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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

COORDENAÇÃO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS
DOCENTE: Prof° RICARDO BARROS
TURMA: 7°PERÍODO - MANHÃ

TUMORES CRANIANOS

Camila Beatriz de Sousa Moura - 20014559

MAIO/2023
TERESINA/PI
Os tumores cranianos nos últimos anos são frequentemente usados de forma
permutável e não apenas primariamente ligados apenas ao cérebro, embora esteja
relacionado a compressão ou infiltração do tecido nervoso. Os casos de mortes por
câncer, os tumores cranianos representam a terceira causa de morte entre pessoas
de 15-34 anos e corresponde a 20% de todos os tumores sólidos em crianças
(exceto leucemias). A cada 100.000 habitantes uma proporção de 6-20 casos é
diagnosticada conforme o tipo de tumor, idade e a raça do paciente considerado. Os
tumores por gliomas ocorrem geralmente a cada 2 pessoas para uma população de
100.000 habitantes na idade de 2 anos e em adolescentes uma proporção de 1 a
cada 100.000 habitantes.
As histologias malignas mais comuns nessa faixa etária são os gliomas
(Astrocitomas; Ependimoma; Plexopapiloma; Tumores Neuronais; Pinealomas),
tumores embrionários e tumores de células germinativas, enquanto a histologia não
maligna específica comumente se encontra os tumores da hipófise. As diferentes
células que geram os tumores cerebrais estão a meningioma que deriva de células
aracnóides, da pia-máter, neurinomas de células de Schwann e oligodendrogliomas,
ependimomas e astrocitomas de oligodendrócitos, células ependimárias e
astrócitos. Tumores raros como neurocitoma, neuroblastoma, gangliocitomas e
ganglioneuromas que derivam de células de linhagem neuronal.
Muitos fatores ambientais e genéticos foram estudados com intuito de
identificar um fator responsável por uma grande proporção de tumores cerebrais na
infância e adolescência e outros tumores no Sistema Nervoso Central (SNC), no
entanto não foi possível identificar. Existem dois fatores primários para tumores
cerebrais e outros tumores do SNC em crianças, adolescentes e adultos que estão
bem associados: distúrbios hereditários de um único gene e a radiação ionizante
(OSTROM, 2021).
No crescimento infiltrado de astrocitomas de grau II, III e IV não há presença
de bordas definidas, e apresentam células tumorais aparentes, além disso contém
nódulos tumorais aparente com grandes distâncias.Exceto o astrocitomas pilocítico,
98% da população de células tumorais pode ser removida, porém devido a grande
distância dos nódulos tumorais, podem gerar impossibilidade de alcance “borda
livre” principalmente nos graus II a IV de astrocitomas cerebrais.
A oncogênese de glioma ocorre pela hipótese de diferenciação anormal como
origem dos gliomas. Na passagem de uma célula precursora para uma célula
madura provocam mutações que dão origem a tumores malignos, quando essas
mutações se tornam mais precocemente. Na hipótese da desdiferenciação, a
origem dos gliomas acontecem pelas células anormais devido às alterações
genéticas nelas induzidas. Quanto mais alterações ocorrem, maior será o grau de
malignidade do tumor resultante.
O Glioblastoma (GBM) altamente letal é um tumor cerebral que acomete
adultos com respostas pobres a imunoterapias, apesar de um regime de tratamento
padrão agressivo de ressecção cirúrgica, radioquimioterapia, quimioterapia
adjuvante e campos de tratamento de tumores. Os microambientes tumorais (TME)
da GBM única em sua composição celular e acessibilidade às células imunes
também se tornam uma e contribuem para seu fenótipo de TME altamente
imunossupressores e “frio”. A redução da imunossupressão causada por essas
células estromais tem o potencial de promover a infiltração de células T efetoras
funcionais e criar novas oportunidades de tratamento. Embora seja rompida, a
barreira hematoencefálica permanece seletivamente permeável às células efetoras
e terapêuticas. Os astrócitos suportam o crescimento e a capacidade metastática
das células tumorais e os neurônios suportam a proliferação de células tumorais por
meio da secreção de um gene (TOMASZEWSKI, 2019).
O diagnóstico de Tumores Cerebrais ocorre mediante a exploração clínica na
avaliação do nível de consciência e funções superiores, os pares de nervos
cranianos, realização dos testes de reflexos tônus-força-sensibilidade e tônus
patológicos, assim como na observação da integridade da coordenação motora,
sinal de romberg e marcha. Através de exames complementares da Tomografia e
Ressonância Magnética avaliando a localização e multiplicidade, a presença de
efeito de massa (tumor + edema cerebral), o deslocamento da linha média e
presença de hérnias cerebrais, aparência no estudo com contraste.
O tratamento pode ser realizado por via medicamentosa para redução do
edema vasogênico, com fenitoína ou outras drogas antiepilépticas se houver
apresentação de convulsões epilépticas focais ou generalizadas. Procedimentos
cirúrgicos em tumores extracerebrais como meningioma, neurinoma, adenoma e
radioterapia e quimioterapia.

REFERÊNCIAS
HOSSAIN, Md Jobayer et al. Epidemiology and prognostic factors of pediatric brain
tumor survival in the US: Evidence from four decades of population data. Cancer
epidemiology, v. 72, p. 101942, 2021.

OSTROM, Quinn T.; FRANCIS, Stephen S.; BARNHOLTZ-SLOAN, Jill S.


Epidemiology of brain and other CNS tumors. Current Neurology and
Neuroscience Reports, v. 21, p. 1-12, 2021.

TOMASZEWSKI, William et al. Brain tumor microenvironment and host state:


implications for immunotherapy. Clinical Cancer Research, v. 25, n. 14, p.
4202-4210, 2019.

Site de consulta para pesquisa:


https://www.ucm.es/data/cont/docs/420-2014-03-10-05%20Tumores%20ppt.pdf.
Acesso em 29 de maio de 2023.

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