Late embryonic losses in supplemented grazing lactating dairy cows: Risk
factors and reproductive performance
Perdas embrionárias tardias no aleitamento suplementado em pastejo de
vacas leiteiras: fatores de risco e desempenho reprodutivo
Resumo / ABSTRACT
The main objective of this study was
to evaluate the risk factors for late
embryonic loss (LEL) in supple-
mented grazing dairy cows. Additional
objectives were to assess the
incidence of LEL and its association
with the reproductive performance of
cows.
A data set con- taining productive,
reproductive, and health records of
13,551 lactations was used. A
retrospective case-control study
involving 631 cows with LEL (cases)
and 2,524 controls (4 controls per
case within each study year) was run.
A case of LEL was defined when the
embryo
had no heartbeat or there was
evidence of detached membranes or
floating structures including embryo
remnants by ultrasonography (US) at
28 to 42 d post-
artificial insemination (AI), whereas a
non-case was defined as a cow
diagnosed with positive pregnancy by
US 28 to 42 d post-AI and reconfirmed
as pregnant 90 ± 7 d post-AI.
Four controls per case were randomly
selected from the non-cases with a
temporal matching criterion (±3 d
around the date of the fecundating AI
of the case). Multivariable logistic
models were offered with the following
predictors: year of LEL (2011
through 2015), season of LEL
(summer vs. fall vs. winter vs. spring),
parity (1 vs. 2 vs. ≥3), uterine disease
(UD), non-uterine disease (NUD),
body condition score at parturition,
body condition score at 28 to 42 d
post-AI (BCS-LEL), days in milk
O principal objetivo deste estudo foi
avaliar os fatores de risco de perda
embrionária tardia (LEL) em vacas
leiteiras em pastagem. Objetivos
adicionais foram avaliar a incidência
de LEL e sua associação com o
desempenho reprodutivo das vacas.
Um conjunto de dados mantem
registros produtivos, reprodutivos e de
saúde foram utilizadas de 13.551
lactações.
Um caso-controle em retrospectivo
estudo envolveu 631 vacas LEL
(casos) e 2.524 controles (4 controles
por caso em cada ano de estudo) foi
executado.
Um caso de LEL foi definido quando o
embrião não tinha batimentos
cardíacos ou não havia evidências de
desapego das membranas ou
estruturas flutuantes, incluindo
embriões remanescentes vistos por
ultrassonografia (EUA) em 28 a 42
dias após inseminação artificial (IA),
enquanto que um não-caso foi
definido como uma vaca
diagnosticada com gravidez positiva
por US em 28 a 42 dias pós-IA e
reconfirmada como grávida de
90±dias, 7 dias pós-IA.
Quatro controles por caso foram
aleatoriamente selecionados a partir
dos não-casos com uma
correspondência de criterio temporal
(± 3 dias em torno da data da
fecundação por IA do caso).
Os modelos logísticos multivariáveis
foram com os seguintes passos: ano
de LEL (2011 até 2015), estação do
LEL (verão vs. outono vs. inverno vs.
primavera), parto (1 vs. 2 vs. ≥3),
1
(DIM), and daily
milk yield (MY).
Statistical significance was set at P <
0.05 and a tendency was set at P ≤
0.10. We found
that 4.7, 22, and 23% of cows had
LEL, UD, and NUD, respectively.
Cases tended to have higher daily MY
than controls (32.5 vs. 31.8 kg); also,
cases had much longer calving to
pregnancy interval (226 vs. 118 d),
lower hazard of pregnancy [hazard
ratio = 0.39, 95% confidence interval
(CI) = 0.35–0.43], and higher odds for
non-pregnancy [odds ratio (OR) =
2.89, 95% CI = 2.37–3.54] than
controls.
We found that the odds for LEL
increased with parity number (OR =
2.48, 95% CI
= 1.99–3.08 for parity ≥3) and with
BCS-LEL <2.50 (OR = 1.81, 95% CI =
1.33–2.47). Conversely, the odds for
LEL decreased with BCS-LEL >3.00
(OR = 0.70, 95% CI = 0.53–0.91). The
odds for LEL increased with
UD (OR = 1.23, 95% CI = 1.01–1.49),
NUD (OR = 1.24, 95% CI = 1.01–
1.54), DIM (OR = 1.03, 95% CI =
1.00–1.05), and daily MY (OR = 1.14,
95% CI = 1.04–1.25) in univariable
models only. Finally, the odds for LEL
were not associated with year,
season, DIM,
and body condition score at
parturition. In conclusion, LEL is
associated with extended calving to
pregnancy interval, and among its risk
factors are parity number and BCS-
LEL.
facilidade para doença uterina (UD),
excessão de doença não uterina
(NUD), condição por ponto de escore
corporeo no parto, escore de
condição corporal em 28 a 42 dias
pós-IA (BCS-LEL), dias de leite (DIM)
e diariamente produção de leite (MY).
A significância estatística foi
estabelecida em P <0,05 e uma
tendência foi estabelecida em P ≤
0,10. Nós achamos, 22 e 23% das
vacas tinham LEL, UD e NUD,
respectivamente. Os casos tendiam a
ter MY diário maior do que os
controles (32,5 vs. 31,8 kg); Além
disso, os casos tiveram muitos partos
prolongados até o intervalo da
gravidez (226 vs. 118 d), menor risco
de gravidez [taxa de risco = 0,39, 95%
intervalo de confiança / (IC) = 0,35–
0,43] e chances maiores para não
gravidez [probabilidades (OR) = 2,89,
IC 95% = 2,37-3,54] do que os
controles.
Descobrimos que as chances de LEL
aumentou com o número de parto
(OR = 2,48, IC 95% = 1,99–3,08 para
paridade ≥3) e com BCS-LEL <2,50
(OR = 1,81, IC 95% = 1,33-2,47). Por
outro lado, as chances para LEL
diminuiu com BCS-LEL > 3,00 (OR =
0,70,
IC95% = 0,53-0,91). As chances de
LEL aumentaram com UD (OR = 1,23,
IC 95% = 1,01–1,49), NUD (OR =
1,24, IC 95% = 1,01-1,54), DIM (OR =
1,03, IC 95% = 1,00–1,05) e MY diário
(OR = 1,14, IC 95% = 1,04–1,25)
apenas em modelos univariáveis.
Finalmente, as probabilidades para
LEL não foram associados a ano,
estação, DIM, e escore de condição
corporal no parto. Em conclusão, as
vacas LEL estão associadas ao parto
prolongado até ao intervalo de
gravidez e entre seus fatores de risco
estão no número de parto e BCS-LEL.
2
Conclusão / CONCLUSIONS
The odds for LEL are higher in
multiparous cows and in cows with
low BCS compared with their counter-
parts. We also conclude that LEL is
negatively associated with
reproductive performance given that
cows
that experience LEL must get
pregnant a second timein the same
lactation, thus extending the calving to
pregnancy by 108 d.
As chances de vacas LEL são
maiores em vacas multíparas e em
vacas com baixo BCS em
comparação com suas estatisticas.
Concluímos também que as LEL
estão associadas negativamente com
desempenho reprodutivo, uma vez
que as vacas
dessa experiência LEL podem
engravidar uma segunda vez na
mesma lactação, estendendo assim o
parto para gravidez por 108 dias.
3
 - Professora Mariana (Clase de Obstetrícia) / Aluno: Ivan Claudio S
Moraes

Apresentação UMAZA de ampliação dos estudos do artigo “Late embryonic

losses in supplemented grazing lactating dairy cows: Risk factors and
reproductive performance”.:

- Introdução

Semelhante ao artigo da American Dairy Science Association produzido

(Rodriguez et al., 2019) na Argentina, a Universidade Federal de Campina
Grande (Mello, 2014) do Brasil, similarmente elenca os fatores: manejo
nutricional e reprodutivo inadequado, estresse térmico, patologias do útero e
ovários, problemas no período pós-parto, doenças da reprodução, entre outros
fatores para as “Perdas embrionárias tardias no aleitamento suplementado em
pastejo de vacas leiteiras”.
Vemos no artigo da American Dairy Science Association produzido (Rodriguez
et al., 2019): Os modelos logísticos multivariáveis foram com os seguintes
passos: ano de LEL (2011 até 2015), estação do LEL (verão vs. outono vs.
inverno vs. primavera), parto (1 vs. 2 vs. ≥3), facilidade para doença uterina
(UD), excessão de doença não uterina (NUD), condição por ponto de escore
corporeo no parto, escore de condição corporal em 28 a 42 dias pós-IA (BCS-
LEL), dias de leite (DIM) e diariamente produção de leite (MY).
* LEL = perda embrionária tardia

Para isso, orienta-se implantar um programa de manejo eficiente, torna-se

necessário que se estipulem metas bem definidas com relação ao
desempenho reprodutivo e produtivo do rebanho. Manejo esse que visa
diminuir LEL = perda embrionária tardia, UD = facilidade para doença uterina,
NUD = excessão de doença não uterina, ou seja, outras enfermedades, além
de manejo de rebanho como condição por ponto de escore corporeo no parto
– excluir obesas ou caqueticas, e escore de condição corporal em 28 a 42 dias
pós-IA (BCS-LEL), visto os dias de leite (DIM)com terneiro ao pé e produção
de leite diária (MY) mantendo uma média saudavel.

- Discussão

Observa-se no “ponto de escore corporeo no parto – incluindo obesas ou

caqueticas” – Vemos decrescimo reprodutivo que ocorre quando o animal de
boa condição corporal perde de20 a 35% do seu peso. Porém em pesquisas
da revista “Pesquisa Agropecuária Brasileira”, no estudo “Perda de peso
corporal e cessação da atividade ovariana luteínica cíclica
em vacas mestiças leiteiras”, aponta-se que a perda de 10 a 15% do peso
corporal nas primeiras semanas pós-parto não influi no reinício da atividade
ovariana luteal cíclica de animais de grande porte e com boa condição
corporal ao parto (Ferreira; Torres, 1993).

4
Salientado pelos pesquisadores da Argentina como: Um conjunto de dados
mantem registros produtivos, reprodutivos e de saúde foram utilizadas de
13.551 lactações. Acrescido a isso (Costa e Silva, 2007), em estudo de
“Comportamento e eficiencia reprodutiva” na Revista Brasileira de Reprodução
Animal, o intervalo de partos de 12 meses inclui-se entre essas metas
desejadas, por ser considerado economicamente ótimo para vacas leiteiras e
o período de serviço não poderá exceder 90 dias. Corroborando a conclusão
que as vacas LEL estão associadas negativamente com desempenho
reprodutivo, uma vez que as vacas […] estendendo assim o parto para
gravidez por 108 dias – uma diferença de apenas 18 dias.

Outro fato apontado científicamente no artigo “Post partum anoestrus in dairy

cows: a review” / “Revisão: Anestro pós-parto em vacas leiteiras” (Opsomer et
al., 1996), acerca de LEL = perda embrionária tardia, estão as diferenças de:
1) vacas leiteiras bem manejadas começam a ciclar (reinício da atividade
ovariana luteal cíclica - AOLC) novamente entre a 2ª e 4ª semana pós-parto.
2)E as vacas com problemas de saúde, ou que apresentam acentuado
balanço energético negativo (BEN) podem atrasar o aparecimento do cio no
período pós-parto (vacas que ainda não voltaram a ciclar até a 6ª semana pós-
parto(45 dias). Um dos indicadores necessários).

No Cone Sul (Composto por países Argentina, Sul/Sudeste do Brasil, Chile,

Paraguai e Uruguai) - Coordenação de Centrais Sindicais do Cone Sul -
observam-se que níveis de proteína bruta na dieta abaixo dos recomendados,
durante os períodos pré e pós-parto afetam negativamente o desempenho
reprodutivo como apontado nas “Perdas embrionárias tardias no aleitamento
suplementado em pastejo de vacas leiteiras”. Por outro lado, em vacas de alta
produção, a ingestão de altos níveis de proteína bruta tem reduzido a taxa de
concepção – explicado em um conjunto de artigos que referem “devido à alta
concentração de ureia no ambiente uterino, com consequente diminuição no
seu pH (Elrod; Butler, 1993), diminuição das concentrações de Mg, K e P
(Magnésio, potássio e fósforo) e aumento nas de Zn - Zinco (Jordan et al.,
1983) ou na viabilidade e no metabolismo do embrião pré-implantação, bem
como no desenvolvimento do feto (McEvoy et al., 1997)”.

Ainda no manejo alimentar o protocolo de Mello (2014), um programa

alimentar que maximize a ingestão de matéria seca (IMS) e permita uma
suave transição do período seco ao pico de produção, com uma mínima perda
de condição corporal, terá um grande efeito positivo no processo reprodutivo.
Assinalando a pesquisa da American Dairy Science Association produzido
(Rodriguez et al., 2019) na Argentina onde diz: “condição por ponto de escore
corporeo no parto, escore de condição corporal em 28 a 42 dias pós-IA (BCS-
LEL), dias de leite (DIM) e diariamente produção de leite (MY)” como fatores
multivariavel que se bem manejado optimiza a taxa de reprodução.
Nota-se, que a Embrapa Gado de Leite em Juiz de Fora/MG, corrobora o
estudo argentino em que ratifica que o ideal é que a 1ª ovulação ocorra aos 50
dias pós-parto, quando a involução uterina está completa. O prolongamento do
balanço energético negativo pode atrasar a primeira ovulação de 60 a 75 dias
ou estender por mais tempo a recuperação do ambiente uterino – citado “em
5
conclusão, as vacas LEL estão associadas ao parto prolongado até ao
intervalo de gravidez e entre seus fatores de risco estão no número de parto e
BCS-LEL” (Rodriguez et al., 2019).

Quando em “Perdas embrionárias tardias no aleitamento suplementado em

pastejo de vacas leiteiras: fatores de risco e desempenho reprodutivo”, se
relaciona o fator “facilidade para doença uterina (UD) e excessão de doença
não uterina (NUD)”, o manejo sanitario se faz presente significativas nos
parámetros reprodutivos, tais como o aumento do intervalo de partos, aumento
do número de serviços por concepção e redução no número de animais
nascidos e desmamados. Essas alterações acarretam redução nas taxas de
fertilidade do rebanho, ocasionando prejuízos econômicos significativos à
exploração bovina.

Dentre as doenças infectocontagiosas como fator “facilidade para doença

uterina (UD) e excessão de doença não uterina (NUD)” que determinam
distúrbios reprodutivos em bovinos destacam-se a campilobacteriose, a
tricomonose e a micoplasmose, que são transmitidas exclusivamente por
contato venéreo; a brucelose, a leptospirose, a neosporose, a rinotraqueíte
infecciosa bovina (IBR) e a diarreia viral bovina (BVD), que têm a via oronasal
como a principal via de contaminação, podendo também, em algumas
situações, serem transmitidas por contato venéreo. Pontos tratados no artigo
“Falhas da reprodução na pecuária bovina de corte com ênfase para causas
infecciosas”, de Junqueira e Alfieri (2006). Ratificando os dados da pesquisa
argentina na American Dairy Science Association produzido (Rodriguez et al.,
2019), onde nos fatores sanitarios a maioria das doenças que atingem a
esfera reprodutiva causam perdas, ocasionado infertilidade nas vacas por
interferência com a fertilização ou implantação,mortalidade embrionária
precoce ou tardia, retenção de placenta, endometrite, repetição de cio,
mumificação fetal, abortos, nascimentos de bezerros fracos e inviáveis, más
formações congênitas e baixa taxa de concepção à inseminação artificial (IA).

- Conclusão

Por fim nessas “Perdas embrionárias tardias no aleitamento suplementado em

pastejo de vacas leiteiras”, há um marco que estabelece as mortes
embrionárias tardias que ficam entre 7 e 10%, em números do continente
americano.

Em conclusão e alinhamento com a pesquisa argentina de (Rodriguez et al.,

2019), Roney Ramos (2016) em tese na Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, USP/Brasil, várias são as causas dessas perdas, entre elas, baixa
qualidade embrionária, baixos níveis hormonais como progesterona, baixa
qualidade do ambiente uterino, estresse, fatores genéticos entre outros. Assim
6
conclui-se e pontua-se 5 pontos, como: 1) inadequado corpo lúteo durante os
primeiros 200 dias da gestação; 2) assincronia embrionária e materna próximo
ao tempo do reconhecimento materno da gestação, como resultado do
desequilíbrio entre estrógeno e progesterona; 3) deficiência da imunidade
uterina local, resultando em contaminação bacteriana, com um proceso
inflamatória direta ou indiretamente afetando a viabilidade espermática ou do
embrião; 4) falha do mecanismo anti-luteolítico do interferón tau (somente em
bovinos) secretado pelo embrião ou inadequada reação do endométrio ao
interferon tau, em torno do período de reconhecimento materno da gestação;
5) falha na interação entre o concepto e a mãe que requer um número de
citoquininas, um envolvimento de um processo de implantação imune e fatores
de crescimento, envolvidos no crescimento e na diferenciação do concepto.

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