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1 – Descreva os sinais e sintomas característicos do 1º trimestre de gestação.

Neste início ocorre a adaptação de seu corpo e de seus sentimentos, trazendo sensações ora de
prazer, ora de desconforto. Faz parte desse momento a oscilação entre a aceitação e a recusa da
gravidez. Fique tranquila, o sentimento de não querer a gravidez pode acontecer e não causará
danos ao bebê.
Você vai perceber o aumento dos seios, também pode sentir mais sono, mais fome, enjoos e até
ficar mais cansada.
A gravidez não causa cárie, mas as gengivas podem ficar mais sensíveis e ser facilmente irritadas
pela placa bacteriana. Capriche na higiene bucal (utilize escova, pasta e fio dental), mantenha uma
alimentação saudável, controle a quantidade de açúcar.
Ministério da Saúde. Caderneta da gestante – 4º edição, 2018.
2 – Investigue o cálculo da DPP e Idade Gestacional, incluindo a DUM desconhecida.
Métodos para cálculo da idade gestacional

A estimativa para o tempo de gravidez depende da Data da Última Menstruação que chamamos de
DUM, que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último período menstrual referido pela
mulher. As normas de cálculo são realizadas de acordo com proposto pelo Ministério da Saúde
(BRASIL, 2006a). Há três tipos de cálculo:

a) Como calcular a Idade Gestacional (IG) quando temos certeza da DUM?


Verifica-se a quantidade de dias que se passaram da DUM até o dia do cálculo e divide-se por 7. O
valor inteiro, resultado da divisão, é o número de semanas da gravidez e o resto da divisão é o
número de dias passados na última semana.
b) Como calcular a IG quando não sabemos a data exata da DUM, mas sabemos o período
do mês que ocorreu. 

Se o período foi no início, meio ou fim do mês, você deve considerar como data da última
menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceder, então, à utilização de um dos métodos
acima descritos. 

c) Calcular a IG quando a DUM é desconhecida

Em situações na qual não é possível saber o DUM, você pode ter uma ideia da IG por parâmetros
clínicos. A altura uterina acompanha as semanas de gestação, além da movimentação fetal que se
inicia entre 16 e 20 semanas.
A seguir consulte alguns parâmetros a serem utilizados nesses casos.
Até a sexta semana, não ocorre alteração do tamanho uterino. Na oitava semana, o útero
corresponde ao dobro do tamanho normal;
Na décima semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
Na 12ª semana, enche a pelve de modo que é palpável na sínfise púbica;
Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical;
A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura
uterina. Porém, esse parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional.
Atenção: Sabemos que é difícil determinar a IG por parâmetros clínicos nessa situação. O
costumeiro é solicitar uma ultrassonografia (USG).

Cálculo da data provável de parto (DPP)

É possível, durante o acompanhamento à gestante, obter uma data provável em que o parto irá
acontecer. Para o cálculo da DPP, você deve considerar que a duração da gestação normal é de
280 dias ou 40 semanas a partir da DUM. Você pode ainda fazer o cálculo de duas formas:
Com o disco (gestograma), colocar a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da
última menstruação e observar a seta na data (dia e mês) indicada como data provável do parto;
Outra forma de cálculo, é pela Regra de Näegele, é somar sete dias ao primeiro dia da última
menstruação (multigesta) ou dez (primigesta) e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a
última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março).
Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passar
os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo do mês.

Curso de especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem: Saúde materna, Neonatal e do


Lactente. UNASUS.
3 – Compreenda o TIG e analise o método de execução.
Toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e com história de atraso menstrual de
mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o Teste Imunológico de
Gravidez (TIG).
Bula do TIG
4 – Interprete a influência dos DSS somado a falha no planejamento familiar sobre a gravidez não
planejada.
Notamos que os grupos não se diferenciavam quanto à cor e ao tipo da gravidez (valor de p
=0,256), contudo houve um predomínio da cor parda para ambos os tipos de gravidez e a
existência de um gradiente entre as categorias branca e outros (6,3%), preta (27%) e parda
(66,7%) para a gravidez não planejada. A cor branca destacou-se por representar a menor
proporção para ambos os tipos de gravidez, e a parda a maior proporção entre as que não
planejaram (66,7%) e entre as que planejaram (55%).

Em relação à religião, observamos uma distribuição percentual equitativa entre as diversas


categorias para ambos os tipos de gravidez (valor de p=0,978).

Quanto à situação conjugal, constatamos diferenças proporcionais estatisticamente significantes


quanto ao tipo da gravidez (valor de p =0,000). Entre as casadas/união estável, foram mais
frequentes as que não planejaram a gravidez (56,4%) e também entre as que planejaram (89,1%).
Nenhuma solteira sem parceiro fixo declarou estar vivenciando uma gravidez planejada. Entre as
solteiras com parceiro fixo, a maior proporção foi entre aquelas que não planejaram a gestação
(37,3%).

A relação entre a última série concluída e o tipo da gravidez não evidenciou diferenças
proporcionais estatisticamente significantes (valor de p =0,353), entretanto verificamos que os
maiores percentuais de gravidez não planejada localizaram-se entre as menos escolarizadas.
No que tange à categoria ocupacional, identificamos diferenças proporcionais estatisticamente
significantes entre os grupos (valor de p =0,035). Entre as que não planejaram a gestação, as
donas de casa foram mais representadas (48,8%), embora esse grupo tenha sido mais frequente
também entre as que planejaram a gravidez (51,6%), pois representaram a maior proporção do
total de entrevistadas (49,7%). As que possuíam atividade remunerada foram mais frequentes
entre as que planejaram a gestação (39,0%). Entre as estudantes, o maior percentual localizou-se
entre as que não planejaram a gestação (17,3%) sendo este, quatro vezes superior, quando
comparadas com as que planejaram (4,7%).

Observou-se uma relação inversa entre o rendimento familiar e a gravidez não planejada e
diferenças proporcionais estatisticamente significantes entre os grupos (valor de p = 0,011). Entre
as que não planejaram, houve um maior percentual de mulheres com renda familiar inferior a um
salário mínimo; e a gravidez planejada foi maior entre aquelas com renda familiar entre 1 e 3
salários mínimos (59%).

Nos dados da Tabela 2, foi avaliada a magnitude das associações encontradas entre o tipo da
gravidez e os fatores sociodemográficos. Verificou-se que houve associação entre idade da
respondente e ocorrência de gravidez não planejada. Entre aquelas que engravidaram com idade <
20 anos, a chance de ocorrência de gravidez não planejada foi 1,3 vezes superior (IC95% 1,05-
1,53) quando comparada àquelas com idade superior a 20 anos.

Coelho, Edméia de Almeida Cardoso et al. Associação entre gravidez não planejada e o contexto
socioeconômico de mulheres em área da Estratégia Saúde da Família. Acta Paulista de
Enfermagem [online]. 2012, v. 25, n. 3 [Acessado 14 Agosto 2021] , pp. 415-422. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000300015>. Epub 12 Jul 2012. ISSN 1982-0194.
https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000300015.
5 – Investigue os efeitos do estresse (cortisol) durante e pós a gravidez.
O stress é um conjunto de respostas que o organismo emite para reagir frente a algo que o
despertou. Quando o organismo é exposto frequentemente a situações que desencadeiam as
reações de stress – os estressores – o corpo passa a trabalhar com gasto superior de energia.
Pode ser entendido como uma resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo
que procura se adaptar e se ajustar às solicitações internas e/ou externas ao organismo. Em geral,
a resposta ao stress é projetada para ter uma duração limitada e as mudanças resultantes desta
atividade hormonal e de neurotransmissores são rapidamente restauradas aos níveis pré-stress.
No entanto, quando o stress é de natureza crônica e o indivíduo não consegue se adaptar a ele,
pode resultar em outros distúrbios, como ansiedade e depressão. Mudanças importantes na vida
podem gerar respostas de stress nos sujeitos.
O ciclo gravídico puerperal é marcado por alterações emocionais, frutos de fatores sociais e
psicológicos, que podem influenciar o desenvolvimento da gestação, assim como o bem-estar e
saúde materno-infantil. Entre os fatores psicológicos que, geralmente, implicam em complicação
durante gestação, parto e pós-parto, estão os estressores vivenciados na gravidez e no puerpério .
O stress na gestação, em geral, está associado a eventos específicos como enjoos, gravidez não
planejada, medo de ganho excessivo de peso no início da gravidez e medo do parto, em meados
da gestação.
A média de eventos estressores durante a gestação é de cinco eventos por gestante e o quadro
pode se agravar no contexto familiar se houver situação econômica difícil, violência doméstica, uso
de drogas, depressão, pânico e complicações pré-natais. Pesquisas apontam que mais de 75%
das gestantes apresentam sinais significativos de stress em algum nível5. Gestantes expostas por
longo prazo a eventos estressores são fortes candidatas a apresentar riscos à sua saúde e a de
seus descendentes . Entre as consequências, o feto pode responder ao stress materno com
predisposição a doenças mentais , alergias e asma . Estudos têm também associado a presença
de stress na gestação a prejuízos ao desenvolvimento infantil. Quanto mais elevado o stress na
gestação, a probabilidade de a criança apresentar problemas temperamentais e comportamentais
aumenta, e problemas temperamentais na criança podem levar a mãe a sintomas depressivos. O
stress também pode resultar em sequelas danosas para a saúde do neonato, como a
prematuridade abaixo do peso. O stress pode, também, causar complicações obstétricas na
gestante, além de ser um indicativo para manifestação de depressão pós-parto (DPP).
O puerpério, por si só, é um período estressante, de adaptação, durante o qual se desenrolam
todas as manifestações involutivas ou de recuperação da genitália materna, que coincide com o
período em que a mulher terá de reorganizar seu cotidiano, incluindo o bebê em sua dinâmica de
vida. Consiste num período cronologicamente variável, de âmbito impreciso e, dependendo de
como a mulher lida com ele, pode apresentar ou não sintomas significativos de stress. Os
principais fatores de risco de DPP são: história anterior de depressão, dificuldades financeiras,
baixa escolaridade, desemprego, ausência de suporte social, dependência de substâncias,
violência doméstica e não aceitação da gravidez. Pesquisas apontam que 10 a 20% das mulheres
manifestam DPP e no Brasil, esta porcentagem é ainda mais elevada22-27. Entretanto, há
pesquisas que indicam que eventos estressores vivenciados na gestação ou no puerpério são
associados a manifestação de sintomas depressivos após o parto. Entre os eventos estressores
estão: número de gestação, de partos, de filhos vivos, menor tempo de relacionamento com o
parceiro, falta de rede de apoio, dificuldades financeiras, não aceitação da gravidez.
Rodrigues OMPR, Schiavo RA. Stress na gestação e no puerpério: uma correlação com a
depressão pós-parto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2011; 33(9):252-7.
6 – Explique o funcionamento do grupo de gestante e relacione ao relacionamento terapêutico.

É importante ressaltar a necessidade de estabelecer um vínculo entre a gestante e os profissionais


da saúde, devendo ser um o coordenador dos cuidados com esta mulher. Deve existir um trabalho
intenso para mostras às mulheres a importância da participação no grupo de gestantes e dos
assuntos que serão abordados nas reuniões.
O horário dos encontros deve ser escolhido baseado no funcionamento da equipe, mas também
nas necessidades das usuárias e de seus companheiros, pois a participação deles é extremamente
importante neste acompanhamento. O número ideal de participantes é de até 12 pessoas, de modo
que todos possam se comunicar.
Os relatos mostram que as reuniões devem acontecer em forma de “roda de conversa”, onde o
coordenador do grupo tenha a função de complementar os conhecimentos já próprios daquela
população, indicando o que é mais correto. Não é aconselhável que sejam realizadas reuniões de
grupos em forma de palestra, o ideal é deixá-las falar sobre suas dúvidas e seus medos.
A escolha do local em que os encontros ocorrerão também deve ser realizada junto com as
gestantes, pois eles podem ser feitos na unidade de saúde, no centro comunitário, na associação
de bairro, na escola.
A dinâmica das atividades também deve ser bem planejada, pois a forma de trocar conhecimentos
pode conquistar as futuras mães para os próximos encontros ou pode afastá-las das próximas
reuniões.
Convidar outros profissionais (nutricionista, assistente social, fisioterapeuta) para participar de
encontros pontuais enriquece o conhecimento do grupo e pode despertar maior interesse.
Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais
de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a
melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação e puericultura.

Alguns aspectos que devem ser abordados nas ações educativas nos grupos de gestantes:

 importância do pré-natal;
 cuidados de higiene;
 prática de atividade física na gestação, de acordo com os princípios fisiológicos específicos
para gestantes;
 orientação nutricional (alimentação saudável, suplementação de ferro, ácido fólico e
vitamina A, em áreas endêmicas);
 desenvolvimento da gestação (etapas);
 modificações corporais e emocionais;
 medos e fantasias referentes à gestação e ao parto;
 prática de atividade sexual, incluindo prevenção das DSTs/AIDS e aconselhamento para o
teste anti-HIV;
 sintomas comuns na gravidez e orientações para as queixas mais frequentes;
 sinais de alerta e o que fazer nessas situações (sangramento vaginal, dor de cabeça,
transtornos visuais, dor abdominal, febre, perdas vaginais, dificuldade respiratória e
cansaço);
 preparo para o parto: planejamento individual, transporte, recursos necessários, apoio
familiar e social;
 orientações e incentivo para o parto normal, resgatando-se a gestação, o parto, o puerpério
e o aleitamento materno como processos fisiológicos;
 orientações e incentivo para o aleitamento materno e orientações específicas para as
mulheres que não poderão amamentar;
 importância do planejamento familiar;
 sinais e sintomas do parto;
 cuidados após o parto com a mulher e com o recém-nascido, estimulando o retorno aos
serviços de saúde para consulta de puerpério e puericultura;
 importância dos testes de triagem (teste do pezinho, teste do olhinho, teste da orelinha) e
das vacinas;
 orientações sobre saúde mental e violência doméstica;
 benefícios legais a que a mulher tem direito, incluindo a Lei do Acompanhante;
 importância da participação do pai durante a gestação e o parto para o desenvolvimento do
vínculo entre pai e filho, fundamental para o desenvolvimento saudável da criança.

Seja persistente, aposte no grupo de gestante porque o modelo de reuniões em grupos de


gestantes com a participação dos casais para esclarecer dúvidas, tranquilizar os temores e orientar
sobre as modificações fisiológicas da gravidez, sobre o processo da parturição e sobre os cuidados
com o recém-nascido tem sido uma forma adequada de auxiliar na promoção da compreensão da
gestante e sua família. A dinâmica de grupo favorece a troca de experiências e ajuda a desfazer o
ciclo de ansiedades e temor. Na gestação, a mulher está motivada e preocupada com o seu bebê,
buscando os melhores cuidados para assegurar o nascimento saudável.
Como estruturar um grupo de gestantes? Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul | 10 Maio 2010
| ID: sof-4375. BVS Atenção Primária em Saúde. Traduzindo o conhecimento científico para a
prática do cuidado à saúde.
7 – Identifique o papel do enfermeiro na orientação sobre o aborto.
Legal
No Brasil, o aborto é permitido por lei em três cenários:
se a gravidez é decorrente de estupro;
se a gestação representa risco de vida para a mãe;
e em caso de bebês com diagnóstico de anencefalia (sem cérebro viável).
A importância na qualidade da assistência e cuidados por parte dos profissionais da saúde é
imprescindível durante todo o processo terapêutico às mulheres que se internam por abortamento
(STREFLING et al., 2015). Contudo, é necessário que o enfermeiro considere alguns aspectos
básicos durante as práticas de saúde, os quais implicam na preservação, reconhecimento à
particularidade e variabilidade das situações, respeitando e auxiliando, assim, conforme as
necessidades das pacientes (BENUTE et al., 2011).
É preciso que haja mais reflexão a respeito da impessoalidade do problema e também mudanças
na atitude dos profissionais de saúde durante o cuidado na vivência do aborto, tornando-a menos
dolorosa e traumática para as mulheres (MACHADO et al., 2015). A enfermagem precisa realizar
um atendimento humanizado a estas pacientes, necessitam refletir sobre suas atuações, uma vez
que o cuidado deve ser integral e não apenas resoluções de problemas físicos, mas incorporando a
dimensão social, psicológica e espiritual (MARIUTTI, ALMEIDA, PANOBIANCO, 2007).
Os enfermeiros são responsáveis por gerenciar o cuidado durante um abortamento, por isso devem
ter condições de organizar o trabalho das equipes, sensibilizando-as para que busquem adequar
as atividades assistenciais às educativas, encorajando as mulheres a fim de que cuidem de si
mesmas. Estas ações se apresentam como estratégias resolutivas para a diminuição de sequelas
pós-abortos, tendo respaldo nas políticas públicas (STREFLING et al., 2013).
Portanto, é importante ressaltar que a equipe de enfermagem precisa mudar o modo de
atendimento a esta população, atuando de forma a aconselhar e orientar as mulheres que
vivenciam o aborto, com o propósito de minimizar a discriminalização, tanto por parte delas
mesmas como por parte dos profissionais de enfermagem e, também, diminuir as taxas de aborto.
Cabe ao enfermeiro não aderir a uma prática julgatória, mantendo-se livre de preconceitos
estabelecidos, para que não influencie na qualidade do assistir.
A ENFERMAGEM FRENTE AO ABORTO LEGAL. Lucivani Ferreira Silva, Crystopher Alves Lobo
Ferreira, Elisângela Antônio de Oliveira Freitas Revista Eletrônica do Univag.
Ilegal
De acordo com o seu Código de Ética o profissional de enfermagem é proibido de praticar e/ou ser
conivente com o crime, contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja postulados éticos e
legais é também proibido de provocar o aborto ou cooperar em prática destinada a interromper a
gestação. E de acordo com o parágrafo único do artigo 28, cabe ao profissional de enfermagem
decidir de acordo com a sua consciência participar ou não do ato abortivo nos casos em que o
mesmo for legal. Considerações finais: A ação do profissional de enfermagem, juntamente com a
sua equipe, seria a de prevenção do aborto, investindo em educação sexual básica para a
população, realizando promoção da educação em saúde, implementação de programas de
planejamento familiar, priorizando os jovens. A assistência de enfermagem será prestada conforme
as necessidades da paciente, proporcionando o bem estar físico e mental.
FERREIRA, Brenda Veríssimo; SILVA, Débora Cristiane Paulino. ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS
DO ABORTO RELACIONADOS AO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM.. In: Anais da VII Mostra
de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA,
JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY
BRASIL, 2016. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29713-ASPECTOS-
ETICOS-E-LEGAIS-DO-ABORTO-RELACIONADOS-AO-PROFISSIONAL-DE-ENFERMAGEM>.
Acesso em: 14/08/2021 15:50
8 – Interprete os exames solicitados no primeiro trimestre da gestação.
TESTE ANTI-HIV NA GRAVIDEZ

Deve ser sempre voluntário e acompanhado de aconselhamento pré e pós-teste (* ver anexo 3.3).

Negativo: se a gestante se enquadrar em um dos critérios de risco (portadora de alguma DST, prática de sexo
inseguro, usuária ou parceira de usuário de drogas injetáveis) o exame deve ser repetido após três meses ou
no momento da internação para o parto.

Positivo: a gestante terá indicação do uso do AZT a partir da 14º semana para redução do risco de
transmissão vertical devendo ser encaminhada para unidade de referência para acompanhamento.

9 – Compreenda o mecanismo de ação do ácido fólico e sua importância na pré, durante e pós
gestação.
Ácido fólico, também conhecido como folato, metilfolato, é uma vitamina do complexo B,
encontrado naturalmente nos alimentos sendo o ácido fólico sua forma sintética usada em
medicamentos. Tem ampla importância para organismo, evidenciando-se nas fases de crescimento
e desenvolvimento do corpo humano, contribui com a manutenção da saúde e prevenção de
doenças (ESPOLADOR et al., 2015). É muito importante nas fases de crescimento e
desenvolvimento do corpo humano, pois, participa da formação e multiplicação de todas as células,
incluindo as sanguíneas, de defesa, e da formação de proteínas. O uso do folato em gestantes é
especialmente importante para um bom desenvolvimento fetal e formação do tubo neural,
prevenindo malformações principalmente as faciais (como, por exemplo, lábios leporinos e fendas
palatinas) e os defeitos de fechamento do tubo neural, além de casos de Síndrome de Down, que
interfere com o aumento de eritrócitos, alargamento do útero e crescimento da placenta,
desenvolvimento saudável do feto e formação dos anticorpos. Estudos observacionais apontam
para um efeito benéfico na proteção de alguns tipos de cânceres e prevenção de acidente vascular
cerebral com o aumento da ingestão de folato (MARCHIONI et al., 2013). Como a demanda de
ácido fólico está aumentada durante este período, sua suplementação constitui-se em uma das
possibilidades de prevenção. A suplementação deve começar pelo menos um mês antes da
gravidez e é essencial nas primeiras oito semanas após a concepção. Isto porque é neste período
que ocorre o desenvolvimento do sistema nervoso e tubo neural do feto.
Essa suplementação diária é recomendada como parte da assistência pré-natal para reduzir o risco
de baixo peso no nascimento, anemia materna e deficiência de ferro. Durante a primeira consulta
pré-natal deve ocorrer a prescrição desses medicamentos pelos profissionais da atenção básica,
podendo aumentar o aporte desta vitamina através do consumo de vegetais de folhas verde-
escuras couves, brócolos, espinafres, couve-flor, feijão, lentilhas, ervilhas, milho, amendoins,
morangos e laranjas, entre outros. A deficiência de folato pode causar defeitos do tubo neural do
feto, que é uma estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. O mesmo
fecha-se completamente por volta da quarta semana de vida embrionária. Por isso, recomenda-se
que o consumo de ácido fólico deve ser ótimo mesmo antes do início da gestação. A grande
maioria de fetos que não obteve suplementação de ácido fólico durante período adequado
apresentou anencefalia e espinha bífida em um total de 90%, o restante consistem em
encefalocele, representando 10% dos casos.
O ácido fólico previne outras alterações também como doenças do coração, do trato urinário e
fissura lábio palatina. Sob a perspectiva de sanar essa deficiência no período gestacional, o
Ministério da Saúde (MS) recomenda a suplementação do ácido fólico na dosagem de 5mg/dia
para a mulher desde os últimos três meses antes da concepção até a 14ª semana gestacional
(ESPOLADOR et al.,2015). Até o momento desconhece-se o mecanismo pelo qual previne os
defeitos do tubo neural.
Mecanismo de ação
O ácido fólico, como é bioquimicamente inativo, é convertido em ácido tetra-hidrofólico e
metiltetraidrofolato por di-hidrofolato redutase. Esses compostos afins de ácido fólico são
transportados através células por endocitose mediada pelo receptor em que são necessários para
manter a eritropoiese normal, sintetizar purinas e ácidos nucleicos timidilato, interconvertendo
aminoácidos, metilato de ARNt, e gerar e utilizar o formiato. Usando a vitamina B12 como cofator, o
ácido fólico pode normalizar os níveis elevados de homocisteína por remetilação de homocisteína
em metionina via metionina sintetase.
ÁCIDO FÓLICO: IMPORTÂNCIA NA GESTAÇÃO. CNGREFIP. Enfermagem Assistencial.
Publicado em 10 de maio de 2017.
Bula.

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