Você está na página 1de 60

Especialização em Neuropsicologia com

Formação em Reabilitação Cognitiva


Neuropsicologia nos Tumores
Cerebrais

Prof. Carla Regina Boldrini


Tumor ou Neoplasia

 Crescimento anormal de células de um tecido em que a divisão


celular que foge ao controle dos mecanismos genéticos de um tecido

O tumor se forma quando, por algum motivo, uma ou algumas células do corpo
sofrem uma mutação e deixam de morrer e o organismo não percebe isso. Dessa
forma, o corpo continua a produzir novas células, sem que as antigas morram.
Isso gera um acúmulo de tecido conhecido como tumor.
Fatores causais
 A maioria dos tumores cerebrais se desenvolve a partir de anomalias
genéticas sem motivo aparente e sem nada que possa associá-las a
algo que a pessoa tenha feito ou deixado de fazer.

 Prevenção - Como a maioria dos tumores cerebrais não está


associada a fatores de risco e ocorrem sem motivo aparente, também
não há meios de preveni-los.
Benigno x Maligno

 Lesão benigna: são de crescimento lento,


expansivo, e são bem tolerados pelo
organismo do hospedeiro.

 Lesão maligna: implica em rápido


crescimento, pobre diferenciação, aumento
de celularidade, mitoses, necrose e
proliferação vascular.
 Denominado de Cancêr
Benigno x Maligno

 Tumores benignos podem ter efeitos devastantes no SNC, pois


expande-se em um continente rígido.

 Tumores benignos e malignos podem ser graves, a depender do local


que crescem e sua capacidade de se espalhar para outros órgãos
(metástase). Por isso, às vezes eles necessitam de tratamento e outras
vezes não.
Origem do Tumor

 Primárias: quando são originárias do próprio Sistema Nervoso Central


(celulas cerebrais, meninges, medulo e nervos cranianos)

 Secundárias: quando são originárias de metásteses de tumores de


outro orgão do corpo que acabam por se instalar no cérebro.
Incidência de Tumor Cerebral
 Tumor cerebral ocorre em cerca de 20% das neoplasias malignas na população mundial.
 De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 10% dos cânceres no
Brasil são cerebrais.

 Adulto : Estimativa de 5 casos a cada 100.000 pessoas/ano no Brasil


 Crianças e adolescentes : proporção de 1/600.

 A distribuição etária da incidência acomete na maioria crianças ou adultos acima dos 45


anos.
Tratamento
O tratamento irá variar de acordo com o tipo de tumor cerebral, a faixa
etária do paciente, a localização do tumor, dentre outras.
Para o tratamento normalmente é realizada cirurgia, radioterapia e/ou
quimioterapia.

Além do tratamento para o câncer cerebral específico, os pacientes


também podem precisar de tratamentos para o controle dos sintomas
(convulsão, inchaço cerebral, etc.).
Efeito colateral do tratamento

 Qualquer das medidas de tratamento (cirurgia, quimioterapia e


radioterapia) podem gerar complicações pelo comprometimento de
estruturas cerebrais complexas e desencadear distúrbios somáticos
ou neuropsiquiátricos.

 Radioterapia, apesar de muito eficaz na infância, é o tratamento que


mais contribui para déficits cognitivos futuros.
Consequências do tumor cerebral

Algumas sequelas ou complicações podem ser fator de risco para o


agravamento das disfunções neurocognitivas.

– Aumento da pressão intracraniana -Hidrocefalia,


– Destruição de tecido neuronal;
– Invasão de células neoplásicas em diferentes áreas;
– Indução de crises epilépticas, isquemias e hemorragias.
– Infecções pós- cirúrgicas.
Prognóstico
 É extremamente difícil definir um prognóstico, sendo o tumor cerebral bastante
imprevisível e ainda há possibilidade de reincidiva.

 A possibilidade ou tempo de sobrevivência está normalmente relacionada com


múltiplos fatores como: a idade do paciente, o tipo de tumor e a sua localização, tipo
de tratamento e ainda com a condição física do doente no momento do diagnóstico.

 As taxas de cura também variam de acordo com cada situação específica.


Tipos de Tumores Cerebrais
Existem vários tipos de tumores cerebrais, sendo que na maioria dos casos o
tumor é nomeado pelo tipo de célula de origem e de acordo com a sua localização.

 Glioma : tumores de células gliais.


 Meningeomas: originários das meninges
 Neuromas ou neurinomas: tumores das bainhas dos nervos
 Tumores metastáticos : originários de outros órgãos ou tecidos que podem se
disseminar pelo sangue.
Tumor Metástico

 Metástases cerebrais ocorrem em 20% a 40% em pacientes com


câncer
 Qualquer tumor primário pode metastatizar para o Sistema Nervoso
Central
 São freqüentes entre 5º e 6º décadas de vida
 Disseminação ocorre por via hematogênica
 Histologicamente são semelhantes ao primário
Tumor Metástico
 Distribuição: 80% hemisférios cerebrais
15% cerebelo
5% tronco cerebral
Sinais e sintomas mais comuns:
- cefaléia
- alteração motora
-crise convulsiva
- alteração do nível de consciência
Classificação dos tumores de acordo com a
localização

Os tumores cerebrais são


divididos em duas classes gerais: os
supratentoriais e os infratentoriais,
de acordo com a sua localização face
ao Tentorium (membrana que separa
o cerebelo e tronco cerebral dos
hemisférios cerebrais).
Tumores infratentoriais

 Os sintomas dos tumores infratentoriais estão frequentemente


relacionados com:
– Hidrocefalia, na medida em que se verifica uma obstrução do fluído
cerebroespinal (cefaléias matinais, náuseas, vômitos, ataxia)
– Diplopia,
– Alterações de personalidade e comportamentais,
– Entre outros.
Tumores supratentoriais

 Os tumores supratentoriais estão mais associados a déficits


neurológicos focais, a depender do região atingida.

 Em termos de funcionamento cognitivo, graus mais elevados de


incapacidade foram identificados entre os sobreviventes de tumores
localizados na região supratentorial.
Classificação celular dos tumores

 Os tumores cerebrais primários subdividem-se em tumores da glia e


tumores não-gliais.

 Os tumores da glia, como o nome indica revelam a influência das


células da glia, que têm um papel de suporte, protecção e nutrição
dos neurônios.

 Um tumor que envolve este tipo de células é por norma denominado


de glioma.
Gliomas

 Os gliomas encontram-se também dividos em subgrupos, dependendo


da localização das células gliais, como o astrocitoma (mais comum), os
oligodendrogliomas e os astroblastomas (mais raro).

 Classificados do grau I (com crescimento lento) até ao grau IV (invasivo e


com crescimento rápido), grau mais comum nos tumores cerebrais
primários .
Tumores não-glia
 Tumores não-gliais englobam uma vasta gama de tumores cerebrais.

 Um dos tumores não-gliais mais comum é o meningioma, podendo


ser classificado do grau I ao grau III, do benigno ao maligno.

 Meningiomas: originários das membranas que recobrem o cérebro.


Meningioma

 Por possuírem característica de crescimento lento os meningiomas podem


ser diagnosticados tardiamente.

 Sintomas cognitivos identificados incluem disfunção executiva, distúrbio da


fala, deficit de memória, atenção, confusão mental, desorientação,
associados ou não a crises convulsivas.

 Os distúrbios psiquiátricos mais freqüentemente encontrados incluem


quadro de ansiedade, depressão, histeria e, em alguns casos, sintomas
psicóticos.
Tumores - Sintomas
 Sintomas de Hipertensão intracraniana:
 Cefaléia (preferencialmente pela manhã),
 Vômitos em jato,
 Tontura e prejuízo na coordenação motora,
 Convulsão.

 Outros sintomas
irão depender
da área afetada.
Sintomas - Localização
 Temporal: aparecimento de crises convulsivas, distúrbios visuais e quadros
de afasia
 Parietal : perda sensitiva e perceptiva, anosognosia, hemiparesia e
distúrbios das capacidades visuo-espaciais.
 Occipital: Alteração na visão e crises convulsivas visuais
 Frontal: alterações de personalidade, déficits no juízo crítico, abulia,
anormalidades na marcha, incontinência urinária e reflexos primitivos.
Sintomas - Localização

 Cerebelo: alteração no movimento.


 Tronco cerebral: fraqueza, rigidez muscular ou problemas com
sensibilidade, audição, movimentos da face ou deglutição e visão
dupla.
 Medula espinhal : podem provocar fraqueza, paralisia ou dormência
em tronco e membros.
Sintomas Cognitivos
 As alterações cognitivas podem ser o primeiro indicador da doença
ou da recidiva após tratamento.

 O funcionamento cognitivo é considerado como uma importante


medida na abordagem de pacientes com tumores cerebrais.

 Em tumores de crescimento lento, o funcionamento intelectual pré-


mórbido têm grande importância na manifestação dos sintomas
cognitivos.
Distúrbios Cognitivos nosTumores
Comparada à população geral, uma porcentagem significativa de pacientes
com tumores cerebrais apresentam problemas de cognição. Destacando
prejuizos na:
- Atenção
- Memória
- Funções executivas

 Associação entre o local das lesões e déficits;


 Melhora cognitiva após retirada total, podendo haver sequelas de acordo
com o prognóstico;
 Pioras cognitivas nas recidivas.
Setor de Neuropsicologia
Distúrbio cognitivos de causas secundárias

 Sequelas de acordo com a patologia: infecção, isquemia, epilepsia,


hidrocefalia.

 Por exemplo - Epilepsia secundária: a própria convulsão e a medicação


para seu tratamento podem causar déficits em velocidade de
processamento da informação, função psicomotora, função executiva e
memória operacional.
Tumores em crianças

 Na infância os tumores tem menor latência, geralmente crescem


rapidamente e são mais invasivos.
 Porém, respondem bem ao tratamento

 Os estudos têm demonstrado que grande parte dos sobreviventes de


câncer infantil efeitos tardios severos (entre os quais neurocognitivos)
em consequência da doença e intervenções terapêuticas, muitos dos
quais poderão ser identificados tardiamente.
Fatores emocionais

 Mudanças de humor são mais comuns em pacientes com tumores


que em outras doenças neurológicas e podem estar relacionados com
a localização da lesão.

 A incidência de depressão em pacientes com tumor cerebral é


bastante elevada sendo uma das psicopatologias mais frequentes em
pacientes com neoplasia cerebral, em conjunto com a ansiedade.
Tratamento com neuropsicólogo
 Fase inicial: desde o momento do aparecimento dos sintomas,
passando por todo o processo de avaliação e definição do
diagnóstico.
 Fase de adaptação: avaliação das sequelas e de orientação para lidar
com os processos cognitivos e emocionais.
 Fase de adesão aos tratamentos no ensino de estratégias para lidar
com as sequelas
 Reabilitação de funções afetadas pela doença e intervenção nos
processos psicopatológicos
Avaliação Neuropsicológica nos Tumores Cerebrais

A avaliação neuropsicológica proporciona informações que o exame


neurológico, muitas vezes, não consegue detectar.

A avaliação fornece dados pré e pós-operatórios que auxiliam na conduta


neurocirúgica e na programação de reabilitação destes pacientes.
Avaliação Neuropsicológica nos Tumores Cerebrais
Importante:
–Utilizar testes que rastreiem todas as funções cognitivas;
–Ampliar testes de funções que devam estar atingidas para detalhar
a avaliação;
–Usar mais de um teste para cada função;
–Cada sessão avaliar um pouco de cada função;
–A escolha dos testes deve ser baseada no perfil do paciente.
Avaliação Neuropsicológica nos Tumores Cerebrais

• Testes para atenção e concentração


• Testes de memória (curto e longo prazo)
• Testes para relação visuo-espacial
• Testes para linguagem
• Testes para função executiva

 Importante avaliar o emocional, caso o paciente possa ser submetido a


cirurgia acordado.
 Incluir escalas de humor, além dos testes projetivos.
Testes para avaliação neuropsicológica pré-cirúrgico

Testes específicos para funções cerebrais para identificação da lateridade


(Identificar o hemisfério dominante) :

Preferência da lateralidade
Testes para lateralização da função motora
Testes para lateralização da função perceptiva
Testes para função verbal e memória visual
Avaliação da Laterização
 Para identificar o hemisfério dominante – se a dominância é Esquerda:
 Se a Lesão é do lado direito espera-se:
 prejuízos perceptivos e atividades de execução.
 Linguagem e atividades verbais preservadas
 Se a Lesão é do lado esquerdo espera-se:
 Prejuízos na linguagem e atividades verbais.
 Percepção, praxia e atividades de execução preservados.

 Auxilia na programação cirúrgica : que deve ser cuidadosa para não haver
prejuízos ao hemisfério dominante causados pela cirurgia.
Testes para avaliação neuropsicológica

Testes gerais para identificação de perfil pré-mórbido:

Teste de inteligência

Teste de conhecimentos acadêmicos

Medidas da emoção e funções psicossocial


Avaliação Pré-cirúrgica
 Contribui para que o médico compreenda o funcionamento prévio do paciente.
 Pesquisar outras morbidades que possam contra-indicar o tratamento
cirúrgico;
 Avaliar o risco de alterações cognitivas;

 Fornece dados ao neurocirurgião de como e em que extensão a lesão.


 Localizar áreas com funções alteradas;

 Possibilita que ele planeje uma intervenção cirúrgica que gere o menor dano
possível .
 Avaliar o impacto do ato cirúrgico nas funções cognitivas
 Ter dados comparativos para o pós operatório;
Contexto - Emergência
 Necessidade rara;

 Ambiente insatisfatório, com interferências constantes;

 Limitação do paciente e de testes com bateria fixa;

 Muita integração com a equipe; facilidade no acesso às informações;

 Objetivos claramente definidos;

 Correção e relatório instantâneo;

 Avaliação necessita muito precisa;


 Profissional com muita experiência.
Contexto - Enfermaria

 Ambiente não muito adequado


 Há interferência da equipe e dos próprios pacientes ao redor, durante todo o
processo de avaliação

 Contato direto com equipe.

 Fazer no máximo 1 ou 2 atendimentos, devido ao contexto e ambiente


da aplicação de testes.
Fatores do atendimento em enfermaria
 Destaca-se que muitos fatores influenciam o desempenho do paciente,
tais como: cansaço, dor, estresse, nervosismo, sono, fome, ansiosos
devido a cirurgia, ou até limitados fisicamente devido aos
procedimentos adotados

 Importante investigar a funcionalidade prévia do paciente


 Dados de anamnese, de prontuário e de familiares;
 Utilizar testes que dificilmente sofrem variações após trauma, doença ou lesão.
Protocolos de avaliação nas enfermarias

 Utilização de menos instrumentos

 A escolha dos instrumentos para avaliação é feita de acordo com cada


patologia e com a finalidade da avaliação

 As avaliações analisam quantitativamente e qualitativamente as funções


cognitivas

 Importante avaliar todas as funções cognitivas


Avaliação intra-operatória

 Craniotomia acordado


 Procedimento utilizado para dar maior precisão na localização e avaliar o
impacto da intervenção cirúrgica.
Avaliação Intra-operatória
 Avaliação Neuropsicológica focada
 Com estimulação cortical durante o procedimento cirúrgico.

 O paciente deve conhecer do procedimento, as tarefas devem ser


“treinadas” na avaliação pré-operatória;

 Importante já haver vínculo com o neuropsicólogo e demais membros


da equipe.
Avaliação Pós- cirúrgica

 Possibilita comparar o funcionamento cognitivo atual em relação ao anterior à


cirurgia.

 Delimitar quais funções obtiveram melhora, estabilidade ou piora, após a


intervenção cirúrgica.

 Averiguar possíveis seqüelas e pensar na reabilitação/ recuperação do


paciente.

 Ocorre normalmente de 3 a 6 meses após a cirurgia.


Ambulatório Hospitalar

 Ambiente mais satisfatório à avaliação;

 Possibilidade de contato com outros profissionais, facilitando troca de informações;

 Hospital: Demanda grande, menor tempo de avaliação;

 Escolha de testes baseado em avaliação comparativa;

 Semelhanças entre os casos.


Avaliação Pós- cirúrgica

 Aspectos a serem considerados: motivação do paciente e aceitação de suas


limitações;

 Paciente já foi avaliado:


 Sim: bateria igual ao pré-cirúrgico, com objetivo de comparar resultados;
 Sim: testes diferentes a fim de identificar aspectos diferentes;
 Não: bateria fixa, compreensão do quadro atual;
Caso clínico

 M. A. P. S.
 Idade: 24 anos
 E. M. completo

 Histórico:
 5 anos teve convulsões diárias
 Diagnóstico : Tumor astrocitoma Pilocítico em cerebelo esquerdo
 Pós cirurgia: Meningite > paralisia mão direita, estrabismo , enurese (tratada) e
dificuldade na fala.
 Fez fisioterapia, fonoterapia, psicóloga e atividades profissionalizantes na APAE.
Astrocitoma pilocítico juvenil
O astrocitoma pilocítico juvenil cerebelar é um dos tipos de
astrocitoma grau 1, pode ser considerado curável sem a chance de
reincidência.
Considerado o mais próximo de um tumor benigno, o câncer no
cérebro de grau 1 pode ser retirado com cirurgia sem maiores
problemas.
Queixas cognitivas
• Distração
• Leve dificuldade de memória
• Dificuldade leve na fala
• Dificuldade motora – andar e escrever (aprendeu a escrever com a mão
esquerda – era destro)
• Já teve um evento em que se perdeu na rua.

Mãe se queixa de leve apatia, diz que ele é “tranquilo até demais”.
Avaliação Neuropsicológica
• Fez avaliação neuropsicológica aos 14 anos.
Avaliação – 14 anos Avaliação – 24 anos
WISC - III WAIS - III
Desempenho cognitivo global - Inferior Inferior
Raven
Atenção Muito inferior Muito Inferior
Memória curto prazo Inferior Média
Memória Semântica Muito inferior Inferior
Aprendizagem Inferior Inferior
-Reconhecimento Média Média
Linguagem Inferior Média Inferior

Praxia Muito inferior Inferior

Função Executiva Muito inferior Média Inferior


Conclusão
 Possível constatar que houve uma melhora cognitiva na avaliação comparativa
em(contrário ao que diz a literatura):
 Memória de curto-prazo
 Memória semântica (interferência do conhecimento acadêmico)
 Linguagem
 Praxia
 Função Executiva.

 Provável relação com a constante estimulação ao longo da vida.


 Bom prognóstico - Durante a avaliação paciente estava trabalhando e com projetos
futuros .
Caso Clínico

 S. M. C.
 43 anos
 6ª. Série E.F.

 Histórico:
 Uma filha. Trabalhava como empregada doméstica.
 Artrite reumatóide há 10 anos
 Depressão há um ano
 Enxaqueca
 Desmaio injustifica há 3 meses.
Diagnóstico e Queixas cognitivas
 Pedido de consulta Anmésia Retrógrada/ Amnésia Psicogênica
 Queixas:
 Amnésia autobiográfica com duração de um mês.
 Ansiedade, labilidade emocional e insônia

 Diagnóstico: Angioma cavernoso em insúla direita.


Angioma Cavernoso em Ínsula
 O angioma venoso é um tumor benigno no cérebro, na maioria das vezes
congênito, caracterizado pela malformação e acúmulo anormal de
algumas veias do cérebro que, geralmente, ficam mais aumentadas que o
normal. Principal sintoma é dor de cabeça.

 Lobo Insular:
 Envolve percepção extra e intra corpórea;
 Percepção de emoções sociais como o
 sentimento de empatia.
Avaliação Neuropsicológica
• Avaliação em enfermaria: 4 sessões
Resultado da Avaliação Neuropsicológica

Atenção Média inferior – Lentificada


Memória curto prazo Média
Memória Semântica Média
Memória Episódica Média
Aprendizagem Média
Linguagem – Expressão, compreensão e nomeação
Média

Gnosia Média
Praxia Média Superior
Função Executiva Média
Avaliação Neuropsicológica
 Aspectos emocionais:
 Ansiedade pela situação vivida
 Teste Projetivo:
 Mecanismo de defesa mais pela agressividade/impulsividade
 Aspectos depressivos: impotencia e rejeição

 Contato pós-cirúrgico
 Recuperação total da memória autobiográfica
 Aumento na ansiedade e impulsividade
Referências
• AC Camargo – Informativo : Cérebro e SNC. Localizado em: http://www.accamargo.org.br/tudo-
sobre-o-cancer/cerebro-e-snc/9/
 Barros, A. S. ALTERAÇÃO COGNITIVA NA PRESENÇA DE TUMOR CEREBRAL: CONTRIBUIÇÕES DA
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA . Trabalho de Conclusão de Curso. PUC-Goais, 2012
 Braga APSM. Neuropsicologia e Neurocirurgia. In: Bruscato WL, organizadora. A psicologia na
saúde: da atenção primária à alta complexidade. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2012. p.243.
 Oliveira, M., Almeida, S. e Silva, E. SEQUELAS NEUROCOGNITIVAS EM CRIANÇAS COM TUMORES
CEREBRAIS: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Psicologia, Saúde e Doenças, 2010, 11 (1), 83-99.
 Pereira, A. e Maia, L. Intervenção Neuropsicológica: Tumor Cerebral. Mestrado, 2016, Portugal.
Localizado e m: : https://www.researchgate.net/publication/307882766
Obrigada!!
CARLARBOLDRINI@GMAIL.COM
Obrigado!
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Etiam
dignissim sed risus sit amet rutrum. Vivamus augue mi,
consequat ut lectus et, malesuada vehicula massa. Morbi
dignissim eget velit a faucibus. Sed eu dui nec orci venenatis
gravida eget vel libero

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Etiam


dignissim sed risus sit amet rutrum. Vivamus augue mi,
consequat ut lectus et, malesuada vehicula massa.

Você também pode gostar