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FARMÁCIA CLÍNICA NO

PACIENTE DIABÉTICO
Professor: Rogério Moraes
Farmácia Clínica no Paciente Diabético
O CRF-RJ foi Criado pela Lei 3820/60.

- Finalidade de fiscalizar o exercício profissional, segundo princípios

éticos, e de promover a Assistência Farmacêutica, como parte

integrante e fundamental das ações de saúde pública.


Rogério Moraes
Graduado em Farmácia - UNIG
Graduado em Nutrição - FAC REDENTOR
Graduado em Formação Pedagógica em Ciências Biológicas - Unopar.
Pós-Graduado em Farmácia Clinica e Prescrição Farmacêutica - FAP.
Pós-Graduando em Nutrição Clínica e Esportiva - FAP.
Mestre em Pesquisa Operacional com Ênfase em Saúde – UCAM
Farmacêutico Responsável Técnico pelo Laboratório MedLab.
Farmacêutico Clinico e Nutricionista na Clínica MedLab Clin.
Farmacêutico Clinico e Nutricionista na Espaço Mais Saúde.
Professor das Pós-graduações de Farmácia Clínica e Estética - UNIG
Tutor Presencial do Curso de Nutrição – Unopar Polo I – Itaperuna/RJ.

E-mail: rogeriomg@msn.com
Farmácia Clínica no paciente

Diabetico
Conteúdo Programático do Curso
INTRODUÇÃO
DIABETES: CONCEITO

O diabetes é uma doença silenciosa.

Quando os sinais mais evidentes aparecem, ela


está em estágio mais avançado.
DIABETES: CLASSIFICAÇÃO
DIABETES: EPIDEMIOLOGIA
DIABETES: FISIOPATOLOGIA

Revista de Nutrição, 2007.


DIABETES: CARACTERÍSTICAS
ANAMNESE
RACIOCÍNIO CLÍNICO

O raciocínio clínico é uma das funções básicas do exercício da


farmácia.

Um farmacêutico não atingirá bom desempenho se suas


habilidades de raciocínio clínico forem insuficientes.
RACIOCÍNIO CLÍNICO

RACIOCÍNIO
DEDUTIVO
• Conhecimento
• Observação
RACIOCÍNIO DEDUTIVO
Arthur Conan Doyle
• (Edimburgo, 22 de maio de 1859 — Crowborough, 7 de julho de 1930).
• Médico e Escritor.
RACIOCÍNIO DEDUTIVO
A anamnese é uma entrevista conduzida em consultório
com o objetivo de identificar os sintomas do paciente e
chegar ao diagnóstico de uma doença.

• Identificação;
• Queixa principal;
• História da doença atual;
• História médica pregressa ou História patológica pregressa;
• Histórico familiar;
• Revisão de sistemas.

Uma coisa é o paciente te dar uma informação, outra é você tirar dele.
ANAMNESE
• Nome
• idade
• Identificação; • sexo
• Queixa principal; • etnia
• História da doença atual; • estado civil
• História médica pregressa ou História patológica pregressa; • profissão atual
• Histórico familiar; • profissão anterior
• Revisão de sistemas. • local de trabalho
• naturalidade
• nacionalidade
• residência atual e residência anterior.
ANAMNESE

• Identificação;
• Queixa principal; Momento em que você pergunta
• História da doença atual; “o que te trouxe aqui hoje?” ou
• História médica pregressa ou História patológica pregressa; “como posso te ajudar?”, algo
• Histórico familiar; que te ajude a extrair do
• Revisão de sistemas. paciente o MOTIVO PRINCIPAL
da consulta.
ANAMNESE

• Identificação;
• Queixa principal;
• História da doença atual; Quando começou?
• História médica pregressa ou História patológica pregressa; Como começou?
• Histórico familiar; Onde começou?
• Revisão de sistemas.
ANAMNESE

Informações anteriores.
• Identificação;
• Queixa principal;
Adquire-se informações
• História da doença atual; sobre toda a história
• História médica pregressa ou História patológica pregressa; médica do paciente,
• Histórico familiar;
• Revisão de sistemas.
mesmo das condições que
não estejam relacionadas
com a doença atual.
ANAMNESE

• Identificação;
• Queixa principal; Neste histórico é perguntado ao
• História da doença atual; paciente sobre sua família e suas
• História médica pregressa ou História patológica pregressa; condições de trabalho e vida.
• Histórico familiar; Procura-se alguma relação de
• Revisão de sistemas.
hereditariedade das doenças.
ANAMNESE
Sintomas gerais: febre, astenia,
perda de peso, sudorese,
• Identificação; calafrios, prurido, adenomegalias.
• Queixa principal;
• História da doença atual; Pele e anexos: manchas,
• História médica pregressa ou História patológica pregressa; erupções, tumorações, prurido,
• Histórico familiar; sudorese, equimoses, petéquias.
• Revisão de sistemas.
Cabeça: cefaléias, vertigens,
tonturas, tonturas, traumatismo,
alopécia.
SEMIOLOGIA
“A semiologia é a análise de sinais e sintomas para
desenvolver o raciocínio clínico, chegando a uma hipótese
diagnóstica.”

Compreender os princípios da bioética e saber aplicá-los no


atendimento dos pacientes.
Sinais e sintomas
relacionados ao diabetes
Sinais e sintomas relacionados ao diabetes

DMI DMII
Sinais e sintomas relacionados ao diabetes
Sinais e sintomas relacionados ao diabetes
Suas perguntas na anamnese definem sua conduta, portanto faça-as
o mais detalhadas possível, para que assim você consiga de fato,
ajudar o paciente.
Rogério Moraes
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
do DIABETES MELLITUS II
DIABETES: FATORES DE RISCO
DIABETES: DIAGNÓSTICO
RESISTÊNCIA Á INSULINA
SEM RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA
Glicose

Processo Natural

TYR - Tirosina
quinase
Insulina Insulina
Insulina C6H12O6 C6H12O6
Insulina COM RESISTENCIA PERIFÉRICA
Insulina
C6À INSULINA
H12 O6 C6H12O6
C6H12O6
IL-6, IL-1 e TNF-α

Na Inflamação
COMPLICAÇÕES
DO DIABETES
DIABETES: COMPLICAÇÕES

✓ Neuropatias;
✓ Retinopatia;
✓ Nefropatia;
✓ Danos Vasculares.
DIABETES: COMPLICAÇÕES

✓ Neuropatia;
A neuropatia diabética (ND) é uma
complicação do diabetes, que afeta os
nervos periféricos (das extremidades,
como mãos e pés).
DIABETES: COMPLICAÇÕES

✓ Retinopatia;
A retinopatia diabética (RD) é uma doença
que afeta os pequenos vasos da retina,
região do olho responsável pela formação
das imagens enviadas ao cérebro.
DIABETES: COMPLICAÇÕES

✓ Nefropatias;
A nefropatia diabética (ND) é
responsável pelo aumento do número
de pacientes em diálise em países em
desenvolvimento, e já é a principal
causa de terapia de substituição renal
nos países desenvolvidos.
DIABETES:
COMPLICAÇÕES

✓ Danos Vasculares.
Doenças Relacionadas com Sobre Peso e Obesidade

✓ Doença renal crônica;


✓ Osteoartrose;
✓ Câncer;
✓ Diabetes Mellitus (DM);
✓ Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (DHGNA);
✓ Hipertensão Arterial;
✓ Doenças Cardiovasculares.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
PARA CONTROLE GLICÊMICO
Brasil está atrás apenas da:
China, Índia e Estados Unidos.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO CONTROLE
DA GLICOSE DE DOIS PACIENTES

Paciente 1 Paciente 2

85mg/dL 85mg/dL

Valor de Referência: 70 a 99 mg/dL


AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO CONTROLE
DA GLICOSE DE DOIS PACIENTES

Paciente 1 Paciente 2
Senhor Antônio Dona Maria

85mg/dL 85mg/dL

Valor de Referência: 70 a 99 mg/dL


AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA RESISTÊNCIA INSULÍNICA ( VR: 3-27uUi/mL)

Paciente 1 - Senhor Antônio Paciente 2 - Dona Maria

( VR: <17uUi/mL) Calculadoras de índice de


( VR: <8uUi/mL)
HOMA-IR e HOMA-beta
disponíveis gratuitamente
na internet. Foi utilizada a
( VR: 70-99mg/dL) do site do Hermes Pardini.
( VR: 70-99mg/mL)

Calcular Calcular

( VR: <140) ( VR: <140)

( VR: <1,4) ( VR: <1,4)


AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA HEMOGLOBINA GLICADA

Glicemia média estimada: Glicemia média estimada:


117mg/dL 140mg/dL

5,7% Níveis de A1C 6,5%

Ausência de Diagnóstico
Diabetes Pré-diabetes de Diabetes

Pontos de corte mencionados referem-se à utilização de métodos laboratoriais certificados pelo


National Glicohemoglobin Standardization Program (NGSP)

VALORES DE REFERÊNCIA: MENOR QUE 5,7%


DIABETES MELLITUS : PRÉ-DIABETES - 5,7% A 6,4%
DIAGNÓSTICO - IGUAL OU MAIOR QUE 6,5
BOM CONTROLE - MENOR QUE 7%
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA HEMOGLOBINA GLICADA

• Glico-Hemoglobina, HBA1c , A1c


• Hemoglobina adulto (HBA) x açúcares;
• Glicose ligada à HB é proporcional à concentração de glicemia plasmática
• Avalia histórico glicêmico dos últimos 2 a 3 meses;
• Deve ser realizado de 2 a 4 vezes em todos pacientes diabéticos;
• VR: 5.7-6.4%

➢ Importante:
• Não necessita de jejum;
• Não deve ser realizado em pacientes com hemoglobinopatias ou anemias;
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FRUTOSAMINA

✓ Histórico glicêmico das últimas 2 a 3 semanas;

✓ Permite reavaliação em menor tempo;

✓ Recurso quando não for possível dosar hemoglobina glicada;

✓ Valor de referência: 205-285mmol/L;

✓ Sensível a variação da concentração de proteínas; (hepatopatias x suplementação)


VARIABILIDADE GLICÊMICA

O QUE É A VARIABILIDADE GLICÊMICA E QUAL


SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA DIÁRIA DO
CONTROLE DO DIABETES?

Variabilidade glicêmica é a avaliação das glicemias


nos diferentes horários do dia. Esta análise inclui o
estudo de amplitude, frequência e duração da
flutuação glicêmica. Com isto, pode-se observar com
maior precisão os riscos de hipo e hiperglicemia do
paciente diabético, facilitando o tratamento.
VARIABILIDADE GLICÊMICA

Atualmente, também é possível a leitura dos


sensor por determinados smartphones. Os
resultados são enviados para uma nuvem e
podem ser compartilhados com outras pessoas
e profissionais de saúde em tempo real através
da Plataforma.

ANALISANDO OS GRÁFICOS

Um dos gráficos mais úteis é o que resulta da


sobreposição dos valores de glicemia dos 14
dias para construir um relatório dos padrões
diários com perfil de glicose ambulatorial ou
AGP (do inglês – Ambulatory Glucose Profile).
PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS QUE DEVEM SER
SOLICITADOS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
NORMALIDADE ESTATÍSTICA
X
NORMALIDADE CLÍNICA
EXAMES LABORATORIAIS

CURVA DE GAUSS
THE NORMAL BELL CURVE

- Média populacional
- Dois desvio padrão = 95%
(normalidade estatística)
1º desvio padrão

2º desvio padrão
NORMALIDADE
ESTATÍSTICA
X
NORMALIDADE CLÍNICA
EXAMES LABORATORIAIS

CURVA DE GAUSS
THE NORMAL BELL CURVE

- Média populacional
- Dois desvio padrão = 95%
(normalidade estatística)

NORMAL

NORMALIDADE
ESTATÍSTICA
X
NORMALIDADE CLÍNICA
EXAMES LABORATORIAIS

OTIMIZAÇÃO POR QUARTIS:

Oque você está avaliando é


desejável ou indesejável?

DESEJÁVEL: entre o 3º e 4º quartil.

INDESEJÁVEL: 1º quartil.

1º 2º 3º 4º
Quartil Quartil Quartil Quartil
NORMALIDADE
ESTATÍSTICA
X
NORMALIDADE CLÍNICA
Exemplo:

VITAMINA B12
DOSAGEM DE VITAMINA B12 (COBOLAMINA).....................: 290 pg/mL
Metodo: Ensaio Imunoenzimático
Valores de referência: 211 a 911 pg/mL Fonte: Hermes Pardini
EXAMES LABORATORIAIS

Na prática
Devemos subtrair o maior valor da referência pelo menor valor e dividir por 4.
(Ex: Vitamina B12: 911 – 211 = 700/4 = 175)
VITAMINA B12
DOSAGEM DE VITAMINA B12 (COBOLAMINA).....................: 290 pg/mL
Metodo: Ensaio Imunoenzimático
Valores de referência: 211 a 911 pg/mL Fonte: Hermes Pardini

Somar o resultado (175) com o valor mínimo da referência (211);


211 + 175 = 386 (1º quartil)

Somar o valor encontrado (386) com mais (175);


386 + 175 = 561 (2º quartil)
Vitamina B12 é desejável, logo devemos trabalhar com ela entre o
Somar o valor encontrado (561) com mais (175); 3º e 4º quartil (intervalo otimizado da referência laboratorial).
561 + 175 = 736 (3º quartil)

Somar o valor encontrado (736) com mais (175);


736 + 175 = 911 (4º quartil)
EXAMES LABORATORIAIS

Na prática
Devemos subtrair o maior valor da referência pelo menor valor e dividir por 4.
(Ex: Vitamina B12: 911 – 211 = 700/4 = 175)
VITAMINA B12
DOSAGEM DE VITAMINA B12 (COBOLAMINA).....................: 290 pg/mL
Metodo: Ensaio Imunoenzimático
Valores de referência: 211 a 911 pg/mL Fonte: Hermes Pardini

PARA(175)
Somar o resultado ALGUNS MARCADORES
com o valor VALORES IDEAIS, JÁ EXISTEM
mínimo da referência (211);
211 + 175 = 386 (1º quartil)
EM OUTROS PODEMOS TRABALHAR COM OTIMIZAÇÃO POR QUARTIL
Somar o valor encontrado (386) com mais (175);
386 + 175 = 561 (2º quartil)
Vitamina B12 é desejável, logo devemos trabalhar com ela entre o
Somar o valor encontrado (561) com mais (175); 3º e 4º quartil (intervalo otimizado da referência laboratorial).
561 + 175 = 736 (3º quartil)

Somar o valor encontrado (736) com mais (175);


736 + 175 = 911 (4º quartil)
ARTIGOS
CIENTÍFICOS
1 ESTUDO IBGE REALIZADO EM 2019.
1
CONCLUSÃO

• A obesidade entre pessoas com 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8% entre
2002/2003 e 2019.

• 61,7% da população adulta brasileira estava com excesso de peso. Entre 2002 e 2003, esse
percentual era 43,3%.

• Entre as pessoas com 18 anos ou mais, 25,9% estavam obesas, totalizando 41,2 milhões.

• Um em cada cinco adolescentes com idades entre 15 e 17 anos estava com excesso de peso.

• Cerca de um terço das pessoas de 18 a 24 anos estavam com excesso de peso e entre as
pessoas de 40 a 59 anos, a proporção chegava a 70,3%.
2

REDUÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DIABETES TIPO 2 COM


INTERVENÇÃO NO ESTILO DE VIDA OU METFORMINA
2
DISCUSSÃO: Os resultados no estudo
suportam a hipótese de que o DM2
pode ser prevenido ou retardado em
pessoas em alto risco para a doença.
A incidência de diabetes foi reduzida
em 58% com a intervenção no estilo
de vida e em 31% com metformina, em
comparação com placebo.
Estudo mostrou que alteração do estilo de vida é o
melhor para tratamento que o uso da Metformina.
3

10 anos de acompanhamento da incidência de diabetes e perda de peso no


Estudo de Resultados do Programa de Prevenção de Diabetes
3
Estilo de Vida
Metformina Placebo
Placebo Metformina
Estilo de Vida
3 Pessoas acima de 60 anos.

Estilo de Vida
Metformina
Placebo Metformina
Placebo

Estilo de Vida
4

Resultados: Incidência de diabetes nos 10 anos, foi


reduzida em 34% no grupo de estilo de vida e 18% no
grupo metformina em comparação com placebo.
4

Microbiota intestinal, probióticos e diabetes


Resultados: Os autores concluíram que
de acordo com os resultados dos estudos
avaliados, a modulação da microbiota
intestinal parece ser eficiente na
prevenção e tratamento do DM1 e DM2.
TRATAMENTOS
O tratamento medicamentoso para diabetes depende do tipo de
diabetes e das necessidades individuais do paciente.

✓ DMI: Pessoas com diabetes tipo 1 dependem da insulina para controlar


seus níveis de glicose no sangue.

✓ DMII: O tratamento medicamentoso para o diabetes tipo 2 pode envolver


uma variedade de medicamentos, que podem ser usados sozinhos ou
em combinação.
Biguanidas

Metformina: É frequentemente o primeiro


medicamento prescrito para pessoas com
diabetes tipo 2.
Sulfonilureias: Estes medicamentos estimulam
o pâncreas a liberar mais insulina.
Glinidas: Funcionam de maneira semelhante às
sulfonilureias, estimulando o pâncreas a liberar
insulina.
Inibidores da Alfa-glicosidade: Estas medicações
não interferem na secreção de insulina, e diminuem a
glicemia de jejum e a hiperglicemia pós-prandial.
Glitazonas: Melhoram a sensibilidade à insulina,
retirando a glicose do sangue.
Inibidores de DPP-4: Esses medicamentos ajudam a
reduzir os níveis de glicose no sangue, impedindo a
quebra de um hormônio chamado GLP-1.
Análogos de GLP-1: São injetados sob a pele
e ajudam a controlar os níveis de açúcar no
sangue ao estimular a produção de insulina e
reduzir o apetite.
Análogos de GLP-1: São injetados sob a pele
e ajudam a controlar os níveis de açúcar no
sangue ao estimular a produção de insulina e
reduzir o apetite.
O tratamento não medicamentoso compreende parte essencial do
tratamento a pessoa com DMI e DMII.

Envolve medidas de controle de peso, orientações nutricionais,


prática de atividade física, cessação do tabagismo, controle do
estresse, entre outros.
Os horários das refeições também são muito
importantes, pois pular refeições pode tornar o
controle da glicemia mais difícil.

Por isso, fazer refeições regulares, com uma


rotina de intervalos, pode ajudar a minimizar
excessos e controlar os níveis de açúcar no
sangue.
Como montar
um prato
saudável?
proteína animal
(carne de boi frango.
porco, peixe ou ovos) 25%
proteínas

proteína vetetal
(feijão, grão de bico,
Soja ou lentinha)

50%
Vegetais
crus e cozidos

25%
carboidratos
de preferência integral
As atividades que ajudam a combater o
diabetes podem ser aeróbicas, circuitos
de alta e baixa intensidade e treinos de
força.
MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA:
ALIMENTAÇÃO MAIS SAUDÁVEL, PRATICA DE ATIVIDADE FÍSICA E BOAS NOITES DE SONO
OFERTA DE
MACRONUTRIENTES

OFERTA DE MELHORA DE
MICRONUTRIENTES EXAMES BIOQUIMICOS

ALIMENTAÇÃO

REDUÇÃO DO ADEQUAÇÃO DE
PESO CALORIAS

MELHORA DA
MICROBIOTA
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
COM OUTRAS PATOLOGIAS
HIPERTENSÃO E DIABETES

O diabetes pode causar instalação de um quadro de


hipertensão, já que a resistência à insulina dificulta o
acesso das células à glicose circulante.
DOENÇA RENAL E DIABETES

A diabetes pode trazer danos aos rins, comprometendo a


sua capacidade de filtragem.
DISLIPIDEMIA E DIABETES

Causada pela elevação de lipídeos na corrente sanguínea.


o DM2 causa o aumento dos Triglicerídeos e do LDL e
baixos níveis de HDL.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES E DIABETES

O diabetes é um dos principais fatores de risco para


doenças cardiovasculares como: infartos, acidentes
vasculares cerebrais (AVC) e entupimentos das artérias.
PERTURBAÇÃO DO SONO

Catecolaminas
Secreção de ACTH e Cortisol
Perturbação no ritmo circadiano
Sensibilidade a Insulina
Leptina
Grelina
Apetite
Consumo oxigênio/produção CO2
TNF, IL-1, IL-6, PCR, EROS
Produção de melatonina
PERTURBAÇÃO DO SONO

CONSEQUÊNCIA A CURTO PRAZO

✓ Stress
✓ Problemas somáticos
✓ Problemas psicossociais

CONSEQUÊNCIA A LONGO PRAZO

✓ Doença Cardiovascular
✓ Obesidade
✓ Diabetes tipo 2
✓ Câncer
✓ Morte
PRIVAÇÃO DO SONO

Testosterona Miostatina
GH Glicocorticóide
IGF-1

• Atrofia muscular;
• Redução, proliferação, fusão e diferenciação de células satélites;
• Menor capacidade de recuperação.
Orientações Alimentares
DIABETES: ORIENTAÇÕES
ALIMENTARES
DIABETES: CARBOIDRATOS

Uma revisão crítica de dietas com baixo teor de


carboidratos em pessoas com Diabetes tipo 2
Conclusão: A ingestão total de energia permaneceu o
preditor dietético do peso corporal. Esta revisão sugere
que um Lowcarb não é diferente de uma dieta com
consumo normal em carboidratos em termos de
marcadores metabólicos e que dietas cetogênicas com
baixo teor em carboidratos podem não ser
sustentáveis ​em médio e longo prazo. A dieta Lowcarb
nesta revisão não mostrou melhora no controle glicêmico
em comparação com uma dieta normal em Carboidratos.
DIABETES: FATORES DE RICO

Qualidade de carboidratos e saúde humana: uma


série de revisões sistemáticas e meta-análises
DIABETES: CARBOIDRATOS
Fibras
Alimentares
DIABETES: CARBOIDRATOS
Grãos
Integrais
DIABETES: CARBOIDRATOS
Níveis de Açúcar no Sangue e Insulina
Café da Manhã Almoço Jantar

Refeições com carboidratos de alto índice glicêmico


Refeições com carboidratos de baixo índice glicêmico
DIABETES: FIBRAS DAS
FRUTAS E VEGETAIS

Efeitos anti-inflamatórios de fitoquímicos de frutas,


vegetais e leguminosas alimentares: uma revisão
DIABETES: FITOQUIMICOS

Alicina: Está nos alimentos brancos. Cebola, alho poró, alho, cebolinha.

Antocianina: Está nos alimentos azuis ou roxos como a berinjela, as berries, repolho e beterraba.

Betacaroteno: Está nos alimentos amarelos ou alaranjados. Encontrado na cenoura, laranja, melão, abóbora,
mamão, damasco e outros vegetais.

Clorofila: Está nos alimentos verdes. A clorofila é encontrada principalmente nos vegetais.

Licopeno: Está nos alimentos vermelhos como o tomate, a melancia e a goiaba.

Luteína: Também está nos alimentos verdes. Encontrado na couve e no espinafre.

Zeaxantina: Está nos alimentos verdes escuros. Encontrado em frutas, verduras e legumes, como o brócolis, a
couve e o kiwi.
DIABETES: FITOQUIMICOS
REDUZIR CARBOIDRATOS REFINADOS
PRIORIZAR CARBOIDRATOD INTEGRAIS
RECOMENDAÇÕES: CARBOIDRATOS

• Não há benefícios em dietas Low Carb.


• Priorizar Carboidratos não refinados, especialmente cereais integrais.
• Valorizar muito as frutas e vegetais (fibras e fitoquímicos).
• Adicionar fibras na dieta pode favorecer melhor o controle glicêmico.
(efeito no intestino/microbiota).
DIABETES: LIPÍDEOS

Ômega-3, ômega-6 e gordura poliinsaturada dietética total para


prevenção e tratamento do diabetes mellitus tipo 2: revisão sistemática
e meta-análise de ensaios clínicos randomizados
DIABETES: LIPÍDEOS

Conclusão: Evidências sugerem que aumentar


ômega-3, ômega-6 ou PUFA total tem pouco ou
nenhum efeito na prevenção e tratamento do tipo 2
diabete melito.
DIABETES: LIPÍDEOS

x
x xx
RECOMENDAÇÕES: LIPÍDEOS

• Seguir as recomendações gerais para saúde;


• Aumentar o consumo de fontes mono e poliinsaturadas, redizir
gorduras saturadas e eliminar gorduras trans;
• Cuidados com o total de lipídeos da dieta para não correr o risco
de engordar;
• Dieta do mediterrâneo se mostra excelente para diminuição do
risco de diabetes.
DIABETES: PROTEÍNAS

Efeitos de dietas ricas em proteínas no peso corporal, controle


glicêmico, lipídios no sangue e pressão arterial no diabetes tipo 2:
meta-análise de ensaios clínicos randomizados.
DIABETES: PROTEÍNAS

Efeito de uma dieta com restrição de energia, alta proteína e baixo teor de
gordura em relação a uma dieta convencional rica em carboidratos e baixo teor
de gordura na perda de peso, composição corporal, estado nutricional e
marcadores de saúde cardiovascular em mulheres obesas.
DIABETES: PROTEÍNAS

EFEITO DA PROTEÍNA NO EMAGRECIMENTO

• Desvantagem no fornecimento energético


• Maior potencial sacietógeno
• Maior efeito térmico
• Preservação da massa magra
RECOMENDAÇÕES: PROTEÍNAS

• Aumentar o consumo de proteínas pode favorecer o emagrecimento


e consequentemente melhorar o controle glicêmico.
• Priorizar proteínas magras.
• Observar saúde renal.

Proteínas magras
DIABETES: EXERCÍCIOS

O papel essencial do exercício no controle do diabetes tipo 2


DIABETES: EXERCÍCIOS
Tecido Adiposo
 Inflamação
 Massa gorda
 Sensibilidade da insulina

Pancreas
 Células beta pancreáticas Músculo
 Insulina  Aumenta a captação de glicose
 Glucagon  Aumenta a oxidação de glicose
e ácidos graxos
 Sensibilidade da insulina

Circulação Fígado
 Glicose no sangue e HbA1c  Sensibilidade da Insulina
 Triglicerídeos e ácidos graxos  Produção de glicose hepática
 Pressão sanguínea  Acúmulo de triglicerídeos
RECOMENDAÇÕES: EXERCÍCIOS

• Musculação, aeróbico contínuo e intervalado, todos promovem


efeito para indivíduos diabéticos e pré-diabéticos.
• Treino combinado parece produzir os melhores efeitos
• Aumentar a massa muscular deve ser um alvo durante o
treinamento de musculação
• Treinos que estimulam muitos músculos ao mesmo tempo
parecem ser mais efetivos.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
AUMENTAR REDUZIR

Vegetais Proteínas gordas


Carboidratos

Proteínas magras Gorduras Bebida alcoólica


OQUE DEVEMOS TER NO NOSSO PRATO

MUITOS VEGETAIS CEREAIS INGEGRAIS, TUBÉRCULOS PROTEÍNAS


LEGUMINOSAS (Carboidratos)

FRUTAS (Carboidratos) GORDURAS BOAS LATICÍNIOS


LORENA DIAS - ADVOGADA Caso 01

✓ Idade: 42 anos
✓ Peso: 98kg
✓ Altura: 156cm
✓ IMC: 40,27
✓ GEB: 1679 kcal
✓ PA: 140-90

CIRCUNFERÊCIA DA CINTURA: 123 VR: < 88 / RCQ: 123/97 = 1,27 VR: < 0,80
INFORMAÇÕES DA PACIENTE Caso 01

Paciente procurou o farmacêutico com o objetivo de perder peso. Relatou um


ganho de peso com início há 6 anos, principalmente após o nascimento de
seu 2º filho.
Disse também que fez várias tentativas de perda de peso nos últimos anos
com todos os tipos de dietas da moda.
Porém, sempre com Efeito Sanfona, com a retomada do peso inicial e às
vezes até mais. A última tentativa foi em um grupo de emagrecimento, onde
recebeu um plano alimentar de aproximadamente 800 kcal por dia.
INFORMAÇÕES DA PACIENTE Caso 01

Relata hipertensão (classificada como moderada pelo médico). Nega uso de medicamentos e
suplementos de vitaminas e minerais. Nega alergias, tabagismo e etilismo. Relata realizar,
usualmente, três refeições ao dia e não praticar exercícios físicos. Ao exame físico, foi
observada grande concentração de gordura na região abdominal.

✓ Comorbidades: Hipertensão e Hipercolesterolemia


✓ TGI: Relata dificuldade de ir ao banheiro (2x/semana).
✓ Ansiedade: Refere muita ansiedade, pois não emagrece.
✓ Rotina: Faz poucas refeições, com isso belisca o dia todo.
✓ Sono: Relata ter somo agitado, acorda várias vezes.
EXAMES LABORATORIAIS
PERFIL GLICÍDICO Caso 01

Resultado Referência

Glicose 93 70 a 99 mg/dL

Insulina 20 3-27uUi/mL

Homa Beta 240.7 < 140

Homa IR 4.59 < 1,4

Índice TyG 5.6 < 4,48


INTERVENÇÃO CLÍNICA Caso 01

Conduta para essa paciente é mexer nos fatores que


chamamos de modificáveis para melhora do quadro geral.

Quais seriam esses fatores:


✓ Melhorar a alimentação;
Essas recomendações segundo a SBD vai
✓Regular o sono; reduzir em até 58% as chances dessa
paciente desenvolver a DMII.
✓Redução do peso corporal;
✓Prática de atividade física.
COMPARAÇÃO DOS EXAMES
LABORATORIAIS
PERFIL GLICÍDICO Caso 01

Antes Depois
Glicose 93 85

Insulina 20 08

Homa Beta 240.7 131.4

Homa IR 4.59 1.68

Índice TyG 5.6 4.2


MARCOS ALMEIDA- VENDEDOR Caso 02

✓ Idade: 54 anos
✓ Peso: 106.6kg
✓ Altura: 173cm
✓ IMC: 35,65
✓ GEB: 2024 kcal
✓ PA: 150-10
INFORMAÇÕES DO PACIENTE Caso 02

Marcos é um homem de 54 anos com histórico familiar de diabetes tipo 2,


pois seu pai também tinha a doença. Ele tem excesso de peso há muitos
anos e uma dieta rica em alimentos processados e açúcares refinados.

Ele não pratica exercícios regularmente e tem um estilo de vida sedentário.

Ele foi diagnosticado com diabetes tipo 2 há 3 anos, após relatar sintomas
como aumento da sede, micção frequente, fadiga e visão turva.

Paciente toma Metformina 500mg após o almoço.


INFORMAÇÕES DO PACIENTE Caso 02

Marcos compareceu à uma drogaria relatando para o farmacêutico que anda com muita sede e
também urinando muito, e sentindo muita fome no decorrer do dia mesmo tomando a medicação
prescrita pelo seu médico. Foi orientado pelo farmacêutico a realização de alguns exames
laboratoriais.

✓ Comorbidades: Diabetes tipo 2 ( DMII)


✓ TGI: Vai poucas vezes ao banheiro e tem dificuldade quando vai.
✓ Ansiedade: Ansioso durante o dia porque anda com fome o dia todo.
✓ Rotina: Não faz atividade física e não tem uma alimentação adequada.
EXAMES LABORATORIAIS
PERFIL GLICÍDICO Caso 02

Resultado Referência

Glicose 160 70 a 99 mg/dL

Insulina 22 3-27uUi/mL

HbA1C 11,0 < 7,0

Homa IR 8.68 < 1,4

Índice TyG 5.17 < 4,48


INTERVENÇÃO CLÍNICA Caso 02

Conduta para esse paciente é mexer nos fatores que


chamamos de modificáveis para melhora do quadro geral.

Quais seriam esses fatores:


✓ Melhorar a alimentação; Essas recomendações segundo a SBD vai
reduzir os sintomas relacionados ao mau
✓Regular o sono;
controle da glicose sanguínea, melhorando
✓Redução do peso corporal; a qualidade de vida do paciente.
✓Prática de atividade física.
COMPARAÇÃO DOS EXAMES
LABORATORIAIS
PERFIL GLICÍDICO Caso 02

Antes Depois
Glicose 160 95

Insulina 22 10

HbA1C 11,0 7,1

Homa IR 6.68 2.34

Índice TyG 5.6 4.84


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