Você está na página 1de 48

UTI DA POLICLÍNICA DA LNRCC

EVOLUÇÃO MÉDICA NA UTI E CONDUTAS COMUNS

PERTENCE A: ........................................................................................................................

De autoria de Domingos Sávio Barbalho de Medeiros


MÉDICO COORDENADOR
Condutas e evolução na UTI

EVOLUÇÃO MÉDICA NA UTI E CONDUTAS COMUNS

ORGANIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO

• Prescrição médica • Evolução da nutrição / admissão nutrição

• Sinais vitais e balanço hídrico • Evolução multidisciplinar

• Evolução diarista / admissão médica • Laudos médicos

• Evolução plantonista • Sinopse de exames laboratoriais (opcional)

• Evolução enfermagem / admissão enfermagem • Sinopse de culturas (opcional)

• Evolução fisioterapia • Sinopse de exames de alta complexidade

• Evolução da CCIH • Eletrocardiograma

REGISTRO DA SOLICITAÇÃO DE VAGAS

• Data • Diagnósticos

• Hora • Co-morbidades

• Nome • Motivo da solicitação

• Sexo • Serviço solicitante

• Idade • Médico solicitante

• Convênio • Motivo da recusa

CRITÉRIOS DE ADMISSÃO (não podem ser rígidos para que não se sujeite ao erro de subestimar uma avaliação subjetiva global )
Fatores que influenciam na decisão de internar

• Risco eminente de vida • Reserva fisiológica

• Diagnósticos específicos • Prognóstico

• Gravidade da doença • Tratamento adequado disponível

• Idade • Resposta ao tratamento já instituído

• Co-morbidades • PCR recente

Domingos Medeiros
Página 1 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Avaliação da qualidade de vida • Desejos do paciente

Parâmetros objetivos para admissão em UTI

Sinais vitais

• 40 < FC > 150bpm • PAd > 120mmHg

• PAs < 90 ou 20mmHg abaixo da habitual • FR > 30ipm

• PAM < 65mmHg • Dor de difícil manejo

Exames laboratoriais

• 110 > Na > 170mEq/l • Glicose > 800mg%

• 2 > K > 7mEq/l • Cálcio > 15mg%

• PaO2 < 50mmHg • Hemoglobina < 7 + instabilidade hemodinâmica ou


neurológica
• 7,1 > pH > 7,7
• Níveis tóxicos de drogas quaisquer + instabilidade
hemodinâmica ou neurológica

Métodos de Imagem

• Hemorragia subaracnóidea • Eletrocardiografia

• Lesão de víscera abdominal c/ instabilidade • IAM


Hemodinâmica
• TV sustentada ou FV
• Aneurisma de aorta
• BAVT

Exame físico

• Anisocoria c/ alteração de consciência • Convulsão mantida


• Grande queimado • Cianose
• Anúria • Diaforese
• Obstrução de vias aéreas • Tamponamento pericárdico
• Coma • Sepse

Domingos Medeiros
Página 2 de 48
Condutas e evolução na UTI

IDENTIFICAÇÃO DA EVOLUÇÃO

• Identificação do hospital • Identificação do plantão

• Identificação da UTI (I, II, geral, adulto) Matutino

• Data Vespertino

• Hora Diurno

• Data da admissão do paciente Noturno

• Dias de permanência

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

• Nome do paciente • Médicos assistentes e suas especialidades

• sexo • Responsável pelo paciente (com quem serão feitos


os contatos e as comunicações dos boletins
• Idade diários etc)

• Leito • Telefones para contato com a família

• Convênio • Outras peculiaridades

RESUMO DA HISTÓRIA CLÍNICA

• Motivo da internação • Resumo da evolução do paciente em todo o


período da internação
• Resumo da história clínica de entrada +
medicamentos de uso regular + ALERGIAS • Intercorrências de interesse

• Achados do exame físico na entrada • Tratamentos

• Achados dos exames complementares na entrada • Auditoria dos tratamentos

O PACIENTE DE PÓS-OPERATÓRIO

• Cirurgia proposta (motivo - doença de base) / • Duração do ato cirúrgico


realizada + descrição sumária do ato cirúrgico
• Tipo de anestesia
• Grau de contaminação
• Duração da anestesia
• Diagnóstico intra-operatório

Domingos Medeiros
Página 3 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Medicamentos / hemoderivados / fluidos • Auditoria do tratamento das intercorrências


administrados
• Foi coletado material para cultura, exames
• Intercorrências durante o procedimento específicos, anatomopatológico...? O quê? Para
onde foi enviado?
• Tratamento das intercorrências
• Outras observações / recomendações especiais

DIAGNÓSTICOS

• Patologias principais

• Patologias secundárias

• Hipóteses ainda não confirmadas

EVOLUÇÃO DO PACIENTE

• Sintomas referidos • Procedimentos realizados nas últimas 24h

• Evolução subjetiva • Intercorrências nas últimas 24h

o Paciente • Tratamentos das intercorrências

o Médico • Evolução dos tratamentos intercorrências

• Evolução objetiva • Impressão

INVASÕES E CURATIVOS

• Tipo • Permeabilidade

• Localização • Débito

• Dias de permanência • Aspecto da drenagem

• Aspecto local • Somente fechar drenos ou tubos ou sondas após


contato com os cirurgiões

AVALIAÇÃO GERAL

• Sinais vitais

Nunca confie totalmente em máquinas e/ou exames. Na dúvida examine novamente o paciente. A clínica é sempre
soberana!

Domingos Medeiros
Página 4 de 48
Condutas e evolução na UTI

Pacientes com choque confirme a pressão no manual ou passe uma PA invasiva

Temperatura PA SO2

FC PAM HGT

FR PVC Dor como 5º S

• Outros dados de interesse (antropometria)


Peso atual Peso seco

Peso ideal IMC

Altura Superfície corporal

ECTOSCOPIA

• Estado geral - por definição, o doente que está na UTI é grave

• Fácies

• Estado nutricional - o exame físico perde sua especificidade pela dificuldade de se utilizar as técnicas de
antropometria. Use o maior número de métodos para tentar maior sensibilidade: exame físico e exames
complementares, além de cálculos de estimativa.

• Estado de hidratação - o exame físico perde sua especificidade. Use o maior número de métodos para tentar maior
sensibilidade: exame físico e exames complementares, além de cálculos de estimativa.

• Anormalidades / variações anatômicas

• Coloração da pele, outras peculiaridades

• Lesões elementares da pele, alterações de fâneros, local, motivos (prováveis agentes etiológicos)

• Prescrever hidratar a pele

• Distribuição pilosa, outros fâneros

• Feridas / úlceras / escaras / cicatrizes (local, aspecto, cor, secreções, odor...)

Tratamentos, auditoria dos tratamentos, complicações, necessidade de procedimentos ou curativos


especiais – descrever

• Hálito: cetótico, urêmico, hepático...

• Oroscopia: dentes, língua e orofaringe + tipo de higienização

• Mamas

• Observar pregas cutâneas e áreas de difícil acesso em busca de portas de entrada para infecções, como couro
cabeludo, região intercrural, interdigitais e dorso.

Domingos Medeiros
Página 5 de 48
Condutas e evolução na UTI

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

Domingos Medeiros
Página 6 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Sinais e sintomas relacionados: convulsões, localizações, paresias, parestesias, torpor, agitação psicomotora,
flapping, dor...

• Avaliar dor como 5º sinal vital

Domingos Medeiros
Página 7 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Medicações / procedimentos específicos em uso

• Exame do estado mental

• Ciclo sono / vigília, grau de cooperação, ansiedade, depressão, angústia, delírios, demências,...

Domingos Medeiros
Página 8 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Função cerebral

Escala de coma de Glasgow / Ramsay / RASS (sensório)

Avaliação das pupilas

Domingos Medeiros
Página 9 de 48
Condutas e evolução na UTI

Limitação de movimento

Nível de sensibilidade

Domingos Medeiros
Página 10 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Função do tronco cerebral: diagnóstico de morte encefálica (pressupõe ECG 3 e dano cerebral compatível
observado em exame de imagem)

Reflexo fotomotor

Reflexo córneo-palpebral

Reflexo óculo-cefálico

Reflexo vestíbulo-ocular

Reflexos profundos: tosse e deglutição

Teste de apnéia

Padrão ventilatório sugestivo de patologia neurológica

Cheyne-Stokes: lesões hemisférico-diencéfalo

Hiperventilação: neurogênica central, mesencéfalo

Amnêustica: ponte inferior

Domingos Medeiros
Página 11 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Otorragia, sinal de Battle (equimose


retroauricular relacionada a trauma de
osso temporal), olhos de guaxinim (trauma
de ossos da base do crânio)

• Fundoscopia (descrever a retina, vasos e


papila, hemorragia sub-hialoídea)

• Resposta motora, tônus e trofismo, força


(0 = plegia; 1 = apenas contração
muscular; 2 = mobiliza articulação, mas
não vence a gravidade; 3 = vence
gravidade, mas não vence resistência; 4 =
vence pequena resistência; 5 = força
normal)

• Reflexos profundos outros (bicipital,


tricipital, estilorradial, patelar e aquileu
(intensidade e simetria))

• Reflexos medulares periféricos: cutâneo –


plantar (flexor ou extensor (Babinski))

• Reflexos primitivos: sensibilidade tátil,


dolorosa e proprioceptiva (comparando
pontos distintos)

• Nervos cranianos:

Domingos Medeiros
Página 12 de 48
Condutas e evolução na UTI

I. olfatório: avaliar cada narina


separadamente
II. óptico: campo visual e acuidade
visual
III, IV e VI. oculomotor, troclear e abducente:
pupilas, motricidade extrínseca dos
olhos, ptose
V. trigêmeo: musculatura da
mastigação e sensibilidade da face
VII. facial: motricidade da mímica e
sensibilidade especial do 1/3
anterior da língua
VIII. vestibulococlear: acuidade auditiva
e equilíbrio (prova de Rinne e
Weber)
IX e X. glossofaríngeo e vago:
sensibilidade especial dos 2/3
posteriores da língua, motricidade
do palato e reflexo do vômito
XI. Acessório: motricidade do
esternocleidomastoídeo e trapézio
XII. Hipoglosso: motricidade da língua
• Sinais de irritação meníngea: rigidez de nuca, Kernig, Brudzinski e Levinson

• Sinais de irritação radicular: Lasègue

• Monitorização da PIC, PPC e SjO2 do bulbo jugular

Pressão de perfusão cerebral: PPC = PAM – PIC (>70mmHg)

• TCE’S, AVE’S

Domingos Medeiros
Página 13 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Exames laboratoriais e de imagem relacionados

AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

Domingos Medeiros
Página 14 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Sinais e sintomas relacionados

Domingos Medeiros
Página 15 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Qualidade das vias aéreas,


hipersecretividade (aspecto,
volume, odor...)

• Fístulas? (azul de metileno)

• Enfisema subcutâneo

• Tipo de ventilação (natural,


suplementação de O2,
artificial invasiva / não-
invasiva)

• Necessidade de aspiração
fechada?

• Aparelho mantenedor das


vias aéreas (localização) e
qualidade da fixação

• Pressão do cuff - deixar em


20mmHg - pressão de
perfusão capilar

• Parâmetros do ventilador –
relatar o grau de conforto e
eficácia da ventilação

Domingos Medeiros
Página 16 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 17 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Causas de desconforto no paciente submetido à ventilação mecânica

Vias aéreas instáveis – secreção ou Embolia pulmonar


obstrução de TOT
Presença de auto-PEEP
Intubação seletiva, rotura do cuff, migração
do TOT Alteração do drive ventilatório

Fístula traqueoesofágica Distensão abdominal

Broncoespasmo Agitação ou dor

Pneumotórax Causas relacionadas ao ventilador:


circuitos, FiO2, modo, fluxo, sensibilidade,
Edema pulmonar pressão, volume corrente

• Tipo da insuficiência respiratória

• Tipo 1 - envolvimento direto do pulmão

• Tipo 2 - extrapulmonar

• Uso de musculatura
acessória/abdominal

• Batimento de asas de nariz

• Verificar simetria torácica

• Frêmito toracovocal

• Percussão torácica

• Parâmetros de monitorização

PaO2/FiO2

Pi max

PaCO2 (35 – 45)

pH (7,35 – 7,45)

FR

• Parâmetros para desmame do


ventilador - atenção, são
preditores de sucesso

Reversão do processo
que provocou a IRpA

Estabilidade
hemodinâmica

Domingos Medeiros
Página 18 de 48
Condutas e evolução na UTI

Sem ou mínimos
fármacos vasoativos

Estabilidade
neurológica (GCE > 8)

Sem ou mínimos
fármacos sedativos

Sem programação
cirúrgica

Sem distúrbio
eletrolítico grave

7,30 < pH < 7,50

PaO2 > 60 c/ FiO2 < 0,4


e PEEP < 5 cmH2O

PaO2/ FiO2 > 200

PImax < -25 cmH2O

• Ausculta pulmonar

• Exames laboratoriais e de
imagem relacionados

Domingos Medeiros
Página 19 de 48
Condutas e evolução na UTI

AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR E HEMODINÂMICA

• Sinais e sintomas relacionados

• Avaliação da dor precordial provavelmente cardíaca

Localização da dor

Característica da dor: peso, aperto

Duração: > 20min

Fatores desencadeantes, agravantes e atenuantes: início com esforços ou mesmo o repouso, não melhora
com posição ou ventilação

Irradiação: abdome superior, ombros, antebraços, pulsos, dedos, pescoço, garganta, mandíbula, dentes,
região interescapular,...

Episódios prévios: comparar: aumento da dor, aumento da freqüência, aumento da duração, aparecimento
da dor com menor esforço

Outros sintomas: falta de ar (congestão pulmonar), eructação, náuseas, indigestão, plenitude, diaforese c/
aumento viscosidade do suor, tontura, fadiga,...

Passado de doença coronariana

Fumo

Sinal de Levine (punho no meio do peito)

Diagnóstico diferencial: outras causas cardiovasculares (cardites), causas pulmonares, gastrointestinais,


mialgias, condrites,...

• Medicações / procedimentos específicos em uso:

Noradrenalina, dopamina, dobutamina, outros

Domingos Medeiros
Página 20 de 48
Condutas e evolução na UTI

MEDICAMENTOS VASOATIVOS E INOTRÓPICOS:

Domingos Medeiros
Página 21 de 48
Condutas e evolução na UTI

MEDICAMENTOS ANTI-HIPERTENSIVOS:

Domingos Medeiros
Página 22 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Sinais e parâmetros do balão de contra pulsação aórtico

• Grau de estabilidade hemodinâmica

• Motivo da instabilidade

Domingos Medeiros
Página 23 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Sinais e parâmetros de monitorização (Swan-Ganz), marca-passo

• Pulsos: freqüência, ritmo, sincronia, simetria e intensidade

• Verificar sopro carotídeo

• Determinar intensidade e caráter de pulso venoso jugular a 45° - refluxo hepatojugular

• Ictus (normal = 5° espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular, compreendendo 2 polpas digitais

• Frêmitos ou impulsão para-esternal

• Perfusão periférica

• Edemas

• Ausculta cardíaca: identificar B1 (fechamento das valvas mitral e tricúspide), B2 (fechamento das valvas aórtica e
pulmonar), B3 (enchimento ventricular rápido), B4 (contração atrial e distensão da parede ventricular na diástole).
Identificar sopros (focos de origem e intensidade máxima (+1/+6), tipo (proto, meso, tele ou holo – diastólico ou
sistólico) + irradiação. Atenção para o atrito pericárdico

• Avaliação do ECG do dia

• Exames laboratoriais e de imagem relacionados

AVALIAÇÃO DIGESTÓRIA E NUTRICIONAL

• Sinais e sintomas relacionados:


sangramentos digestivos, melena,
náuseas, vômitos, diarréia,...

Domingos Medeiros
Página 24 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Sinais de encefalopatia hepática?

• Medicações / procedimentos específicos em uso: procinético, protetor gastrico..., paracentese

• Uso de albumina, reposição protéica? - dose, via de administração

• Uso de balão de Sengstaken Blackemore?

• Tipo e
aceitação
da dieta (se
nã o estiver
em uso citar o
motivo)

• Verificar
res íduo 3x dia
ap ós 1h sem
dieta

• Via de
administra
çã o

Domingos Medeiros
Página 25 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Ingesta calórica (% das necessidades diárias), protéica, lipídica e de carboidratos + elementos traço + vitaminas +
sais minerais

• Balanço nitrogenado

• Funções eliminatórias (freqüência e aspecto)

• Exame do abdome (pressão intravesical): forma do abdome, cicatrizes, hérnias, movimentos, dor, megalias e
massas, ruídos hidroaéreos ou sopros (aórtico/renal)

• Avaliação das funções dos órgãos digestivos

• Toque retal: descrever tamanho da próstata, sangramentos e massas - seguir protocolo de diarréia/constipação

• Exames laboratoriais e de imagem relacionados

AVALIAÇÃO METABÓLICA

• Sinais e sintomas
relacionados

• Medicações /
procedimentos
específicos em uso:
corticóides,...

• Avaliação hidroeletrolítica

• Ânion gap para as


acidoses metabólicas

• Avaliação da função
tampão

• Glicemias / HGT’s

• Diabetes? Uso de insulina


– insulinoterapia intensiva

• Cortisol e lactato séricos

• Exame físico da tireóide

• Dosagem dos hormônios


tireoidianos

• Exames laboratoriais e de
imagem relacionados

Domingos Medeiros
Página 26 de 48
Condutas e evolução na UTI

AVALIAÇÃO NEFROLÓGICA

• Sinais e sintomas relacionados

• Prováveis medicamentos nefrotóxicos, diuréticos (perda hidroeletrolítica)

• Medicações / procedimentos específicos em usos

• Diurese (aspecto e fluxo)

• Diurese normal = 0,5 a 1mL/Kg/h (poliúria ≥ 1,5mL/Kg/h

• Diurese forçada = 5 a 8mL/Kg/h

• Alcalinização da urina = Bic 1 a 2mEq/Kg (ataque) + infusão contínua guiada p/ pH da urina - evitar pH sérico > 7,55
- observar /> Na+ e \< K+

• Balanço hídrico

Ganhos Perdas

HV + medicações Diurese

Dieta Sondas e drenos

Água endógena (0,2mL/Kg/h) Perdas insensíveis (0,6mL/Kg/h)

Febre (0,2mL/Kg/h)

Fezes (200mL/vez)

• Função renal / clearence de creatinina

Domingos Medeiros
Página 27 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Necessidade / realização de HD – perdas / intercorrências

• Critérios para indicação de HD em UTI

Absolutos

Edema pulmonar por hipervolemia não-responsivo a diuréticos

Hiperpotassemia (> 6,5mEq/L ou menos na presença de alterações eletrocardiográficas)

Acidose metabólica severa (pH < 7,1) de origem urêmica

Encefalopatia urêmica

Serosite urêmica, principalmente pericardite (risco de tamponamento)

Relativos

Uréia sérica > 200mg/dl

Creatinina sérica > 6mg/dl

Oligúria ou anúria prolongadas (> 12h), sendo necessário aporte de volume (inotrópicos, antibióticos,
nutrição)

Diátese hemorrágica secundária à uremia (tempo de sangria 3x o normal)

Intoxicações exógenas quando a droga é extraível (hemodiálise ou hemo perfusão)

Preparo do paciente para potencial intervenção cirúrgica

Disnatremia aguda severa (Na > 160mEq/L ou < 115mEq/L) com insuficiência renal

Hipertermia

Controversas

Congestão pulmonar por insuficiência cardíaca refratária ao tratamento medicamentoso

Remoção de mediadores inflamatórios na síndrome séptica

• Exames laboratoriais e de imagem relacionados

Domingos Medeiros
Página 28 de 48
Condutas e evolução na UTI

AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA

Domingos Medeiros
Página 29 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Possíveis medicamentos que alteram a crase sanguínea: AAS, medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos
betalactâmicos, clopidogrel, ticlopidina (uso concomitante de anticoagulantes)...

Domingos Medeiros
Página 30 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Sinais e sintomas relacionados / drogas em uso

• Púrpuras de uma forma geral (petéquias, hematomas,...)

• Sangramentos, perdas (seqüestros)

• Anemias (quantificar e qualificar)

• Reposições de hemoderivados

• Anticoagulação plena (ver esquema de infusão contínua de heparina não fracionada abaixo)

• Medicações / procedimentos específicos em uso

• Exames laboratoriais relacionados

Domingos Medeiros
Página 31 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 32 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 33 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 34 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 35 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 36 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 37 de 48
Condutas e evolução na UTI

AVALIAÇÃO INFECTOLÓGICA

• Sinais e sintomas relacionados: febre,


rebaixamento nível consciência, tosse, dor,
adenomegalias...

• Parâmetros para sepse - ver protocolo de


sepse

• Possíveis focos

• Hospitalar / comunitário

• Pele e fâneros, ferida operatória

• Avaliação da motricidade cervical (nuca)

• Punção lombar

• TC seios face, lavado brônquico

• Cateteres, sondas, tubos, invasões de uma


forma geral -> retirar o mais rápido possível

• Rx / TC tórax, ecodopplercardiograma
transesofágico (cardite)

• US / TC abdome

• SVD, hemo e urocultura, cultura de secreções


– automatizadas, para germes comuns,
atípicos e fungos

• Parâmetros de monitorização laboratorial

• Lactato arterial, PCR, gasometria venosa mista SvO2 (central), necessidade maior de FiO2, alteração plaquetária,
leucocitose, desvio, granulações tóxicas

• Uso de antibióticos (histórico de outros já usados e Δt, guiados por culturas ou empíricos)

• Outras medicações /
procedimentos específicos
em uso

• Indicação e tipo de
isolamento / precauções

• Exames laboratoriais e de
imagem relacionados
(culturas)

Domingos Medeiros
Página 38 de 48
Condutas e evolução na UTI

Domingos Medeiros
Página 39 de 48
Condutas e evolução na UTI

EXTREMIDADES

• Edema (local e intensidade)

• Mobilidade

• Sinais flogísticos

• Varizes

• Insuficiência vascular

• Panturrilhas (TVP)

OUTROS ASPECTOS

Especialmente relacionados com o quadro do paciente

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS

• Paciente confortável?

• Privacidade garantida?

• Autonomia garantida?

• Apoio religioso garantido?

• Sentimento de esperança garantido?

• Paciente e familiares inteirados da real situação?

• Necessidade da viabilização de acompanhamento psicológico / psiquiátrico / terapia ocupacional / serviço social?

• Preparo do paciente / familiares para a morte, para a invalidez, para a doença crônica, sem cura, tratamento
paliativo, terminalidade,...

• Preparo dos familiares para doação de órgãos (contato com a central de transplantes)

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS (Interagir com o farmacêutico)

PENDÊNCIAS

É toda conduta, terapêutica ou diagnóstica, de auditoria ou profilática, pedidos de pareceres etc, que ainda se faz
necessária, porém, não foi levado a cabo por qualquer impedimento relacionado ou não, direta ou indiretamente, à
condição do doente ou de sua internação. Registra-se, assim, neste campo, para que esta seja providenciada tão
logo haja plena condição de realização.

Domingos Medeiros
Página 40 de 48
Condutas e evolução na UTI

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Considerar problema tudo que foi encontrado de anormal durante o registro do exame físico na evolução, além das
alterações observadas nos exames complementares.

CONCLUSÕES

Analisar sistematicamente o caso, buscando estabelecer conexões entre os problemas encontrados a partir de
justificativas fisiopatológicas

Registrar sua impressão diagnóstica

Traçar planos para condução do caso: a curto prazo, a médio prazo e a longo prazo, baseado, primeiro, nos
objetivos diagnósticos (revisão sistemática detalhada da anamnese e do exame físico e solicitação dos exames
complementares necessários) e, na sequência, terapêuticos, de auditoria e profiláticos

Pedir parecer de especialistas sempre for preciso

Domingos Medeiros
Página 41 de 48
Condutas e evolução na UTI

CONDUTAS

• PERGUNTE SEMPRE O PORQUÊ DE TODO E QUALQUER PROCEDIMENTO OU CONDUTA

• TENTE ENXUGAR AO MÁXIMO A PRESCRIÇÃO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL

• Condutas diagnósticas: HGT, PVC, PIV, curva de eletro/enzimas, ecocardiograma, TC, ultrassonografia, outros
exames de alta complexidade

• Condutas comportamentais

• Condutas profiláticas

• Condutas terapêuticas

CHECK LIST DIÁRIO – PADRÃO PRÓPRIO

• NPT -> prescrição

• SNE / SNG...

• Dieta / jejum / imunomodulação?

• Glicose 10% para pacientes sem dieta

• Glicose 50% p/ HGT < 60mg%

• Anabolizantes p/ pacientes catabólicos

• Verificar resíduo gastrointestinal 4x dia após 1h sem dieta

• Hipovitaminose (para pacientes com desnutrição, ou nutrição enteral/parenteral): vitaminas C, B e noripurum e ácido
fólico

• Hiperglicemias: insulina R SC intermitente e/ou EV contínua

• Hipercolesterolemia / hipertrigliceridemia: estatinas

• Gastrite / úlceras / HDA: bloqueador de bomba, ranitidina

• Regurgitação: procinético

• Luftal gotas

• Dor: analgesia – quantificar dor como sinal vital para pacientes conscientes - analgesia até o 3° PO fixo

• Dipirona / opiáceo para controle da dor

• Ansiedade: sedação

• Interrupção da Sedação

• Antidepressivos

Domingos Medeiros
Página 42 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Curarização contínua?/intermitente?

• Antídotos: atropina, neostigmine, bridion

• Suporte Ventilatório: MV, VMNI, VMI,…

• Outra forma de suplementação de oxigênio

• Medidas protetoras de ventilação mecânica

• TGI

• Nebulização

• Fisioterapia respiratória

• Fisioterapia motora

• Aspiração (sistema aberto/fechado)

• Desmame da Ventilação Mecânica – avaliação diária

• Medir pressão do cuff 2x dia e manter em 20mmHg

• SF p/ selo d'água diariamente

• Gasometrias

• ECG

• HAS: antihipertensivos

• Anlodipino para revascularização com mamária pelo risco de vasoespasmo da manipulação

• Acesso venoso central

• Monitorização:
a. não invasiva: MC + OP + PNI contínuos
b. monitorização invasiva / agressiva: Swan-ganz, Vigilance®, linha arterial, bulbo jugular, capinografia

• Uso de Inotrópicos / vasopressores

• Suporte Renal / terapia substitutiva

• Reposição eletrólitos e fluidos

• aquecer fluidos sempre que possível, principalmente em pós-operatório imediato ou choque

• Reposição de vitamina D para pacientes com hipocalcemia e que estão em reposição. O intuito é de melhorar a
absorção de cálcio ao nível intestinal e diminuir a infusão para suplantação (rocaltrol, ad-til)

• Renagel / sorcal… (solução polarizante GH 50% 100mL + insulina R 10UI EV aberto)

• Ajustar as doses dos medicamentos p/ função renal/metabólica/hepática

Domingos Medeiros
Página 43 de 48
Condutas e evolução na UTI

• SVD

• Necessidade de medida da pressão intravesical?

• TVP: clexane, AAS, coumadim, plavix... botas pneumáticas..

Esquema de Rascke: sf 250mL + heparina sódica 5mL EV de acordo com TAP/TTPA - ver abaixo

• Filtro veia cava p/ hipercoagulabilidade

• Transfusão de hemoderivados / hemocomponentes

• Eprex / granulokine / prontoplex / beriplex

• Infecções – controle do foco infeccioso

• Culturas + Gram, cobrar

• Profilaxia de infecções relacionadas aos cateteres e ventilação mecânica -> retirar invasões tão logo não sejam
necessárias

• Uso / desmame de Corticóides

• Cabeceira elevada a 45°

• Pareceres de especialistas

• Curativos

Domingos Medeiros
Página 44 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Cuidados c/ colostomias e troca do coletor S/N

• Indicações isolamento: identificação nos leitos

• Isolamento de contato para pacientes vindos de outros serviços

• Swabs de vigilância

• Úlceras de pressão: mudança de decúbito, colchão de ar, sentar fora do leito, filmes - duoderme extra fino...

• Avaliação fonoaudiologia?

• Repouso absoluto no leito? Sentar fora do leito?

• Ceralip para proteger os lábios

• Epitezan/fresh tears liquid gel nos olhos

• Higienização oral (clorexidina 0,12%), região perineal (com clorexidina -> homem de sonda 2x dia e mulher -
independente da sonda 3x dia), corpo (clorexidina se colonização por MRSA)

• Descolonização com mupirocina nasal pacientes com MRSA

• Aquecer membros com algodão ortopédico

• SF 250mL com heparina 0,5mL para PAI

• Ondasentrona para pacientes de POI

JUSTIFICATIVA PARA A PERMANÊNCIA DO PACIENTE NA UTI

ORIENTAÇÃO PARA PRESCRIÇÕES

• TENTAR OTIMIZAR PRIMEIRO POR ORDEM ALFABÉTICA – FACILITA PARA TODOS INCLUSIVE OS NÃO-
MÉDICOS DA EQUIPE. SE NÃO FOR POSSÍVEL, SEGUE A ORIENTAÇÃO:

• Separar por classes

a. Parenteral

• Endovenoso

• Intramuscular

• Subcutâneo

b. Oral / enteral

c. Inalatório

d. Tópico

Domingos Medeiros
Página 45 de 48
Condutas e evolução na UTI

• Condutas

a. médicas

• Suporte clínico

b. Interdisciplinares

• Cuidados e condutas especiais / fisioterapia / odontologia...

• Monitorização

• Psicológico / emocional / social…

c. Comportamentais

• isolamentos

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - GCS

Abertura ocular Frases desconexas 04

Sem abertura 01 Orientado 05

À dor 02

Comando verbal 03 Melhor resposta motora

Espontânea 04 Sem resposta 01

Extensão 02

Melhor resposta verbal Flexão 03

Sem resposta 01 Reage sem localizar 04

Sons incompreensíveis 02 Localiza a dor 05

Palavras isoladas 03 Responde ao comando 06

ESCALA DE SEDAÇÃO DE RAMSAY

Ansioso, agitado ou impaciente 01 (percussão glabelar ou a sons) 04

Cooperativo, orientado, tranqüilo 02 Sedado, c/ resposta lenta

Sedado, respondendo a comandos 03 (percussão glabelar ou a sons) 05

Sedado, c/ resposta evidente sedado, s/ resposta a estímulos dolorosos 06

Domingos Medeiros
Página 46 de 48
Condutas e evolução na UTI

CÁLCULOS MAIS FREQUENTES EM UTI

CORREÇÃO DA PaO2 PELA FiO2

FiO2 = PaO2 desejada x FiO2 atual / PaO2 atual

CORREÇÃO DA PaCO2 PELA FR (pacientes em A/C)

FR = PaCO2 atual x FR atual / PaCO2 desejada

CLEARANCE DE CREATININA

CC = (140 – idade) x peso (Kg) / 72 x creatinina (mg/dl)

Mulheres = 85%

CÁLCULO DA DOSE DE INFUSÃO CONTÍNUA

Quanto está infundindo (dose)

(µg/Kg/min) massa/volsol*1000*fluxo/peso/60

(µg/Kg/h) massa/volsol*1000*fluxo/peso

(mg/h) massa/volsol*fluxo

Quanto quero infundir (fluxo)

(mL/h) 60*Dose desejada (µg/Kg/min)*peso/massa/volsol*1000

(mL/h) Dose desejada (µg/Kg/h)*peso/massa/volsol*1000

massa total na solução: em mg

volume da solução: em mL

fluxo: em mL/h

peso do paciente: em kg

dose: em µg/kg/mim

Domingos Medeiros
Página 47 de 48

Você também pode gostar