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Resumo do artigo intitulado “Estudo retrospectivo comparativo entre as análises

citológicas e histopatológicas no diagnóstico de tumores de células redondas em cães”.

Aluna: Lívia Magrini Costa

Em diagnósticos de neoplasias, os exames mais utilizados para avaliação de


morfologia celular e classificação dos diferentes distúrbios patológicos são os citológicos
e histopatológicos. Comparando os dois exames, a citologia é rápida, de preço acessivo,
e pouco invasiva, tendo por desvantagem possibilidade de lise celular, podendo
interferir na leitura e sugestão do diagnóstico. Enquanto que o exame histopatológico
apesar de maior precisão nos resultados, é mais invasivo e necessita da sedação do
paciente.

Normalmente as neoplasias de células redondas se originam do sistema


hemolinfático com principal característica a forma arredondada, não agrupadas e de
núcleo redondo. São separadas em seis diferentes grupos, as neoplasias histiocitárias ,
os linfomas, as neoplasias de plasmócitos, os mastocitomas, as neoplasias de origem
melanocítica e o tumor venéreo transmissível.

As neoplasias histiocitárias são tumores complexos que podem se originar de


células macrófagas ou dentríticas. Eles podem ser classificados em neoplasias benignas,
como os hitiocitomas, e neoplasias malignas, como os sarcomas histiocíticos. Os
histiocitomas são mais comuns em cães jovens e tem preferência anatômica por certas
regiões do corpo, como orelhas, pescoço e cabeça. Em contrapartida, os sarcomas
histiocíticos podem ocorrer em qualquer região, são mais agressivos e de crescimento
invasivo.

Já o linfoma é uma propagação de linfócitos e representa a segunda neoplasia


com maior incidência em cães e gatos, podendo ocorrer em diferentes órgãos, como
fígado, baço, linfonodo e pele, e é mais comum em animais idosos. Os linfomas podem
ser classificados conforme com a sua localização e aspectos celulares, como tamanho
das células, nucléolo grandes, entre outros. São frequentemente relatados em gatos
infectados pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) ou o vírus da leucemia felina
(FELV).

As neoplasias originadas de plasmócitos apresentam duas formas diferentes, o


plasmocitoma extramedular e mieloma múltiplo. Normalmente o plasmocitoma é
benigno, podendo ocorrer em várias partes do corpo, como pele, mucosas, reto e cólon.
É frequentemente relatado em cães de raças Cocker Spaniel, Poodles, entre outros, e
macroscopicamente, possui uma massa solida, elevada e de coloração avermelhada. O
mieloma múltiplo, por outro lado, é maligno e tem origem na medula óssea. Não há
predileção por raças espeíficas, sendo maior observado em cães idosos.

O mastocitoma é uma neoplasia que se origina dos mastócitos e de alta taxa de


metastatização. Macroscopicamente, os mastocitomas são nódulos que variam em
tamanho podendo ulcerar. A classificação histológica mais utilizada, divide os
mastocitomas em três graus. O grau I é bem diferenciado, restrito a derme e ausência
de mitose. O grau II começa a se infiltrar na derme, apresentam mastócitos menos
diferenciados e algumas fases de mitoses. Já no grau III, a neoplasia está profundamente
infiltrada, pouco diferenciadas, apresentando células multinucleadas e alto incide
mitótico.

As neoplasias melanocíticas são tumores de origem de células produtoras de


melanina, os melanócitos. Se desenvolvem em locais pigmentados como pele, lábios,
íris, entre outros. Costumem acometer cães idosos, sendo machos os mais propensos à
tal condição. A Organização Mundial de Saúde classifica as neoplasias melanocíticas em
malignas, os melanomas e benignas, os melanocitomas. No aspecto macroscópico os
melanocitomas são bem delimitados e de cor escura, por outro lado os melanomas
variam de coloração e podem ulcerar.

O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia geralmente encontrada


em pequenos animais e de perfil contagioso. Normalmente pode afetar mucosas da
região genital externa, mas também ocorre ocorrer em cavidades oral e nasal.
Macroscopicamente o TVT se apresenta como lesões irregulares de cor avermelhada,
com odor forte e secreção serosa. O tumor é uma lesão nodular, constantemente
ulcerada, podendo apresentar pontos necróticos.

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