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e Medicação Pré
Anestésica em Pequenos
Animais
O que você vai aprender nessa aula
• Planejamento
• No dia da anestesia
• Pré anestesia
• Avaliação clínica do paciente e exames
complementares
• Cálculo de doses, taxas, diluições
• Check list de equipamentos e materiais
• Indução
• Manutenção
• Recuperação
O Que é Anestesia?
A anestesia é o processo de eliminar a dor —podendo
ou não reFrar a consciência e dar relaxamento
muscular— por meio de fármacos, com o objeFvo de
trazer conforto ao paciente para ser submeFdo a
exames e procedimentos cirúrgicos que possam trazer
desconforto ou ansiedade. A administração deve
sempre ser realizada e acompanhada por um médico
anestesista, que faz o uso de monitorização para
checar os sinais vitais dos pacientes.
O Que é Anestesia?
Em outras palavras…
O paciente, inconsciente, depende totalmente do
anestesiologista para que suas funções vitais sejam
preservadas!
Um profissional que
cuida do mais
importante em uma
cirurgia à A VIDA!
Um Bom Anestesista
Atento, organizado, sistemá3co, boa
comunicação
Anestesia é como pilotar avião!
Uma boa anestesia
• Planejamento
• Solução de possíveis problemas
• Visualização de todo o procedimento
• Obter todas as informações do paciente,
procedimento, cirurgião
• TODOS OS FÁRMACOS CALCULADOS
• Rever técnicas u\lizadas
• Check-list de equipamentos
• SEM PRESSA
• Só porque acordou não quer dizer que foi
uma boa anestesia.
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Espécie
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Espécie: Silvestres (contenção química)
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Espécie
• Gatos: contenção / excitação (abordagem Cat Friendly)
– Metabolização de fármacos: ➡︎glucoronidação hepá\ca
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Espécie
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Espécie: Gatos à abordagem cat friendly
👍
Par\cularidades dos Felinos
!Ambiente Cat Friendly: minimizar estresse"
– Sala de atendimento própria
– Ambiente silencioso
• Máquina de tosa própria, silenciosa
– Uso de feromônios (Feliway)
• Ambiente
• Mãos
• Roupas
– Cuidado com ODORES fortes
Par\cularidades dos Felinos
• Abordando o felino
– Na espera: colocar a caixa de transporte em
prateleiras altas
– Abrir a porta da caixa de transporte enquanto faz
anamnese
– Deixar explorar o ambiente (sala fechada!) à
felinos se sentem confortáveis no controle da
situação
Par\cularidades dos Felinos
• Abordando o felino
Par\cularidades dos Felinos
• Abordando o felino
– Uso do catnip
– Não re\rar o animal à força da caixa, e sim
encorajá-lo a sair
– Se não sair: re\rar o tampo superior
– Cobertores com o cheiro do gato e do lar
Par\cularidades dos Felinos
• Abordando o felino
– “Menos contenção é sempre a melhor
contenção.” (RODAN, 2012)
• Não recomendado contenção pelo pescoço à
ansiedade e medo pela perda do controle
• Ao inves: realizar massagem em cabeça, redor das
orelhas e queixo
• Distrair o gato ao realizar exame `sico ou colheita de
sangue
Par\cularidades dos Felinos
Par\cularidades dos Felinos
• Anamnese
– FIV/FelV: Miou testou!
– Gato: vive solto? Preso?
– Doenças prévias?
• Exame `sico
– Iniciar com carinho!
– Odores: principalmente boca
– Pelos limpos?
Par\cularidades dos Felinos
!Contenção:
Par\cularidades dos Felinos
!Aplicação SC/IM:
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Raça: Braquicefálicos
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Raça: galgos
– Gigantes x miniaturas
Avaliação Pré Anestésica
• Farmacogené\ca!
Avaliação Pré Anestésica
• Farmacogené\ca!
– Inicialmente: apenas a baixa quan\dade de
gordura limitava a redistribuição de fármacos
lipo`licos do cérebro para os tecidos gordurosos
periféricos aumentando o tempo de inconsciência
– Atualmente: deficiência citocromo P450 envolvido
no metabolismo de anestésicos pode retardar
recuperação.
Avaliação Pré Anestésica
• Farmacogené\ca!
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente: Gene MDR-1
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Gene MDR-1
hnp://www.wisdompanel.com/mdr1_disease_screening/
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Raça: Collie
• Outras: Pastor de Shetland, Pastor Australiano, Border
Collie, Old English Sheepdog, Pastor Australiano Mini,
Pastor Alemão, Pastor Suíço, SRD, Silken Windhound e
Whippet
• Gene MDR-1
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Gene MDR-1
hnp://gsdpituitarydwarfism.weebly.com/mdr1.html
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Gene MDR-1
hnp://vcpl.vetmed.wsu.edu/problem-drugs
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Temperamento
• Segurança! Avaliar necessidade
de contenção química
• Estresse da contenção `sica
pode ser muito deletério!
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Temperamento
• Segurança! Avaliar necessidade
de contenção química
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Idade
• Idosos: mais que 75% da
expecta\va de vida
• Metabolização lenta
• Intolerantes à depressão cardio-
vascular
• Evitar extremos!
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Idade (Filhotes até 2 meses)
• Hipoglicemia (maior taxa meta-
bólica e baixo estoque de glicogê-
nio hepá\co)
• Sistema enzimá\co imaturo
• Centro termorregulador imaturo
• Rim imaturo não concentra urina
– Desidratação!
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Idade (Filhotes até 2 meses)
• Altas FC para manter PA
– Evitar bradicardias
• Acesso vascular dificultado
– Alterna\va: intraóssea
Avaliação Pré Anestésica
• Iden\ficação do paciente
– Sexo
• Sem influência (temperamento garanhões)
– Estado reprodu\vo
• Gestantes / cio
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese
– Entrevista pré anestésica: tutor!
• Confirmar JEJUM
• Queixa principal
• Doenças anteriores
• Anestesias anteriores
• Alergias à medicações/substâncias
• Medicações em uso e úl\ma administração
• Transfusões sanguíneas prévias
Avaliação Pré Anestésica
Avaliação Pré Anestésica
• Uso de drogas ilícitas
Vesp Campinas
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese
– Jejum
• Alimentar:6-8 horas
• Hídrico: 2-4 horas ou ausência (cuidado em dias
quentes!)
• Lactentes: não
• Até 2 meses de idade: máximo 2 horas
Avaliação Pré Anestésica
• Jejum convencional
– Doenças relacionadas a refluxo gastro-esofágico
– Cirurgias intes\nais (obstrução intes\nal)
– Obesidade mórbida
– Esvaziamento gástrico diminuído
Avaliação Pré Anestésica
• Jejum: Guideline AHAA 2020
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese: Avaliação por Sistemas SNC:
convulsões
Sist.
Gastrintes\nal:
Vômitos/ diarréia
Sist. Endócrino:
Diabetes, hipo/
hiper\reoidismo
Sist. Hematológico:
Transfusões recentes, Sist. Resp:
anemias tosse,
dispnéia,
secreções
Sist. Cardiovascular:
Tosse, cansaço fácil,
ascite, síncope,
hábitos urinários…
No dia da Anestesia
• Pré anestesia
• Exame `sico
• O ideal é a realização de exame `sico 12-24 horas
antes da anestesia, e repe\do momentos antes do
procedimento
• Avaliar clinicamente o paciente: ausculta cardíaca e
pulmonar detalhada, pulsação periférica, parâmetros
hemodinâmicos, PAS, FC, FR, mucosas, hidratação,
aparência dos pêlos
• Evitar induzir anestesia geral em pacientes
hemodinamicamente instáveis!
No dia da Anestesia
37,2
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese
– Uso de medicações (principalmente cardiopatas)
• iECA (inibidores da enzima conversora de
angiotensina): Enalapril, captopril à vasodilatação
periférica e hipotensão, hipercalemia moderada à
re\rar no dia da cirurgia
• Gabapen\na à diminuir doses dos fármacos seda\vos
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese
– Uso de medicações
• Diuré\cos: furosemida
– Hipovolemia, hipocalemia
– Desidratação subclínica revelada na anestesia
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese
– Uso de medicações
• Barbitúricos: fenobarbital (gardenal)
– Indutor enzimá\co à pode aumentar a biotransformação de
fármacos e sua toxicidade (reduzir a dose)
– Pode persis\r até 30 dias da suspensão
Avaliação Pré Anestésica
Avaliação Pré Anestésica
• Anamnese
– Anestesias prévias
• Protocolo
• Qual procedimento
• Complicações?
• Como foi a recuperação
• Alergia à algum fármaco: meperidina, propofol
Avaliação Pré Anestésica
• Exame Físico
– Peso: pesar sempre (principalmente filhotes em
crescimento)
– Cálculo pelo peso magro
– Cons\tuição `sica/estado nutricional
Avaliação Pré Anestésica
• Exame Físico
– Cons\tuição `sica/estado nutricional
• Desnutridos à hipoproteinemia à maior fração livre
de fármacos
– ⇓ resposta imunológica, maior sensibilidade aos anestésicos
Avaliação Pré Anestésica
• Exame Físico
– Hidratação
• TPC, elas\cidade da pele, coloração da mucosa
Avaliação Pré Anestésica
• Exame Físico
Avaliação Pré Anestésica
Avaliação Pré Anestésica
• Exames Complementares
Avaliação Pré Anestésica
• Exames Complementares
– Bom senso
– Olhar clínico
– Tutor com baixo poder aquisi\vo
• Exames Complementares
• Em 1293 de 1537 cães (84,1%) exames desnecessários
– 63,8% ASA I
– 28,5% ASA II
– 7,6% alto risco
• Cirurgia adiada em 10 cães (0,8%)
• Terapia pré-anestésica em 19 animais (1,5%)
• Mudança de protocolo em 2 cães (0,2%)
• Conclusão: exames laboratoriais irrelevantes, problemas
potenciais iden\ficados na anamnese e exame `sico
• Exames devem ser solicitados com base em:
– Anamnese, exame `sico, histórico médico, e invasividade do
procedimento
• HT 9% !!!!!!
Pit Bull, 6 anos, re\rada de tumor próximo
ao pênis (sangrando há 2 semanas)
• HT 9% !!!!!!
Pit Bull, 6 anos, tumor em região perineal
ulcerado
• HT 8% !!!!!!
Pinscher, 12 anos, hérnia inguinal com intes\no
encarcerado, com edema pulmonar (cardiopata
descompensada)
Pinscher, 12 anos, hérnia inguinal com intes\no
encarcerado, com edema pulmonar (cardiopata
descompensada)
Pit Bull, 11 anos, re\rada de
hemangiossarcoma e criocirurgia
• Hemograma e bioquímico OK
• Sem avaliação cardíaca
Pit Bull, 11 anos, re\rada de
hemangiossarcoma e criocirurgia
• Exemplos do co\diano
– Gatos obstruídos: potássio!
• Exemplos do co\diano
– Animais jovens-adultos com sinais clínicos de
cardiopa\a, ou alteração na auscultação: ECG +
ecocardiograma!
• Exemplos do co\diano
– Filhotes, adultos com anorexia, êmese, diarréia,
shunt portossistêmicos, diabé\cos, insulinomas:
glicemia, potássio, albumina
Exemplos
• Exemplos do co\diano
– Torção vólvulo-gástrica: Hemogasometria
• Exemplos do co\diano
– Piometras: glicemia, hemogasometria e função
renal!
• Exemplos do co\diano
– Boxers, schnauzers, sem clínica de cardiopa\a
com mais de 5-6 anos: indicado realizar exame
cardiológico!
• Exemplos do co\diano
– Ressonância e tomografia: função renal SEMPRE
à contraste
• Exemplos do co\diano
– Animais com comprome\mento pulmonar:
hemogaso arterial (função pulmonar)
Risco Anestésico
Nenhum avião
simplesmente
cai do céu… é
uma sequência
de fatores, e
geralmente, o
fator humano
está incluso...
Risco Anestésico
• Acidentes não acontecem, eles são
construídos PASSO a PASSO!
Risco Anestésico
• Acidentes não acontecem, eles são
construídos PASSO a PASSO!
Risco Anestésico
• Acidentes não acontecem, eles são
construídos PASSO a PASSO!
Risco Anestésico
• Acidentes não acontecem, eles são
construídos PASSO a PASSO!
Risco Anestésico
• Acidentes não acontecem, eles são
construídos PASSO a PASSO!
Risco Anestésico
• Acidentes não acontecem, eles são
construídos PASSO a PASSO!
Avaliação Pré Anestésica
• Classificação do risco anestésico-cirúrgico
PACIENTE
• Experiência • Cirurgia
• Tempo de extensa
procedimento • Estado `sico
• Habilidade e
• Escolha • Anestesiar
experiência
correta de quando es\ver
fármacos
• Instalações
na melhor
• CHECK LIST condição
possível
ANESTESISTA CIRURGIÃO
ANESTESIA CIRURGIA
Amigos, na
medida do
possível
Avaliação Pré Anestésica
• ASA
Complicações pré anestesia
Complicações pré anestesia
• Exemplos do co\diano
– Canina, 1 ano, sopro sistólico em foco mitral,
bulha extra, bradicardia
– ECG: bav 2o grau Mobitz \po I
– Castração cancelada!
MPA – Casos clínicos
• Teckel 16 anos limpeza de dentes, ansioso
– Butorfanol 0,5 mg/kg IM (após 20 min)
– Plaquetas no dia da anestesia: ZERO!! – Sem sinais
clínicos! - cancelado
Cálculos de doses, taxas, diluições
• Concentrações mais freqüentes
– mg/ml
– mcg/ml
– mg totais /frasco ou ampola
– porcentagem (%)
– UI/Kg
Cálculos de doses, taxas, diluições
• Cálculo de volume do fármaco
• PRECISO SABER
Cálculos de doses, taxas, diluições
• Concentração (quanto tenho de fármaco em 1 ml)
– Ex: 1% (1 grama/100 ml)
• 1g = 1000mg
• Tenho 1000 mg em 100 ml à 10 mg/ml
• 1% = 10 mg/ml
Cálculos de doses, taxas, diluições
• Cuidado com alguns fármacos e suas
concentrações
– Microgramas/ml
– Miligramas/ml
– Concentrações diferentes (meloxicam e acepromazina
de grandes e pequenos animais)
– Norepinefrina e fentanil (rótulo)
Cálculos de doses, taxas, diluições
Ficha Anestésica
No dia da Anestesia
• Pré anestesia
• Ficha anestésica
No dia da Anestesia
• Pré anestesia
• Ficha anestésica
No dia da Anestesia
• Check list de equipamentos
u Cal sodada
q Trocar regularmente de acordo com a recomendação do
fabricante (cal roxa, após 8 hrs de u\lização, EtCO2
reinalado acima de 6 mmHg)
q A vida ú\l da cal varia com o tamanho do paciente e a taxa
de fluxo de gás fresco.
q A mudança de cor não é um indicador preciso da
capacidade de absorção restante.
No dia da Anestesia
• Check list de equipamentos
u Oxigênio
q Cer\fique-se de que as linhas de abastecimento estejam
conectadas e abertas
q Cer\fique-se de que o fluxômetro esteja funcionando
q Cer\fique-se de que haja um cilindro de oxigênio cheio e
outro reserva.
No dia da Anestesia
• Check list de equipamentos
u Circuito respiratório
q Consulte a documentação da máquina de anestesia para
procedimentos adequados de verificação de vazamentos.
q Faça uma verificação antes de cada procedimento.
q Selecione o tamanho e o \po apropriados de bolsa reservatório e
circuito respiratório.
q Sistemas sem reinalação são geralmente usados em pacientes
com peso inferior a 5–7 kg
No dia da Anestesia
• Check list de equipamentos
u Gases inalatórios
q Cer\fique-se de que há anestésico inalatório suficiente no
vaporizador.
• Monitoração adequada
• Necessidade de monitoração invasiva em cirurgias de
grande porte ou paciente instável
No dia da Anestesia
• Recuperação
• Necessidade de monitoração em pacientes instáveis ou que
ficaram instáveis no transanestésico
ACEPRAN
MPA
• Antes… anestesia/analgesia
– MULTIMODAL: várias técnicas e abordagens
– BALANCEADA: doses baixas com menores efeitos
colaterais: sinergismo
MPA
• Antes… anestesia/analgesia
– Recuperação mais rápida
– Menor efeito colateral
– Uso de diferentes fármacos
– Doses baixas aumentam risco de “efeito teto” -
resistência
MPA
• Finalidades
– Preparar o paciente para anestesia
– Sedação e/ou analgesia
• Dor (avaliar!)
• Segurança da equipe (animais agressivos/silvestres)
– Relaxamento muscular
MPA
• Finalidades
– Diminuir secreções (vias aéreas e salivação)
– Efeito an\-emé\co
– Potencializar ação dos anestésicos
– Indução e recuperação suaves !!!
MPA
• Finalidades
– Indução e recuperação suaves !!!
MPA
• Finalidades
– Indução e recuperação suaves !!!
MPA
• Grupos:
– controle
– Presença dos pais
– Medicação pré (midazolam oral 0,5 mg/kg)
MPA
• Menores níveis de ansiedade no grupo pré medicado!
– Tanto em relação aos pais quanto às crianças
• Maior sa\sfação após todo o procedimento com
o grupo pré-medicado
• Presença dos pais apenas em casos especiais e
com devida orientação para não atrapalhar o
trabalho da equipe!
MPA
• Vias de administração
MPA
• A escolha
Grau de sedação
requerido
Presença de dor
Estado geral
Fármaco(s)
Procedimento Afecções
Espécie Temperamento
MPA
• Escolha de seda\vos e analgésicos pré-anestésicos
• Conhecer in\mamente as classes de fármacos u\lizados,
seus efeitos desejáveis e indesejáveis
• Separar visualmente os fármacos que serão u\lizados na
MPA, indução e manutenção
IDENTIFICAR TODAS
AS SERINGAS à
SERINGAS SEM
IDENTIFICAÇÃO =
LIXO!!!
MPA
🤔
/NALBUFINA
Analgesia Mul\modal
/NALBUFINA
FENOTIAZÍNICOS
Feno\azínicos
• Neurolép\cos: inibidores das funções
psicomotoras sem perda de consciência
– Estado de indiferença à esŒmulos exteriores
• Aumento de dose não aumenta efeito à
associar a outras classes de agentes
Feno\azínicos
• Atuam sele\vamente no SNC
• Bloqueia receptores dopaminérgicos
– Doses elevadas à efeitos extrapiramidais: rigidez,
catalepsia, tremores
Feno\azínicos
• Ação no centro emé\co: efeito an\emé\co
• Reduz liberação de noradrenalina e dopamina
no SNC à diminui limiar convulsivo?
• Bloqueio alfa-adrenérgico: vasodilatação
periférica (hipotensão e taquicardia reflexa)
Feno\azínicos
• Sistema respiratório
– Depressão leve mas pode potencializar com a
ação de outros agentes (anestésicos gerais)
– ⇓ sensibilidade a quimioreceptores de CO2, ⇓ FR e
VM
Feno\azínicos
• Acepromazina
– O mais u\lizado na Medicina Veterinária
– O mais potente
– Relaxamento muscular
– “Cara de acepran”
Feno\azínicos
• Acepromazina
– Hipotensão
• Dose dependente
• Redução de 15-20 mmHg
– Doses
• 0,05 mg/kg: reduz em 2,3% a PA (halotano)
• 0,1 mg/kg: reduz em 24% a PA (isofluorano)
Feno\azínicos
• Acepromazina
– Sequestro de hemáceas pelo baço à cuidado em
anêmicos (reduz 20-30% do Ht por 2 horas)
Feno\azínicos
• Acepromazina
– An\-emé\co: u\lizado 15 min antes do opióide
• Dose-dependente
• Es\mulação de receptores alfa adrenérgicos
central e perifericamente à ⇓ noradrenalina,
⇓ a\vidade simpá\ca do SNC, ⇓
catecolaminas circulantes e hormônios do
estresse
Agonistas alfa2 adrenérgicos
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Sedação e relaxamento muscular intensos
• Alfa2: efeitos analgésicos/seda\vos
• Alfa1: despertar, excitação, a\vidade
locomotora
Fármaco Relação alfa2/alfa1
Xilazina 160
Clonidina 220
Detomidina 260
Medetomidina 1620
Dexmedetomidina 2000
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Analgesia
– Visceral
• Es\mulação alfa2 pré-sináp\co do corno dorsal da
medula levando à liberação de subt.P e outros
neuropepŒdeos que modulam a transmissão de
impulsos nocicep\vos na medula espinhal
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Potencializam 70-80% barbitúricos
• Diminuem 40-70% CAM halogenados
VASOS VASODILATAÇÃO VASOCONSTRIÇÃO
FC BRADICARDIA TAQUICARDIA
FR BRADIPNEIA TAQUIPNEIA
RITMO CARDÍACO BAV 2O GRAU RITMICO
MUSCULATURA MIORRELAXAMENTO HIPERTONIA
REFLEXOS PROTETORES DIMINUIDOS PRESENTES
SALIVAÇÃO SIALORREIA SIALORREIA
ANALGESIA SOMÁTICA AUSENTE PRESENTE
ANALGESIA VISCERAL PRESENTE AUSENTE
REFLEXO PUPILAR NORMAL MIDRÍASE
MEIA VIDA 20 A 30 MIN 7 A 14 MIN
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Xilazina
– Dose 0,1-1,0 mg/kg IV, IM, SC
• Romifidina
– Dose 0,1 mg/kg
• Detomidina
– Dose 5-20 mcg/kg IM, IV equino
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Dexmedetomidina (Precedex)
– Isômero farmacologicamente a\vo da
medetomidina
– Alta afinidade alfa2
– Altas doses à aumento da resistência vascular
periférica e queda de débito cardíaco
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Dexmedetomidina (Precedex)
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Dexmedetomidina (Precedex)
– Associado em dose menor ao acepram, aumenta a
sedação
– Pacientes jovens com alto tonus vagal à
bradicardia e parada sinusal
– Dose
• 0,5-10 mcg/kg IM (bula)
Agonistas alfa2 adrenérgicos
• Angioedema (principalmente
em cães jovens)
• prurido
• Tratamento: an\histamínicos
(prometazina) cor\cóides
(hidrocor\sona), antagonista
opióide (naloxona)
Opióides
• Meperidina
• Angioedema (principalmente
em cães jovens)
Opióides
• Sistema Urinário
– Retenção Urinária (Contração da musc. lisa da
uretra) por via epidural.
Opióides
• Efeito An\tussígeno
– Agonistas μ e κ (codeína e butorfanol)
– Facilita a indução anestésica e a intubação
endotraqueal
• Cirurgias de catarata e com TCE
• ➡︎PIC e PIO
Opióides
O polêmico...
Tramadol
• Tramadol
– Meia vida curta em cães (1,7 horas)
– Quan\dades mínimas do metabólito opióide
– Modula a dor de outras formas (serotonina?)
Tramadol
Tramadol
Opióides
• Controle de dor
• Diminuir intervalos para cães
• Con\nua o mesmo para gatos
• Na internação/clínica/hospital em
cirurgias: preferir outros opióides
• Para casa: só temos ele!
Opióides
Opióides
Opióides
Opióides
Via Subcutânea
Opióides
Via Subcutânea
Opióides x Oncologia
Derivados da Fenciclidina
• Cetamina: doses dissocia\vas
– pH ácido: dor na injeção
– Vias: oral, transmucosa
• Animais irrascíveis para contenção: absorção via
mucosa ocular, nasal, oral
• 10x a dose IM
Derivados da Fenciclidina
• Cetamina
– Lipossolúvel
– Absorção:
• IM 93%
• Oral 20%
• Intranasal 50%
• Retal 30%
Derivados da Fenciclidina
• Cetamina (doses dissocia\vas)
– ︎pressão intracraniana
• CONTRA-INDICADO: TCE, epilepsias, cirurgias SNC
Derivados da Fenciclidina
• Cetamina:
– Doses analgésicas/adjuvantes
• 0,5-2,0 mg/kg IV, IM
– Pode ser u\lizada na MPA se paciente com muita dor,
associado ao opióide
• Cirurgia
– 10 mcg/kg/min IC (sempre com bolus antes!)
• Pós operatório
– 2 mcg/kg/min IC
Derivados da Fenciclidina
• Tiletamina:
– Associada ao zolazepam (benzodiazepínico)
– Não oferece analgesia cirúrgica!
Derivados da Fenciclidina
• Tiletamina:
– Cuidado em gatos: zolazepam tem meia vida
menor que a \letamina
ANTICOLINÉRGICOS
An\colinérgicos
• Antagonistas compe\\vos da ace\lcolina
(Ach) nos receptores muscarínicos pós
ganglionares
• Receptores
– M1: SNC e gânglios autonômicos
– M2: nodos SA e AV e miocárdio atrial
– M3: glândulas, endotélio vascular e
musculatura lisa
An\colinérgicos
• An\gamente: altas doses de xilazina jus\ficavam
seu uso pré-operatório
• Broncodilatação
• Contra-indicação
– Taquicardia e arritmia
– Febre
– Doenças cardiovasculares
(p.e.cardiomiopa\a hipertrófica)
Novidades
Um capítulo a parte: Maropitant
• Citrato de maropitant (Cerênia®)
– Antagonista sele\vo dos receptores da
neurocinina-1 (NK1) à bloqueia a ação da
substância P no sistema nervoso central e
periférico
• Receptor presente em vias aferentes de dor, vísceras,
corno dorsal da medula…
– Dor visceral
Um capítulo a parte: Maropitant
• Citrato de maropitant (Cerênia®)
– Subst. P envolvida:
• Transmissão da dor
• Vasodilatação
• Modulação da resposta inflamatória
• Transmissão neuronal sensorial envolvidas no estresse,
ansiedade e êmese
Um capítulo a parte: Maropitant
• Citrato de maropitant (Cerênia®)
– Previamente (25-45 antes) pode inibir a êmese
por opióides como a morfina
Um capítulo a parte: Maropitant
• Citrato de maropitant (Cerênia®)
– Retorno mais rápido da alimentação
– Maior estabilidade hemodinâmica
Um capítulo a parte: Maropitant
• Citrato de maropitant (Cerênia®)
– Diminui recorrência de vômito no paciente
• IC de opióides prolongada ︎ chance de vômito
• Diminui risco de pneumonia por aspiração
• Esofagites
Um capítulo a parte: Maropitant
• Citrato de maropitant (Cerênia®)
– 1.0 mg/kg IV
– Bolus seguido de IC 30 μg/kg/hr IV
Um capítulo a parte: Maropitant
• Polêmica atual:
– Diminui CAM e consumo de opióides pelo
conforto (náusea e vômitos causam sofrimento
tb) ou devido à efeito analgésico?
– Estudos para comprovação da analgesia em
humanos falharam
– Subst. P muda de função de acordo com o tecido
(pode até aliviar a dor em determinados locais!
– Pode-se u\lizar cerenia para conforto mas jamais
para subs\tuir opióides e AINEs
Um capítulo a parte: Maropitant
Um capítulo a parte: Maropitant
Um capítulo a parte: Maropitant
Gabapen\na
• Sedação pré-MPA para cães e gatos
agressivos/ansiosos
• Fármaco an\convulsivante
• Usado no tratamento da dor crônica
Gabapen\na
• Uso em gatos ansiosos em casa (pré-MPA)
Gabapen\na
• Uso em gatos como pré-MPA
– 20 gatos castrados irrascíveis SRD
– 1-16 anos (média 4 anos)
– Peso 3,4-7,7 (média 5,15 kgs)
– Transporte 5-45 minutos (média 12 minutos)
Gabapen\na
• Uso em gatos como pré-MPA
– 100 mg gato (13-30 mg/kg)
• 2 horas de jejum prévio
• Diretamente na boca ou misturado à alimento
• 2 visitas (placebo/gaba e vice-versa)
• 90 minutos antes de colocar na caixa de transporte
– Sedação, ataxia, vômito, salivação
• Todos efeitos passaram dentro de 8 horas
Gabapen\na
• Uso em gatos como pré-MPA
– Resultados
• 1 gato não permi\u exame (histórico de agressividade)
à dose de 16 mg/kg
• 2 gatos menores apresentaram sinais de sedação após
atendimento (25-29 mg/kg)
• Pico do efeito entre 2-3 horas da administração
• Tutores devem ser avisados dos efeitos de ataxia e
incoordenação e manter animais longe de escadas em
ambientes fechados
Gabapen\na
• Uso em gatos como pré-MPA
– Resultados
• Reduziu os ba\mentos numa média de 16 bpm
• PAS e PAM não \veram diferenças
• Clínicos devem estar cientes desses efeitos, além de
mascarar/diminuir a dor
• Mesmo com a GABA o manejo foi livre de estresse
(ca’riendly)
• Gatos com experiências traumá\cas anteriormente
\veram escores maiors de estresse
An\inflamatórios
Dexametasona
Medicina Complementar
Acupuntura
• Farmacopuntura
– U\lização de fármacos em subdose, geralmente
no ponto Yin Tang
– Doses 10x menores que as que seriam u\lizadas
por via sistêmica
Acupuntura
• Eletroacupuntura
– Es\mulação dos pontos de acupuntura através de
corrente elétrica
– Uso de aparelho eletroes\mulador
Acupuntura
• Farmacopuntura
Ponto Yin Tang
Acepromazina (menos que 0,01 ml)
diluída em 0,5 ml de NaCl a 0,9%.
Tempo 0 (foto superior esquerda), 15
(foto inferior esquerda), 25 minutos
(foto superior direita) e no pós
imediato (após 5 minutos da
extubação) com despertar tranquilo.
Paciente de 17 kgs. Intubação
realizada com 2,0 mg/kg de propofol
e 0,5 mg/kg de cetamina e sem
excitação caracterís\ca do estágio II
quando não há MPA.
Assim seda-se o paciente com doses
infinitamente menores e com quase
nenhum efeito colateral.
Acupuntura
• Eletroacupuntura
MPA – Casos clínicos
• Canino, 8 meses, boxer, orquiectomia
Após 15 minutos
Meperidina 4 mg/kg IM
MPA – Casos clínicos
• Labrador, 8 anos, US ocular Após 15 minutos
Meperidina 3 mg/kg +
acepromazina 0,01 mg/kg IM
MPA – Casos clínicos
• Pastor Belga, 15 anos, coluna
Após 15 minutos
@lu_kinoshita
SAVE
Serviço de Anestesia Veterinária Especializado