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Atenção em termos coloquial, tem uma definição para si, contudo ela está definição não agrada os

acadêmicos que estudam a mente humana, gerando assim uma divisão e discussão sobre a definição
do termo atenção na área acadêmica.

Dificuldades e controvérsias na definição de atenção

A dificuldade para a definição da atenção, não se encontra somente no termo, mas também nas
ambiguidades das teorias psicológicas que a discutem. Chegando a inúmeros resultados e propostas,
como a de Estévez-González, que defendiam que a atenção seria proveniente de um terceiro sistema
fisiológico no sistema nervoso, o sistema atencional. Outros autores veem como uma reação do
nosso sistema nervoso central para aumentar nossa capacidade em promover estímulos mais rápidos
perante situações potencialmente importantes.

Os testes nos processos atencionais também se deparam com a falta de testes feito para a atenção
interna, a medida os testes para o ambiente externo excedem em muito, também pela facilidade que
podem ser feito, mas carecem de maior variedade de modalidades, se sobressaindo nas modalidades
visuais e auditivas.

Breve história sobre os estudos da atenção

As discussões sobre o conceito de atenção estão presentes desde o século 19, quando James e Vom
Hemlholtz estabeleceram pontos de vistas distintos na psicologia introspectiva. Esse impulso inicial
foi congelado com o surgimento do behaviorismo na década de 1920, que argumentava que
acontecimentos internos não poderiam ser estudados cientificamente. Mas após a segunda Guerra
mundial, o estudo acadêmico da atenção voltou a ser um tópico altamente estudado e discutido no
meio, surgimento mais estudos e teorias.

A teoria do filtro atencional de Broadbent

A teoria de filtro atencional proposta por Broadbent em 1958, é a teoria psicológica mais influente do
ramo da atenção. A teoria propõe que as informações precisam passar por um canal de categorização
de capacidade limitada, e serem filtradas por meio de identificação de características especiais antes
de serem identificadas propriamente pelo sistema de processamento.

Contudo, mesmo com resultados positivos, outros acadêmicos fizeram experiências para negar a
teoria, descobrindo um fenômeno que não poderia ser explicado por ela. Entre os que conseguiram
se destacam Gray e Weddeburn, que conseguiram analisar um fenômeno que argumenta que a
seleção de informação pode requer um nível de complexidade maior que a teoria do filtro permitia.

Teoria atencional da seleção da resposta de Deustch e Deustch.

Depois dos resultados inconsistente com a teoria do filtro, Deustch e Deustch em 1963 defenderam a
teoria atencional da seleção da resposta, que se baseia em um sistema amplo de captação de
informação que processaria toda a informação, então seria agrupada e selecionada, porém isso
dependeria do estado de alerta geral da pessoa. Nessa teoria a atenção seria o resultado da relaxação
entre importância da informação e estado de alerta, sendo necessária para inúmeras situações, mas
não para percepção. Assim a teoria exemplifica um modo de seleção tardia.

A principal critica feita à teoria é que ela ignora o limite do sistema de processamento. Pois seria
impossível processar tudo que nos rodeia.
Esse questionamento cria o paradoxo da seleção inteligente proposta por Palmer em 1999. Se a
seleção for feita antes do processamento, não tem como identificar importância, se for tardio, se
detecta a importância, porém corre o risco de sobrecarregar o sistema.

A proposta do filtro atenuador de Treisman

Treisman propôs um filtro igual ao de Broadbent, porém, ele não bloquearia totalmente as
informações não atendidas, ele atenuaria elas permitindo assim sua entrada no sistema de
processamento. Assim reduzindo a interferência dos estímulos irrelevantes, sem prejudicar os
estímulos relevantes.

Essa proposição é a mais aceita por acadêmicos da área.

Avanços subsequentes

Na década de 70, a maioria dos estudos cognitivos dessa área verificou efeitos supostamente não
atendidos, porém que afetavam o desempenho. O fenômeno Stroop effect gerou bastante discussões
e estudos entre os adeptos da teoria da seleção tardia e dos adeptos da proposta de Treisman, ambos
argumentavam que o resultado desse efeito era forte evidência para seu lado.

Ainda na década de 70, levantou-se outra grande discussão sobre os mecanismo de seleção
atencional de informação, tentavam descobrir se a capacidade seria limitada e entender se a seleção
da informações ocorriam nas etapas iniciais ou finais. Após inúmeros estudos, uma das principais
conclusões deles foram que se duas atividades concomitante disputam a mesma função, a uma
interferência no desempenho dela. Além disso, os estudos mostraram que o grau de interferência
depende do nível de treinamento na função. Com esses resultados, os acadêmicos começaram a
distinguir entre processos automáticos e processos voluntários.

Processos automáticos e processos voluntários.

Aceita-se que processos automáticos são rápidos e não requeiram “controle ativo” do indivíduo,
podendo ocorrer concomitante sem qualquer interferência. E os processos voluntários de
direcionamento de atenção necessitam de maiores recursos de processamento, por isso duas
concomitantes resultam em interferência. É usada normalmente para situações complexas ou não
conhecidas.

Shiffrin e Schneider em 1977, tentaram mostrar essa diferença em um experimento de busca visual.
Divido em duas etapas, uma etapa demonstrou um processo automático, pois mesmo após o
aumento de fatores, os resultados se mantiveram iguais. Diferentemente da segunda etapa, que a
entrada dos novos fatores aumento o tempo do experimento, condizente corretamente com o
processo voluntário.

Posteriormente, diversos autores tentaram refinar esse conceito e nomearam com expressões
diferentes, orientação exógena para processos automáticos e orientação endógena para processos
voluntários.

Após evidências de estudos neuropsicológicos sugerem que os mecanismos neurais para esses tipos
de orientação da atenção são independentes um do outro. Enquanto modalidade visual, a orientação
exógena pode está envolvida com uma via filogeneticamente antiga, a orientação endógena parece
envolver controle cortical.

A “dissecação” da atenção por meio de testes comportamentais


A partir da década de 80, houve esforços para criar testes comportamentais para avaliar os
componentes da atenção. Após isso, muitos autores propuseram que a atenção não é única, e sim
dividida entre mecanismos diretores que se ajudam. Muir em 1996 propôs três formas básicas de
atenção: a atenção sustentada, a dividida e a seletiva.

A atenção sustentada seria um estado de alerta para detectar e responder a mudanças na situação.
Os testes comportamentais se baseiam em concentra-se em uma fonte de informação por um
período de tempo, e mostram que após longos períodos de tempo nessa situação, a concentração se
torna instável ou se perde.

A atenção dividida se refere a atenção a duas ou mais fontes de estímulos. Os testes


comportamentais se baseiam em realizar duas tarefas concomitantes, se esperando a queda do
desempenho nessa situação. Contudo, não se sabe se isso ocorre pois a atenção é dividida
simultaneamente ou se fica revezando entre as duas tarefas.

Atenção seletiva é em definição, a capacidade de focar em uma determinada área, enquanto o


ambiente ao redor é ignorado. Há muitas críticas por meio de outros acadêmicos sobre a definição
dela, pois seria idêntica a definição da própria atenção, e enquanto a quem defende, pois ela seria
uma atenção ainda mais específica.

Além dessas três, Coull em 1998 elabora a existência de uma quarta que ele chamou de “orientação
atencional” que seria o simplesmente o orientação da atenção para um estímulo particular. A
orientação da atenção para um estímulo comumente envolve uma movimentação de alguma parte
do corpo, esse fenômeno foi descrito por Sokolov em 1976 como “reflexo de orientação”. Esse reflexo
existe para o organismo identificar um novo estímulo e se prepare para reagir, se necessário.

Esse tipo de orientação explicada foi nomeada por Von Helmholtz em 1894 como orientação
manifestação da atenção, ao contrário da orientação encoberta, que seria sem altera os olhos ou a
postura.

O teste de orientação encoberta da atenção de Posner

Posner desenvolveu um paradigma comportamental utilizado para investigar a atenção encoberta. No


procedimento, você deve focalizar em um ponto fixo em uma tela de computador quando aparecer
um alvo deverá apertar um botão. O tempo de reação é reduzido em relação ao tempo da pista
neutra se estiver em pista inválida, e reduz o tempo de reação em pista valida. Essa diferença entre é
chamada de efeito de validade.

Foi desenvolvidas dois modos de pistas, uma pista simbólicas, que apresentam símbolos ou números
para onde a atenção do indivíduo deva ir, ou pistas periferias, que aparecem onde estaria o alvo.

Müller e Findlay em 1988, viram que as respostas automáticas em pistas periféricas são mais fortes,
enquanto em pistas centrais, o mecanismos voluntário demora a aparecer, mas é mais duradouro.
Concluíram que o mecanismo automático começa pelo reflexo e não muda muito com as pistas, e o
voluntário precisa de desenvolvimento e informação vinda das pistas. Contudo, pistas periféricas
podem causar um efeito de controle voluntário, seja por treinamento ou se a atenção for para o lado
contrário do local em que a pista aparecer.
Estudos mostram uma diferença entre faixas etárias, enquanto que em pistas centrais resultam os
mesmos efeitos em jovens e idosos, pistas periféricas mostram uma diferença, jovens são mais
capazes de inibir as respostas automáticas e inibir os efeitos das pistas, os idosos se mostram menos
capazes desses mesmos resultados.

Posner apostou três efeitos dessa tarefa, o primeiro, que independente da pista, o estado de alerta
do indivíduo aumenta. O segundo, chamado de facilitação precoce diz que as pistas periféricas
facilitam quando estão na mesma posição. A terceira são o custo, que é causado por seguir a pista
inválida, e inibição de retorno, a uma lentidão na detecção do alvo quando o intervalo da pista
periférica e o alvo são longos.

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