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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Graduação em Nutrição

Débora Cristina Bitencourt Pereira


Giane Santana Silva dos Santos
Jaqueline Aparecida de Assis Silva
Jaqueline de Araújo Souza
Keli Cristina Ramalho
Mônica Aparecida Andrade Oliveira
Wildman Gomes Fabiano

CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS:

pão de queijo enriquecido com cogumelo Agaricus blazei

Belo Horizonte

2015
Débora Cristina Bitencourt Pereira
Giane Santana Silva dos Santos
Jaqueline Aparecida de Assis Silva
Jaqueline de Araujo Souza
Keli Cristina Ramalho
Mônica Aparecida Andrade Oliveira
Wildman Gomes Fabiano

CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS:

pão de queijo enriquecido com cogumelo Agaricus blazei

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Nutrição da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Nutrição.

Orientadora: Michelle Rosa Alves de Andrade


Coorientador: William César Bento Régis
CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS:
pão de queijo enriquecido com cogumeloAgaricus blazei
Débora Cristina Bitencourt PEREIRA1
Giane Santana Silva dos SANTOS¹
Jaqueline Aparecida de Assis SILVA¹
Jaqueline de Araújo SOUZA¹
Keli Cristina RAMALHO¹
Mônica Aparecida Andrade OLIVEIRA¹
Wildman Gomes FABIANO¹
Orientadores:
Michelle Rosa Andrade ALVES²
William César Bento RÉGIS²

RESUMO

Introdução: O Agaricus blazei (Cogumelo do Sol) é um cogumelo de alto valor


nutricional que possui atividades antimutagênicas, bactericidas, antitumorais,
estimulantes das atividades imunológicas humanas e antioxidantes o que o torna um
excelente candidato ao desenvolvimento de novos produtos. Objetivo: Desenvolver
a receita de um pão de queijo enriquecido com Agaricus blazei, que apresente
satisfatórias características organolépticas e consiga preservar as atividades
antioxidantes do cogumelo. Metodologia: Criou-se uma receita padrão de pão de
queijo e adicionou-se farinha de cogumelo Agaricus blazei em duas amostras
contendo gramaturas diferentes de cogumelo (10g e 15g). A atividade antioxidante
das amostras do pão de queijo foi determinada pelo método do 2,2-Diphenyl-1-
picryl-hidrazil–DPPH. Para avaliação da análise sensorial foi utilizada uma escala
estruturada de 7 pontos. Para avaliação da intenção de compra foi utilizada uma
escala não estruturada de 5 pontos. Resultados: As duas amostras apresentaram
atividade antioxidante (AA), Pão de queijo 10g assado (58,1%), Pão de queijo 15g
assado (85,8%). Por ter um sabor e odor agradáveis e boa atividade antioxidante
escolheu-se a gramatura de 15g para a análise sensorial. O pão de queijo
apresentou uma boa aceitação, com média global de 2,66 (±1,37), para
características sensoriais como sabor 2,66 (±2,22), textura 2,53 (±2,11), odor 2,76
(±1,70), aparência 2,88 (±1,57), e uma média de intenção de compra de 3,28
(±1,86). Conclusão: O pão de queijo enriquecido com o cogumelo preservou a
atividade antioxidante, alcançou boa aceitação e intenção de compra, sendo uma
possibilidade para a popularização do cogumelo no mercado brasileiro.

Palavras chave: Cogumelo, antioxidante, Agaricus blazei, pão de queijo.

1Acadêmicos de Nutrição da instituição Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Rua dos Franciscanos,
59, Bandeirantes, Contagem, CEP 32.240-410, MG, Brasil. Correspondência para: jaque.a.assis@hotmail.com.
2 Professores Adjuntos do Curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Rua Diametral,

116, apto 13, bloco A, Sagrada Família, 31030-350, Belo Horizonte/MG, Brasil. Correspondência para:
michellenutric@hotmail.com.
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1 INTRODUÇÃO

Os antioxidantes apresentam grande importância para o ser humano, pois


interagem com os radicais livres estabilizando-os (PEREIRA & RETTORI, 2008).
Os radicais livres são espécies químicas que contém um ou mais elétrons
desemparelhados, que lhes conferem instabilidade, meia vida curta e alta
reatividade química. A instabilidade dos radicais livres é explicada por sua alta
reatividade química. Os radicais livres paream seus elétrons livres com estruturas
próximas à sua formação, podendo atacar a membrana plasmática das células
(CLARKE,2009).
Nos alimentos e nas gorduras, existem antioxidantes em sua forma natural ou
intencional, objetivando o retardo da oxidação lipídica, mas mantendo intactas suas
características sensoriais. O acréscimo e consequentemente, o consumo dos
aditivos sintéticos na prevenção da oxidação lipídica, tem sido alvo de grande
preocupação no que diz respeito à sua eficácia. Contudo, têm-se motivado a busca
de antioxidantes naturais, para que possam substituí-los de forma total ou parcial.
Essa tem sido a razão de dar maior atenção à aplicação de antioxidantes naturais
em alimentos, por causa dos potenciais efeitos terapêuticos e nutricionais (GAMÉZ-
MEZA et al.,1999).
Os antioxidantes mais pesquisados são a vitamina E, vitamina C,
carotenóides e os compostos fenólicos (DUBOST et al., 2007).
Os compostos fenólicos parecem ser os principais componentes responsáveis
pela atividade antioxidante de extratos de cogumelo (ELMASTAS et al., 2007). De
acordo com Tsai et al., (2007), a propriedade antioxidante do cogumelo Agaricus
blazei pode estar associada à sua alta concentração de tocoferóis.
Apesar de serem pouco utilizados na alimentação brasileira, os cogumelos
possuem excelente valor nutricional, com baixos teores de lipídeos e grandes
quantidades de carboidratos e de proteínas, apresentando, também, todos os
aminoácidos essenciais (FURLANI e GODOY, 2005; MATTILA et al., 2000).
Atualmente são conhecidas cerca de duas mil espécies de cogumelos
potencialmente comestíveis, no entanto, somente vinte e cinco dessas são
comumente utilizadas na alimentação humana (COUTINHO, 2007).
6

A produção de nova espécie de cogumelos e a busca de novas técnicas para


o cultivo dos mesmos tem estimulado os produtores brasileiros, uma vez que vêm
sendo considerados pelos pesquisadores como alimentos nutracêuticos ou
funcionais fisiológicos. Algumas espécies já são utilizadas em forma de chás ou
cápsulas, com a finalidade de prevenir doenças, fator este que também ajudou a
acelerar a produção de cogumelos (FURLANI; GODOY,2005).
O Agaricus blazei tem despertado a atenção dos pesquisadores, já que
apresenta em sua composição química, elevados teores de componentes ativos. É
um cogumelo nativo do Brasil que vem sendo cultivado comercialmente desde o
início da década de 1990 e a maior produção encontra-se no estado de São Paulo,
onde o cultivo é feito nas épocas de primavera e verão (BRAGA et al., 1998). Essa
espécie popularmente conhecida como cogumelo-do-sol tem sido amplamente
consumida em diferentes partes do mundo em razão das suas propriedades
medicinais, sendo utilizada como alimento funcional para prevenção de diversas
doenças (DI PIERO, 2003).
Com base nessas informações o objetivo desse trabalho foi desenvolver uma
nova receita de pão de queijo enriquecido com a farinha de cogumelo Agaricus
blazei, por ser um produto genuinamente brasileiro, rico em carboidrato, é também
isento de glúten, podendo ser consumido por pessoas com doença celíaca (JESUS,
1997). É um produto que, segundo Pizzinato (2000), apresenta vantagens de incluir
ingredientes de fácil aquisição na sua formulação, capaz de torná-lo mais nutritivo e
com características de um alimento funcional, que apresente além dos nutrientes,
compostos bioativos, como substância antioxidantes. Além disso, sua massa pode
ser congelada satisfazendo a necessidade de consumidores que buscam
praticidade.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Estima-se que o número de cogumelos existentes no mundo gira em torno de


140 mil, porém, deste total apenas 10% (aproximadamente 14.000 espécies) são
conhecidas (WASSER, 2002).
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O reino dos fungos, com mais de um milhão e meio de espécies, algumas


delas microscópicas, é ainda quase desconhecido pela ciência. Apesar do pouco
conhecimento que se tem sobre os fungos, reconhece-se que entre eles há muitos
que já se tornaram imprescindíveis para a saúde humana, uma vez que contribuem
de forma decisiva para a preservação da diversidade biológica do nosso planeta
(HERRERA, 2001).
Os fungos são divididos em cinco filos: Chytridiomycota, Glomeromycota,
Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota. Os fungos comestíveis encontram-se
nos filos Ascomycota e Basidiomycota. O filo Ascomycota é composto por leveduras,
as morchelas e as trufas comestíveis. Os cogumelos comestíveis compõem o filo
Basidiomycota, onde estão presentes também os cogumelos alucinógenos, tóxicos e
os venenosos (Raven, 2007), sendo que os cogumelos mais conhecidos encontram-
se na ordem Agaricales, sendo também a ordem que abriga o maior número dos
mesmos (COIMBRA, V. R. M. et al 2013).
Os cogumelos chamam atenção do ponto de vista nutricional por sua
composição química (Sanchez, 2010), por serem ricos em proteínas, carboidratos,
fibras e possuir baixo teor calórico (FIRENZOULI, GORI, LOMBARDO, 2008).
Apesar do consumo de cogumelos no país ainda ser muito pequeno em
relação ao dos povos europeu e asiático, nos últimos anos, a procura por cogumelos
comestíveis vem aumentando e ganhando destaque, em virtude do seu sabor
refinado, valor nutritivo e, ainda, pelo potencial de uso medicinal (BRAGA et al.,
1998).
Segundo Herrera (2001), dentre as espécies cultivadas, destaca-se o
Agaricus blazei que, devido ao fato de ser relacionado como um produto com
propriedades medicinais vem despertado grande interesse por parte das
comunidades médica e científica. É um cogumelo nativo do Brasil e alcançou o topo
no ranking dos melhores cogumelos medicinais e culinários (LARGETEAU et al.,
2011), sendo encontrado naturalmente na região sudoeste de São Paulo. Pela sua
característica de crescimento e desenvolvimento, em campos abertos e
ensolarados, requerendo, normalmente a luz para desenvolver os corpos de
frutificação, recebeu a denominação de cogumelo do sol, e, pelo qual, passou a ser
conhecido em outros países (Uryu, 1995).
8

2.1 Composição nutricional e características do cogumelo Agaricus blazei

O consumo do Agaricus blazei no Brasil aumentou significativamente, uma


vez que a população adquiriu maior conhecimento em relação aos seus benefícios,
entre eles, seu valor nutritivo. São cultivados o Agaricus bisporus Lange
(champignon), o Lentinula edodes Berk (shiitake) e espécies do gênero Pleurotus e,
agora, o Agaricus blazei (cogumelo do sol) que se baseia nas técnicas de preparo
do champignon (BRAGA, 1999). Há algumas barreiras nessa comercialização, como
hábitos alimentares, cultivo com baixa produtividade e preço (EIRA E MINHONI,
1997). O progresso nos estudos sobre o Agaricus blazei coincide com numerosas
patentes sobre métodos de isolação, técnicas de cultivo e suplementos dietéticos
(WASSER et al., 2002).
De acordo com Braga (1999), o uso medicinal desse cogumelo,
investimentos de indústrias farmacêuticas e alimentícias em pesquisas, podem
contribuir para o aumento do consumo e da produção do mesmo. Outro fator que
contribui para o aumento da produção é a procura dos consumidores que buscam os
benefícios à saúde que o cogumelo oferece, entre eles compostos biologicamente
ativos como polissacarídeos, glicoproteínas e propriedades antioxidantes.

2.2 Funções Antioxidante

Da família Agariaceae, ordem Agariales, o Agaricus blazei é um


basidiomiceto, ou seja, fungo pertencente ao filo Basydiomicot, conhecido
popularmente como cogumelo do sol e extensamente utilizado na alimentação
humana por várias culturas, em virtude de suas propriedades (ELLERTSEN &
HETLAND, 2009). O Agaricus possui baixo teor calórico e cerca de 90% de água, o
que o deixa altamente perecíveis, dessa forma havendo a necessidade de processar
o produto, de modo a aumentar sua vida de prateleira. Um processo que vem sendo
bastante utilizado para tal finalidade é a desidratação osmótica, contribuindo para
sua conservação e, consequentemente, o aumento da vida de prateleira do mesmo
(SUGUNA, S.et al., 1995), ele contém ainda 2-4% de proteínas, 2-8% de gorduras,
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1-55% de carboidratos e 3-32% de fibras e aminoácidos essenciais, além de ser rico


em vitaminas como: tiamina, riboflavina, niacina, vitamina K, tocoferol, e minerais
como: potássio, cálcio, fósforo, magnésio, zinco, ferro, selênio e cádmio. A
composição química dos cogumelos pode sofrer pequenas alterações na qualidade
e quantidade em função do local e condições de cultivo, estádio de maturação da
colheita, processamento e armazenagem (MIZUNO, 2002). Apresenta inúmeras
propriedades terapêuticas e sem efeitos adversos decorrente de seu uso
(FIRENZOULI, GORI, LOMBARDO, 2008). Possui como característica importante,
propriedades funcionais que apresentam compostos fenólicos com alta
concentração de tocoferóis, principais componentes responsáveis pela atividade
antioxidante (SILVA, 2009). Entretanto, ainda não há alegação de propriedade
funcional aprovada pela ANVISA - (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O Agaricus blazei é utilizado em casos de estresse psicológico e emocional
(FACCIN et al.; 2007). Contém compostos que também apresentam atividade
biológica como a lecitina que exerce propriedade antitumoral, antimutagênica e
hemaglutinizante. É citado ainda por outras propriedades que incluem o controle da
glicemia, recaptação de cálcio devido ao ergosterol que também funciona como
anticarcinogênico e inibidor da angiogênese. Por isso pode ter ação em doenças
como diabetes, osteoporose, hipertensão arterial, câncer e Aids (MIZUNO, 2002;
BRAGA et al., 1998). Possui ainda o ácido linoléico que atua como bactericida; os
esteróides que atuam contra os tumores; a arginina que funciona como
anticarcinogênica e a glutamina com efeitos antioxidantes e estimulantes das
atividades imunológicas do organismo humano (LAKHANPA; RANA, 2005; FORTES;
NOVAES, 2006; SILVA, 2009; SORIMACHI; NAKAMOTO, 2011; RÉGIS, 2012).
A atividade anticâncer do cogumelo está associada a polissacarídeos
existentes na parede celular do corpo de frutificação (fruto), podendo estimular a
formação de anticorpos que inibem o crescimento de tumores. Neste caso, o
polissacarídeo mais importante conhecido é a Beta-glucana, que é um dos
compostos ativos do cogumelo Agaricus blazei mais pesquisados. Os relatos
científicos têm demonstrando que este polissacarídeo pode ser eficiente no
tratamento de várias enfermidades, incluindo doenças alérgicas (ELLERTSEN;
HETLAND, 2009), inflamações (KOMURA et al., 2010), diabetes (KIM et al., 2005),
câncer (HETLAND et al., 2008), entre outras. Nos cogumelos, ela é constituída por
ligações glicosídicas (PAULI, 2010).
10

Embora seja citado por tantos benefícios o cogumelo ainda não é prescrito no
tratamento destas patologias por não ter sua propriedade funcional aprovada e não
apresentar recomendação específica para consumo.

3 METODOLOGIA

3.1 Obtenção da farinha de cogumelo

Para obtenção da farinha de cogumelo o processo foi realizado no laboratório


do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG. Os cogumelos foram cultivados em estufas industriais com temperatura
controlada, coletados antes da abertura do píleo, lavados e descontaminados. Em
seguida, foram secos em ventiladores, posteriormente, desidratados a 50 o C durante
14 horas. Após secagem, foram triturados em desintegradoras com o uso de tamises
de baixa granulometria que produziu a farinha mais fina.

3.2 Preparo do Pão de queijo enriquecido com Agaricus blazei

Os ingredientes utilizados na fabricação de pão de queijo foram adquiridos no


comércio local de Belo Horizonte – MG, observando as características
organolépticas, conservação das embalagens e o prazo de validade. O preparo foi
realizado no Laboratório de Técnica Dietética da PUC Minas – Unidade Barreiro,
com diferentes gramaturas de farinha de cogumelo, objetivando desenvolver um pão
de queijo com atividade antioxidante desejável e custo razoável à população. Foram
feitas quatro receitas de pão de queijo, sendo uma padrão e as demais adicionadas
com 10, 15 e 20 g da farinha de cogumelo respectivamente.
Todas as amostras do pão de queijo foram analisadas antes e após a cocção,
sendo denominadas amostras cruas e amostras assadas. As receitas foram
produzidas de acordo com a ficha técnica de preparo (ANEXO A). Os testes
11

realizados consideraram, principalmente, a variação da proporção de adição da


farinha de cogumelo nas preparações existentes. Foram testadas até a obtenção de
uma amostra que fosse sensorialmente aceitável.

3.3 Análise de atividade antioxidante por método espectrofotométrico

Foram separadas 5g de cada amostra de pão de queijo para serem enviadas


para análises. As amostras foram maceradas separadamente em cadinhos de
porcelana com gelo seco, para obtenção de um pó que foi reservado para análises
posteriores.

3.4 Extração de Lipídio

A extração de lipídio foi feita no laboratório de Enzimologia e Físico-Química


de Proteínas do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas
Gerais - ICB/UFMG. O teor de lipídios contido nas amostras pode superestimar ou
subestimar os resultados devido à interação com compostos orgânicos como o
metanol, que por precipitação da gordura pode induzir resultados errôneos nas
quantificações do percentual antioxidante da amostra (BEYER, 1983).
A extração da fração de lipídios totais foi realizada pelo método de Bligh &
Dyer (1959) que é uma extração a frio com modificações. A mesma foi realizada da
seguinte forma: pesou-se 1g de cada amostra em um tubo de ensaio com tampa em
rosca e adicionou-se 5 ml de metanol, 2,5 ml de clorofórmio e 1 ml de água destilada
e deionizada. Os tubos foram submetidos à agitação em mesa agitadora marca
Thermo Scientific MaxQ 4000, por 20 minutos. Após esse período, adicionou-se 2,5
ml de clorofórmio e 2,5 ml de solução de sulfato de sódio anidro a 1,5%, logo após,
os tubos foram submetidos à agitação em mesa agitadora por 2 minutos.
Transferiu-se as amostras para funis de separação que permaneceram em
repouso até a formação de um sistema bifásico. A camada inferior (fase orgânica
rica em clorofórmio e lipídios) foi removida e descartada. A parte superior com os
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compostos solúveis foi filtrada em papel filtro tipo coarse e aliquotadas em


microtubos de 1,5 ml. Para evaporação do clorofórmio as amostras foram
submetidas ao banho seco térmico até completa evaporação do solvente e
separadas para as análises posteriores.

3.5 Avaliação da atividade antioxidante do extrato do cogumelo e dos


alimentos desenvolvidos a partir da farinha do Agaricus blazei

A análise da atividade antioxidante foi realizada no laboratório de Enzimologia


e Físico-Química de Proteínas do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Foi
enviado para análise de antioxidantes às amostras padrão, contendo 10 e 15 g. O
pão de queijo com 20 g não foi enviado para análise, pois apresentou cor e sabor
acentuados, podendo influenciar negativamente na aceitação dos provadores, na
análise sensorial.
A atividade antioxidante da amostra foi determinada pelo método do 2,2-
Diphenyl-1-picryl-hidrazil–DPPHdescrito por Brand-Williams com modificações. O
DPPH é um radical livre que em solução sofre redução quando em contato com
substâncias antioxidantes. Neste método a queda da absorbância (leitura a 515 nm),
indica a estabilização do radical livre. Quanto maior a queda da absorbância do
DPPH maior é o poder antioxidante da amostra.
O procedimento foi realizado da seguinte forma: foram coletados 5 L das
amostras, a cada uma delas foram adicionados 195 L de solução metanólica de
DPPH a 0,06 mM. A leitura das absorbâncias foi realizada em espectrofotômetro
com leitor de microplacas da marca Thermo Scientific, modelo Varioskan Flash. A
queda da absorbância das amostras foi observada ao longo de um tempo final de 12
minutos sendo monitoradas a cada 15 segundos até a estabilização do DPPH.
Todas as análises foram realizadas em triplicata.
Os valores das absorbâncias, no tempo final de estabilização
(aproximadamente 15 minutos) foram convertidos em porcentagem de atividade
antioxidante (%AA), através da seguinte equação:
%AA = {[AbsDPPH-(Absamostra-Absbranco)]x100/AbsDPPH}
13

3.6 Análise sensorial

Para realizar a análise sensorial foi escolhido o pão de queijo enriquecido


com 15g de cogumelo Agaricus blazei, porque obteve melhor atividade antioxidante
comparado ao pão de queijo adicionado de 10 g. O mesmo era composto pelos
seguintes ingredientes: polvilho doce, polvilho azedo, ovo, iogurte natural, óleo
vegetal, queijo muçarela e sal, conforme ficha técnica (ANEXO B).
A análise sensorial foi realizada no Laboratório de Técnica Dietética da PUC
Minas – Unidade Barreiro. Para a análise foram colocadas cabines, para evitar o
contato entre os degustadores. Participaram da degustação, acadêmicos da
unidade, professores e funcionários. Os indivíduos que compuseram esse grupo de
provadores foram escolhidos e convidados aleatoriamente, bem como participaram
de forma voluntária.
As amostras foram dispostas para os provadores de forma simultânea, em
temperatura ambiente (25° C), colocadas em recipiente branco separados e
demarcados. Os degustadores receberam duas amostras do mesmo pão de queijo,
ambos enriquecidos com 15g de farinha de cogumelo Agaricus blazei. Porém, as
duas amostras foram apresentadas com nomenclaturas diferentes (integral e
enriquecido), para avaliação como teste cego. O mesmo consiste em ofertar duas
amostras iguais, com nomes distintos, afim de avaliar se a aceitação do pão de
queijo enriquecido com cogumelo sofreu influência de algum fator.
Os participantes foram orientados a degustar e avaliar o primeiro pão de
queijo e ingerir um pouco de água para limparas papilas gustativas e, em seguida,
repetir o mesmo processo para o segundo pão de queijo. Os participantes assinaram
o termo de consentimento (ANEXO C) e uma ficha para avaliação dos aspectos
sensoriais e intenção de compra (ANEXO D).
Os participantes foram orientados a avaliar as características sensoriais
(aparência, odor, sabor e textura) com base em escala estruturada de 7 pontos,
composta pelos extremos 1 = gostei muitíssimo e 7 = desgostei muitíssimo. Para
melhor visualização dos dados as notas foram agrupadas e analisadas da seguinte
forma: de 1 a 3 demonstrava uma aceitação positiva, 4 uma aceitação neutra e de 5
a 7 uma aceitação negativa.
14

A avaliação da intenção de compra dos produtos, foi realizada através de


escala não estruturada de 5 pontos, com extremos, 1=certamente não compraria e
5= certamente compraria. Para melhor visualização dos dados as notas foram
agrupadas e analisadas da seguinte forma: 5 e 4 demonstrava uma intenção de
compra positiva, 3 uma intenção de compra neutra e 2 e 1 uma intenção de compra
negativa.
Para análise dos dados obtidos, foi utilizado o método ANOVA com fator
duplo de repetição, esse teste visa comparar dois resultados. Segundo Barboza,
Freitas e Waszczynskyj (2003), a análise sensorial é utilizada para evocar, medir,
analisar e interpretar reações das características dos alimentos e materiais como
são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para que um alimento seja considerado bom ou até mesmo aceitável pela
população, ele deve produzir satisfação e agradar o consumidor. Esses fatores são
resultantes do equilíbrio de diferentes parâmetros da qualidade sensorial. No
desenvolvimento de um novo produto, como é o caso do presente estudo, que visa a
criação de um pão de queijo enriquecido com farinha de cogumelo, é imprescindível
otimizar parâmetros como forma, cor, aparência, sabor, textura, consistência e
interação dos diferentes componentes. Esses fatores devem ser levados em
consideração com a finalidade de alcançar um equilíbrio integral que se traduza em
uma qualidade excelente e que seja de boa aceitabilidade (BARBOZA, FREITAS E
WASZCZYNSKYJ, 2003) o que foi alcançado neste trabalho.

4.1 Atividade antioxidante total

Segundo Silva, (2010) os cogumelos apresentam significativa atividade


antioxidante in vitro, então sugerem que podem ser usados como fonte natural de
15

antioxidantes, como suplemento alimentar ou na indústria farmacêutica, vinte e dois


sendo os compostos fenólicos os principais responsáveis pela atividade antioxidante
dos extratos.
A tabela 1 demonstra um comparativo do percentual de Atividade Antioxidante
dos pães de queijo adicionados com cogumelo Agaricus blazei em relação a massa
padrão e a um antioxidante Quercetina, utilizada aqui como controle positivo da
atividade antioxidante.

Tabela 1- Percentual de atividade antioxidante


% AA
Amostras
Média (±DP)

Quercetina(controle positivo) 128,2 (±1,34)

Extrato bruto Agaricus blazei 111,2 (±0,95)

Pão de queijo assado 15g 85,8 (±6,84)

Pão de queijo cru 15g 92,6 (±6,26)

Pão de queijo cru 10g 97,8 (±5,57)

Pão de queijo assado 10g 58,1 (±1,25)

Massa Padrão crua 39,1 (±1,07)

Massa Padrão assada 46,4 (±2,25)

* AA: Atividade Antioxidante; DP: Desvio padrão


Fonte: Dados da pesquisa

As amostras cruas enriquecidas, com o cogumelo Agaricus blazei,


apresentaram maior percentual de atividade antioxidante do que as assadas,
possivelmente porque o aumento da temperatura pode reduzir ou inativar compostos
responsáveis pela atividade antioxidante do cogumelo.
Contudo, o pão de queijo assado adicionado com 15 g de Agaricus blazei,
apresentou um bom potencial antioxidante, quando comparado a amostra de pão de
16

queijo padrão assado e aos controles (quercetina, que é um flavonóide antioxidante


e com próprio extrato de cogumelo).
Para avaliar a atividade antioxidante dos pães de queijo nas gramaturas de 10
e 15 g, o percentual de atividade antioxidante do cogumelo contido nas preparações
enriquecidas foi isolado, e os resultados foram apresentados na tabela 2.

Tabela 2 – Comparativo da Atividade Antioxidante (AA) do pão de queijo


enriquecido em relação à amostra padrão.
Média AA Total Média AA % AA do
Pão de queijo
Enriquecido amostra padrão Agaricus blazei

10 g cru 97,8 39,1 58,7

10 g assado 58,1 46,4 11,7

15 g cru 92,6 39,1 53,5

15 g assado 95,8 46,4 39,4

Fonte: Dados de pesquisa

Comparando as amostras de pão de queijo enriquecidas, à contendo 10g de


Agaricus blazei, atingiu o percentual de 11,7 de atividade antioxidante, enquanto a
amostra com 15g apresentou 39,4 de percentual, ou seja, conseguiu atingir atividade
antioxidante quatro vezes maior (cerca de 200% a mais AA). Este resultado foi
obtido com acréscimo de apenas 5g, ou seja, 50% do extrato de cogumelo.
Não sabemos ao certo o que pode ter ocorrido, mas podemos levantar
hipóteses como inativação de compostos do cogumelo ao se unirem aos
ingredientes. Como toda reação química essa complexação se saturaria e a
quantidade maior de cogumelo na receita indicaria maior quantidade de cogumelo
disponível para agir como antioxidante.
Por apresentar boa atividade antioxidante em relação à quercetina e por ter
atividade superior que a amostra de 10g, o pão de queijo enriquecido com 15g
(2,52% do peso líquido da receita do pão de queijo) de Agaricus blazei foi então
escolhido para análise sensorial, sendo esse um dos grandes responsáveis pela
atividade antioxidante do pão de queijo.
17

4.2 Análise sensorial do pão de queijo suplementados com 15 g de Agaricus


blazei

Para que análise sensorial obtivesse um resultado satisfatório e aceitável,


participaram dela 102 provadores. Desses participantes, 32 (31,37%) eram do sexo
masculino e 70 (68,62%) do sexo feminino; englobando acadêmicos, colaboradores
e professores da Unidade PUC Barreiro. A faixa etária dos provadores compreendeu
entre 18 e 55 anos.
O gráfico 1 demonstra as notas da análise sensorial, relacionado ao número
de participantes.

Gráfico 1: Análise Global


90
80
70
60 Aparência
50
40 Odor

30
Sabor
20
10
Textura
0
1,2,3 4 5,6,7 1,2,3 4 5,6,7

Integral Enriquecido

Fonte: Dados de pesquisa

Observou-se uma boa aceitação das amostras analisadas. Onde os atributos


avaliados (aparência, odor, sabor e textura) obtiveram uma aceitação positiva.
A tabela 3 demonstra a média dos resultados obtidos em relação aos
atributos avaliados (aparência, odor, sabor e textura) e a média global que consiste
na impressão geral que o provador teve em relação ao pão de queijo.
18

Tabela 3: Média de notas dos atributos e média da avaliação global do teste


sensorial

Pão de queijo Pão de queijo


Fator Fator
Integral Enriquecido
Calculado Crítico
Média (±DP) Média (±DP)
Aparência 2,91 (±1,68) 2,88 (±1,57) 0,15 3,93

Odor 2,71 (±1,73) 2,76 (±1,70) 0,14 3,93

Sabor 2,61 (±1,74) 2,66 (±2,22) 0,11 3,93

Textura 2,5 (±1,5) 2,53 (±2,11) 0,11 3,93

Global 2,56 (±1,59) 2,66 (±1,37) 0,66 3,93

*DP: desvio padrão


Fonte: Dados de pesquisa

A avaliação global para a amostra integral foi menor do que para a amostra
enriquecida, porém os valores foram bem próximos, demonstrando que as
avaliações foram semelhantes. Logo, pode-se dizer que a aceitação de ambas foi
positiva.
Outro dado observado foi o fator calculado, que foi inferior ao valor do fator
crítico, demonstrando que não houve diferenças significativas entre as amostras. Foi
o mesmo parâmetro encontrado no presente estudo, para todas as características
avaliadas o fator calculado foi menor que o fator crítico, dessa forma as avaliações
das amostras não apresentaram diferenças significativas.
O resultado encontrado mostra-se satisfatório, pois as amostras eram as
mesmas, ambas enriquecidas com 15g de Agaricus blazei, no entanto apresentadas
com nomenclaturas diferentes.
O gráfico demonstra a intenção de compra de acordo com o número de notas
separada por intenção de compra negativa 1 e 2, neutra 3, positiva 4 e 5, nessa
ordem. Foi possível analisar uma boa intenção de compra pelos participantes.
19

Gráfico 2: Intenção de compra

60
54
52
50

40

30 Não compraria (1,2)


25 25 25
23
20 Neutra (3)

Compraria (4,5)
10

0
1,2 3 4,5 1,2 3 4,5
Integral Enriquecido

Fonte: Dados de pesquisa

Nesse quesito a média obtida foi de 3,24 (±1,65) para à amostra integral e
3,28 (±1,86) para à enriquecida, sendo assim considerada neutra, para as duas
amostras ofertadas.
Contudo, o pão de queijo enriquecido obteve boa aceitação pelos provadores,
apesar da média ser neutra, mais de 50% dos provadores relataram que comprariam
o produto.
Observou-se também que o pão de queijo com a nomenclatura de
enriquecido, obteve maior nota na maioria dos quesitos pesquisados, demonstrando
que a população apresenta uma maior tendência a escolher produtos que possam
promover algum possível benefício à saúde.
A tabela 4 representa um comparativo da composição centesimal do pão de
queijo padrão em relação ao pão de queijo acrescido de 15g do Agaricus blazei.
Onde o pão de queijo enriquecido obteve um aumento no percentual de proteínas e
fibras e não houve aumento significativo nos teores de lipídios, sendo assim
benéfico para o consumo.
20

Tabela 4 - Composição Centesimal do pão de queijo padrão e do pão


de queijo enriquecido.
Pão de queijo Pão de queijo 15 g
Nutriente
padrão Agaricus blazei

Calorias 308,91 581,71

Carboidratos 37,79 63,52

Proteínas 7 45,93

Lipídios 14,66 16,26

Lipídeos saturados 4,79 4,79

Colesterol 60,58 60,58

Fibras 0 26,13

Fonte: Tabela de composição dos alimentos -Taco, OLIVEIRA, et al. 1999

A composição centesimal exprime de forma geral, o valor nutritivo de um


alimento e corresponde à proporção dos grupos homogêneos de substâncias
presentes em 100g do alimento considerado (OLIVEIRA, et al. 1999). Dessa forma
podemos comparar as formulações, isenta e acrescida de cogumelo. Os
componentes ativos presentes no cogumelo, com o β-D-Glucans, conferem vários
efeitos farmacológicos que agem no corpo humano, dentre eles estão a diminuição
da pressão arterial, diminuição do colesterol, ação antitumoral, antiviral, combate a
arteriosclerose, utilizado no tratamento da AIDS, entre outras enfermidades (SOUZA,
2001).
Outro benefício do cogumelo é ser fonte de prebióticos porque contém
carboidratos como quitina, hemicelulose, e β-D glucanas, mananas, galactanas e
xilanas. A quitina é um polissacarídeo insolúvel em água e, por não ser hidrolisada
pelas enzimas do organismo humano, confere aos carboidratos de cogumelos, a
característica de prebióticos, que permitem alteração na composição e atividade da
microbiota gastrointestinal conferindo benefícios à saúde como redução do câncer
do cólon, queda da absorção de colesterol pela corrente sanguínea e queda na
incidência de diabete (SILVA, 2010).
21

Houve também atividade antioxidante na amostra isenta de Agaricus blazei,


isso pode ser explicado, por conter ingredientes, com potencial antioxidante, como o
ovo e óleo de soja, que são fontes de Vitamina E.
Por ser um alimento protéico, este cogumelo é muito recomendado, seja para
aqueles que necessitam de uma dieta rica em proteínas, ou para aqueles cuja dieta
tenha restrições quanto a lipídios (OLIVEIRA, et al. 1999). Ou seja, foi possível
inferir que com o acréscimo de 15g do extrato de cogumelo na receita padrão de pão
de queijo, foi possível obter um produto com uma concentração maior de proteínas e
um baixo aumento nos teores de lipídeos. Outro benefício do pão de queijo
enriquecido foi a presença de fibras na preparação, sendo a fibra considerada um
alimento funcional que segundo Anjo (2004) os alimentos funcionais são definidos
como qualquer substância ou componente de um alimento que proporciona
benefícios para a saúde, inclusive a prevenção e o tratamento de doenças.
O pão de queijo enriquecido com cogumelo também pode ser uma boa opção
alimentar para os celíacos, pois além dos benefícios já citados, é uma preparação
isenta de glúten, contribuindo assim para adequação da dieta dos mesmos, que
diante das dificuldades de aquisição de produtos insetos de glúten, torna a adesão e
obediência à dieta, ainda mais árdua. Sendo assim, importantes novas alternativas
de tratamentos dietéticos para melhorar a qualidade de vida dos celíacos, ajudando
a evitar possíveis transgressões alimentares, uma vez que o não seguimento da
dieta aumenta os gastos dos serviços de saúde e a taxa de mortalidade (KAMIOKA;
STEDEFELDT; DOMENE, 2013).

5 CONCLUSÃO

O pão de queijo enriquecido com cogumelo parece ser uma boa opção para o
consumo do Agaricus blazei, devido a todos os seus benefícios apresentados no
decorrer do estudo. Além disso, o produto é isento de glúten e pode ser congelado,
representando uma boa opção para os celíacos e a população de forma geral que
busca alimentos que sejam nutritivos e ao mesmo tempo práticos. O pão de queijo
com adição de 15g do extrato de cogumelo apresentou boa atividade antioxidante,
teores aumentados de proteína e fibras. Sem contar que a aceitação dos provadores
22

em relação a esse novo produto foi boa, além de uma intenção de compra positiva,
representando boa possibilidade de inserção no mercado.

ABSTRACT

Introduction: The Agaricus blazei (mushroom of the sun) is a high nutritional value
mushroom that has ant-mutagenic, bactericide and antitumor activities, it is also a
stimulant for the human immune activities and antioxidants that makes it an excellent
candidate to develop new products. Objective: Develop an enriched cheese ball’s
recipe with Agaricus blazei, which has satisfactory organoleptic characteristics that
preserves the antioxidant activities of the mushroom. Methodology: It has been
created a standard recipe of cheese balls and has added Agaricus blazei
mushroom’s flour in two samples containing different mushroom’s weight [0,022
pounds (10g) and 0,033 pounds (15g)]. The antioxidant activity of the cheese balls’
samples was determined by the 2,2-Diphenyl-1-picryl-hidrazil-DPPH method. For the
sensory analysis evaluation, was used a 7 points structured scale. For the purchase
intention evaluation, was used a 5 points non-structured scale. Results: The two
samples had presented antioxidant activities (AA), the 0,022 pounds (10g) of baked
cheese balls was (58,1%) and the 0,0331 pounds (15g) of baked cheese balls
(85,8%). For having a pleasant taste, smell and a good antioxidant activity, the 0,033
pounds (15g) weight sample was chosen for the sensory analysis. The cheese ball
presented a good acceptance, with global average of 2,66 (±1,37), for the sensory
characteristic like flavor 2,66 (±2,22), texture 2,53 (±2,11), smell 2,76(±1,70),
appearance 2,88 (±1,57) and a purchase intention average of 3,28 (±1,86).
Conclusion: The enriched cheese ball with the mushroom preserved the antioxidant
activity, reached a good acceptance and purchase intention, being a possibility to
popularize the mushroom in the Brazilian market.

Keywords:Mushroom, antioxidant, Agaricus blazei, cheese ball.


23

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28

ANEXO A
Ficha técnica de preparo
Preparação: Pão de queijo Padrão

Per
Peso
Peso Bruto IPC = capita
Ingredientes Líquido Medida Caseira Técnica de Preparo
(g) FC Líquido
(g)
(g)
Polvilho doce 175 175 1 7 1 copo americano cheio Em uma tigela grande coloque os
Polvilho azedo 75 75 1 3 1/2 copo americano polvilhos e hidrate com 4 colheres
Ovo 67 67 1 2,68 1 unidade de sopa de água, misture bem,
Iogurte natural 90 90 1 3,6 1 pote adicione o restante dos
Óleo vegetal 45 45 1 1,8 1/2 copo americano ingredientes, sendo a muçarela
Queijo muçarela 125 125 1 5, 1 prato raso ralada, misture novamente até
Sal 2,5 2,5 1 0,1 1 colher café completa homogeneização. Enrole
no formato de bolas. Coloque para
assar em forno pré-aquecido em
Total 579,5 579,5 23,2 180°C por 40 minutos.

Tempo de preparo: 60 minutos Número de porções – rendimento: 25


Peso total da preparação: 596,88 g Porção em medida caseira: 1 unidade
Indicador de Conversão (da preparação) = Fator de Cocção: 1,03 Utensílios e equipamentos: Tigela, colher, copo
Peso da porção (g):24g americano, ralador, tabuleiro e forno.
29

Peso Peso Preço Custo Lipídeos Fibra


Energia Carboidratos Proteínas Lipídeos Colesterol
Ingredientes Bruto Líquido Unitário Unitário
(Kcal) (g) (g) (g)
Saturados
(mg)
Alimentar
(g) (g) (Kg/L) R$ (R$) (g) (g)

Polvilho doce 175,0 175,0 5,10 0,893 586,25 148,75 0 0 0 0 0


Polvilho azedo 75,0 75,0 5,10 0,383 251,25 63,75 0 0 0 0 0
Ovo 67,0 67,0 4,97 0,333 95,81 1,07 8,71 5,96 1,74 238,52 0
Iogurte natural 90,0 90,0 37,89 3,410 45,90 1,71 3,69 2,70 1,62 12,60 0
Óleo vegetal 45,0 45,0 3,20 0,144 397,80 0,00 0,00 45,00 6,84 0,00 0
Queijo muçarela 125,0 125,0 14,80 1,850 412,50 3,75 28,25 31,50 17,75 100,00 0
Sal 2,5 2,5 0,98 0,002 0,83 0,14 0,08 0,02 0 0 0

Fonte das Informações Nutricionais:


Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO)
Rotulo de polvilho Amafil® Doce e Azedo

Custo unitário TOTAL (R$): 7,01 Valor nutritivo da porção de 24g:


Energia: 74,14 Kcal
Custo unitário PORÇÃO (R$): 0,28 Carboidratos: 9,07 g
Proteínas: 1,68 g
Lipídeos: 3,52 g
Lipídeos Saturados: 1,15 g
Colesterol: 14,54 mg
Fibra alimentar: 0
30

ANEXO B - Ficha técnica de preparo


Preparação: Pão de queijo com 15 g de Agaricus blazei

Per
Peso
Peso Bruto IPC = capita
Ingredientes Líquido Medida Caseira Técnica de Preparo
(g) FC Liquido
(g)
(g)
Polvilho doce 175 175 1 7 1 copo americano cheio Em uma tigela grande coloque os
Polvilho azedo 75 75 1 3 1/2 copo americano polvilhos e hidrate com 4 colheres de
Ovo 67 67 1 2,68 1 unidade sopa de água, misture bem, adicione o
Iogurte natural 90 90 1 3,60 1 pote restante dos ingredientes, sendo a
Óleo vegetal 45 45 1 1,8 1/2 copo americano muçarela ralada, misture novamente até
Queijo muçarela 125 125 1 5 1 prato raso completa homogeneização. Enrole no
Sal 2,5 2,5 1 0,1 1 colher café formato de bolas. Coloque para assar
Farinha de em forno pré-aquecido em 180°C por 40
15 15 1 1,5 minutos.
cogumelo 1 colher de sopa
Total 594,5 594,5 23,8

Tempo de preparo: 60 minutos Número de porções – rendimento: 25


Peso total da preparação: 612,33g Porção em medida caseira: 1 unidade
Indicador de Conversão (da preparação) = Fator de Cocção: 1,03 Utensílios e equipamentos: Tigela, colher, copo americano,
Peso da porção (g): 24,5g ralador, tabuleiro e forno.
31

Preço
Custo Lipídeos Fibra
Peso Peso Unitário Energia Carboidratos Proteínas Lipídeos Colesterol
Ingredientes Bruto (g) Líquido (g) (Kg/L)
Unitário
(Kcal) (g) (g) (g)
Saturados
(mg)
Alimentar
(R$) (g) (g)
R$
Polvilho doce 175 175 5,10 0,89 586,25 148,75 0 0 0 0 0
Polvilho azedo 75 75 5,10 0,38 251,25 63,75 0 0 0 0 0
Ovo 67 67 4,97 0,33 95,81 1,07 8,71 5,96 1,74 238,52 0
Iogurte natural 90 90 37,89 3,41 45,90 1,71 3,69 2,70 1,62 12,60 0
Óleo vegetal 45 45 3,20 0,14 397,80 0,00 0,00 45,00 6,84 0,00 0
Queijo muçarela 125 125 14,80 1,85 412,50 3,75 28,25 31,50 17,75 100,00 0
Sal 2,5 2,5 0,98 0,002 0,83 0,14 0,08 0,02 0 0 0
Farinha de cogumelo 15 15 200 3,00 40,9 3,86 5,84 0,24 - - 3,92
Fonte das Informações Nutricionais:
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO)
Rotulo de polvilho Amafil® Doce e Azedo

Custo unitário TOTAL (R$): 10,01 Valor nutritivo da porção de 24g:


Energia: 75,84 Kcal
Custo unitário PORÇÃO (R$): 0,40 Carboidratos: 9,22 g
Proteínas: 1,91 g
Lipídeos: 3,53 g
Lipídeos Saturados: 1,15 g
Colesterol: 14,54 mg
Fibra alimentar: 0,16
32

ANEXO C – Termo de consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: Novos produtos: PÃO DE QUEIJO com ação antioxidante Agaricus
Blazei
O presente estudo tem como finalidade propor novas preparações adequadas
nutricionalmente enriquecidas com Agaricus Blazei, um produto rico em antioxidantes.
Para realizar o teste de aceitação, você precisará somente experimentar a
preparação que será oferecida e falar o que achou do produto por meio de uma escala que
será apresentada no momento da degustação. Este trabalho é de grande relevância, pois
será possível verificar se as preparações culinárias têm boa aceitação (sabor, aroma,
textura) e, posteriormente, possibilitar a utilização das receitas para a população.
Não há despesas extras para o participante deste estudo. A degustação acontecerá
somente no Laboratório de Técnica Dietética da PUC Minas Unidade Barreiro. Não será
oferecida também nenhuma compensação financeira para que você participe da pesquisa.
A sua identidade e de todos os participantes será mantida em sigilo. Por ocasião da
publicação dos resultados obtidos na pesquisa não serão identificados os nomes daqueles
que participaram da mesma. A participação é voluntária e pode ser interrompida a
qualquer momento sem acarretar nenhum tipo de prejuízo. Se em qualquer momento da
pesquisa você mudar de ideia e desejar sair da pesquisa, não haverá qualquer
impedimento.

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

Li, ou alguém leu para mim, as informações contidas neste documento antes de
assinar este termo de consentimento. Declaro que toda a linguagem técnica utilizada na
descrição deste estudo de pesquisa foi satisfatoriamente explicada e que recebi respostas
para todas as minhas dúvidas. Confirmo também que recebi uma cópia deste Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Compreendo que sou livre para me retirar do estudo
em qualquer momento, sem perda de benefícios ou qualquer outra penalidade.
Dou meu consentimento de livre e espontânea vontade para participar deste estudo.

Assinatura do participante:__________________________________________________
Data____/____/____

Os pesquisadores responsáveis são a profa. Michelle Rosa Andrade Alves e o prof.


William César Bento Régis, que pode ser encontrada nos telefones (31) 3244-6402/6405,
(31) 9663-1288, ou no endereço: Av. Francisco Sales, 1715, Santa Efigênia.

Caso tenha qualquer dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o
Comitê de Ética em Pesquisa da PUC Minas: Av: Dom José Gaspar, 500 Coração
Eucarístico - Belo Horizonte - MG, Tel.: (31)3319-4517
33

ANEXO D – Ficha para avaliação dos aspectos sensoriais e intenção de compra

Amostra: Provador:
Nome: Data:

Você está recebendo uma amostra codificada de PÃO DE QUEIJO COM COGUMELO AGARIUS BLAZEI. Por favor,
observe o produto e avalie-o quanto à aparência (cor) e marque na escala um “X” no ponto que melhor representa a sua
resposta. Em seguida cheire a amostra e repita o mesmo procedimento anterior para avaliar o odor do produto. Prove a
amostra e repita o mesmo procedimento para avaliar o seu sabor e a sua textura.

1) Gostei extremamente APARÊNCIA


2) Gostei muito ODOR
3) Gostei ligeiramente
SABOR
4) Não gostei nem desgostei
5) Desgostei ligeiramente TEXTURA
6) Desgostei muito
7) Desgostei extremamente

Com base em sua opinião sobre esta amostra, marque na escala abaixo o quanto você gostou ou desgostou do produto em
relação à IMPRESSÃO GLOBAL (aparência, odor, sabor e textura).

Não gostei
Gostei Gostei Desgostei Desgostei Desgostei
Gostei muito nem
extremamente ligeiramente ligeiramente muito extremamente
desgostei

Com base em sua opinião sobre esta amostra, indique na escala abaixo sua INTENÇÃO DE COMPRA. Qual seria sua
atitude de compra em relação a este produto?

Certamente não Possivelmente não Talvez comprasse, Possivelmente Certamente


compraria compraria talvez não comprasse compraria compraria

Amostra: Provador:
Nome: Data:

Você está recebendo uma amostra codificada de PÃO DE QUEIJO INTEGRAL. Por favor, observe o produto e avalie-o
quanto à aparência (cor) e marque na escala um “X” no ponto que melhor representa a sua resposta. Em seguida cheire a
amostra e repita o mesmo procedimento anterior para avaliar o odor do produto. Prove a amostra e repita o mesmo
procedimento para avaliar o seu sabor e a sua textura.

1) Gostei extremamente APARÊNCIA


2) Gostei muito ODOR
3) Gostei ligeiramente
4) Não gostei nem desgostei SABOR
5) Desgostei ligeiramente TEXTURA
6) Desgostei muito
7) Desgostei extremamente

Com base em sua opinião sobre esta amostra, marque na escala abaixo o quanto você gostou ou desgostou do produto em
relação à IMPRESSÃO GLOBAL (aparência, odor, sabor e textura).

Não gostei
Gostei Gostei Desgostei Desgostei Desgostei
Gostei muito nem
extremamente ligeiramente ligeiramente muito extremamente
desgostei

Com base em sua opinião sobre esta amostra, indique na escala abaixo sua INTENÇÃO DE COMPRA. Qual seria sua
atitude de compra em relação a este produto?

Certamente não Possivelmente não Talvez comprasse, Possivelmente Certamente


compraria compraria talvez não comprasse compraria compraria

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