se: m
quanto às relações entre as panes dc um texto pertencem, por
exemplo,
Íjw wm í^wms roo amlmv as rubricas com que uin autor enumera ou intitula os capíudos dc um,
rm jwrçp elcmítriíp smulfi— inatt^atL.. romance, ou os elementos liiignisiicns de coesão que, tio corpo
de uma Á

narrativa, ião nesporuáveis por indicar a retomada do sentido


de oumi
Essa ê também a função exercida pelos recursos visuais no puema
“Rever*, dc Augusto de Campas/’ que consiste na reprodução dessa pa-
lavra-rcma no centro dâ página, modificada apc-nas pelo
das letras £e Á na última sílaba. Esse aspecto gráfico
invertido
incomum, auxiliado
passagens, Esses elementos atuam sobre a nossa atenção cúmo se fossem
rc-mi indica ndo a direção que devejnos seguir em cada
passo da leitura,
sinalizando o diagrama lógico do discurso. Por estabelecerem conexões
AFLKP
"'= Aií UAUJE, Miria
DRtMWOND
<iwm >VnM. IT* eJ hb tWfciHur.
DEANIJHAÍJh.Cirkn. Pjtt *-£- ttí.
' CAMP& Augmw dr. Wrd vUm
1'^ibi?, 11W5.

W3JÍW 1«d. GíIí-SP: .ãíMA M3i


eom objetos específicos (os eventos perlinenres à enuncinçáo), tais dt>
mentos dc referência podem ser considerados como signos
indexicois.
TEfJáICA
Apenas uma advcnfocla se faz ocoessária neste ponto: qtundo tratamos unia mera COnveoçSo do gênero, ora como expressão de estados subjcii
vos viwenefadcis de fato pelo autor, A perguma a se fazer é em que
ik cerras gíncros literários, não é raro encontrarmos situações cm que D medldu
aufencia desses índices, ou mesmo o seu empru^n ambíguo, com função um pronome pessoal, tuti nome próprio, uma indicação de tempo c du
invertida (como fatores de desorientação do leitor}, participam do efeito a lugar devem ser lidos, nesses casos, como subiu ditadores. Há situações
M em que apenas o título do icxta, uma delação ou nota
wt produzido na recepção das menragms, acrescida pelo au¬
tor carregam referências conrcsauais, as quais, no enraivo,
acabam condi¬
Já os índices cujos referentes ião externot ao unrvtfSO ficcional de¬ cionando a, leitura do poema, como vemos neste conhecido excmplu
de
sempenham função bastante problemática na semioseda obra literária,, na Manuet Bandeira!"

medida em que a ficção assim como uma maquete-, um sonho ou um

cálculo matemático é rcprcienraçáo de objetos virtuais, que não preci¬
sam existir qtundo existem geraimeute são empregados como referên¬
e
PazMtfl para Jirimr /.halL:

conduz hoje ainda ficía tstwa


cias ambíguas A consideração dessa espécie de indcxiral idade f Embora a tnanhã}á gitiveme cn-ançatfiri.
j referência
inct- travel mriKt ao problema antes formulado; de que modo Chovta.
Chtrvia Wú /ruiu càinw df
fe¬
a eventos e arcunstâncfas do mundo real se incoipora à setniose do t?o»m contruiia t mmM>h ao color Kmfmluostr íAj Zir >f fc.
aqui £dr>5rj me IfVMfSi,
nómeno literário? Evldcnremenltr, não é nossa pretensão explorar debt o ftif? lyuu cu «WJíric pi rpui ur
radas as consequências desse qucstionamrJVo» mas apenas situá-la no Fh'f^or rucdcrrifi rHn-amcnff, q: cru.'r uin L'ffflrro a //rjrrcr pcnrandí> ..
sobre o modo de representação indexical, J.imiia-
-t himtldfmenfc pattrantiú na vidaj. wn miilhcrtj; untri.
,. > centra de uma reflexão
reitto-nos, portanto, a retacírinar algum casos que ilitsram
o problema.

LltEíUJ
Observe-sc que a delimiuçãu da inicndonolidjide tio discurso, mani¬
I festa no título (hsò para"), acrescida da menção a um nome prriprto. Im¬
Uma das primevas questões que nne desafiam neste tópico é a da vo
tha dicotomia entre ficcional idade c táctualidade das dscumlândas que prime ao poema certo efeito dr árcunstoncixlidade que passa a envolver
lírico, uma ver que o discur¬ litrtto seu o destinatário quanto o Mijeiro enundador,
certain o sujeito que se expressa num poema bem como a sinu L
«
como ç^O de ambos no tempo t no espaço, na medida em que o |niema
so cm primeira: pessoa costuma ser tomado, nesse contexto, ora
Q

figura A
ser endereçado a um iim-iíoLutor individual, conm seria, por exemplo, U
C-
H
I '
caso se tratasse dc uma caria, Cansequentemenrc, eis signos responsáveis I


TSruJiin; Mds irudiu firuetic*i<4^ >» «bvii tail
Morun&if .-
j

A faCíJÒ? r*
-
XAiSí ffljtlimw Ai Cf.
„u r*hvi ilr Lmi- C jirol r.v.
S<i| H. WnCllld fíHímuc it MftMw Jr fxifas coordenadas cronológicas e espaciais do discurso podem ser toma¬ J
L

HlItiM
Fút.i-j/^rrr .1 nt Sfcl Puilo: ÀriaZÚJiM, AM.,, p, UM 121. das como referências à ocorrênda de everttos deterutiruidos. Assim, .sem
ra npcwrtxla, cf- -u cumpria* peUUmi? .k^udfe dt
'' SJxc i JúrirKin tnrw íijeKisia objnm JuUdidw
twraúr.V c riirtr Júudúu. km ã mirar jrfjJ Ar npur, Eliuklh Walfliri-Btru#
rjv

.bnlinUM rtn [i.l


prejuízo do sabido poder que possui o poema de atualizar-se c multiplicar
jtU diHif-tbdrj em dinr^iii dt.ftti mwãdku de
pr^uTú sobf* n luutti:
kKilmrxif to.«ibKTrm» — p*eikul--nin,ic tw dnenu nu wiiddos, a locução "quando hoje acordei" passa ã ser,
rrtílúcra do aur i pikeer«
ailzi lit mmki raiana bifid" dfbii
atires de qualquer
idtrljU. — n újpinquf Itprru-ni um f4>£tn imrdialu uxao 1rró« que
pnUMOt wwr. npdinltrri « mira interpretação» referência ao dia
njnfú rózi m c dzrçpldo. ponpç exato cm que esse “eu" que escreve

ÍEUlÚTt
C pmvndi OU extern ligne^ iSIu 6 sg|in

. pde rcpluMnritl-t u.ihjcco djnjiiiUu, c,«ITHh um, jjú. nln dwin^e^M mn 1


<r. jijr> tda obf-ln fa:»
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ONU uw» tmu» pIÚptKH ntliu». u4n«
rvprewiMJ^ Jo d, pcnfpÇlO, Gnnun pui «Hí. KT
tuxij

iia .U™iin 1 túb*" lm TAl


prraenw ip.-nw n-n idgno dl c^-u r D:ÓM Oix uhtmc» quc um liput
d •
J'jiirf. Brupeil -i. 20(0. p. TJ ÍU. .MíuiucL Op i^Li p. 2'3.
TJlJÍK BFNbt L.aJxth a rnnr pif.if J/ I -.VU. I. M:.

' ll1
1 II
dedicou ao amigo Jaime Ovalle o poema que remos cm mios, da mesma íWfrríp aJo, in-iMinhie? woMrfí Jr tUc-wwhi™, íflfrrtúurto WJtpfeh^rtCTfnfe'
Jr ."iríatíi-x wumfc vw r rríwicío.
forma que uma expressão como "pensando na vida r nas mulheres que ílíôtu í*r /flev do Jau pwÀu- .

amei" adquire aJi cena conotação autobiográfica. Hmm nattireía indrxical


Não Se afirma com isso que O caminliur do poeta entre os escombros
não é suficiente para acrescentar nem subtrair valor literário ao poema, O
da cidade arrasada se investe ali de foctualídade, mas que o próprio poema
mais importante 3 sublinhar, ttat;i discussão. é que a perspccriva semióti¬
consiste nutn gesto discursivo de referência aos aconteci mentos de seu
ca náo se encerra aqui num menu exercício de classificação, mas tem o
efeito de recolocar o complexo problema das relações entre literatura c
tempo — gesto esse só identificável pela reiterada apóstrofe centrada no

realidade a partir da reflexão sobre os mudos passíveis de representação.


índice Stttoignitiiú
quência dele.
—tornando-se com isso signo de um evento c conse¬

Os exemplos que seguem pretendem ilustrar as gradaçócj que o Esse mesmo gesto será retomado dc modo ainda mnis evidente pd!o
componente indexical pode assumir rui semioae literária. No Poema tie próprio Drummond no poema. WwwnrrgeM, em que o significado ape¬
rift foca, de Drummond, o 10m figuradamente biográfico c acionado não nas sugerido pela expressão "^ihAíAffíífl" se esclarecerá pela coincidência
só pelo ew elíptico do primeiro verso, mas principalmcnte pelo recurso ao ite serem rodos os nomes próprios listados referencias a escritores (poetas,
nome próprio do poeta. romancistas, filósofo) suicidas.

Qjutf/i Tifro. um ^njtr Mtte,


Dnsri tf W íitfjf JoWÀttfJ Humetagem
Dirre: Iju, Cdriv. yníri 49
A*z Ji ievttfc.™ YacteJ l.iriffea)' WrTCrait
Entretanto, essa sugestão vem aqui diluída na acmosiera pretensio- £04 Cify^ BrJívr BmjavJtn í taora Aawm
Virginia Jtríviy
samenre mítica íc também mística) que cerca esse sujeito c que, somada
ííMJrtnicírc
ao caráter burlesco da profecia que Die teria del in ido o destino, «rnlere
ao tcxro urna nítida intenção de paródia às narrativas dos heróis c dc suas a Jiw dçwwt «ó,i™ =■
taHTPr «jaw ntc&iimwi
origens, conirasuildo-as com a figura de um eu deco aparado, fadado ao a dfo a Atra o gette
ci

fracasso e qtsc, portanto, irada pode ter de semideus. O senridn alegórico v Averá o
arte-
decorrente dessa alusão acaba, portanto, por enfraquecer o componente SOi'l/fiVj “
UJ

indexical da mensagem.
Já a íatrtu d Sid!iMj>tiida, do mesmo autor, assume plenamente a cir¬ Neste aspecto, os dois últimos poemas citados diferem sutil mas de-
cunstância histórica como rema, cm toda a sua urgência e sÍ3igiilaríiíadé: terminantenicnrc dos anteriores. Naqueles o gesto autoral se ciraetei i?a-
rransfigurando-a apenas pelos recursos retóricos empregados, Não liá rãa mais jujfamente como a apropriação de elementos contextuais para
como abstrair da leitura o lato de que a Varra em questão alude ao e-
5
itixcrevê-los num discurso em qtte prevalece ainda certa in determinação
vemo da resistência dos russos contra a invasão -alemã num momento (ou generalidade) típica do discurso poético. Dc fato, talvez seja possível

histórico crucial pura os desdobramentos da II Grande Guerra. ‘ DRL11MQND DL CukM, w.. p. 420.
dbwrnlr gWI? de inde.ócalidade decorrentes do emprego -ele nomes pni- O wtw nthme e Snrna^.
ndu irutn autiv de pbl.
pritis de lugares ou pessoas, conforme a maior ou menor influência desses
indices no sentido geral de cada texto. Vejam-se, a propósito, 0« efdrm Mas cie logo reconhece que o nome próprio, desgastado pelo uso
di.ciinws desse procedi mento num pwma de AugUSIO dos Anjos, Irequente, perdera essa função, tomanJo-sc incapaz de apoiHw para um
íJujjrrt £ embaru .? áiir 0 rt&nr. referente singidar. kso porque, |Mralda«ictHe: us objetos (indivíduos)
por
Em Engenim Pare d'Arts e muita trine.-, de represemridos rambem são idênticos. O protagonista empreende enrão
Mjs irffmAiir da ivírzrw iiãã c<iite
uma primeira renrariva dc resgatar a especiík idade do referenre
Fftifiv. n^rra rjtit ft &f equipare?. . (que é ele
mesmo) c, em última análise, a
indcsicalidadc do signo, acrescertrando-
e numa de costumes como A/tWraj df WK MrgfHta de milicias,
narrativa Ihe ati ibuto.5 que se vão acumulando numa crescente delimitação
scntàn-
’que explora cerra ambiguidade entre a indefinição cronológica típica tka dos nomes ptóprios de sua história (“... Severino/ da
Maria do Zao-
do conto maravilhoso (*Era no tempo do rei..."} c a minúcia realista do
registro histórico, evidente no mapeíimcmo do espaço da cidade cm cujas
rias,/ lá da Serra da Costela..."')

tarefa que se revdará igualmente im¬
produtiva.
ruas se dcsenvokurá a açáo.
Cum? /w muitos Serrnnoi.
Cma das quatro tnfuitiat fomtnm jr ™.jidn (.iutidor e í/Ut r at/itv de tvitMna,
etrtfltidut d/tfíttri eniÀo de fne ehtim<u-
til QuiMMÍ<ff Mmwte. ihamutm te nrtte
U»rfH> "O anilo doi mefri.nbvs ’. E MUI Hv Mifntwi tf de hiari»;
51
nome, porque era ai 6 /mçwt dr rliCtntm JtfiorÍM de- win as tvm bd >nu)tvi Setrriui»
individual dew ííenr (que gOiOlt íWrfí de nwii tam miiet ih/i mudai , fiaria, J

Jl
cvmà&mpbd /itjwei tender o da Maria 1
R
dafirnuií ZdOtriru. í
I Mas mo ainda diz /muffi;
1

Para uma última ilustração do modo expressivo como a indcxkali-


E
1
firimuim) nn freguada. 1

L
dade COstuma SCt explorada cm retros literários, considere-se a trajetória f or casna dr um coronel K
F
I que perfazem 0 sigjlO “severino" e suas variações 110 poema dramático que ff chamtru Zarjiriai â
e que^J o maii anfíjfo A

A/flrrí e rrxí/ uvctinu, de João Cabral de Melo Neco. '" Toda a primeira senhrf deita eetntarM,
U
G
H
parte do poema consiste muna auto-apresentação du protagonista, anun- Carni ntàa diaer tfwm fail I
L

ctada pela rubrica "□ retirante explica ao LeitOi quein óc J que vai’. Co¬ ora a Ifantí SeuboriM.ê À

I I'rfams: ê o idfftino

SPLltJU
mo era dc se esperar, o primeiro artifício a que o pctsorwgcm recorre para da Maria do Zacarias,
I Li da serra da Comia,
isso ê o emprego de um índice qu-. a ele sç associe imediaramenre, como
I Htnitrs da í^ertiba.
uma marca que o assinale.
I
Mat im ainda dts poura:
t
I
1
ALMEIDA, Minizrl AntArtfo dr. Mr.v.riM de uor .JyWJ .te Militai 25
MU.O NErO, Join CihrJ de. ftfiw wvpiftri IMIMÍWi Ri» JwihrK
Motile, 1M&-P 2MJM.
510 PaukF A>>X», I5%-
N»nul Una il±
te ao vwiMir mair áneo liati»
iiint wíjiw de Seiarmo
/d/w de lania-, Muruti 5EUIÓTO
I 'll
L
ih.'iiJwit. fir wins sanm. índice ao leitor (espectador), convídando-o a acompanhá-lo no itirso de
/j jÍHináu. 2jAwto,
i rtzuais ma rmrinfjj mra
sua viagem.
e Muds W per nt rf ms
Mtr, w iTw/sífJíh'
rrtethor Vonaf Senboriar
Conrrariamcrne s sua tentativa de individual izar-sc, os nume» pró¬ e meihçr ptnimm seguir
des- a hiciária de minha rida,
prios, que deveriam aruar como índices, vão sofrendo um gradativo
^ano v jrr í Seremo
|iK.::tntenm cm direção mu domínio dos símbolos, à medida que são em¬ que et» MM presença ftnigra.
Zacarias",
pregados no plural; ILSeverinos*, “Marias", *oucros cantoi-
A de índices genuínos e subindkadores, será Instrutivo
projHjsrto
passando assim a designar grupos e a conotar generalidade cm vez de
Confrontar o procedimento que acabamos de dcJCttver, que consiste no
singularidade. A part it dai a condição social é identificada como o de¬
também emprego de um mecanisrtto de referenda linguística, com aquele que
mento fra nsfigu radar, que age não apenas sohreos sujeitos, mas
viria a empregar o cineaaw Steven Spielberg em seu
sobre a própria linguagem, dviemiinando igualmentc os seres eos signos premiado filme A
tina tie Schindler (1995), na célebre passagem em que a lãmera
que os representam. O auge dessa distorção está nu iransmuração do
no¬

me próprio no adjetivo com que o retirante define o modo de viver c de


morrer a que se destinam todos oh .seus pares.
acompanha os passos de uma menina judia vestida de wrnielho
demento colorida naquela sequência

ártico
a caminho da morte num campo

de concetti ração.
52
7 "U £ ar sanfat $evermr Também afi um índice é empregado para emprestar individualidade
ignai) rf» sudo nd rrdJ. 1

BwrreMMi df tnam ifitai, a um personagem em meio n unia tragédia Coletiva. Porem, os 1


recursos 1

1
mesma HfcHtf j/umra;
visuais do cinema propiciam nesse caso o emprego de um índice genuíno. ?
1
que i a muilfr de ymc se mtí/rvf J
ti: I'dimT amw dos trinta. Esta é ao menos a interpretação que se deve Inzer na medida cm que o 1
1

1
de mhortfUiA ,iHtei dos tVnrr signa lva colocando etn destaque um elemento no conjunto das tniagcn.y, s
M .MH? ywr dia j

tem afimçáo de direcionar a atenção do espectador para a (lersonagcm, 3

(de fasqueta c df doença >


n
/ que a mmrir MtvriM como se dissesse "repirem wííji mefrina cm particular". w 5
h
era quJkluee idade,
Ijiaea
1

»
t gff gente nfo ruOfida/.
T

- i
v
0

Convencido assim da impossibilidade de confiar apenas às palavras a


Ç
j
I

de distingui-lo entre tantos Erverinos submetidos à mestna sorre, I

Ífruiçio numa última e decisiva tentativa de idtnúfíair-w, o retirante apela para a


yinctílaçãO do signo verbal à si ngulai idade de sua presença física. Recorre
r'N10 t HU. KJTllíh. J ruoU"- >|<V

li bóliip» in-f nr' i:c.parpjn rd Klikr tm


à? ni nir?lllt Orta, ipqrrdo fl/cinuv pir runn(jl', UIIU
Mttfagki Ootnk>?<nm u '■'cnydnu remrçut dtr«u4? no talunuit,
qil.: inr^cin cm pcdn i hriWCO Mlí
*
p.USAd« lL ilirrMikT- bihU Limm in mi Cúni|i3r=rnr He |tpcot;T.,vii> fariam],
^níra nem qiuiidu Liinisteruiui
IsLmLuiuamrnicl »
inqujmo 4 imi^m nn i»r^
r
>
1
1

1
n

para isso á sua cõtldição de interlocutor itinerante, que oferece corno


«c ídEUXdi.a úxr n rmço pMcnr, quE í IkHbès -n plaw dl íolidnlr
tMfkl m.
1

™n« IC41S <ti 'uliKlMSIO. NcMc uhiinn <42,,. u. cuvn tftiiieIKo iki ún£j
Sprwn m MÈIEvI- N

..
Imu, .-'Vlfdu >u jinvmr (OltUi
moni Utftu im de llgUllLi
mldiio m lUeAú i!:l> r.rni hlSZúliu» jli rerm^dú-- un
I

quesrionamento estabelecendo três subcategorias da iconicidade, que


exempldkaremos a seguir.

XL ItOniddade irnngétifH

As /magrrtf são ícones que reproduzem as qualidades imediatas de


um objeto —isto é, o seu aspecto scn-totial

, sendo assim percebidas
como réplicas daquilo que representam. O exemplos mais usuais jão os
feB*w50dbMj[lffJ}
de uma maqurre, pintura ou escultura realista Na literatora, é imediata a
li j
associação que Fizemos com algum ha experiências inreisemióticas. como a
das dustraçúes que se integram às ohns e traduzem visuaEmente o que
dizem aa textos, expccidmenie na tradição da literatura inTinôl,
3. A ênfase r» modo de representação iconics
Elliretanra, apesar de o termo sugerir visualidade, ele jxxJe
estender-se ans signos dc- outra natureza, como cu que sc baseiam na
Antes de exrmpiUkarmM o trnpicgo expressivo da Iwniddade cm
que exige sonoridade. Desu forma, nãn apenas o aspecto gráfiw dos textos, mas
ÇCKT05 literários, hit urn potuo cm nosso comentário
também as oitomatopéias c todos os efeitos rirmícus exptcvtivDS
esdarccimenro. Diz níspeito à distinção que se deve Fazer entre um ícone
codificados na linguagem escrita seriam exemplos de icnjiicidadc
pura e um signo kjfinico. Um íçone pmxi só pode ser pensado
como
iconjeidade itnagética. A propósito disso, consldcrc-K 0 poema A voit do csjravhJ",
qiiJissigpo (pura qualidade). Com efeito, a optrlíaicia Ja
f

1
*
mats um exemplo colhido da obra dc João Cabral de Melo Neto/1
que ípreendeiitcM no contexto dinâmico d.ts litogUíigcns que nos ccrcam
1
â
l

ocorre através de signos híbridos (cm que se combinam aos componentes


E

MM m/n'a da f^rra T
J
L

IcAnicDs outros traços indexicais c simbólicos), nos quais entretanto di> /vj/rd ms ifuv v' rtHUtarr
JU

prevalecerá o caráter dc semelhança, isto é, de qualidades compartilhadas


l

Ú
dt riUMn^r ir dfirrrí n ^sraiiJÔ 1
ou rignw
com os objetos. A rigor, esses signos são denominados
U
rfMln mjUW n Ç

iióniivj, terminologia que us distingue do conceito de ícone pura.


H
I

c
r rara qwr jwj,

Todavia, para os propósitos da nossa discussão, tomaremos conto rir wri'aii^ il naral/tji, Mui,
1
ft

subentendida essa distinção, permitindo' nos cham idos evrnluaknente de c-


4
ífiríp 4pe mira e ii naitf fftdít c
ífjtnfi. ,-
I

0 r/ríe if f^Uf. L
H

Sabendo que o fundamento da representação icànkaéa semelhança,


A

conceito, Em
Eis um extraurdinãrio exemplo da interação di' recursos semàmicM e 1
E

deparamo-nos então com o rcLnivismo que caracreriza esse sonoros que é


r
T
unia das- viaudidadea ii linguagem [xjética. Enquanto os
que graus ou aspectos deve um signo se assemelhar ao seu objeto para que
í

H
o dxssjfiquernas como um ícone? Peirce respondeu
a esse 1
Mkl D NEFO. R*I C
E

dt Ç)p. Cl, , p 3£ í
simbólicas, empreendem sugestões oncnéskas, baseadas em supostas correspondências pré-
símiles c metáforas, nu nível das representações existentes. Consistem, ao conirário, em efeitos de sensorialidade, não
canavial, cigarra, jornal c navalha, no
a aproximação «lire os conceitos apenas sonora, mas também tátil, na medida em que surgem da
eixos atltetarivos na sugestão
estrato sonoro do remo se entrelaçam tris articulação dos fonemas no ato de leitura, num verdadeiro envolvimento
as tolhas da CUUL São
das várias impressões produzidas pelo vento entre corporal do leitor com o processo de representação.
saliva, rigarra. sreo, se, amarra, re, Fato c que os ícones de que tratamos surgirão apenas da relação
sons que vlo desde o silvo (voz, reto,
airim, nw. folhar, roa, rc,
esfola) ao sopro inais intenso La-wt, saliva, entre a articulação dos fonemas destacados e o objeto que das
cs/òla), passando pela representam (a waz. do canavial, o ruído da* cigarras, o lamber da luz ou
canaviaL tento, filhas, navalha, nento, folheia, do amante), o que equivale a dizer que a icomcidadc imagprica não
as follus cortantes (cí^rva,
sugestão de aspervra e secura nu atrito com reside, nesses casos, nos registros escritos dos poemas, mas na
dol>r4. jornal, por). performance que esses registros pressupõem, difereiuementu do que
na leitura de um
Esse tipo de repetição não deve ser negligenciada ocorre em nosso próximo exemplo, um poema intitulado “Ao pé da
de um poema, em que o apelo à
texto literário, sobretudo quando se irara letra", de José Paulo Pae*; 4*
todos cw
condensação rende a recobrir de significados praricamrnic
analogamente, nesre outro •lho por *lho
recursos utilizados. Não i por acaso que,
que elas de te por de lo
exemplo, de Sérgio tie Castro Finio, aflrma-sc das cigarras O poeta recorre aqui a intervenções muito simples sobre a forma
escrita do provérbio que enuncia a chamada “lei de talião". As alterações
tjfljyotiiin 57
56 vidros consistem na substituição de urna das letras o |Ku um círculo ebrio, na
moídos. palavra ot/w, c na supressão da letra n da palavra dente. A escolha das
J

X
I

O crirral dor wrâa. letras-ícones leva em conta sua. feição tipográfica original, cm que se A
R
E
insinua certa scmdhança com as forma* dos objetos representados, No F

Cjsrm Alves, um sujeito-lírico mais


E na conhecida estrofe de
I

primeiro caso, além da forma circular da letra e, que podemos associar ao


tenra atenuar um
ousado do que a média dos sujeitos-lirsco? românticos
ímpeto de erotismo atribuindo 1 luz da
alcova, personificada, um desejo

que na verdade c o seu, enquanto a própria


denuncia na mimere do gesto sensual.
articulação do verso o
desenho simplificado de um olho, o poema explora a coincidência no
feto de a palavra olho possuir dois w. Como há duas ocorrências da
palavra no verso, cada uma parece corresponder a um par de olhos, dos
quais apenas um se encontra transfigurado. Por correspondência <om essa l
IHÇUAGM
A

primeira configuração, pi:ii: i n, . :ar tgualtnente de certa semelliança «


A frouxa fee lídiaMonr Ampuda A
d1 í

Lambe. voAquunsa. u-í KHS cnnmmui.., entre a letra h e o contorno aproximado de um dente, embora a sua I

L
P

ausência rui palavra seja o recurso mais significativo nesse caso. Dois con¬
em casos como esses, os ícones que se
JI

É preciso sublinhar que, com


do arranjo dos símbolos não devem ser confundidos
juntos se dispõem assim no espaço gtifwo, figurando rosios a que faltam,
desentranham

‘ CIASI RI.I PINTO, Snfjiú de.


(J itj.iwJ Jp- iwnH- potflZH rwdbdux Si.!
5 cJ Rb r!r jutim Nom
PjmIc-
V^uíIai . J^ii- p I —-1-A
p.
icspectivamcurc um ollm t um denu, Conhecendo o àgnifk ado cultural

" 1'AHS.Jno' rude /Svju i^h^Atj. £ú> Ccmpudi.* l'm Lrau, SÍWk
5írflÚTH[l
11
IAS L RO AC VFN, A F if.
nessa simetria cU mutíLuçôcs A 9U daçãorifiiol dos gLudtadctta ao imperador romano antes de
da provérbio cirad<b não é diííal apreender urna baralha mortal CSalvt César, os que vão morrer te saúdam") c a
O teor de ironia que aqui se projeta
sobre a sua lógica da retaliação, Note-
it íeirwa arravés dos aspeoirt so- primer» c mais evidente niitidi de que parte o pôemo, Essa alusão taiu-
se que essa dcsconsrruçào nãosc impõe
reproduzem o conhecido bém c o que nos conduz à ocpeeiariva de mu dkucurNO de rcitrêndia dui-
noros e KíiiinnctM do ptHzma (que afinal apenas gido ao seu iiirtrlncuror. hipótese pprém dçscjftadí 1*^0 que a ãpórtri ifêr
dc sua composição gráfi-
adiiflio); t in emerge de um ícone forjado a punir em vez de César; invoque Cerro "céu de mentira", não apenas sc desvian¬
o dogmatismo- que a palavra
ta, cujo efeien humorisrico vem subvertei
do da fiwma original, mu também converte ndo o cumpriuRino ent pp-
suromarizada tenderia a perpetuar. vocaçâo ou oscámlú, sem ton tudo deixar de remerer-noa, ainda que iro-
itnagéika, cr efei¬
Em nosso terceiro e úklmo exemplo de icunicidade
to d* similaridade entre signo t
objeto também resultará do acréscimo dc iã<an en ru. á figura df Uffl juiv Implacável, Mw:no invertida ou parodia¬
não se trata do iipmvi iia- da, u«í juim.ii a matriz é O qnc Inirodu* HO poema o Tenia da nsprír Aw
informações visuais ao texto, mas nesse Caso
mento da tiípcigrafia do* caracteres, e
sim de dementos pttrcncentes ao tombai^ que e uma de suo chavK de Leitura. Só na$ últimas linhar 10
ribuiçã» do texto no espaço
leiaute da composição, «imo as coirs c a díst nus djtparannoS com a expressão "porta monturo", ê que iws siniamos
num raligrama, ao contorno
da página, cuja Arca impressa obedece, como ilinjite dessa lula tcniitrLíada. que então percebemos set mctufórica, pois
Estamos falando do
definido de uma figura (a princípio enigmática),
poema “Monturo”, de Augusro de Campos, que
reproduzimos na Figura ic rtaliu na sutíia tetEtíca da própria hreranrra

em vest do gladiador,

em ljuc luto o pocra,

1(3.
Tsbíz pi>r h trataf tie urn Com bate, D e-spaço do pnenu tatá pnJuri- 59
rado enrre domínios Km^ndcos itUMndl^fvcIs a m<tadc superior é ofu- I
¥
pada pelo 41céu de munrira1', Evnbém quaEiflcadn pelo tHrimom "prerertoe r

&lkp

t
t
D&| liei do passado" um tempc/espaço sempn tj’iinJ u si mesmo ç qiK « por a

muni 'fu
]

pr^Snn Isst? dcideiibarfo pebt su^ito-lírico em seu gesto irônictu fl outra nictaile 1

th* p^kSSn d ।i
se reserva au “céu dõ futuro que não tugar derejive], de onde o

d ii isti a «In
tilais
íjE' ।
ii A"
inti n i n-
0 puts t 'I
mnri l uri*
pMTA, .lind.i imnju!i"j, j í St antetipa num paradoxal cumprimentei pau
mwsem auí seus cnnn;m|Wtáneo*, Se pudermos tumor o rigno rnt nesre
caso, tomo repre^ntação du
cs-ncra o poeta,
glória prtílurnft tfiisa úu dutadaurti) Que
a mensagem aqui anunciada é a do Itiunfo do pocH-
r
Momhi
[ti gladiador sobre os valorei estéticos d<i seu tempr?, um triunfo q-Ue RÓ JK)-
defá advir da Conquista da verdadeira posteridade, como 5± numa ^aría
+'
Fq. 10 - 'UiLTtJio' - Aujwh h Cnrapw çíil mMfetna dã tópica horaeiarja do exe^i mfltihnjffilttm, originada dos

CAMPOS, Aug™n dr. S^ePrtv Iti^u^ ruuJ, p- 107.


VSSOS que aqui reproduzimfc em tradução ik flarolilo de Campus:

41
hi: AOdhlAR, tiumÍRJà. í-irjrj r fepr-iiTrawH! dp-fj zmuíc Hsini-~nf mm pri^Ffiçii C5I JKHFl
Edapi
tiuç s
I

A resposta, ou ao menos parte dela, está no dado dc que a conligura-


.Vf aii pçrcnc que o htnnze um nwiiiuntinii.i
ergui., nuis alto e rtgln que pirlnikk*. çio visual dc “Monturo* evoca, num contorno estilizado, a imagem da
j.5

a
nem o roer d.i ihuva netn
csrela sobre o túmulo do poeta francês Stépbanc Mallarmé, que podemos
dr Àquilo 0 tocatàú, xunpnucO O tempi
ver reproduzida na fotografia afaixo (Eig- 6), t odavia, só através de al¬
ou 4 sírk Jos anos. imoitsl
em gjandc parte, a nwne só tie um panou gumas conexões intencxiuais é que se enconrram argumenros para res¬
de mini se apwara. Que cu scmprcnova, paldar essa correspondência. Djueminadu pelo texto (e também por
xaesciilo em lúuvnr, hei de dtawr...
tuda a obra crítico-criativa do autor) encontram-se marcas do diálogo
0 ícone vliual dc "Moriruro" mantém
uma complexa interação cum sempre revisitado dc Augusto dc Campos com a figura liTcnvia do poeta
verbal, a começar por sua feição fraiK^s; MU mjgativida.de associada ao fazer literário, a imagem do poeta
esse aspecto alusivo do seu componente
ambiguidade discursiva do texto, espe-
um tanto obscura, coerente com a cm lura contra os valores estéticos do presente, além do tema da saudação
sujeito da última omçãcn “o ywf-
ctalmcnrc a que envolve a identidade do (co¬
irónica. Somado a isso, o aspecto fúnebre da composição (letras amarelas

ta mvrrtNrv te Amid ".


Nda, uma terceira pessoa verbal c empregada sobre fundo prero}, que poderia jUMificaPsC apenas por cucTênda com o
romana} em lugar da primeira, pudendo can¬ título, alude a um gesro semelhante do próprio Mallarmé; a homenagem
mo na tradicional saudação
(leuj o /«W
to atuar como apóstrofe do próprio sujeito enundador póstuma diante do túmulo dc um precursor. Não são, portanto, casuais
declaração acera de
como também contundir-se com uma as semi I hança« temática c imagistica de ’‘Moriíurn" com o cúlcbfr som- 61

——
MtfríÉwnA..’’)
saúda'*). A quem se refere, afinal, a figura lO-eplráfio dedicado a Edgar Poe, em que o poeta mono, tendo cnfrcim-
'*< . outro personagem f‘[ele.„] re 1

céu do futuro?
morro (c sempre vivo) que nos saúda do
1

desse poeta do a hostil idade do seu tempo como uni “anjo que urgia f um sentido 1

R
A
mais puro Is pdítvras da tribo °, Sc cu n Funde agora com a própria Eterni¬ i
E

T
dade, permanecendo, entrei ama, o Sfu túmulo como “eterno dique i aos 1

voos da Blasfêmia esparsos no fijiuro", M H


E

Ç
A
u
3
H

12. 1coalddtfd« diagramátita


I

X
n
Um íúiigmj/M ê um ícone que uá<i pmsui .stmulhAnça Imediata com *
í

aquilo que representa, tnmttanro, as relações existentes entre as partes I

L
P

que o constituem são análogas àquelas existentes na esrrutura do seu ob¬ A


A

jeto, Eríquanto uma pode evocar ura objeto pelo simples reco- I
C

r
k-ig.I1 - ’ Õ
I

.M
r

Ih.ANlT'i iS, Ai^mn;1ÚAMIt B. 1


l-jríóin. PKrMAJ Aíf, rjõíJD. * Cin0«a ímrn,>|J.L11 poinçuiu d-, poenu 4lr JMIÃzM ^£4^ É J«Hll lit dr Auj;i>ln Jr
' PíiHfndbi DfcdiiaJM a Dêdri Pi^jwirL tufo* C?p 1991. r1 fij,
Siri t* Juki: PcBpcnjíi, 1971, p. 196
.!. rH
1'
I
tjhccimento de suas qualidades sensuriais, o diagrama exige um esforço ainda associar à maior ou
menor quantidade de informação gráfica as
rdadvamenre maior de interpretação, configurando assim um segundo variações dc intensidade dos wins
representados. Nas histórias cm
nível de iconicidade. il rinhos, por exemplo, os qua¬
ducnllbtas costumam registrar gritos e roídos
Exemplos corriqueiros de iconicidade diagramática são, entre outros, uun umanhtu de letras maiores que
o normal (ver fig. 7).
um mapa on um gráfico de barris. As linhas e cores bidímensionsiâ dc
um mapa cStín longe de retratar ficímentc as paisagens dc um país, mas, /'Sf d -• /
GOnsidaando-se a escala em que ele foi desenhado, a distância entre dois
pomos quabquer no papel deve ser ptOpordonal à distância real entre os /5//
dois lugares represenudos , Já um gráfico de barras jwrmite comparar
grandees diversas como, por exemplo, as populações de duas cidades,
através da diferença proporcional no tamanJin de duas formas retangula¬
res, embora em nada roais cias M assemelhcni àquilo que representam.
Por isso, o diagrama foi chamado por Jakobsou de " ícone de relações
inteligíveis"?'1 Assam compreendida a Iconicídade dLagnmiática, de que
modo podemos conceber sua manifestação na linguagem verbal c, cnnsc-
Fi». I? «ífayj WCTt^.iífDrari^iHrDjhDS
62 quenremenre, na titoarura?
Já vimos que, tonudas isoladamcnre, as palavras pertencem, em ge¬ Sabendo çntào que o diagrama associa,
por analogia, processos de
ral, ao domínio dos símbofos. Contudo, ao combiná-las, podemos cons¬ aspectos tensoriais discitiUM, produzindo
uma scmdhançu de relações,
truir diagramas, isto é, analogias entre a estrutura iúigtilstica ziedonada c não é dtBdi reconhecer os modos
como a literatura explora seus recursos
aquilo que queremos representar. Ao descrever os signos icònicos, Peirce visuais e linguísticos para construir
tfta espécie de sinesreda que
chamou atenção para a existência de ícones que sao auxiliados por formas nicidade diagramárica. Na elucidativa é a ico-
leitura que fez do conto Berenice,
simbólicas. Mo sistema da língua, por exemplo, não podemos escolher ilc Edgar Poe, Decin Pignauui
chamou atenção para a função icônica
qualquer palavra para representar uma coisa ou evento, mas pudemos desempenhada, por uma frase cm
francês lançada cm meio ao relato dc
construir unia fra« mais longa ou mais cura, ou alterar a ordem e a du- língua inglesa, na medida em que
st associam o aspecto
ração das palavras numa frase, com ui finalidade. sentido que ess-j frase revela.'1 tipográfico c o
Na leitura de Pignarari, o que parecia
। Tambérn na rdaçãu entre escrita e leitura há um fone componente apenas uma ciração entre mitras, ser
feita cm língua estrangeira pelo
diagramideo, na coincidência entre as posições que uma dada informa- e culto narradar-pcnsonagein {há estranho
idi também registras de
çáo gráfica ocupa num texto e a ocorrência de um determinado efeito tim), traduí-.se numa frases em la¬
minuciosa elaboração de sua monomania-
sonoro (fonema, pauwi, entonação etc,) a ela correspondente. É possível Justa-
Ii£ípg tfw hnJtfrfaBjwmwl 11 mmJ
CF. jAKOBSON, Romin. A p«<,iradi ruéfzu ó linpjt.HD. In: Ci^nir.’»™ r 15 ^d, Sj.i j HVWiiW7fWli fr rh m»m.v

Ma CJwfe, 1995, p. 105.
i
^ITú-k^-x
* HGMA TA XI [feia Q|k ot, 72-??.
v.MUrf-V-Mi.ydMmhIria k-
A principio, a frase é
ambigua, mas quando
você pensa de forma
de que ford
men te ua frase cm que Egm sinretiwi । obíenân mórbida
sr rwtf fofljrj Htnic rictdo emianda 4 gmte rin-
análoga, ela faz sentido.
de„,”
0 código escolhido
rcpasnrinamcJire tomado pdas dentes de sua prima,
caracteres; que totftet Em outros casos, todavia, ao conrrátiú do que ocorre nas
gçra um enunciado formado ]tor exatos trinta c dois repícwnta-
dentes eram idéíis). A frise ções do flux» de consciência, o c-kito buscado éa
ta íímtt êiaimt ala idfo (que todos os seu-' desacricração do tãtmo
atua, (.Kinanto, caniD um ícone diagramíáai
do sarrís-u de Berenice, da leitura. Um conhecido conto dc
José Saramago, por exemplo, rum o
pressagiando 0 terrível ckífccho <L história, bastante conhecido. brevÍMtmu instante em que um ditador é lançado ao chão por uma
cadei¬
ra que sc quebra. Esse instante será procelsdo, porém, por
narrati¬ págiJias c maij
Outros procedimemos tipicamente diagnimátiws no género painas dr urn relate proposiradamenn: minucioso e leniu, dc
que trana-
os proces¬
vo são aqueles em que o tempo e o ritmo dc Icirura mrmetizam crevemos o excerm wguinret
sos representados. Entre os mats estudados está 0 chamado
_iiíaw ou p»r-
mMrdr iWíjríAicííT
na sinraxe

uma tentativa de imitar, tanto no conteúdo como
c no ritmo da narrativa, o rnovinwnnr caótico
das itkias que
/i MãinE cwMi^BN .1 oíõ. d rr jAjiirj,
rigor do teruhi, /1
ff ísmivr.

cn isirern aj <4™ a. fJra, dc uma eadcr'iw wáp w1 dirá cftir Kvt


waj

desaimi Fm seaiide e.frfco, drot/far dgifrfi-


map, iw

isso, colaboram recursos


transcorrem na mente de unis personagem.. Para iticets, e se as trier, por rxemph, ictn apoior iurrass par»
us
(ou a lalia deln), que dita btnfos. fisr-íf-.{ iftie eeidt cairrdii »> trrofos ^1
gráficos e construções discursivas: a pontuado desahasn. Mm terdade
r ía-íp
iÀjjÀjw íAnijíÕ., jíiyj,
Im$cs ou fragmento*. de frases.;
o ritmo mais lento ou mah acelerado das JEMdMb. í* £*jh£w pJ. ^ra jtrãr cair etn mi-
as reticências e os arutoltuos, que carartcriram a
dcscontimiidadfl das nkw propna’. armadtlhai: Astim ticsai?ans iaitr^as, tpo: r
64 jrar wdi&
£firenu dr diui f fner.me, poderiam jfiaai 65
repetições, as i 11 versões, as FrasCJ nominais, os
truticamcntos,
ideias; us doabar frideirtif, ftsfi-ma ffíuí ffáí Sendo? A<> menfo por fiber
recursos em açáo no trecho seguinte, do conto

Ulífin
Vejamua alguns desses dade pofnea? "IrT^ ^t., j^r.^ío iirtsficro de um dizer qne
se proclama estdo? Afeite sf entda que df-^bem
Mvmtíogii dc TttquirdM Batista, de Aníbal Machado: cadeiriis em-
bora >rja preferirei que te limitem J flór, j tauwivv. ,7 ir j-
jd dtST-C <JUf MiM baixu. Dcs.rbe, sim. quem wna cadeira : r ifflAw. jj» nvii?
"A'<w jTTH Z#™1 W rb IMP lW »11
sentado emi, w<fi
rífi Ãj Retij que ssãa qarin me perder e cd no m

WiSTnj.
iftár
tsdfútbia rn h>« T*^uí>«éw &tíúSn T.A.U. nw#KttNffi
iwí
T R Quando afirn-mnios haver, irsscs dois últimas casos, ícem&s diagra-
jMrír rJí ijfTJjr agradecida T. mt u?

/■WK# du Árvw iw aMfWnrvna porta da igfeu MM ir/- ináticus, teFerimodics ao aproveiun-ieiito expressivo. p£M ambos os auto¬
çjr minbir ge/ttf ficar longe dai tetras dc Mfn wmr n/Jp
A6nualtaAiT ir.il me tmtet ttwr erlon qtrase naitv óts r mJo
. res, da seria.l idade que caraereriía. a linguagem
os fonema^, |ulavras e teases (c suas
verbal

isio c, 0 fato de y


Jon ji+^i iranj Inw™ iwW vinda fd apareceu
na bola de tristai .r ncias na escrita) sc de-
CHfflWMHVr

Ciirí (rabie
diitf que par enquanto cír aparece ré pm fia todo
daurada msdarido num Jifluõ .mr/ .-
truts ttt
tÁtjorr fln jDffl^fíWe
olhara de pira peia
quena
r^:
prdnfa r
que

a
ele pawesse
rwperff dt
irem r/ír-V
é pufeádo m-m
cvm aquele spur
Asw-ffom
cada
de me
sedatemes e dr
renvohrerem cm sequência no discurso bem como do principal
to dela decorrente, que é o tempo empírico

tuação (sobretudo de pausas), que reproduz o fluxo


aspec¬
envolvido m, processo de
leitura. No primeiro caso, 0 tempo é determinado pch
ausência de pon
acclentdo dus pensa-
íuvidr
MASCHATXJ, filiibal. MwnSlup d= I uvíiSj. Bnnn. tm X nvnr Ja
íiumóuiarí r^a. t t
SAkAMACO jMt. /n;
own,, Aiihvú. 1.1 r.l. Ri:i d± ImíOtrinpUi, JStí. p TU. MDÍ p u
1

-iirisqni sq*d Opmrjaj nd n M:uade 'opdoEna jud ‘fcuurtUuj sç -KJ J^rF-rkT^m^í^^fõigN 0T3H :ul „

n -mh a SEpnpuaip ma impaans av saossaid kj ms oimq op c/rur..-

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C^uq CT 1U1IESV 'UfhpUU? EJJT1Q a EUift unmSrtip mb S?pOTddK> FT 4ÓU3
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fUi^rii) Lizrnp iaauniTn.iutJi fqidpid sn^ w anb t «QU qad epE43] SECT MMHtA O.X1HA u ipif j
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up aurd rpunâjs e ‘ostj aisad ‘OL^ '1*w
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OTUaiH»! "ECMOíf U1S TÍUtláfip Op EpU^lM» t HHUJEAJasqD TJT^
viuscfUij^
friftteJiuf s CíviiE.uru tuinu ^p

-eppimKH rp uâaidiuí <1 nyinnf ^nb it ^AEpiH sEp^mSy f]E fljnS sub
'fíUfwi jr Aum fir inn j>i(> j

íuíiIj s*™'?™ i>Ktn .>t£ SÇ !^tJ[Eiir íta:i3|i: a Miiuosuas jKTjpMEdurau


mpu to hIx^ Jtnpi c iuu3
jud saumor mi|i \.r -sajij^qiuis aquauiannniiniupwd iod
Arxsp tuir Anifjjtn fl
srirusap jar untiiapod Bptrçisunftip ejpud a Eiun MÍb ap । pf*np PJ
-27^1 iy&Xn\iV! j mb d f Aiinaitfl 3®?P tads E ‘opríiOE.ip OADÍ inn eftd lurip murnb 3
z^npo tgpw-Hlf e-rtjur
-t|ip ui 11 op rpanbr tiOliiap oduifl niumb qEUyy ’-riwpi op cpupi^udllii
'rppf Jf Jrfi p j

vtitrnflfi ,iub sirvJriAjrsr f jEaOAOld luimc urerp soaiTiiTiiSu 1 [ epmujOI 9 BussaíSip be TCU3$?p huso

up EApsíqns uçtf»»d w 9 JFZiicfUi janb W .mb o wod *ftpiliLXKMda( ossri


/ j jwuitw mi « wI(j
rj?i ysiru-ififar,! ^ri vmrr Kf
-Fiíií op c0EJnp ç peyopiudmAap Afl?ur[BiiDErea7aj ? um^f vp udiuai
firr a ryp jr n “usej opuTiÍM oft 'Lj^SFuurjjd ip cptjMp cu tt&pwriv jk anb ecqiduI
livoj Ccrtui/ci™ C reiterado rm todo o poema, a aJtcmãncta entre des lada arris de si, num ardfúio que atenta delibtradamenrc coirra o
efeito
dc realidade que se costuma exigir uomo contrapartida no
resultará nunu distiibujção ptrfeicamenie simrtricu: acordo ficcio¬
nal entre filme r espectador.
’a cavaleira ou a égua" (verso d) fm se r ratando de um-a adaptação cinematográfica, em
que a pra-
"égua ml cavaleira’ (verao I 8) greadio da uai* ativa mantém nAiuralmcnre uma relação
“cavaleira e egua” (vetsu 26) diagraming) com
o flux» do tcxro que Lhe deu origem, a
“égua e cavafcira" («no 32} imagem sobreposta do narrador c
os truncamentos na sequência das cenas
representam intcrferrnciis de
A aliem&nda na disposição dos signos quer equipará-
los em nossa natureza distinta, roas tão bruscas quanto :í%
da am¬ conhecidas digressões que
percepção dc leitor, configurando assim um diagrama linguística permeiam a narrativa maohãdiHna.
dc do¬
bivalência que marca os movimentos da personagem, As posições
imaginária
minadora e dominada st alternam na frase com» no embale- 3.3. Iconkrdode mínfofâo
figuradarneme
emre a dançarina e a dança relação atdlaga à hesitação O signo ieônico metafórico, cumo definido por Peirce,
experimentada por quem assistive àquele mimem. tendido cume repteseriEaçâo de um parJeítsmo (ou n ja, dc
pode set en¬
O diagrama atua ainda como uma impuitamc ferra
menta nos
piu- tisna equrva-
léncia semiótica) que induz ao reconheci multo de uma qualidade
cessos de tradução intersemlática. que envolvem correspondência
entn:
cuiemarogiíflcB de obras EDUta entre dois signos

qualidade que permite a ambos representar um
co-
pK
códigos distintos, como por ernnplo as versões
literárias. Considere-se sob esse aspecto a mais recente‘5
ZVtrtWflW at
adaptação das
Chíj?, de Machado de Assis, O objeto cuja
inesmo objeto. Diferetuemcrile das imagens,
cujas rebiçóes sigjio-olycia
derem proLÍUíir imeiprcrações inequívocas, as metáforas implicam —
tri pt]
uma
necessária ambivalência represenutiv% trata-se -ttn gernl de um
tradução nos servirá de exemplo í um traço essencial do tevro madiadia- signo
capaz de representar simultaneamente dois objetos distinton.
no; 0 cabutióismo que distingue a personalidade do seu narrador prota-
com que dc atrai Assim, por exemplo, quando um anúncrudc
g&nisui, atestado pdo recurso Frequente às intromissões co.-miéiicos exibe a ima¬
gem dc um pèsscgú (e não a de um cacto) para sugerir

uHCdAtr
tonrinuamente para si a atenção do leitor, fazendo
prevalecer sempre » os bend idos que 0
IBO do produto irara i pele de sua consumidora;
ou quando unia campa
gesto dc narrar sobre aquilo que é narrado. iiha ecológica urijpa a figura de um íorverc azul, semelhante
não se li¬
Ao reproduvir esws dcnaentOí, o Hlrne A/e.mfrwM ao globo
buscou efeitos e- kn^ire, derretendo-se, para alertar solve o
mitou a apoiar-se na futça da tcxio machadrano, mas aquecimento global: ou ainda a

mais dc quando um filme em favor da doação de órgãos mostra


quivalcnres nas próprias técnicas de montagem. Assim é que, cm llm que, depois dc extraviar-se no céu dc uma
um balão wrjnc-
prirntiru plan"
uma sequência, o muno Brás Cubas ocupa literal rneme o
da imagem para comenrar uma passagem, ou simplesmente
com gestos e expressões burlescas a uma cena mais picaorc
para reagi'
de mu juven
l.mda dc uma cr iawça todas
1 1 KUCtk
— metrópole, vul encontrar a
mensagens «riu empregando signos
Hor-r fílú Ji "rcpminia^n <k> UFrivt
iv-rrr nurini' i!r 'jq llg» , 3WÍ1 dr xo parA&liiii
rude, chegando mesmo, mima dessas intervenções. a ter imagem
a conge jl|7.-njnUJ uiiu lOp. .ir-, |i, I I7J. Por « rrinr Jc
uni sljllu EfMicn, WKciuIrtnnç q*e u .ta Qlftli
k.|i|r<xjHIÍM> mi Íkkurulrxblc Mi,qullldidu ú-rnpamltuda lVmtlhlul,al r<Mk. O úb^iu XluIlT^Tcmt,
.* ||| r RirarrninM ift mu irdi^ icH ,IU, Cusztlv d-cAcuí-i «n u ubjem: c o Cadlcr
>'

iihhvJú ix.1 1 iwnra A mu qu: e wccm *■ KpreMikAlIm 4»


J3kmT. JMll • 101™- úliHn-.
rt "lV™^ flk Jr
do à exposição nas prateleiras díis livrarias, Esse procedimento resulta
metafóricos. O ponto a destacar em nossa discussão í que o ícone de um
pêssego no contexto de um anúncio de cosmético* suscitara um
fiando irôníco, ^>orem, logo que sc fazem legíveis as negativas
do texto verbal,
lúmp entre o signo presente e aquele em lugar dó qual ele está sendo em- cujo arremate (“não se vended 4 juscamcntc a forma invertida do anún¬
pregado- Mas isso só ocorre porque o signo escolhido compartilha com o cio “vcr.de-sc", onipresentt em qualquer paisagem urbana do nosso tem
a Cru¬ po,
signo ausente ao menos uma qualidade. Sem deixar de representar
ra, o ícone do pêssego pode evidenciar um dc seus atrilmtos c com
isso Mas como pode aquilo que sc exp6e à venda negar essa mesma con¬
assoei ar-se, por exemplo, à ideia dc uma pele macia.
dição? Em meio a esse paradoxo é que emerge a semiose metafórica, Sa¬
Nos exemplos literários que seguem, encontraremos a iconicidade bemos que os selos Ijcjlográftçcix são* utilizados pela indústria como marcas
metafórica surgindo das Interações emre linguagem vernal e nio-vcrtal. dc aureuriudade dc sc.is produtos. Essa í, pois. a matriz da metáfora em
No primeiro, vamos considerar tamo o conrcúdo semântico quanto o questão: a relação enrte o holograma e o atributo da
autenticidade. As
material c a forma de apresentação do poema “Nãomrvcndo (1983), dc çaratterístÍGis desse suporte material incomuru na
"
reprodução de um
Augusto dc (Lampos. O texto tem a forma dc um bloco Je letras
dispos¬ poema, e a circunstancia dc aprescnmr-sc colado à embalagem de tuii
tas matematicamente, sem espaçamento entre palavras,
mas podendo produto (no cum), à capa dc um livro) consistem numa representação
dhidír-jc cm três orações “nâo me vendo/ não se venda/ não se vende". não-vcrlwl do paralelismo metafórico.
Todas essas negativas estão marcadas pela ambiguidade resultante das An assumir as qualidades dc um selo holográiico, o poema se apro¬
mcjííAt e pria de um signo pertinente ao contexto sociocultural que tcmaitía c
70 combinações possíveis dc formas homónimas dos verbos wr, 71
i/endar,17 mas participam dc um mesmo contexto argumentative»! a alusão contra o qual se insurge, deslocando-o para o campo dos valores
esrérieo-
a um inundo cm que mdo sc tornou mercadoria, c em qoe st fiz necessá¬
literários. O arranjo parece afirmar, mima analogia parodÉstica, a dwímw-
rio,. portanto, ajnmcjar o que cá» à vcftda. ririWfda criação literária (cspecialmçnw da Liveramra dc invenção, que ê
O ícone metafórico de que tratamos surge na versão desse poema o tema dos ensaios reunidos naquele volume) ante as
que se
multiplicam á sua volta. Mas a qualidade não se refere, neste caso, à legi-
que ilustra a capa dc um livro dc ensaios de critica literária do autor.'11
lirnidade de um produto comercial. Ela dew ser lida metaforicamente,
Não remos neste caso um texto impresso sobre a capa, mas uma espécie
dc cromo afixado ali na forma de um selo holográfico. O efeito imediato como fidelidade a princípios estéticos que “não st vendem’, ao contrário,
obtido dessa técnica í 0 dc uma mensagem qut: oscila entre visível e ínvi resistem como antimervadoria ã padronização massificadoia, alinhando
so is formas dc linguagem que negam concessões aos rituais do
stvcl (“não me vendo”) conforme o ângulo em que a examinamos, Impc- consumo.


lindo-Lios do simples olhar ao manuseio, numa, estratégia de sedução típi¬
ca do universo do consumo o que póv em relevo, num primeiro mo-
menro, a condição de mercadoria que recai sobre o objeto livro, desuna-
Em ‘'Antiaéu*, publicado em 1?5M, o poeta paulista nos dá mab um
exemplo do aproveitamento dc ícones metafóricos num texto literário.
Em seu componente verbal, o poema diz:

*» rsrrta. -Si» Pmík Uwnf*Mi, UuO, p


regw Á» filílò AriJ/w
1 r
Cl. ANTUNES. AmaMa Scnr-t» itenuJilnaH In: ditj rrtutlu tfití effpndcrn
43- $3.
íè CAMPUS, A^moAr A nu^>v uv *&> ruilt,. Gompinhii du 1ot«. 1*589.
I
afaun£t>r TnzrridiB mnj£/u em restringir a iconicid-sde à esfera do
MlfTgvlfM wumtiwt túdicv>r contrasta udo-a t om n que
iramu w ónmnr irj/íw^r
consideram ser unia cradfçrô dc literatura
supcsMmcnce mais séria ou
nr ritfelai fr>; mais plena dc romenidos práticos,
|| sent dogmas e prrferÈnctas c$iãu
longe
rem pdlttvem de invalidar n interesse que esses procedimen
um despertam como tatos de
h<i pels do papei linguagem, sobretudo por aquilo que eles podem new,
it modos dc rcpmsenlação implicados na linguagem
ensinar acerca dos
Gam Q [MIO impresso cm degrade £q azul das primeiras imhas vai literária. Trata-w afinal
de um jogo íesitlicn, cultural, ideuhjgico)
esmaecendo ate tornar-se quase bnnco), a leitora evolui do visível paca q bastante conseqiknte, pois
muitas vez» o ícone lirerário nos
(idealniL'nieJ invisível, an tcnMMque «ma da cegueira é tem^tizado
tm revela semelhança1, e contrasted que não
se manifestariam com a mesma
cm Mprttsocs clhtuí "cego do talsú brittle/', 'bcAOCU jíú btinoo” é "fX nitidez em outras formas de representa
tsirclas cm braille*
mrtadc hivitivcl, a

num pruccdlrtvftmo, aré aqui, diagramidco. Na
ganhará de fam mna VWJSo pnialrla cm rfdigp
r«to
0o, ampliando a nossa pencepçáo do mumln
W>rnando-M assim uni^ inreussanre ferramenta
e das próprios signos, c
Cognitiva.
lir^ilc. mima trflinpa^ft da códigos que ± também yma ^aduçío icdnl-
<.:jdo conteúdo nmbélitci du poema. A transição da um aSdign visual
para Um código tátil, cm rinumia com a texta verbal, coincide alt com 3
I
1
recusa à beleza facil, 3 informação estcLic.i eKuberjJitL' (o “falso brElhe das
, estrelas*), c a necessidade de sc apcrfeãçtHiem Os sentidos para a apreen- 73
são de efeitus estéticos menus evidentes (a ^uuk^u”). [fade 0 «U tow-
peneotti ™tbd, o Kziu

[TfiOtAj
wnsttvw assim a parrir da metáfora jig-
*
mis/estr^lasi qut R^nha niihLz m segunda mccúdc do puema. Os signos
hiailc adquirem aí um duplo sigiiiticado. representam a pi rekuda mu-
dança de perccpçãu exigida du leimr, mas, dn sua csirutura de puncus
imprcsíos em relevo, ccun desenhos varhdos. Figuram, ao nicirrn? leinpo,
constelações dispeizas sobit o cslrild^vlii bmille")- A amhivu-
pàpel (“ot
lèiicta semiódea dessas palHívru^cucstdaçflts^ o que insiauru na poema o
paralel ^mo que define o s^gno leónlca mecafàric».
HSo ó mH) eiKDmnnncSh r»0 terreno da critica lirerária, certa Uniu
HfrcMei»
A

i
q
a
í

dc úrgumcnrsçíio cm que aspectos como <h que acabam os dc descre ver 1

1
p

são caracrcrizados depreciarivameme como lormaksmo, calvrí pedi êníasc A

que dão á dimensiu tounica da linguagem, que cansritui dc &tG 0 am


recurso mais eipreSsivÚ, Mukn embors eSSSs flbwdiigeiH ui mia insiíMUJ
I

_ Condwõo

Do tSqucm* teórico que resumi 1 1 ios, bcm ttrnuj dos diversos tsem-
plm omtncadoi, apcramos qut tenham cumprido urn dupio objetivo,
que ctfuiimos anvioEinenie cuinu unu visão Inmoduuirbi e inittmtnen-
ul da Teoria Gera! dos Siyims. No«o prim tiro nbjcdvo coiuisilu tm
oferecer ao kitor um contato inicial com algum dos comei um provenien¬
tes da stmióciea peitejam — fl que acTrditamos ttfr feito numa linguagem
rru-vitavrlmentc t0aiicat inas nao hermit ica n suficiente para consrituir-se
tin flbstJcuki. 0
St^undo objrtivo aMuisdn cm apresenrar cshs conceitos
como ferijnientas tomprnvadjineiJte aplicáveis » uma ibcrdlgem Crilko-
analítica tio texto íkeraiio, nin apenas piua cjcinfimm raE aplicabilidade,
mas principal triune para descrever como o instrumental teórico da semi¬
ótica pode auxiliat-nos na compreensão desse género tie textos.
Comesse propósito, destacamos apufKtt um dm rraçM dcllnidafâs da 75
nnc liitfíriAj que e a sua função representativa (as rduçiies possíveis entre ]

teno-jigriQ CSCU objeto}, fotuJirAndo^O sob a knte di scjlllól.iua. peircb


A
ij I

nm> para o que nos valemos da rJlCOWniia dflf fcpsw, iitdiees e u'vMtJ. A
E

i&UfiJceaduí ^cpii não cumu dgnns discretos, tnss conto tnodús de repre* E
T
I

hcntaçãn. Ao Longo Jeíyc pemtíSO, ànttd^nUM «r ponttudó tambdna L

LIUC-GE
.il|fiuiias observações acerca da teoria qu* nos jktvíu lEc suporte — ns
L|'aq!x, ao cciodt? de Cúrtclusãoh passamo# a sintetizar.
1. A semiótica pcErdaiia ruiu é uma dância urrltanoeníe dedicada á
llqgUãgetn verbal; nt.is rampcnfcv se içjtringe au unucio das linguagens
À
nau- verbais. Não existe, pu tranco, uma íromeira demarcada entre ri seu t

tampo dc interesse e o que penetkxria a autrvn ih> cLêndas da C


1

linpuagcm, como a Imguísrica c semióticas que dda


js derivam, como
C
»
L

iLiiiitas SSEMS 6a parecer a hoski pratica académica. A abordagem peircia- I


4

im ilistinguc-se, tntreiantrij por uma EtecessãrÉa Limipk mçTii:u icMt enire X


1

itliL nihar microscópico e um olhar panoidmico sobre o obieto que intts-


1

í
llp.i I Jçsse modo, wm igtrotar as pcL uJiarid.idcs de cada fnrma de tiiLgua- H
Kftii, da as sima tód» num amplo painel nio-h iitArqulsado, em que o
E

í
verbal interessa ranm como um código específico quanro nus relações que uma fusão entre dgnos verbais e não-verbais, gerando u
que Décio Pigna-
mantém com outros sistemas e códigos, pois. Coma ifirmOLi Llécio Pig- rari,* tranjpnudo u-m rermos semióticos a função poética de Jakobson,
natari, “semiótica í sempre inteaeniiónej”,50 definiu «mo a presença dc um código
Icônico "infra, in tra e super im-
2- Sobre uma possível conceimação do fenômeno literário com base posro" ao verbal. Se não podemos,
portamo, definira linguagem
na Teoria Geral dos Signos, esperamos ter dicgadu a uma fecunda inde¬ por essa via, reduzindo-a Literária
a esses procedimentos, podemos ao
ciá-la à construção dc um sistema semiótico menos asso¬
finição; h comtaraçfo de ipie a$ categorias aqui aplicadas apontam cami¬
aberro caracrerizado pela
nhos, mas não nos fornecem formulas para descrevermos a literariedade. ambivalência de suas funções sígnicas.
Isto quer dizer que não nos parece produtivo atrelar tterririvamenre o
«meeifu de linguagem literária a qualquer dos três modos de representa¬
ção aqui dcscriíos, uma vez que analisamos poemas r fragjncEtlus dc nar¬
rativas centrados, alternadamente, em semiose-s do cipo simbólico, inde-
xlol c kâniw, for essa razia é que preferimos tratar da ênfase circuns¬
tancial em cada uma dessas formas, observando que cada uma delas JUKI-
rará efeitos de leitura distintos.
3- Pudemos observar, cnrreiamo, que os textos comentados empre¬
gam dc maneira bastante peculiar cada um desses modus dc representa¬
ção. É nessa peculiaridade que identificamos j trilha mats segura para
uma apmxijnaçín do que definiria scmioticanienie a linguagem literária.
Não a parrir da presença ou ausência Jr possíveis traços dwinuvas cm 77
relação ao nio literário, pois não podemos afirmar que a linguagem lire-

LITEUtlAJ
tátia apresente (cones, índices, ou símbolos em quantidade maior ou me¬
nor do que qualquer outro sistema, mas na forma corno 3 literal ura wn-
siona e educa cm evhlíncía os próprios fundamentos dessas rcpresenra-
çôes, fazendo-nos refletir sobre eles. E como ocorre isto? An m&tÍMT o

LtHílriCE
modo simbólico, u texto Literário frequenttmentc submeti CS símbolos a
processos variados dc dcsau-tomati/JçAth «.onttjiiando a essência da repre-
KQtaçlá simbólica, que é o hábito ou a nonna de uso dos signos. Au
investir no modo indcxkul, a Literatura ura se apójà cio íodiçes dc auto-
rderétreia, tematriando 04 próprios atos enunciativos, ora constrói unia <

APLICDA
reierencialiciade precária, que hesita entre o mundo real e u mundo fic¬
cional, numa correspondência entre objeto imediaro e objeto dinâmico
mais vaga Jo qiuí aqudã que ocorre fora do contexto literário. Quando
enfatiza o modo icónico, ora recorre ao aproveitamento das qualidades *
sensíveis presentes nus símbolos que lhe servem d< hice, ora promovi

"ftGWATím. Dídc.«V «n- p- ie? kknii p. J M,


Apêndice:
Notas sobre o conceito de metáfora
na Teoria Geral dos Signos
Notas sobre o conceito de metáfora
na Teoria Gerai dos Signos

Um leitor que se aprexime huie cia Tcária Sem lorica de Charles


Sanders Peirce — wit drier unto doí tícrínfc ceúiiau asxsfacfa do au-
tor, umio do conjunto das úbmi de c.nuditMOK que wim empiTCIukudo
Mia idHFprCEaçSo — rtconhrxerá tins uws do termo mtfàfira, Jie&sa rcori-
a, um compltxú problema de pesquisa. Biístítido-ít, por exemplo, mos
registros diados por um desses imírpma/1 esse hipotético leíior tMada
aumixado a ctutwbtr corno metáforj:
a) uma da 3 formai tmbriouífiajs de que X desetiwlvein os íEttrm4H
BimbãliON de representação:

l '<idú nimhDlo í, na mn 41 igjm. mi uma da Jikia


s^piiflctdt. wt uni rewWaiacttKii de uurr 1 ocorrência,
petua m col« uri^ijul, corteeiailni ao Seu jipiiHcnda, |

>
uma mcráiDri.'' 1

1
*
B
hj uma csmitura predicativa, mis cptr. sentido rompa taúvm L
T
I

CuvJlc jJàrnuju i[uc a kkmtfxica nln i Ltndn ÀterjKwa AI


[._]. Se mcúkira frir innuJj. liwalmcnTr pau slgnl/kur i

uma dc >i<ni.l:tidc em que o sino de pndle^Au 1


1
X

d empre^dD eru Jikgír de sI^n> dc ttnxlliiciça - romu ao í


U

cliieinun csic lii'mi ni r rimt rj|xmcin ver. du em -hnniri:i 1

è winu uj:u rjpnii — cu itej;D inccirjincnic qiie ns niera- 1


fcicQ* njim dado* 4 meidinrA. À
J
A
t

Ifó I Car n„ |\ i,t ui»d ihí Inkfiii. .'i' niropLu,. In: CULAPJk t Kl], V M ; (>b
J
L

SIICWSKY. T. In& 1. fnr.tf <f rigm "Itwry, apfl rwioid and Majj.i'nni Berilm Ne» Yuik. f

de Rhivio, 1543. p. *
nHEÍk' tt. ín rb drjfiM ::'Arr -Ac vira i^p:m'r^ or j mrrw4rvv^r e^i^w ET^JMf^mirTvarf.
' I íilwt rr.JDui 4 |Sj4 l^KMitfr (...) (f •W-lfifa* (r Wtr* filíM^ Ir fnom uStj^t^ieh ÚTIZ.4
-r
^■'1
rAvi /Arj[jçn tf vrtcxMiv*
tf t("ií ne*tr.. í Ct íifin. f —
r napierní
mtiríiy
tf tiu :^.
v.'riay).', n^Lmr m^L.; <w
rj
Mk riu «HH e d
llitrui, p l^l 5EMI
|

c) uma coniparação de caráter muito amplo e abstrato: entre uma concepção esfritameme linguística e mórico-dksinsiv.i
dc
metáfora, e uma concepção propriamente semiótica.
. crus Cuvier eslava cie rnesnw íjKnw iisaikiu uma
SC Apesar disso, não são raras íjinterpretações em que todas essas pas-
metiEoia. c queria rcfcrit-x .I unu ampla ínmpajjH,kr tw- sagens se equiparam, permitindo ao leitor cransiru por cias tem cogitar
cm caracteres de um tipo K>m»l c iltaiiventc imtu-
de qualquer variação dc contexto, ou mesmo recorrendo às
Li», —emiti, dc íiw, a Meiafnioi «dbniJe ser mcrifo«a.H
para expUcâr a última, na sugcsráo de que, cm todas das. o
primeiras
que é desig¬
Iodas <5535 accpçAcs pressupõem ou reproduzem romtiras dt me¬ nado como metáfora corresponde cm género c espétk ao mesmo rênô-
táfora qm- nos iegmsim os tstudow rcróricos, de Arisróteks c Quintillann meno. Reforça csy orienração de leitura a constataçáo de que "Peirce não
a

Vlco (semelhança c desigUàçio, comparação abreviaria, lonni originária possuía uma teoria da metáfora", diada à convicção dc que o
signu icõ-
ile linguagem}. Não parece haver dúvida, porreira, quanto à natureza nicu puirdano nada mats é do que uma nova roupagem para o
que já
linguistk;i das rept&wnrações que estio aí definidas, seja peio coiurúdti esrava formulado na tradição aristinélica."'

da$ próprias definições, sepa pdo contexto em que foram evocadas — a Ao qw tudo indica, os escriíos peiicuinos não permitem
afirmar,
propósiio de reflexões sohre simhohts e sísutiiíu simbólkwS. Fun
assim senáo sob a forma de hipitese, que a leitura hoje dominante constitua
evidente que, em nenhuma dcsííis ocorri nó;n cone rim de metáfora . c um equfooco. O
que c certo é que os dcsdubramenws práticos dc uma
objere de unia redefinição, c que o autor « limitou, nesses casoí, adotar
a estrita equivalência entre metáfora linguística c signo icànico merafoi
kn
concepções já fixadas. rem-sc ca racier izado por «ftas estranhezas teóricas; seja a umpks clisio
riu teredro tipo de hipoíonnc do esquema prínciano como ocorre,
í, O tígno MÔniiQ mctoiorico exemplo, em Jalcobson^ e em alguns leitores que u seguiram nu escude
pur —
diferente í a quç vemos n«ra quarta lormulação, em
Si; unção bem
da iconieidadc linguística; sejam os estudos sobre metáfora cujos autares,
irónicos rendo pitsjivelrrrenrc se deparado tom pnoHonas dc aplicação,
que Peirce clâssrHua como metáforas os hjpafcxmeS ou signos sentiram a
necessidade dc construir ^us próprios modelos teóricos; ou ainda os quç
“que representam o caráter representativo de um RepresemJmen através
da representação de um paralelisitio com alguma nutra wisa"-"1 E uvidin-
rc a pecu Iiandadí dessa úllini^ proposição em relação ib
HO que se refere -ao contes to —
anteriores, tanto
trata-se da única paisagem conhecida nu
simplcxinenic contestiram n estatuto dc signo iconic. o suposta mçnre atri¬
buída por Peirce ú metáfora verbal — caso de Paul 1 lcnle,w que afirtna-
va;
ITÍRJ I
obra de Peirce em qini o? conceitos dc metáfora c de iconicidade se cn-
conrram expltr itamtrue relacionados- como no aspecto da amplitude
conceituai, já que nenhuma das três primeiras noçôc-j admire aplicação .1
um sistema de represenTação que iiáo seja 0 linguístico. 1'..
no entanto, ai»
_. u£ne um clemente Jclmiíld na metáfora Lverhah, ad
se
i^iulmmic diro que o kiinf na?í jymacntaibi, imas tnc- LFHÇDIGLÍ
1

std^iíuúr expressões como “predicação" e "comparação” por "representa


çáo dc uni paralelismo , restringir u modo como deve ocorrer eívi
represem ação, a última proposição nos cortduz indireta mente 1distinção
I I num?-, np

i I,

ri<»,mí.p. I3<.
dc_ p

CiLMFFx, I .
L05.
A nún-Ará>wllin |cnnxikr UlooniiiiKiiin: Zndlini. L’,„<rá
XPLICAÚ
lAIMIUiCirt. RnnwiL tA^Mfnrr CMvmtfaqptV. |S ti Si. Pmla rJtni, IMMS.
PT íir (>■ •
“■ , .Arf J^C nrár H J< fn>y HMflAT rraur^C Jlrf imn^ míllpàir .r Aftra *?Mn^MT^MU
íf hvt^A,, .fj .1.
‘ IIJWLE^ L’uJ. M,npti.1t. tfl: fell. LtHjfUflT. mJ cr.irr.rr, Att Artur: Vnlraillv úf
(rajftrautar.dA^^ittar.inJJh:^ — .''vh, injími atlJ/i-r-i-
PSJWt.D. C S VimíAím í X-iM Xj„ L'*uJn! Culriii , 197'. J. <4
s[vescntiJi> c uma lúimul;
na) para explicaçáo da metáfora verbal (a que chamou de mctafcow),
nuticnre descrito L,„J o tpsc c
dt ifOIW. aplicando-O com excelentes resultados ao estudo da linguagem poética,
JHira a «.OtiMnuçÚD
O conjunto dessas dificuldades du apiícaçfo, contestações c rctiA-
Entre os casos que ilustram o segundo
grupo está 0 de Hausman,
sabre a çaçócs vem imprimindo ao conceito peirciano de metáfora cerra marca dc
em seu estudo
que, tendo invocado a semiótica, pcirdan»
iritsmo insuficiência ou de inadequação, que parece estar relacionada à divergên¬
no hípo&onc metafórico
metáfora, nas artes.-1 parece não ter reconhecido cia enirt o caráter geral da teoria semiótica e o caráter restritivo d^ pers-
contento de que cratava, Partindo
uma categoria de análise extensiva ao pcctiva ern que 0 conceito em qucsráo tem sido interpretado.. Diante de
tipicamente linguístico, Haus¬
da concepção da metáfora como andàto inqutctaçórs como essas, romo-se nmoável indagar sc o signo icónico me-
toda uma adaptação desse conceito ao
man se viu obrigado a empreender Hdi- ufórien deve scr lido dc Euo como st referindo estriramenre ao código
seu objeto, enfrentando Inevitáveis
contesto semiótico penirtente ao
ficuJdades de se aplicar a metáfora verbal
a contextos não-vtrbats”;
linguistic» — pois taivez rodos esses qtH.stion.uncntos apontem itisia-
mente para o caráter náo-vsbal do fenómeno de linguagem que Peirce

dai infr-i/orin verbais são palavras.


írKS definiu como metáfora na passagem em que distingue os Itijwícortcs. O
( h ctNiipODciires
que são premiares á lin¬
e ai-nçfics coin repas pjinaticais fsào-verbait
impusc que aqui se apresenta 30 leitor ê, pcuianto, entre reconhecer as
guagem verbal Uma ver. que us compúncrUtscm. unidades limiraçíipí atrihuidas á cearia, ou questionar as interpretações vigentes.
isio rôa palavras nõk> É(ráo indulta
maiores que udlitam *5 regrar
granutkaí; I npuistkaj. Ar- Em D0«$a pesquisa, temos perseguido alguns fatores que nos inclinam 3
sim. uma. hose axmiim entre 3
referência do signtfkad?
Hm sfrncíí, prxlcrl-
segunda hipótese, por considerar que este último caminho í o mais deta 85 I
Ba verbal e irào-vcrbaJ poder» *er negadfl. íío ir*- fiador t o que mais eoui wquéncias pode acrescentar, em caso d<- conflr-
amíM drier que 05 sijniliud<M verbais c nSoverbalí
trinscc-iirwnte diferema

Ma'*s reccntemenre, qiueixandu-se


de que a descrição do hipoioone
uma metáfora de um símile.
mação, ao estudo do rema. Os argumentos em que no® apoiamos para
quesúonar a equivalência entre a signo iaÒnko metafórico c a metáfora
linguística podern ser formulados a partir das questões seguinres.
LtTURJ*)
metafórica não permite distinguir na priúcn t

modefo on|Ipnal (de base pcirdu


6

Haley73 partiu pura a construção de am


A

X Existe um coMoltn geral dc metafora na semiótica peirciana? U


Q
ff
I

Mir ff rwwrií Entre os aurores que afirmaram a inexistência de uma teoria da me¬ L

..j,— u A UWb -^r iAdt t*r "lr r-'™ml A

táfora na obra de Peirce, Michael C. Ilafoy é o que maLs dculhadomcnte A


D

argumentou em lavor desse ponto de vista. O raciocínio do autor é tão A

rvfrmKx in ÚK wM íml
í

jn J /1r± úitrf*.íloniun irai


1

HAUSMAN. 4’. H- Ww^urztJfli. Aírt^iLr simples quanrn convincente, pois se baseia mima cm) textual izaçáo da 1

UnlHJiisy hm. J1B9. r


nomeihiJ ai4- C-deiirW^c: CuebfR^ v. r"
A

71 HAUSMAN. np clL. p I IR, Tnr SrUtiWHiT . rtiJn/


Ilri^ wMMvAli
JW vini, /ÉMn ,md wnMtrn
o-, npí »4nt. tiff urr ZT f
paisagem cm que Peirce draCrrvc as espécies de signos icóincos.
<
A

cyunnuíKW r*Vr liar Jrí f': vJúr fu tf ún^vz^T í I


j

r-Hk¥. Zlor c»«h<.,i


j jf^aiW Avzfyn T

ilritr iivM f£at ror AXfnirtá: «r irmw ... afirniàçin- Ide Pdt« rabre u hípcrionie inetaâiriMl
a D

iv Jrufrd. Avr, ir |

U
não deveria w tomada anno Slnia definição glohaí. nem E

irá^J^rrur Pa», IWl p i- Bicwao como unsx defmiçfo ptriítraiu romplrta de meti-
4

Rltuniiqpair Inti*» LrBÍV«ni>y


' HALF.t'.M. C. TSrzwreiÀéflf^wít «nafJur
que E'einf M»va uniformes e eqiiipamentjQs. h «ertu que n uniforme umu
hw*. Aiw®, dmrhnKS ter em mente Fincks verde C os rilkí de rnmatido peidem dc dam forneça
Jctuundo metífar», e
idmlfkaikfo os hipoiLutH'S, e nio
da niCTÍfori lida explki»-
Ulna piiietosa lupn-río de alpim-i j<ciinm« i|n foxikini
*redjtu qix oaa cUsíHxsçto pro¬ :arqiic)iiplm>, mflS lisa nJkr define uni fuzilei. n.
mcntc .ipcn*t coni *
identidade irónica da mcáfon.defini¬ ífo menuD m<idui a descrição ptlrrinna dos liipowoncs
At jm mim cwnplm e
Dantra
priamente di». 1—1 limitada não fornece uma defrniçãu complda d? nielãfora. Acrediio
canto dgna Hão esuna
ção pdreianu de metáfora K n nmil impornone, que da afio liUtca ral dclmicán: da apenai ijfiirece unia dis
a au rvsrriíigidu pçsr
asa pqsaujprm. llnção entre maiforu c dijgranui e Êmngenc, e apenris
pre-
nesu passagem tudo a que
as rrntútivas de i-onçvmrar
d-.i «rniótxJ peicuiaiu Cum rehçãu is uim requMivas cuiuIÍçíms IcAnlcas. í^u»-
1luz
dsa «j dlu tobrt a metáfora t ohicuwcem d que
cfo Pel^r afirmou que a lllctáfon fepnhcnni nau aprnj» a
paisagem
im'aruvdmtn re disttttnm potencial o provimento
â

acredito ser õ seu verdadeiro


piw Pnrce) pura
uma
— qu.i- idade si ii iplct de Ulua osicil OU umq etrrmura arrilupi
u ria fcrunri finem 4 iltiupjsm c o drxgnintjji, mai, em itz
lembúia não detenvub ián aqui dunilaridadc metafórica dllw. representa o "laráter rcprucnu.|svi>" de umu cats*,
da
ccmpntn^in m*is prohuida merafória ern tjpí acredito que cie foincceu urna podrlosa sageMisí suIhc n
prnptiimcttK dha, w da Iraniiidadc ripo de iltnilaiidfldc que {arquelhpieamçuie iticiaforiçiij
MWí. poderíamos dJ/er.'^ mas dc não dcfoií metáfora-

descrição do
cntáo circo iistídda cm que ocont a Embora winvencii fos dn coerência dos argumeiktas de Haky, que-
Ek odarvoe para isso uma analo¬
metafórico no texto prirciano, evocando remos explorâ-loan sentido djvtjrso do qtte fax o autor, pois ãcredrtainoc
hipoicuiK afirmar-se, num contexto
evidente a disdlição que há entre que sua acurada leitura poderá nr^ conduzir a covas hrpóiescs sobre o
gia que toma
metáfora r ãta.
se, cm sentido geral, 87
cspedfkco, im é metáfora,, c definir uso do cermo iMetdfvru no- texto pdrcíano. Mesmo dcintinstramlrr qut
ills cmdt cn.í w»nictm não há uma definição geral de metáfora no texto peirnanq. Haley acredi- [

5upnnlia4c one ennwruu numa


t
grande fiúmcrv de
t

com la na cortu idênçia enrrs hipokone metafórku t certo concerto gera! ou x


do Jgum ripa dc cerimõiús. Você mc explica: “Aqnt- í
serviço 3
militw* americanas cm “{arquc)típÈco" de metáfora, .1 que a referida descrição faria aluwes. P. a
azul-nurirdiu» com pequenosc
1

Jcs vrícideu dc uniforme*


1

Aquckt dc marram
1

partir deMil premissa qtie ele desenvolverá seu próprio miídelu teórico
chipcils brancos são marinheiros. «diridos dc Infanta¬
1


marnghi
polidas sào
çãqui COIP botai de cDuru serdes com rifles <k
para explicar a semjusr da metáfora pocri<a nm mnddij bastante apli-
ria, Amicks <lc mitfonuci
camuflados
aqbn os ombrOS sãa Fullleiros
IM-
contando pcndiiTidos definição complete do qm-
jil." hntio, eiscí me deu uma
‘ .Yf^wr UT P r,4 rnípa ra.Mti K-trr -hy ,jyí rrfvwí S‘1 UÍM J Any
1
af í S. ;tn.v-
.iríArinnj FÁV í.iy,Çnn M mr Tljír ,írr . J Sff j U' , Atw nulíiiw.. utM' ità kAlr ArA iw ilr.'Ai
*é um fuzileiro tiavj? £ claro que nfo. VocA distinguiu i» '«u in
Ífolí nu AvkU
dc lidanturií e «km msri- i-f-oii A -A fon£rr fo-'i .m iff.Çi.iriy wrti TAix cjUKrveív^í rt Afi ccnuv.uvAl r
lii/deiriís apenn dot loldldos V^I Álnr J'*r ri:" j/‘ rcr mn-iur/. ' ,', <u
^ .‘. r | iu yr.' rs ,t tfMhfttf Jçfínr.T 11' Al-Ají .t «Jirffr u? Of
naquela sala,. alo dc iodas as peuom
nhciriis que csiattma
ou funções, c

bt .‘aim di jÇtvj ^um-r.


vode n fez apenas no que se

• r rim u mur.Yrr ftwruu


refere sus setK

sV
to ^*r huaçAw.
J* r /
Aimr mr. Hw l-n t didinj^ort^J ,tr xuMlln oulV Mjhi dr ju.írnlZjcvww 4*:/ :.ir.‘m in Ar num. kox '. ..i .ii'.
/, •■ . Hi Ar «ii JJUt j.'u Aur íàsn- m Artlf nr?/' r^jfnd ip itvff Mr/órm) MJ rjaifo/mr. ai .■"'□> T- ,t. irr J^ftK

,■■
and ^M'v.av.io >;lTa >aat ‘vderrl furnt^ yau^fh, im^-ntrfff .1 M

JiforAr, AirrrJ:
wnr.iv', AurA Jin v.ríWw 'wjií™"'.
* zjAr.iel’ -aT. CviW

à-.t- lííljfermiè J vé’i» .*f'nA''v •/ vurj/S-r fMYrií A dwi»


iúdjí1
‘..cf-t irtmtir stw'if wr * nui Aw r? láuq^ Afwftunr uir
ir. wtv ni_.'- j AWinr/Jm M ^’írri u Av.:.wimff A<Va rto wirsçpt.JH .mi ,1'iZjrowi jvi< tmgrJ, mi A-.ir o-vÁ

t]iqv]$|
jumo? Au JVfrir rartqj ’. Hn,
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Km1ír l Vuvãf Arty lit
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Arú rr^Únr^rt^uVtr
iAt kMt-: idmtrtr u/nirAÇ-Á” /rprA, rAi r nA rifl'd M rf rir ir^M;(íl*Wi, íiwnAlrv It^im Twas hwJ íA-.r My w.iryffjr .rST <« n.; HrJ Mr r.ítih? .
r4rv^Kdh^w«/nt|UqAlr wr Ar i"i>,W m arveisiMinnJ ia
/
Aánr Mil U: cqo u inA < I- nvMrçr i.T jwafatpv; Aimrtwr y* rAnrjf f,u uAá nr,ijn jhJ*i,-(k, m ' Aur i^.wjJ íAr *SqMSmcn*rr .■fo.jLrtr'y
RfJn nih a'^T'Jinm luiV rtfcue uvAiíVíP'
r-iMy iriJ aiuGivntf Marumi, rs Ir
a ,1 Mm, I Mntc A- 4U liíu ríffl Mr 4«w.A y.viMiCiran, u .vA /j far. .’ r níriVilndl
.Mw* in^ivrzvt airw^O /meá M ÍUU' Uyi
uArr / imtit A w /rmníal’
mn1 í~l I r ite/lW 4tfar
"U*^Ar. IhideiH.
Aww Mr-yurrqpr .mií íó.-w .^J^^■/r.1pl.-T,,.rl, :-™iiiriv yziyzz. íji «n.,-1
f^UuSM ™hmwJj. ínranuWr nrtJÍ-.'irJi.-.-i‘.'A,'
imJ^/íyrM Ar.nr Ay ?Vmv^ .1 iWjOz rss„ p, 1^33.
r mijA in C >p.
t.rí íraRÚi^ /U iftr ipteHw. n
ícones,pote descreve o i-SSu não se deve apenas à expansão du* meins tecnológicos de
cável e coerenre, que involve índices, símbolos e produção
de mctáícuas, Puniremos da Je linguagem nas últimas décadas, quando a
piore™ conipiero da upieensáo desse género manipulação de códigos
discussão, Peirce não deti- simultâneos multiplicou po&ibitidides de criação de mensagens imer-
morna constatação: a de que, ira passagem cm
is

meiaforico. semióticas, favorecendo


uiu mcrlfòra. Mas sabemos que dr descreveu hipoícnne
o a poliuemia. No campo tradicional das atra
essa constatação plásticas, por cxeínplo, sempre existiu a possibilidade
Divergi mos. p<jj tanto de ISaJej- na interpretação do que de leituras cm que
nm,i imagem pictórica
completa
significa. Para nós. ao evidenciar que uma descrição, por mate funciona não apenas pomo fcone do objeto imedí-
contemplar o *to reproduzido, ruas evoca por similaridade
que seja. de «m hipoleone metafórico nlo í sufikúmc parj um segunde? objeto. Nem
nos permite inferir que são raros os casos em que componentes metafóricos nitidamente
conedto geral de metáfora,, o enunciado peireúno partici¬
param da constituição de símbolos visuais lixados
newt toda metáfora / um signo itemico. culuiralmentr ao longo
Wíq/ÀrJ da história, coino pru exemplo no atributo dç
Nossa hipótese é a dc que as vjrias ocorrências do termo equilíbrio representado
diferentes cspccilv pela balança, no símbolo da Justiça,
na obia dc Peirre corresponderiam a pelo rrWflOE duas
mas ê apetites No elucidativo capítulo cm quv tratam da "pin ruía codifi-cada cui-
caçfta de um concetto geral que não está ali explicitado,
turalnwne", SanucUa e Noth " reproduzem a minuciosa leitura,
subentendido. F. uno dessas espécies, ou «uhdivisócs, seria a do hipokone realizar
podemos supor que da. porSutin Woodford, do retraio renascei uisia O casttmmto de (.itevan-
mtraforÍLo $e nem toda metáfora é um hipoúxmeb
outra espé- ni Ameiflnni c sua eiposa Git>wmna CenOmi (Jan Van Eyck, 14.34).
os exemplos que se referetn a metáfetas wbah constituiriam Muiro
Henle) de metáfora. Sendo embora a enfare dos autores esteja nes aspectos íimbóiiçM da imagem
88 dc (niir ioónica, mas simbólica, como queria 89
específico analisada. c possível entrever em mais d< um detalhe comentado a pre¬
apenas uma delimitação do conceiru geral. restrita, ao contexto
de um hipof- sença de paralelismos mciatorico^ assim, uma vela acesa no candelabro é
dos representAmons icúiiícos. não poderá jamais a descrição
cune metafórico contemplar o sentido amplo do teimo metáfora.
a passagem soa incompleta ou laconic* quando
definição geral, Entretanto, devemos concordar com Hale)1
Por isso
a «fflsideramos como
quando ele
(ar-
associada a Cristo, um lusire de cri$id e uni espelho awln
ftcun “a puma”. Desnecessário é apontar em cada uma dcssit
taçôcs a auração de signos icóiiicos (pintura realista) que
caráter representativo (isto é, a luminosidade, a fidriidade e
m&uia" úgnr-
inrerpre-
representam o EM
lITEJÍRtl
D firmaque a descrição de Peirce fbrtWCE fortes sugestões do que seja n pureza) de
UM
descrição se ap1i repteMniâm«r (vela, candelabro, espelho) arravé* ds
quejtipkamenre uma metáfora, na hipótese de que sua representação de
que a uma de suas espécies, que c dos signos
icónicuis, pardehsmofl com outras coisas (Cristo eo casal rcrrat*do). Uno
Se enveredarmtK pelo terreno das linguagens e aplicações cunteni- a

4. Como so da»»*itam, na semiótica pcircwna, os


natureza noo-verbcl?
poraldismos do

teórico
porAncas, encontraremos na publicidade um campo talvez
fértil para o cultivo de metáforas nao-verbois. Vejamos alguns
ainda mate
exemplos. í,Pl!t*D>
a
Não se trata apenas de uma evidencia lógica nu contexto £
|

constatação empírica; T

que estamos considerando, nus também de uma


LIA, [uni- NO IH. P
mó-Si 2. «1 ,S4o PíhAk llwn^-j.
W.P ríOís. I

ao çódigi> verbal. I V

esiamoí cercarias de processos metafóricos alheios Op.OLip. iy.


b
£■

í
1
ii
I I I!
da percia irreversível , representados na imagem,
«■— do piancrafion'ere que se
11
1
imçSúfo pot «-tod»
cujo (rnu ti ú aqueci mintu globali
* derrete.

íi|.13-lHUIiM6HtBiínibpuHiaiúio ewcmjlr s" 1 3


M - Mltfmin kliqd»luilkhirij
mar um - o^lo n ’1"
Toda a composição dessa rnenaagem esú orientada pari
aqui parafrasear o Neste segundo e.xempln, mensagem verbal nu rótulo
efeito de ambiguidade visual, de mode tjue nio pude
sf ,i
do pnxluto
“isto nãi>é um serve- seria suficiente pam explicitir o que moí iva o
surrealista René Magtirre. afirmando sobre da qur recurso á tnetifou: a marca
re", pub isso implicaria drspii.zar o papel que aqui
desempenha case pri¬ de cusmélicos prciendc afirmar os
beiu-fidos do uso du prod uru para u
cunlCífo na rtÉofnciu a algo frágil
e mnim prtdoso (ao menos pele de su.i vimul consiuriidora, recorrendo
paiu isso ao paralelo mm a\
meiro
seria vivendada qualidades ríreis c visuais do pêssego, numa
numa pcispecrivâ. infantil) c tuja destruição iminente metáfora bastante rica em
contexto, como cm
90 com a ameaça de uma penda irreversível, O segundo soggRÓcs sensuriaLs. Mas a expreíRle “pele de
pêssego”, impressa rias em- 51
daí impertinência^ do balagcns, não teria o mesmo efeito persuasivo que tem a
toda metáfora, surgirá, por inferência, a partir imagem, em que

[mjisní
central; «tra fonte de luz que h costumeira figura feminina
primeiro; a escuridão ao redor da imagem dos anúncios dc cosmcticrts e.stá representa¬
iluiuantc, solto no es¬ da metaforicamente.
inddt sobre um de seus lados; a figura do sorvete
paço; a improvável cor. cm que o azul marinho predomina
que, não pertencendo aos sorvetes comuns
atributos
da nossa infinda, sá podem

pertencer -a um segundo objeto, meiatbrko.
ldeiuifici-lo não será rarcb
difldl, diante da forma ariednndiida sobro o cone,


marram c branco que se metdiun em menor porção
e das cores verde,
sobre o azul. Fei
da mensagem, ocn
— ajgínDu
ca essa identificação, decifra-se o teor atgumentativo
j

jn descritos. Tra
irado riu paraldisnw construído entre os dois contextos
ra-se de transportar para o contexto ecológico
do anúncio os atribuí F.g 15 - tMtarnI n mr^ ptb'ailo
^ - «jnp o n j

antes despertados pelo contexto infantil:


fragilidade, preciosidade, rhm

1 t„nln hirp .^lll^l.uiniíriikddxJl^wwt


E^anm hrp^HBHrw.hrpHãL^w
l™-.-:: Imp hvrfrn^injrbwiíipxd Ciújr>.'irw^
ptKkr-niLUlJinnl.
rju»it1í
I
1

em imagens as qualidades atribuídas ao produto anunciada


transpor sabor c aroma cm signos

O grande ilesafio dos criadonis, neste último exemplo, foi cndwdr
isto é,
visuais, Na impossibilidade de íâzê-lo,
no rosto iluminado da iigwra
A postulação da leonicidadr das metáforas verbais apoia-sc
palinetuc num argumento a que podemos chamar dç ftfmpíexidttrir
princi-
atru-
twral tin siiftMef. Refere-se a passmens corno esta, do rtttu peircianu:
optoli-^e por ilustrar seus efellQí, primeiro
icminiiia, que atrai o olhar do observador para o canto inferior da
ima- Unu Ieí rViráijianKJlIr prema CM ‘í iciacvríduddi

geni, onde uma «pressão de prazer w


associa ao vapor exalado pela xíca¬ rin” Lndrvuiuuis c deccrndna algumdB de .suas qualldadu.
de marrom CofiMqwJlKrtierm. o cfctncnm ojiiicítuiái, de um Sim-
ra, O aroma sv espalha enrâa sine-sttskamrntc nas variações haln pode scr urn Indrcmfer ou uin ícone, Um luMpena,
me¬
que envolvem todo o anúncio. Em seguida, no espaço propriameúte uHiinbando junto Cam mn* etlamça, Imnu o br^çn,
*-
pori la e diti ‘‘Ali vai um batia'. Apooiar í pane çarflklil
tafórico da metuagem, seguimos o movimenTO dos cabdos da moça, que du simlxilHi. fcm que tste n» võoilxria infnrriKlçãa. A
Ali, as sensações de
SC espalham on direção ao ângulo oposto do quadro, enança, cmucEanro. p-i^unra "0 que é um hoUrf* e
energia e de p rarer no contato com a naturesa, supostamaite «perimen' homíOt rerporufe: "É algo como uma grap<fe hulha de M-
visual no bt1o"i tornando a imapem parir dn slmbúlú. Astim, embo¬
I iadu pd* personagem , ganham uma surpreendente traduçio ra o otipin HWtgral de uai Mmhalo. fato c. wu styúllcatlo,
hipene.rlismo doí cabelos- tsvalos selvagem cm disparada. tenha R naiureia dc Ulna lei, ele deve daiour uiki indãvi-
<hio| c rtpfmir Mm rtrarer...
Observe-se que, como cm qualquer metáfora, a impertinência da
fe, nestes
imagem precisa ser resolvida através de um paralelismo lógico Comptwndp-.w, por essa passagem, que js funçóes do ícone, índice
casos, tambcin sensorial), que coloca cm evidência as qualidades
compar- e símbolo podem ser represenrsdas romo ties
92 conjuntos numa relação 9-3 j
consn-
ri Ilíadas pelos comtextos era aparente dnortúOiiia. Essas qualidades progressiva dc pertinência OU de implicação, «rido o símbolo o conjunto
t justificam sua condi
I

lucm o uatãrer lEpreserunuva do signo metafórico


a
maior. Assim, um indict prtssupóc mn ícone, t um
teoricamcnie, qudquet
símbolo pnesjupõe |

ção de signo icóníw. O que. se percebe é que, índices c ícones. Para ren» da metdfota, a cmitequêncij lógica «traída A
t

imagem pode ser empregada como met 3 fora, desde que


f
sua associação J dessas considerações é que a wonicicLtde da mciJhjra verbal sc T

objeto deve a essa I

um objeto íuscire um paralelismo ciurc uma qualidade dn seu


I

imagem que Pelnx afirmou existir como resultado dos processos dc rç- It

imediato e uma qualidade de uni segundo objeto que se queira reptesen-


E

prusenraçãt । timbólica. Se cs símbolos contêm ícoms, então a G

nto- diferença la
tar, Evidentemente, a denUMUtiaçáo da exisfencia de paralelismos entre lima imagem sensorial e uma imagem dcscrira com c
palavras é ape¬
verbaia e sua adequação ao conceito de signo icônitu metafórico
I
não c
nas dc grau, c não de essência. E?. se àssim for, podemos então subsrrL’ver 1

suficiente para confirmar a nossa primeira hipótese Entretanto, demons-


1
o jufeo de Lisnlette Gttnipd, para qtirm a metáfora
petrciana é uru con¬ t

a parcialidade das inrapretaçów que se rem feito dessa passagem,


des- ceito nertaristotdico. Para canto, hasw evocarmos as
í

jtra semelhanças apmta- A

racandu a improbabilidade dc uma negligência dos processos metafóricos


C

dis nestas observações de Pau! Rlcoeut (2000, p, 60); I

P
nutria teoria semiótica de cjiãrer geral-

(não-verbais
A

... A rnetdfor», dig [Ar|s.tócel«j: “Fai imagem |Ur,: ;iõn soh A


1
im oIIism]-... dim dc outra nuiiitlra, ela dj ?i ^.ipuçãn do 1

5, Metáforas verbais e signos irónicos metafóricos


í

gíni-ru cplgira00 cunnru que or modem» «encwiíma- Ú

n
m
E
Kntcc p. iitiíj. I
[

r
verchdc,
rio «lihi ima^óiui. #st1Io Açuraitj ATinótcirS, C Lilvez na raiz, desse impasse teórico se cjiconnt um problema de
não dc ninhirm mcda a pâljvra djfmr, no Miuido
dc Cluidtí Samlers Ftirce faLunm do u- terminologia, que acaba pnr st tomar um problema contei tuaJ. Numa
i panir
ctn qiue,
jwwo Luuí-m da medfonL. M» idéú dc qiK
a mciàlulfl paragem de seu PizntmiHKr semiAti&i, Winfried Noth'3 (200.3) levan¬
do
* já ati J£
dr><«vç o abata» snh as napM cortClCtO tou a questão da dupla conotação do termo
xtjfro na teoria.
Corno ArbiótuL-i rirKi^a cut poder de pói sob <m aLbui'
'

j paJavH? Por inicrmcdlo da caractcrÍHMH de lúdà


«A,, Repretcntimui r 0 nome pciireina dft "injeto prrrepu'-
fa, que ê rtiúHrv, "irar
wl“ (CP. 2-230} <|uc serve con» sigoo para n
recepte,
|,,.| Naunrws, p»rán, que tu ternúnulqgii «mlfiiica Iri
Uma vr que llicoeur não desenvolve, nessa pascem, a menílo- Ivnu grande Ootifiisãn lErjtiuvdtigk* emit
«He OaireLtto
«imo um Jus «HH|M>licntei du
nada diferença emre a concepção pciràana de ícone e o “fizer imagem",
xignn e a tigna mrsmo na
WR totalidade, $eja niàdica OU diiiicn.
de Aristóttks. somoí levado* a crer que ambos se referem, quando
falam A ijislinçin rcrmiiiológka ranre e«*5 diux
perspetivas
dc metáfora, ao LMsmo constituinte imagístico das palavras. Ora, nesses pudâii mi TOtai-s do sigtw t muicH «-jcí d^uldada, a
ponto <k algum aurores marem o termo sigtoi im
termos, não há de tato oúrttmdbção em se associar a metáfora construída
wnrido
do repje-:<mãmen peJtHano e. tXIUvx vezes, no
sentido do
com palavra* á categoria dos signos icónicos. A quesiáo a se colocar neste signo ha rua roptidadr. Peirce mc'mo nlu Rn sempre cun
na prática, qualquer scquciite ao ob«rvir rsu dilettnpi... 11
ponto é se uma tal irUeqHci.içãu Uao invalidaria,
distinção emrc símbolos c ícones, neurralizando essas categorias; e se esse Nore-re a exAitt penininda dessa obsen-jçlo ao problema qtk es¬
94 ícone resultante de representações simbólicas deve ser cotBidcrado como tamos considera ndri. Quando afirmame^ que uma estrururj stmbóllcj 95
um critério definidor jiLrtamcntc nas cincunsriincias em que o objetivo
da
cwhóh um tçcme, estamos uxilnando o coticeiro de signo
koniòdáde, o que com® unidade
teoria í distinguir e descrever as formas especificai da
[

r
triádica, constituída por um Represeniim<ij (a parte t

perceprtvel do sig
só pode pressupor uru contrasrc entre os modo? tcAiúcn, simbólico in-
e í

no), um Objcm la coisa representada) c um


Interpretante (o novo signo is
devkal de representação Isto porque, Sc levarmos is últimas consequên¬ tradutor surgido da relação entre Represenrámcii c Objeto) C i

jcbnioM na medida em que ocor¬ r


i

cias esse preociio (expressões verbais são srgitos re nesses casos é que estabdecemos um^ relação convent ional enrre

sjnmíRi
esse
que invocam imagens manais), tiàn haverá mio, a não ser a prescrição RcpresenuVrncn c o Objeto, cujo Inrcjpicianre crm.ustira
numa “ n" imanei
retórica, para se empregar uma iiict.ifora cm lugar dc uma descrição ou qtw “é paire do simbulo' (Peirccj. Mas quando traiumo* espcclftcamcjur
mesmo dc um simples adjetivo para Sé chegar às qualidades do objeto
representado. Afinal. consíderando-se o intcrprrtanic do signo. uma pa¬
de signos iedoiços

— — d húnguinJoos, portanto, do® símbolos e índica


, e coilreiruamos a icon i cidade cumo
semelhança enrre signo eobjera,
t

f
lavra como axttl resultaria míús purameiite qualiuriva do que uma sen¬ pressupõe -se que estamos crnpregandt* o termo dgtiti na ourra
4
v
cIisslIiqjituis acepção,
tença como "esce homem ç uma raposa" (mas nem por isso Correspondendo rííi-Somertic no RqsreSfrntãnicn . J; nesse <aso não t
pu*-
os adjetivos como signos icônicoí). s(vd c-onfitnJir representações
simbólicas e represefltaçõe* kóni-cas, puis o

6. Um problema terminológico?
atributo da semelhança entre o® dois correíatw do iigno é o que as dis- Referential
«inguc.
É provável que essa arrbiguidade terminológica «reja tambóni na
L Bibliografia consultada (teoria);
Lkw de muitos Jcm obstáculi^ que irão se impor i compreensão do signo
icAnico metafórico de J’eirce. Afinal, a mesma flutuação entre duas con¬
cepções de Jgno interfere na compreensão do signo icónku metafórico:
ACGHAR, Francisco D.» c à^w^ivMNni: alguns rema* de Hor.ktoc nu
presença em
portu^ulx. Sío PiiukiK Edusp, 1994.
dc um iadn está o ci mniur dc koiiicidade baseado na semelhança tntre
ANTUNES, Arnaldo. 4G eirrwí< Sin Fãnta Ilumlntiru, 2W0,
Signo c Objeto (ou seja, partindo de uma concepção parcial do termo
a CAMPOS. Auyjsroi CAMPOS, Harnldn; PlGNATAHI, Uccio. Afofam/ .1 ed. São
signo, que equivale i icste caso ao Representirnen c designa não-somente PiuId: Perspetiva, 1991 .
o
parte perceptm’1 do signo); edo outro lado estão as leituras que tomam COlAPlfl HO, Vincent M , OLSHE WSiKY, Thnuius M. (cd.), i'mve't ti»i irnw
termo metnifnra como sinónimo de meidfira Lvrbat apoiando-s*
e, numa
j^nrr tlienej.', ^jicadons and cunnccrinns. Berlin: New
:>f
York MiHiicin । li- Grum,
perspccciva iiêidirado signo, associam a semelhança mciafóriw ao Inter- 1995.
uma relação
pretanie, irto t, à imàgcm obtida como produm finai dt GUMFEL, [.iscioiW’. tmJWw/: A non-ArrSlulclian p<i >pffiivç. Bloaming-
UHli Indiana l.niwsity Fren, 1984.
simbólica.
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