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EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS
Não existe rotina pré-operatória
a) Angina instável;
b) ICC descompensada;
c) Arritmia grave;
d) Valvopatia grave;
ÍNDICE DE RISCO CARDÍACO REVISADO (IRCR)
(1) Coronariopatia
(2) Insuficiência Cardíaca
(3) IRC (Cr > 2mg/dL)
(4) DM com insulina
(5) Doença cerebrovascular (AVC ou AIT)
(6) Cirurgia: torácica, abdominal ou vascular suprainguinal
<2 preditores LIBERAR CIRURGIA
AVALIAR A CAPACIDADE FUNCIONAL (METs)
≥2 ≥ 4 METs = CIRURGIA
preditores <4 METs = TESTE CARDÍACO NÃO INVASIVO
à Se teste normal = CIRURGIA
M.E.D. – CIRURGIA Guilherme Miranda Correia
Capacidade funcional
É o gasto energético diário do coração.
Essa capacidade funcional é mensurada através de uma unidade chamada de METs
(gasto energético diário do coração)
<4 METs: comer, vestir, andar em volta de casa...
4-10 METs: subir um lance de escadas, andar rápido, trabalho doméstico...
>10 METs: exercício físico aeróbico
Para o coração aguentar a cirurgia, o coração irá precisar gastar durante o ato cirúrgico-anestésico 4 METs. Se
no dia a dia o paciente já chega ou ultrapassa 4 METs, ele já nos prova que seu coração irá suportar a cirurgia. O
que nos preocupa são aqueles indivíduos que não chegam a 4 METs em suas atividades diárias
<4 METs = alto risco cardiovascular
Alguns indivíduos não chegam a 4 METs porque seu organismo não aguenta, outros podem suportar, mas não
chegam a esse gasto por “preguiça”. Logo, nessa situação, o que se deve fazer é o teste de stress farmacológico
– se este for normal, pode-se liberar o paciente para a cirurgia.
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA
Evitar infecção de ferida operatória (S. aureus)
Tipo Definição Esquema
Não penetra trato biliar, respiratório,
gastrointestinal e urinário; ----
Exceções: (1) corpo estranho (ex.: prótese);
LIMPA (ex.: cirurgia para hérnia, cirurgias (2) se tiver incisão óssea
ortopédicas, neurocirurgia) (3) se a infecção existir, ela será catastrófica –
obs.: neurocirurgia por via transesfenoidal ex.: neurocirurgia – meningite/ meningoencefalite;
não é considerada limpa e sim limpa-contam. cirurgia cardíaca – mediastinite)
Penetra de forma controlada - na ausência de Direcionar
LIMPA –
inflamação; sem a ocorrência de Em geralà Cefazolina (cefalosporina de primeira
CONTAMINADA*
extravasamento de conteúdo. geração, que cobre bem os germes gram +, que são
(sem extravasamento)
(ex.: colecistectomia por colelitíase) os principais, são os germes encontrados na nossa
Penetrar na vigência de inflamação ou com pele).
CONTAMINADA Cirurgias Colorretais: esquema capaz de cobrir
ocorrência de extravasamento de conteúdo
(ite sem pus, trauma também gram-negativos e anaeróbios (ex.:
recente T≤6h) Ciprofloxacino + metronidazol);
(ex.: colecistectomia por colecistite)
INFECTADA “ite” abdominal supurada, trauma antigo, ATB terapia (mantém-se o ATB como terapêutico)
(trauma antigo T>6h) contaminação fecal
(*) Sinônimo: potencialmente contaminada
Obs.: quando replicar a dose do antibiótico profilático durante a cirurgia: em cirurgias que duram muito tempo (ex.: para
a cefazolina, caso a cirurgia dure mais do que 4 horas, a dose deve ser replicada) ou caso ocorra sangramento importante
durante a cirurgia (nesse caso ele perde grande quantidade do antibiótico pelo sangue).
Obs.: Na avaliação nutricional no pré-operatório estaria indicada a solicitação de algum exame laboratorial?
TRANSFERRINA, PRÉ-ALBUMINA e ALBUMINA
INTRA-OPERATÓRIO
MALLAMPATI
Classe 1 + pilar amigdaliano
Classe 2 + abertura da orofaringe
Classe 3 + palato mole e base da úvula
Classe 4 Palato duro
Mallampati = prediz a dificuldade de intubação.
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ANESTESIA
ANALGESIA RELAXAMENTO MUSCULAR
Opioide Bloqueador neuromuscular
Anestésico local Anestésico local
REDUÇÃO DA BLOQUEIO
CONSCIÊNCIA NEUROVEGETATIVO
Halogenados
Opioide
Hipnóticos venosos
Anestésico local
Opioide
TÉCNICAS ANESTÉSICAS
1. Anestesia Local
2. Bloqueio de nervo Periférico
3. Raquianestesia
4. Anestesia Peridural
5. Anestesia Geral
ANESTESIA DO NEUROEIXO
RAQUIANESTESIA ANESTESIA PERIDURAL
Espaço subaracnoide (bloqueio “raqui para baixo”) Espaço peridural (bloqueio segmentar)
Menor quantidade do fármaco (contato direto com as fibras) Maior quantidade da droga
Menor duração Maior duração (cateter – permite replicar as drogas)
Efeito adverso: hipotensão, ↑ PIC, cefaleia Efeito adverso: hipotensão
(*)Se o paciente está instável hemodinamicamente à anestesia geral
ANESTESIA GERAL
ANALGESIA/ ↓ CONSCIÊNCIA/ BLOQUEIO MUSCULAR E VEGETATIVO
Indução
Manutenção
Despertar (ou emergência)
INDUÇÃO
OPIOIDE e/ou HALOGENADO (GÁS)
ß
HIPNÓTICO
ß
VENTILAÇÃO SOB MÁSCARA
ß
BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR
ß
INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL OU OROTRAQUEAL
Pacientes com estômago cheio = sequência rápida (não é feita a ventilação sob
máscara). Nesses casos são utilizados fármacos de ação mais rápida, como por exemplo a
succinilcolina (bloqueador neuromuscular). EX: TRAUMA E GESTANTES;
RESPOSTA AO TRAUMA
ELEVAÇÃO: cortisol, catecolaminas, glucagon, GH, aldosterona, ADH
REDUÇÃO: insulina
HIPERTERMIA MALIGNA
Síndrome muscular hereditária fármaco-induzida
Associa-se a alterações genéticas e fica a vida inteira silenciosa, de maneira que a doença só é induzida
quando o paciente é exposto a alguns fármacos.
Exposição a: ANESTÉSICO INALATÓRIO/ SUCCINILCOLINA
ß
AUMENTO DE CÁLCIO MUSCULAR
ß
HIPERMETABOLISMO MUSCULAR:
PÓS-OPERATÓRIO
COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA
Linfa no subcutâneo (abaulamento claro)
Prevenção: dreno
SEROMA
Tratamento: compressão (curativo compressivo – acelera a reabsorção do
líquido linfático) ou aspiração
Sangue e coágulos acumulados no subcutâneo (abaulamento escuro)
HEMATOMA Risco: infecção secundária (sangue – meio de cultura)
Tratamento: reabrir se volumoso
Defeito músculo-aponeurótico
DEISCÊNCIA Clínica: 4°-14° DPO à líquido de cor salmão (serohemático);
APONEURÓTICA **risco de evisceração**
Tratamento: reoperar
M.E.D. – CIRURGIA Guilherme Miranda Correia
FEBRE NO PERIOPERATÓRIO
*Infecção pré-existente
PERIOPERATÓRIO *Reação a droga ou transfusão
*Hipertermia maligna
*Atelectasia (principalmente em cirurgias torácicas e abdominais)
*TTO PARA ATELECTASIA: FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
24-72h
*Infecção necrosante de ferida
(Streptococcus pyogenes OU Clostridium perfringens)
Infecção – ferida operatória (S. aureus), ITU, pneumonia....
≥72h
Trombose venosa profunda (TVP)