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VIA VERDE DE TRAUMA

Via Verde de Trauma

TRAUMA

• Principal causa de morte em pessoas < 44 anos

• TCE e hemorragia contribuem para a maior parte das


mortes no primeiro e segundo pico de mortalidade

• Hemorragia secundária ao trauma é responsável por


40% da mortalidade

• Maior parte das mortes evitáveis em trauma no


intra-hospitalar estão relacionadas com a hemorragia
e a coagulopatia secundária

• Alterações da coagulação estão presentes em 25-30%


das vítimas de trauma grave à chegada ao hospital,
mesmo antes das manobras invasivas de
ressuscitação
Emergências Médicas

TRAUMA

De acordo com a gravidade da lesão, o trauma pode ser classificado como minor, moderado, grave ou
incompatível com a vida (Richmond & Aitken, 2011) no entanto a definição de trauma grave, ou trauma
major, é algo inconsistente na literatura actual (Lossius, Rehn, Tjosevik, & Eken, 2012).

Pessoa vítima de trauma grave


Pessoa vítima de uma ou mais lesões que colocam em risco a função de um órgão, membro, sistema
orgânico ou que coloque em risco a própria vida
Wilson, Grande, & Hoyt, 2007

Politraumatizado
Pessoa que possui duas ou mais lesões graves com compromisso de mais do que um sistema do
organismo
Wilson, Grande, & Hoyt, 2007

Trauma nursing
Care provided to injured patients by professional nurses who are members of the multidisciplinary team
Therese S. Richmond & Leanne M. Aitken, 2011
Via Verde de Trauma

Distribuição trimodal da mortalidade no politraumatizado


Via Verde de Trauma

Goldenhour

Conceito estático e controverso

Mínimo tempo possível no local

Transporte para Centro de


Trauma mais adequado
Via Verde de Trauma

VIA VERDE DE TRAUMA


Via Verde de Trauma

VIA VERDE DE TRAUMA

Centros de Referenciação e
Circuitos
Encaminhamento

Equipa de Trauma Enfermeiros Especialistas EMC-PSC

Critérios de Ativação Critérios Fisiológicos - RTS


Critérios Anatómicos
da Equipa de Trauma Critérios Mecanismo de Lesão
Abordagem ABCDE
Princípios de (Avaliação Inicial < 20 min)

Tratamento Abordagem Secundária < 60 min


Via Verde de Trauma

VIA VERDE DE TRAUMA


Via Verde de Trauma
Via Verde de Trauma

Loyola University Medical Center


Maywood, Chicago, Illinois

Department
Of Surgery

Trauma
Service

Trauma Trauma
Director Coordinator

Trauma Critical Care


Residents Nurse Practitioners
Via Verde de Trauma

ÍNDICES DE GRAVIDADE
A implementação de índices de gravidade no pré-hospitalar, pode ajudar a diminuir os casos de “over-triage”,
em que doentes com trauma minor são encaminhados para centros de trauma mais diferenciados e diminuir os
casos de “under-triage”, em que doentes mais graves acabam por ser encaminhados para centros menos
diferenciados.
Roorda et al. Injury, 1996

A caracterização da severidade da lesão é fundamental, tendo como objectivos:

➢ Facilitar o processo de triagem e referenciação do doente;


➢ Prever o resultado em função da gravidade da lesão;
➢ Avaliar a eficácia do processo de trauma;
➢ Estratificar os doentes em grupos comparáveis, para estudos retrospectivos (identificar e controlar
diferenças) e prospectivos (investigação científica).

Ordem dos Médicos, 2009


Via Verde de Trauma

ÍNDICES DE GRAVIDADE
Via Verde de Trauma

ÍNDICES DE GRAVIDADE
O Revised Trauma Score (RTS) é um índice de gravidade fisiológico que utiliza a conjugação de três parâmetros: a escala de coma de
Glasgow, a pressão arterial sistólica e a frequência respiratória.

Considerado um índice de fácil aplicabilidade, tanto a nível pré-hospitalar como intra-hospitalar, é de fácil manuseio por parte dos
profissionais e facilita a adesão ao seu registo.

A RTS consegue identificar cerca de 60% dos politraumatismos mais graves e cerca de 70% dos doentes com RTS<12 tem lesões
graves.
Roorda et al. Injury, 1996

Glasgow Coma Score PA Sistólica Frequência Respiratória


13-15 4 >89 4 10-29 4
9-12 3 76-89 3 >29 3
6-8 2 50-75 2 6-9 2
4-5 1 1-49 1 1-5 1

3 0 0 0 0 0
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Condições de Segurança

Cinemática

Número de Vítimas

Necessidade de reforço de meios no local

Que medidas implementar

Controlo de hemorragia

Definir necessidade de transporte imediato


Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Veículos Ligeiros

• Impacto Frontal

• Impacto Traseiro

• Impacto Lateral

• Impacto Rotacional

• Capotamento
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Veículos Ligeiros

• Impacto Frontal

• Impacto Traseiro

• Impacto Lateral

• Impacto Rotacional

• Capotamento
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Veículos Ligeiros

• Impacto Frontal

• Impacto Traseiro

• Impacto Lateral

• Impacto Rotacional

• Capotamento
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Veículos Ligeiros

• Impacto Frontal

• Impacto Traseiro

• Impacto Lateral

• Impacto Rotacional

• Capotamento
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Veículos Ligeiros

• Impacto Frontal

• Impacto Traseiro

• Impacto Lateral

• Impacto Rotacional

• Capotamento
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Veículos Ligeiros

• Impacto Frontal

• Impacto Traseiro

• Impacto Lateral

• Impacto Rotacional

• Capotamento
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Acidentes Agrícolas

• Pouco comum em zonas urbanas

• Difícil estabilização do tractor (centro de gravidade e consistência do solo)

• Frequentes lesões por esmagamento e síndromes compartimentais


Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Motociclos

• Impacto Frontal

• Impacto Angular

• Projecção
Abordagem do CINEMÁTICA
Local. Segurança e Cinemática
DO TRAUMA

Trauma Fechado | Motociclos

• Impacto Frontal

• Impacto Angular

• Projecção
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Motociclos

• Impacto Frontal

• Impacto Angular

• Projecção
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Motociclos

• Impacto Frontal

• Impacto Angular

• Projecção
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Fechado | Atropelamento


Abordagem do CINEMÁTICA
Local. Segurança e Cinemática
DO TRAUMA

Trauma Fechado | Quedas

• Altura da queda

• Superfície onde ocorre a queda

• Tipo de queda
a) Queda de pés
b) Queda de frente
c) Queda de cabeça
Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Penetrante | Arma Branca

• Baixa energia: facas, picador de


gelo, …

• Tamanho da lâmina

• Cone de lesão

• Feridas abaixo da linha mamilar


(5º EIC) podem afectar órgãos
abdominais

• Risco especial de infecção


Abordagem do Local. Segurança e Cinemática

Trauma Penetrante | Arma de Fogo

• Baixa e alta energia (610m/s)

• Porta de entrada menor que porta de saída

• Nem sempre existe porta de saída

• Podem existir diversas portas de saída


devido à fragmentação do projéctil

• Cavitação temporária nas armas de alta


energia pode ser 30-40 vezes maior que o
diâmetro do projéctil

• Risco especial de infecção


Abordagem do CINEMÁTICA
Local. Segurança e Cinemática
DO TRAUMA

Explosões
DCR – Damage Control Ressuscitation
DCR – Damage ABCDE
ControlEM
Ressuscitation
TRAUMA
Controlar Hemorragia
Externa
ABORDAGEM CABCDE
Identificar hemorragia
interna
LESÃO TRAUMÁTICA
Pelvic FAST Load and
Sling Go

Limitar intervenção no
HEMORRAGIA local

Limitar infusão de
fluidos
HIPOPERFUSÃO EXPOSIÇÃO
COAGULOPATIA Fluidos aquecidos

Ácido Tranexâmico

ACIDOSE HIPOTERMIA Hemoderivados


DCR – Damage Control Ressuscitation

DAMAGE CONTROL RESSUSCITATION

FILOSOFIA: manter o doente vivo acima de tudo, com controlo imediato da hemorragia e instituição de
medidas que visem agressivamente parar a exaustão fisiológica do politraumatizado

Tem como objectivo prevenir ou mitigar:


• Hipotermia
• Acidose
• Coagulopatia

Através de uma actuação terapêutica combinada:


• Controlo de hemorragia precoce
• Ressuscitação hipotensiva
• Ressuscitação hemostática
• Prevenção da hipotermia
• Correcção da acidose
DCR – Damage Control Ressuscitation

DAMAGE CONTROL RESSUSCITATION


• A abordagem do politraumatizado começa no local da
lesão

• Conceito de golden hour – rapidez de atuação no PH

• Ao contrário do doente com patologia médica, o


politraumatizado apenas tem acesso ao tratamento
definitivo em contexto hospitalar

• A abordagem pré-hospitalar deve centrar-se no DCR e


em transportar rapidamente o politraumatizado para o
centro de trauma mais próximo com capacidade para
fazer DCS – Damage Control Surgery.
DCR – Damage Control Ressuscitation

DAMAGE CONTROL RESSUSCITATION


DCR – Damage Control Ressuscitation

DAMAGE CONTROL RESSUSCITATION | ABORDAGEM PRÉ-HOSPITALAR

• Ênfase da abordagem no reconhecimento de lesões ameaçadoras da vida com rápida transferência


para centro de trauma, com instituição de medidas de DCR;

• Tempos limitados de abordagem no local;

• Aviso prévio do centro de trauma de referência;

• Abordagem chave:
a) Controlo imediato de hemorragia externa;
b) Administração de TXA;
c) Descompressão torácica;
d) Prevenção de hipotermia.
DCR – Damage CONTROLO
Control Ressuscitation:
DE HEMORRAGIAControlo Hemorragia
EXTERNA

Torniquetes colocados antes da instalação de choque hemorrágico têm uma


taxa de sobrevivência de 90% (face a apenas 20% quando colocados mais
tardiamente).
DCR – Damage CONTROLO
Control Ressuscitation:
DE HEMORRAGIAControlo Hemorragia
EXTERNA
DCR – Damage CONTROLO
Control Ressuscitation:
DE HEMORRAGIAControlo Hemorragia
EXTERNA

Mecanismo de lesão
Sinais de choque
(trauma fechado)
DCR – Damage CONTROLO
Control Ressuscitation:
DE HEMORRAGIAControlo Hipotermia
EXTERNA

Por cada grau abaixo de 36ºC a mortalidade aumenta 10%

Perda de sangue

Exposição ambiental

Intervenção das equipas

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